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postado em: 21/11/2008
O Batismo Cristão Bíblico
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem no crer será condenado” (Marcos 16.15,16).
O livro de Atos dos Apóstolos, no capítulo 6, nos dá um panorama do que foi a prática dos ensinamentos do Senhor Jesus, a instituição dos diáconos; no capítulo 9, a conversão do perseguidor da Igreja de Deus, o futuro apóstolo Paulo; no capítulo 10, a aceitação dos gentios no cristianismo; no capítulo 15, a perseguição aos crentes, as viagens missionárias de Paulo, o esclarecimento da primeira dúvida que foi resolvida no Concílio de Jerusalém; as lutas, os sofrimentos dos missionários, as vitórias obtidas na implantação de igrejas; e no capítulo 28 finaliza com a ida do apóstolo preso para Roma.
Depois, à medida que surgiam dúvidas entre as igrejas, que se multiplicavam rapidamente, também surgiam as cartas dos apóstolos, que foram mais tarde coligidas e deram origem ao Novo Testamento: Epístolas aos Coríntios, Epístolas aos Romanos, aos Gálatas, aos Efésios, Epístolas de Judas, Tiago, Pedro, João etc.
Sem desmerecer o trabalho dos demais apóstolos, Paulo foi o maior batalhador na divulgação do Evangelho, o vaso escolhido por Jesus, o alargador de fronteiras, o que muito sofreu por amor ao Evangelho.
As perseguições iniciadas em Jerusalém, a rebelião dos judeus que recusaram os ensinamentos do Novo Testamento, as persegui õe5 em Roma, a persistência dos judaizantes, que conseguiram imi’05e depois com a implantação do cerimonialismo, nada disso amdr0nto1 os apóstolos ou impediu que o Evangelho, com sua pureza chegasse até nós pela tenacidade de alguns.
Como dissemos, desde meados do século III, a “regeneração pelo batismo” foi motivo de grande controvérsia e a causa do rompimento inevitável entre os cristãos.
Todo desvio do ensino das Escrituras Sagradas traz graves conseqüências. Jesus disse, e o seu porta-voz registrou em Apocalipse: “(...) e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro de ta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro” (Ap 22.19).
“Este livro” é a Bíblia Sagrada. E uma lástima que o homem perca a salvaaçã0, vá para o inferno por desobedecer à Palavra de Deus, por adulterar a Palavra de Deus. Será terrível ouvir da boca do próri0 Senhor Jesus: “Então dirá também aos que estiverem à Sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos” (Mt 25.41).
[...] Vimos, em primeiro lugar, que só deve ser batizado aquele que crer. “Quem crer e for batizado será salvo (...)“ (Mc 16.16). Há ainda outra passagem clara: “(...) pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” (Rm 10.10). Podemos propender mais para a confissão do que para o batismo como meio para a salvação, pois “(...) com a boca se faz confissão (...)“; para quê? “(...) para a salvação”.
Também encontramos o que simboliza o batismo, e o conhecimento desse simbolismo nos leva ao batismo de imersão. Está também em Romanos. (Dizem que os padres não gostam da Epístola aos Romanos porque foi através dela que Lutero se converteu...)
Falávamos sobre o simbolismo do batismo: “Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com Ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” (Rm 6.3,4).
Isso significa que, no batismo, o entrar na água, o submergir nela, é como o sepultamento de Jesus em sua morte; o emergir da água é como a ressurreição de Jesus. O candidato ao batismo submerge um homem com os seus pecados já perdoados por Jesus e emerge uma nova criatura, purificada, não pela ação miraculosa do batismo, porque o batismo não é sacramento, mas porque ouviu o Evangelho, aceitou Jesus em seu coração e fez confissão com a sua boca. Agora ele é uma nova criatura: “(...) se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17).
O batismo de crianças, portanto, é uma aberração e nada tem de bíblico. E mais uma cópia dos judaizantes, pois a obrigação dos judeus é a apresentação da criança no templo (Levítico 12).
Recapitulando: primeiro, uma criança não crê, não confessa, pois não tem entendimento; segundo, a prática tem de ser a de imersão, e não a de aspersão; terceiro, o batismo é uma ordenança de Jesus e não tem nenhum poder regenerador; quarto, é necessário água, muita água, e não saliva de padre (Mateus 3.16).
Autor: Alcides Conejeiro Peres
O Catolicismo Romano Através dos Tempos