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postado em: 24/12/2011
Alguns adventistas não se alimentam de nenhum tipo de carne, mesmo limpa, outros, sim. E há pessoas que condenam até mesmo o queijo, afirmando que é uma proibição do Espírito de Profecia. É verdade que o coalho que se usa para coagular o leite, para o fabrico do queijo, é feito de coalho de suínos?
A melhor alimentação que Deus proveu para o homem é à base de frutas. Segundo o relato do Gênesis, Deus lhes disse o seguinte: "Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento" (Gn 1:29).
Após a entrada do pecado, Deus acrescentou as verduras como um complemento na alimentação. Deus disse então a Adão e Eva: "Comerás a erva do campo" (Gn 3:18). A carne foi incorporada à alimentação do homem após o dilúvio. Deus ordenou a Noé que introduzisse na arca animais em pares. Dos animais limpos, sete pares dos animais imundos, um par. Após o dilúvio Deus autorizou Noé a comer animais. (Gn 9:3).
Naturalmente, podia comer apenas dos animais limpos. Se tivesse comido dos outros, teria eliminado imediatamente a espécie. "Deus não deu ao homem permissão para comer alimento animal, senão depois do dilúvio. Fora destruído tudo que pudesse servir para a subsistência do homem, e diante da necessidade deste, o Senhor deu a Noé permissão de comer dos animais limpos que ele levara consigo na arca." — Ellen G. White, Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p 373.
O consumo de animais limpos foi autorizado por Deus por duas razões:
1) Porque a vegetação havia sido destruída pelo dilúvio;
2) Para reduzir a duração da vida. "Permitiu Ele que aquela raça de gente longeva comesse alimento animal, a fim de abreviar sua vida pecaminosa. Logo após o dilúvio o gênero humano começou a decrescer rapidamente em tamanho, e na extensão dos anos." — Idem, p. 373.
É óbvio que destes sistemas de alimentação, o melhor de todos é o primeiro: o regime à base de frutas, verduras e cereais. E o pior dos três é o último: o regime à base de carne. Este último foi um alimento de emergência, e deve ser considerado dessa maneira.
Com respeito ao queijo, nos dias da Sra. White surgiu também esta pergunta, e ela a respondeu em duas etapas. Em primeiro lugar, disse que o queijo nunca deveria fazer parte da alimentação. Em 1868 escreveu: "Queijo nunca deve ser introduzido no estômago." — Idem, p. 368.
Em segundo lugar, deu um adjetivo qualificativo ao tipo de queijo que não devia ser usado. Quando estava sendo feita a tradução do livro A Ciência do Bom Viver para o alemão, os tradutores do livro escreveram a Ellen White perguntando como deviam traduzir a referência ao queijo que aparece na página 302 deste livro (edição em inglês), que diz: "O leite que se usa deve ser perfeitamente esterilizado; com esta precaução, há menos perigo de contrair doenças por seu uso. A manteiga é menos nociva quando comida no pão, do que empregada na cozinha; mas, em regra, melhor é dispensá-la inteiramente. O queijo é ainda mais objetável; é totalmente impróprio como alimento."
Os tradutores da Alemanha queriam saber se o queijo ali referido incluía qualquer tipo de queijo. A pergunta chegou às mãos do Pastor Guilherme White, que a respondeu da seguinte maneira: "Em resposta a sua carta de 7 de março, dir-lhe-ei que tenho estudado fielmente as perguntas que o senhor me fez. Minha mãe leu sua carta e, de acordo com suas instruções, sugiro-lhe o seguinte para o livro A Ciência do Bom Viver (edição em alemão). Na página 302, segundo parágrafo, últimas duas linhas: "O queijo forte é ainda mais objetável."”
"Isto deixa de lado a frase "é totalmente impróprio como alimento" e dá ao "queijo" um adjetivo qualificativo: "forte ". Se "forte" não é o termo que os senhores usam para designar o queijo comum vendido no comércio, de prolongado processo e tóxico, rogo-lhes que utilizem o termo adequado." - Carta do Pastor Guilherme White ao Pastor Conradi, em 27 de março de 1906.
Em resposta a este conselho, a edição em alemão de A Ciência do Bom Viver diz: "O queijo forte, picante, não deve ser comido." A edição em português diz praticamente o mesmo, à página 301: "Não se deve usar o queijo forte, de gosto picante."
Está claro, então, que o queijo em geral não é o melhor alimento, especialmente quando o processo de fabricação é prolongado e produz um queijo tóxico.
Vejamos agora a questão do coalho. Há vários processos de fabricação do queijo. Ele geralmente é feito utilizando-se coalhada de leite que se forma pela ação de coalhos obtidos do estômago de alguns animais, pela ação de certos sucos vegetais. Os animais mais utilizados são os de origem bovina. Raramente são usados suínos. Há também o processo que utiliza produtos químicos.
As grandes fábricas geralmente utilizam o coalho de origem bovina. Há lugares, como no interior do Estado de Minas Gerais, onde se costuma utilizar a coalhada de origem suína, mas não por fábricas de queijo, e sim por algumas fazendas. Isto significa que é necessário ter cuidado com tais tipos de queijo, geralmente produzido em pequenas quantidades por algumas dessas fazendas.
Equipe IASD Em Foco