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postado em: 9/10/2012
O Apocalipse e a marca da besta – Parte 4
Advertência contra o falso culto relevante hoje A advertência de João contra o falso culto ultrapassa o seu tempo, alcançando até o fim da história. Isso é indicado pelo fato de que as tentativas finais da besta de impor a falsa adoração são imediatamente seguidas pelo anúncio da queda de Babilônia e o julgamento sobre a besta e seus seguidores por ocasião da vinda do Filho do Homem nas nuvens do céu (Apoc.14:14). Ao tempo de João o falso culto era promovido especialmente mediante o culto ao Imperador, o que forçava os cristãos a terem que escolher entre Cristo ou César. Hoje o falso culto é promovido por uma variedade de agências satânicas mediante religiões tanto cristãs quanto pagãs. Isso torna a profecia da marca e número da besta particularmente relevante para o nosso tempo. A centralidade da profecia da marca da Besta Antes de discutir o escopo global do falso culto hoje, é importante observar a localização da profecia da marca da besta no centro do livro. A profecia é precedida pela grande batalha entre Cristo e o dragão no capítulo 12 e seguida pelo apelo divino final através das mensagens dos três anjos em Apocalipse 14, seguidas pelos juízos finais de Deus sobre a humanidade, especialmente sobre Babilônia. Em seu livro The Deep Things of God, John Paulien escreve: “No centro do livro do Apocalipse arma-se a grande batalha entre o dragão e o remanescente. Esta seção, com suas mensagens dos três anjos é o centro em torno do qual se estrutura o conteúdo do que João deseja transmitir. É a chave para entender o livro inteiro... Aqui Deus estabelece Sua agenda para o evento final da história da Terra” (pág. 122). A importância da profecia da marca da besta é evidente quando se examina a chamada literatura quiástica do Apocalipse. Vários eruditos têm feito notar que as mensagens do Apocalipse são expostas como um quiasma. A palavra “quiasma” deriva da letra “X” em forma de cruz, e é empregada para descrever a estrutura literária típica da literatura hebraica. Embora as composições literárias sigam um padrão A-B-C com o clímax sendo atingido no fim, a estrutura quiástica se caracteriza por uma linha A-B-A. Num esboço quiástico o relato progride de A para B, e então de volta ao A. Mas o segundo “A” expande o pensamento do primeiro “A”, como numa escala musical onde as mesmas notas mantêm-se retornando, mas num tom mais elevado. É importante observar também que numa estrutura quiástica o clímax do relato ocorre ao centro, com as seções precedente e seguinte movendo-se para cima e para distante dela. No Apocalipse a primeira metade do quiasma é histórica, enfocando eventos da história da Igreja cristã, enquanto a segunda parte é escatológica, tratando de eventos que levam à consumação da redenção. O centro da seção sobre a CRISE FINAL contém o tema teológico central do livro: O grande conflito entre Cristo e Satanás, que começa no céu e prossegue sobre a Terra, onde o dragão persegue o remanescente. Em sua desesperada tentativa para suprimir o genuíno culto a Deus, o dragão dá poder à besta que sobe do mar e à besta que sobe da Terra para impor o falso culto, colocando a marca e o número da besta sobre os seus seguidores. As tentativas da besta de suprimir a adoração de Deus (Apoc. 13) são seguidas pela advertência final de Deus à humanidade e os juízos sobre Satanás e seus seguidores. O ponto desta discussão sobre a estrutura quiástica do Apocalipse é que a profecia que estamos para estudar sobre a marca e o número da besta não é uma profecia isolada tratando com marcas externas dos títulos do papa, mas uma profecia central e fundamental que descreve em dramáticas imagens a tentativa desesperada final de Satanás em vencer sua batalha contra Deus, promovendo e impondo um falso culto idólatra. A marca e o número da besta representam as tentativas desesperadas de Satanás de vencer a batalha pela mente e o coração da humanidade, antes que Deus intervenha para executar os Seus juízos sobre o dragão, a besta, o falso profeta, e os ímpios, a fim de resolver o conflito cósmico por destruir permanentemente os ímpios e estabelecer um novo mundo. A questão-chave no conflito final é a adoração apropriada de Deus. A profecia de João a respeito da marca e o número da besta apela aos crentes para que reconheçam, não títulos papais, mas a adoração falsa global promovida por uma variedade de religiões, incluindo o catolicismo. No tempo de João, os cristãos defrontavam o desafio do falso culto, promovido especialmente pelo Imperador Domiciano, que desejava ser adorado como “DEUS E SENHOR”. Adicionalmente os cristãos tinham que enfrentar as religiões mais atrativas dos mistérios de Mitra, Cibele e Ísis, que ofereciam esperança para a vida no além. Hoje o desafio aos cristãos do falso culto é bem mais complexo e difundido. (Continua...)
Fonte: http://minutoprofetico.blogspot.com.br