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postado em: 21/11/2008
“Guardar Dias, Meses e Anos”: Gálatas 4:9-10
Se Paulo estivesse vivo, ele apresentaria a mesma condenação aos adventistas que fez aos gálatas (veja Gál. 4:9 e 10).
A PASSAGEM DE GÁLATA5 DIZ O SEGUINTE: “MAS AGORA QUE CONHECEIS A DEUS OU, ANTES, SENDO CONHECIDOS POR DEUS, COMO estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos.
Já descobrimos (objeção 7) que o jugo da escravidão era uma infindável série de ritos cerimoniais, particularmente em vista do fato de que aqueles ritos tinham sido pesadamente revestidos de refinamentos e adições rabínicas. É evidente que Paulo não está falando da lei moral, porque ela lida apenas com um dia, o sábado do sétimo dia. Ele deve estar falando da lei cerimonial, porque somente nela encontramos mandamentos sobre como guardar “dias, e meses, e tempos, e anos.”
Como poderia Paulo dizer que o sábado do sétimo dia era um dos “rudimentos fracos e pobres” e que a sua observância conduziria as pessoas à escravidão? Foi Paulo quem instruiu Timóteo que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. II Tim. 3:16. Portanto, Paulo seria guiado em sua apreciação do sábado pela apreciação dele pelos profetas. Isaías, por exemplo, diz que o Senhor chama o sábado de “Meu santo dia” e então apela-nos para chamá-lo “deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra”. Isa. 58:13.
Cristo morreu na cruz para redimir as pessoas do pecado e para santificá-las, a fim de eliminar do mundo tudo o que se relaciona com o pecado, e para restaurar o mundo à sua glória edênica original. Mas por que procuraria Cristo abolir o sábado, que saiu abençoado e santificado das mãos de Deus na impecável beleza do Eden, foi mantido diante do povo de Deus como o sinal do Seu poder santificador, foi recomendado “aos estrangeiros” (Isa. 56:6) e aos judeus, e será guardado no Eden restaurado? Os objetores do sábado não fazem nenhuma tentativa séria para enfrentar honestamente esta indagação.
Há outra pergunta que gostaríamos de fazer: se Paulo criticaria aquelas que guardam o sábado, por que não criticaria também os que guardam o domingo? Não há a guarda de um dia tanto em um caso como no outro?
Mas levemos o assunto um pouco adiante. A acusação de Paulo é contra aqueles que observam uma variedade de dias e períodos de tempo, e assim por diante. Os adventistas são caracterizados pelo fato de não observarem uma variedade de dias santos ou tempos, como a Sexta-feira Santa e a Páscoa, embora atribuamos grande significado à morte e à ressurreição de nosso Senhor. Guardamos apenas um dia santo. Paulo, certamente, não nos condenaria juntamente com os gálatas.
Indagamos, porém, o que ele diria se pudesse hoje falar ao mundo observador do domingo que está dando sempre crescente atenção a uma variedade de dias e tempos religiosos. Um jornal protestante, em um artigo intitulado “The Increasing Observing of Lent” [A Crescente Observância da Quaresmal, diz: “A Quaresma tem um lugar muito importante no calendário das Igrejas Católica Romana, Católica Ortodoxa, Episcopal e Luterana”, E então acrescenta que “em nossas igrejas há um crescente reconhecimento da Quaresma”.
Outro jornal protestante não se contenta simplesmente em promover a observância do domingo, Sexta-feira Santa, Páscoa, Natal e Quaresma, mas deseja acrescentar outro. Ele lamenta que o “Dia da Ascensão não tem penetrado mais amplamente no pensamento cristão e no calendário das igrejas”. O editorial descreve o que a observância do Natal, da Páscoa e de outros dias tem feito pelas pessoas, e então argumenta que a observância do Dia da Ascensão enriqueceria ainda mais a vida espiritual dos cristãos.
Esse é o tipo de raciocínio que dominava os teólogos da Idade Média, quando adicionavam um dia santo após o outro e construíam a estrutura da Igreja Católica que é tão extensamente condenada pelos profetas de Deus. Mas não estamos citando um escritor católico medieval, mas o editorial de um jornal protestante do século vinte, The Christian Statesman [O Estadista Cristão].
Este é o órgão oficial da National Reform Association [Associação de Reforma Nacional], que ardentemente luta para obter rígidas leis dominicais nos Estados Unidos, e que fala por uma grande percentagem das corporações protestantes do país!
Se as palavras de Paulo têm uma aplicação atual, deixamos que o leitor imparcial julgue qual grupo seria condenado: os adventistas ou as grandes corporações protestantes que guardam o domingo?
Em face de que os adventistas são com freqüência considerados falhos em seu cristianismo porque não observam a Sexta-feira Santa, a Páscoa, a temporada da Quaresma, ou quaisquer dias ou tempos especiais, gostaríamos de perguntar: por que devem os adventistas ser criticados por não observar uma variedade de dias e tempos, e ao mesmo tempo ser criticados por Paulo como sendo culpados de observar dias e tempos?
Autor: Francis D. Nichol
Fonte: Respostas a Objeções