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postado em: 27/8/2010
O Que é Monoteísmo?
Único e Incomparável
O dicionário define "monoteísmo" como a doutrina que admite um só Deus; do grego, mono ("único") e theos ("Deus"). Eruditos de todas as tradições cristãs têm discutido a extensão do que esse termo inclui da visão bíblica de Deus. A questão que levantam é se a Bíblia reconhece a existência de outros deuses. Descreverei alguns pontos dessa questão e farei alguns comentários gerais sobre os dados bíblicos.
1. Mototeísmo na Bíblia: Estudiosos da Bíblia acreditavam que todas as religiões, originalmente, eram monoteístas, mas, lentamente, a idéia da existência de muitos deuses entrou sorrateiramente no conjunto de suas crenças.
Outros estudiosos argumentam que o monoteísmo é o produto final de um longo processo nascido da convicção de que havia muitos deuses ou muitas forças espirituais. Mas essa abordagem revolucionária é contrária à Bíblia.
Recentemente, estudiosos reconheceram que o conteúdo bíblico sobre o assunto é mais complexo do que acreditavam antes. Entretanto, ainda perguntam a si mesmos se essa compreensão estreita do monoteísmo descreve adequadamente a visão bíblica de Deus. Isso depende de como definimos o monoteísmo.
2. Um, porém muitos: A Bíblia afirma claramente a existência de um Deus supremo. Esse é o Deus apresentado no primeiro verso da Bíblia, em Gênesis 1:1. Foi o Senhor quem criou todas as coisas, sem esforçar-Se, i.e., sem enfrentar forças oponentes. No momento da Criação, Ele era o único Deus, o Senhor.
Encontramos passagens afirmando que "não há outro (Deus) além dEle" (Dt 4:35, NVI), que "o SENHOR é Deus em cima nos céus e embaixo na terra. Não há nenhum outro" (Dt 4:39, NVI; veja também Isaías 44:6-8). Muitas outras passagens apoiam o uso do termo "monoteísmo" na compreensão bíblica de Deus.
Não podemos, porém, ignorar outras evidências que complicam a questão; especialmente passagens como o salmo 82, onde Deus é descrito como sentado entre os "deuses" no julgamento e pronunciando o veredicto final contra eles: "Vocês são deuses, todos vocês são filhos do Altíssimo, vocês morrerão como simples homens" (verso 6, NVI). I
Isso é chamado "monoteísmo monárquico", ou seja, outros deuses estão sob a autoridade de Deus (cf. SI 95:3); isso, porém, é muito próximo ao politeísmo (crença na existência e adoração de muitos deuses). O Novo Testamento reconhece a existência de, pelo menos, outro "deus". "O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes" (2 Co 4:4, NVI).
Até o primeiro mandamento pode ser lido subentendendo a existência de outros "deuses": "Não terás outros deuses além de Mim" (Êx 20:3, NVI). O que é surpreendente acerca do primeiro mandamento é que, tanto quanto se saiba, tal proibição era desconhecida nas religiões antigas do Oriente Próximo.
Tais religiões nada sabiam a respeito de um Deus ciumento que exigia exclusivo culto de adoração de Seu povo. Em tais religiões, honrar a todos os deuses era uma virtude benéfica para seus praticantes.
3. Imparidade do Senhor: Quando examinamos essa questão, temos que enfatizar uma coisa: a Bíblia descreve Deus como absolutamente santo, único e sem igual (cf. Dt 6:4; Is 6:3). Ele é o Ser não criado, o Eterno (cf. Isaías 43:10; 44:6-8). Sua natureza O coloca fora do domínio de Sua criação, ainda que tenha escolhido habitar com Suas criaturas.
Os que são chamados "deuses" são, na realidade, criaturas e, como tais, essencialmente diferentes do Senhor. Eles foram criados por Ele por meio de Cristo (cf Cl 1:16), mas escolheram rebelar-se (cf. Judas 6) e tentaram ocupar o lugar do Senhor na vida dos humanos (Is 14:13, 14; Ef 2:1, 2). Eles se proclamaram "deuses", mas são ainda subalternos ao Senhor e não podem agir independentemente dEle,(cf. pó 1:6-12; Cl 2:10).
Essa compreensão bíblica de Deus e da natureza dos "deuses" pode não combinar com a tradicional e estreita definição de monoteísmo, mas é monoteísta no sentido de não reconhecer a existência de nenhum outro ser que seja, em algum sentido, similar ao Senhor Deus ou que participe de Sua natureza distinta.
A singularidade de Deus não nega a pluralidade de pessoas na divindade, mas nunca deveria ser considerada como pluralidade de "deuses". O mistério da divindade reside no mistério de Sua imparidade. ©
Autor: Angel Manuel Rodriguez, diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral
Fonte: Adventist World, Dezembro 2008
Nota do Editor
A questão é assim tão simples, como demonstra o Dr. Angel Rodriguez, que, francamente, não dá para entender como pessoas que se dizem “bereanas” (Atos 17:11), estudiosas da Bíblia, saiam por aí espalhando asneiras e heresias sobre a natureza de Deus. A Bíblia é clara, objetiva e precisa: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Deuteronômio 29:29). Há dois mistérios neste mundo: 1) Mistério da Iniqüidade ou injustiça (origem do pecado e o “homem do pecado”); 2) Mistério da Eqüidade ou Justiça (encarnação de Jesus, Sua natureza, a natureza de Deus). Ora, se entendêssemos tudo sobre estes dois mistérios, deixariam de ser mistérios!!! O problema é que não sabemos 1% sobre NADA (nem sobre o feijão ou arroz que comemos todos os dias) e, no entanto, alguns “sábios” e “eruditos” na “achologia” querem saber TUDO sobre Deus!?
Para os sinceros e honestos que queiram saber mais sobre o assunto:
http://www.iasdemfoco.net/100.asp
http://www.iasdemfoco.net/mat/vale/abrejanela.asp?Id=42
http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=154
http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=162