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postado em: 25/11/2011
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Era Necessário o Sofrimento de Jesus?
O próprio Senhor Jesus admitiu que, para nos salvar, “era necessário” não apenas que morresse, mas também que sofresse (Mar. 8:31). Não podemos esquecer que, ao Se tornar o nosso Salvador, Cristo assumiu o nosso lugar como pecadores perdidos, com todas as contingências dessa condição.
A consequência última do pecado é a morte, mas ela envolve o sofrimento e a desdita. Tomando o nosso lugar, Cristo sofreu a resultante de toda hediondez do pecado. Por isso é dito acerca dEle, que “era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is. 53:3). Por quê? Porque “tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre Si” (v. 4). Porque, por amor de nós,“ao Senhor agradou moê-Lo, fazendo-O enfermar” (v. 10).
Assim, Seu sofrimento era necessário para a nossa salvação, tanto quanto Sua morte. Todo esse processo tornou-O um Salvador, mais que suficiente, capaz, isto é, devidamente habilitado a nos socorrer. Sofrendo as dores de toda a humanidade, pode Ele vir em apoio indistintamente a qualquer ser humano. Isso não ocorreria, se Ele tivesse suportado apenas o momento da morte (pior ainda se fosse morte “instantânea”, suave,“menos sofrida”), e não soubesse,“na carne” (I Ped. 4:1), o que é a nossa experiência. É assim que o escritor sagrado pôde declarar: “Pois Ele [Jesus], evidentemente, não socorre a anjos, mas socorre a descendência de Abraão. Por isso mesmo convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus, e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.” Heb. 2:16-18.
Evidentemente, Ele sofreu infinitamente mais do que nós, porque o Seu sofrimento não era apenas vicário (isto é, em nosso lugar); era, antes de tudo, expiatório (isto é, para nos salvar). Principalmente a partir do Getsêmani, e até o momento em que bradou “Está consumado!” Cristo arrostou a nossa penalidade total, e sofreu tudo aquilo que nos estava reservado, caso Ele tivesse decidido assumir a nossa culpa.
O sofrimento que se abaterá sobre os perdidos, no fim do milênio, será da mesma natureza, e, provavelmente, da mesma intensidade com que sobreveio a Jesus em Seu momento crucial. Por não terem aceitado o fato de que Ele tomou o lugar deles, eles O rejeitaram como Redentor. Então, terão, eles mesmos, de assumir a culpa e a penalidade de seus pecados. Quão importante é que tenhamos Jesus como nosso Salvador e Senhor sempre!
Ellen G. White declara:“Se Ele [Jesus] não fosse nosso representante, a inocência de Cristo ter-lhe-ia poupado toda essa angústia; foi, porém, devido a Sua inocência que Ele sentiu tão intensamente os ataques de Satanás. Todo o sofrimento que constitui o resultado do pecado foi lançado no seio do inocente Filho de Deus. Satanás estava ferindo o calcanhar de Cristo, mas toda aflição suportada por Cristo, todo pesar, toda ansiedade, estava cumprindo o grande plano da redenção do homem.” – Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 129.
Com efeito, “não houve uma só gota de nossa amarga miséria que Ele não provasse, parte alguma de nossa maldição que Ele não sofresse a fim de que pudesse levar a Deus muitos filhos e filhas”. – Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 253. – José Carlos Ramos, diretor do Programa de Pós-graduação do Salt, Campus Engenheiro Coelho, SP.
Texto extraído da Revista Adventista, janeiro de 2005.