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postado em: 14/11/2008
O Cristianismo “Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, á Deus!” (Salmo 42:1). “Religião é a vida do homem nas suas relações sobre-humanas, isto é, a vida do homem em relação ao Poder que o criou.” Neste sentido, o mais exato possível, o cristianismo é o único sistema que pode ser chamado de religião. Todo homem sensato deve reconhecer a existência de uma Entidade superior que rege todo o Universo, que o fez, que tem o seu destino nas mãos. Conta-se que Isaac Newton tinha um amigo ateu. Os dois viviam discutindo sobre a criação do mundo, sobre suas leis naturais, e esse amigo, firme em suas convicções, dizia: “Não existe um Deus criador. O mundo é produto do acaso. As suas leis naturais, imutáveis é verdade, foram criadas por acaso”. Com sua paciência de matemático, Newton criou em seu laboratório uma elaborada máquina, movida a manivela, que reproduzia o movimento dos astros. Certa ocasião, mostrou-a ao amigo e pediu--lhe que girasse a manivela. O amigo ficou admiradíssimo com a perfeição do engenho e com seus movimentos sincrônicos. Perguntou estupefato: “Quem fabricou esta maravilhosa máquina?” Newton respondeu: “Ninguém. Aconteceu por acaso”. É preciso reconhecer que a Bíblia é o único livro, o autêntico livro que nos revela esse Deus maravilhoso, como criou o mundo e o homem; conta a história de sua queda no Éden e os meios que são a Sua providência para a recuperação do gênero humano; e nos mostra o Elo de ligação entre Deus e o homem: o Senhor Jesus Cristo. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem (...)“ (lTm 2.5). O próprio homem sente a ânsia da divindade. Como afirmou Dostoievski (1821-1 881), “Todo homem tem dentro de si um vazio do tamanho de Deus”. Como duvidar da Bíblia, que relata os feitos maravilhosos de Jesus? As Escrituras Sagradas apontam para Ele desde Gênesis até Apocalipse. No Antigo Testamento, quem mais dEle se ocupa é o profeta Isaías, por isso chamado de “Profeta Evangélico?” No capítulo 53, versículos 4 e 5, o profeta enuncia: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores (...) Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades (...)”. Em outras palavras, como o homem pecador não tinha dignidade para merecer o perdão de Deus, Jesus simplificou tudo para nós, tomando sobre Si os nossos pecados. Ele morreu por nós em substituição. Conta-se que na China, antigamente, quando uma pessoa condenada era conduzida à morte, podiam trocá-la por outra. Mediante certa soma em dinheiro, a família da outra pessoa aceitava a troca, e um inocente era executado no lugar do condenado. Jesus foi o nosso substituto voluntário. A única coisa que temos a fazer é aceitar isso como verdade e seguir os conselhos bíblicos: “(...) se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Rm 10.9); “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). Jesus é, portanto, o único caminho, a única oportunidade que temos de uma perfeita relação com Deus Pai, nosso Criador. O apóstolo Pedro, quando coagido a renunciar à verdade, foi taxativo diante das autoridades judaicas: “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (At 4.12). O próprio Senhor Jesus já havia ensinado isso quando foi interrogado pelo irrequieto Tomé: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim” (Jo 14.6). É interessante notar que as muitas traduções da Bíblia que conferimos, inclusive a Bíblia das Testemunhas de Jeová, mencionam o verbo vir: “(...) ninguém vem ao Pai, senão por Mim”; a Bíblia católica é a única que usa o verbo ir: “(...) ninguém vai ao Pai, senão por Mim”. Assim, podemos afirmar que o cristianismo não tem mistério. É da maior simplicidade possível. Não há dificuldade ou trabalho, não precisamos tomar nenhuma providência mais grave com relação à salvação, porque tudo já foi feito por Jesus. Resta-nos aceitá-lo como único e suficiente Salvador. Faça uma experiência. Abra a Bíblia e comece lendo o Novo Testamento. Verá como centenas de vezes Jesus lhe faz convites do tipo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas” (Mt 11.28,29). O nascimento, a vida e a morte de Jesus, bem como seus ensinamentos, estão registrados nos três primeiros Evangelhos, denominados sinópticos. Eles foram escritos por dois judeus, Mateus e Marcos, e por Lucas, um médico gentio. Alguns anos mais tarde, estando o apóstolo João ainda vivo, e tendo surgido dúvidas quanto à divindade de Jesus, o evangelista escreveu o quarto Evangelho, que leva o seu nome: Evangelho segundo João. Ele começa dizendo: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.1-3). Jesus é o Deus encarnado (Jo 1.14), e quanto a isso temos absoluta certeza. Podemos afirmar que os quatro Evangelhos são os ensinamentos, a teoria, o que é o cristianismo. O livro seguinte, Atos dos Apóstolos, é a prática, o romance, o início do cristianismo. João, em seu Evangelho, discorre sobre os assuntos mais importantes, e chega a dizer que não pôde escrever tudo sobre Jesus (21.25); no entanto, deixou registrado o suficiente para nos conduzir à salvação. No capítulo 14 está o que consideramos a maior promessa de Jesus: o preparo da nossa morada no céu. Mas em todos os quatro Evangelhos há um destaque de suma importância: o homem precisa reconhecer que é pecador e arrepender-se de seus pecados. Depende apenas da vontade humana abrir o coração, pois o resto é obra do Espírito Santo de Deus: “Mas o Consolador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas (...)“ (Jo 14.26). Ao aceitar Jesus, por obra do Espírito Santo, o homem sente uma mudança completa em sua vida, em seu modo de pensar e de agir; enfim, torna-se uma nova criatura: “(...) se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17). É a conversão! A conformação com a vida cristã depois da conversão só traz à pessoa motivos de alegria, uma alegria diferente, que emana do espírito, indescritível. E esse é o desejo de Jesus, a razão única de sua morte dolorosa na cruz. Por isso, para nos causar esse bem incomparável, e ainda a promessa de vida eterna, é que ele nos chama com insistência, centenas de vezes. De acordo com a Bíblia, “(...) haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende (...)“ (Lc 15.7). Em fins do século 1, Jesus apareceu ao apóstolo João na Ilha de Patmos e ditou-lhe o que está escrito no último livro, o Apocalipse. Nesse livro ele insiste em que o aceitemos: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei e ele comigo” (Ap 3.20). Também no Apocalipse, Jesus descreve o lugar que ele nos foi preparar para passarmos a eternidade ao seu lado. Está registrado no capítulo 22. Há ainda um assunto de suma importância. É uma promessa que só encontramos no cristianismo e mencionada na Bíblia: os que aceitam Jesus única e exclusivamente se tornam filhos de Deus. Eis o que dizem, entre outros, os apóstolos João e Pedro: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus (...)” (I Jo 3.1); “(...) Ele nos tem dado as suas preciosas e grandíssimas promessas, para que por elas vos tomeis participantes da natureza divina (...)” (2Pe 1.4); e ainda: “Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1.12). Portanto, é um erro afirmar: “Também sou filho de Deus.” Na verdade, todos são criaturas de Deus; porém, só se tornam filhos quando aceitam Jesus como Salvador. - Extraído de Alcides Conejeiro Peres, O Catolicismo Romano Através dos Tempos.