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postado em: 20/5/2009
O Que a Lei de Deus Significa Para Mim A Lei de Deus – Os grandes princípios da lei de Deus são incorporados nos Dez Mandamentos e exemplificados na vida de Cristo. Expressam o amor, a vontade e os propósitos de Deus acerca da conduta e das relações humanas, e são obrigatórios a todas as pessoas, em todas as épocas. Esses preceitos constituem a base do concerto de Deus com Seu povo e a norma no julgamento de Deus. Por meio da atuação do Espírito Santo, eles apontam para o pecado e despertam o senso da necessidade de um Salvador. A salvação é inteiramente pela graça, e não pelas obras, mas seu fruto é a obediência aos mandamentos. Essa obediência desenvolve o caráter cristão e resulta numa sensação de bem-estar. É uma evidência de nosso amor ao Senhor e de nossa solicitude por nossos semelhantes. A obediência da fé demonstra o poder de Cristo para transformar vidas, e fortalece, portanto, o testemunho cristão. – Crenças Fundamentais, 18. – Roberto, quero que você me responda a esta pergunta: – Imediatamente a classe ficou em silêncio absoluto. – Qual é o tema da maior parte das experiências e conselhos da Bíblia? Justificação ou santificação? – Todos os alunos ficaram esperando a resposta de Roberto. – Acho... que a Bíblia fala mais sobre santificação – respondeu Roberto, com uma ponta de dúvida. – Por quê? – repliquei – se a justificação tem uma importância central. Ele olhou perplexo e capitulou: – Não sei. – Quero lhe sugerir uma resposta – ajudei. – A Bíblia se dirige ao povo de Deus, ou seja, ela assume pessoas que já estão em correto relacionamento com Deus. E o crente não pergunta: “Como posso ser salvo?” mas: “Pai, que queres que eu faça?” Acho que, naquele dia, chegamos a uma boa conclusão. O cristão se deleita em conhecer e fazer a vontade de Deus (Sal. 40:8). Mas ele precisa estar informado a respeito dessa “vontade”. A Vontade de Deus Revelada De acordo com a Bíblia a vontade de Deus para a família humana está revelada na lei moral dos Dez Mandamentos. Essas dez extraordinárias declarações estão tão relacionadas com Deus como a luz solar está ao Sol. São instruções práticas para a vida diária mas também profundos princípios para meditação. As palavras vontade, lei e mandamentos parecem restritivas? Lúcifer pensava assim, e os não-convertidos também (I João 3:4 e 8; Rom. 8:6-8). Mas o novo concerto de Deus nos promete que o Seu evangelho de salvação estabelece uma harmoniosa identidade entre o Criador e aqueles que reconhecem Sua soberania. “Na sua mente imprimirei as Minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo” (Heb. 8:10). Nenhuma lei física ou moral oprime a criação. Em relação à lei moral, o Divino Amor somente poderia designar mandamentos justos e bons. Tanto os anjos como a raça humana em seu estado original – possuindo por natureza amor no coração – tinham o maior prazer em obedecer a Deus. Amor supremo a Deus e amor imparcial para com os semelhantes é a essência da lei moral. Esse princípio é o fundamento da religião. O Criador o adaptou e expressou na forma dos Dez Mandamentos para as circunstâncias da vida humana. Será que Adão e Eva conheciam os dez específicos mandamentos do decálogo no Éden? A Bíblia não informa a respeito disso, mas deixa claro que eles começaram a viver sob a regra básica do amor. Obedecendo a todos os mandamentos que Deus lhes tinha dado no Jardim, eles estavam cumprindo completamente o princípio envolvido nos primeiros quatro mandamentos do Decálogo – supremo amor a Deus. O Decálogo é uma obrigação universal. O Criador deve ter dado os Dez Mandamentos a nossos primeiros pais imediatamente após a queda (se não fizera isso antes!), porque o conhecimento desses preceitos transparece na sociedade muito tempo antes de Israel ter-se constituído como nação no Sinai. Por exemplo, podemos ver alusões aos primeiros dois mandamentos no Gênesis (Gên. 35:1-4); ao quarto (Gên. 2:1-3); ao quinto (Gên. 18:19); ao sexto (Gên. 4:8-11); ao sétimo (Gên. 39:7-9; 19:1-10); ao oitavo (Gên. 4-1:8); ao nono (Gên. 12:11-13; 20:1-10); e ao décimo (Gên. 27). Os Dez Mandamentos refletem o caráter do Doador da lei. E o que eles refletem é o amor infinito – um amor que objetiva tão-somente o bem-estar e a felicidade dos governados. “A lei de Deus é a própria face de Deus revelada à vista humana.” – August Strong. E como é a face de Deus mostrada nos Dez Mandamentos? Deus diz a respeito de Si mesmo: “Eu Sou Santo.” I Ped. 1:16. Os remidos reconhecem: “Justos e verdadeiros são os Teus caminhos” (Apoc. 15:3), e o salmista declara: “Bom e reto é o Senhor.” Sal. 25:8. Quando o apóstolo Paulo descreve os Dez Mandamentos, diz: “A lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom.” Rom. 7:12. E o apóstolo João adiciona: “Os Seus mandamentos não são penosos.” I João 5:3. Assim é Deus Essa comparação entre Deus e Sua lei me impressiona bastante. Cada vez que desejo saber como Deus é, procuro estudar o que está revelado em Sua lei, porque os atributos dela são os mesmos de Deus. Quando quero conhecer que espécie de lei Deus usa para governar Seu povo, só preciso ler o que as Escrituras revelam a respeito do caráter de meu Pai, já que o Seu caráter transparece na Sua lei. Se quero saber que espécie de comportamento terei se viver de forma obediente, basta observar o próprio Cristo. Sua vida era a lei viva, apresentada numa experiência vibrante. Portanto, como cristão, não vejo os Dez Mandamentos como uma expressão de arbitrariedade ou vontade caprichosa. Na realidade, eles revelam o caráter do Pai celestial, exprimem Sua graciosa vontade de que eu seja feliz, dentro da minha ordem na criação. De fato, Ele está dizendo: “Esta é a melhor e mais feliz maneira de viver no planeta Terra.” Uma vez que os mandamentos refletem o caráter divino, segue-se, tanto quanto posso entender, que os princípios e preceitos dos Dez Mandamentos não são temporais ou situacionais, porque Deus é eterno. Por outro lado, a morte redentiva de Cristo é uma confirmação contínua da retidão e autoridade dos Dez Mandamentos como expressão da vontade divina para o homem (Rom. 3:31). A Natureza dos Mandamentos Quatro aspectos do Decálogo sobressaem em minha mente: 1. Uma lei moral. Os Dez Mandamentos definem expressamente nosso dever para com Deus, o Criador, e nosso dever para com nossos semelhantes. Essa relação está embutida numa estrutura tal que os preceitos e princípios do Decálogo são uma permanente realidade em nossa presente existência e para a nossa genuína felicidade. 2. Uma lei espiritual. “A lei é espiritual”, afirma o apóstolo Paulo (Rom. 7:14). Neste particular os Dez Mandamentos são únicos. As leis humanas só se referem aos atos. Mas os Dez Mandamentos, através do Espírito Santo, alcançam o pecador a nível dos seus pensamentos. Jesus enfatizou esse aspecto espiritual no Sermão do Monte. A obediência ou a transgressão começam na mente (Mat. 5:21, 22, 27 e 28; Mar. 7:21 e 22; I João 3:15). E os Dez Mandamentos convencem e trazem o coração de um pecador penitente para a graça salvadora de Cristo. 3. Um conjunto de profundos princípios. Para alguns, os Dez Mandamentos não passam de uma curta série de proibições. Mas, na realidade, eles contêm o sumo de profundos princípios. Por exemplo, o quinto mandamento abrange uma enorme área de relações cristãs. Ele interfere no relacionamento com todas as formas constituídas de autoridade. 4. Uma lei positiva. Por que Deus colocou os preceitos numa forma negativa? Oito dos dez começam com não. Somente dois são estritamente positivos. Acho que, como pecadores, as ordens negativas conseguem melhor nossa atenção do que as positivas. O que ocorre também é que cada injunção negativa embute sempre um desafio no seu lado positivo, pois todos os mandamentos são extremamente amplos e profundos em suas implicações (Sal. 119:96). Por exemplo, o lado positivo de “Não matarás” é: “Deves promover a vida do teu irmão.” É a vontade de Deus que promovamos o bem-estar e a felicidade de cada pessoa que entra em nossa esfera de influência. Numa análise mais profunda, pode-se afirmar que a comissão evangélica – as boas novas de salvação e vida eterna através de Jesus Cristo – baseiam-se no princípio positivo contido no sexto mandamento. A aplicação mais ampla dos preceitos e princípios dos Dez Mandamentos claramente indica que se as populações da Terra obedecessem a tais leis – da forma como Deus desejava desde o início – o Céu seria uma realidade na Terra! O Criador, Ser Supremo para todas as pessoas, seria adorado em espírito e em verdade. Tudo o que é santo e sagrado seria respeitado e reverenciado e a observância do sábado funcionaria como um fecho dourado para a total dedicação de todos os seres ao Pai celestial. Um relacionamento vertical de amor com Deus deveria motivar um igualmente dinâmico relacionamento de amor com todos os demais membros da sociedade humana. Seria a suprema felicidade! Assim era a sociedade celestial antes da rebelião de Lúcifer contra a vontade e a autoridade de Deus; assim será a sociedade dos remidos, quando a redenção estiver completada. Autor: Frank B. Holbrook, foi diretor associado do Instituto de Pesquisa Bíblica da IASD