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postado em: 30/4/2008
A Expiação na Teologia Adventista Qual o sentido da palavra “expiação” na teologia adventista? Na maioria das denominações religiosas, a palavra “expiação” não possui o sentido mais amplo que lhe dão os adventistas do sétimo dia. Por via de regra, os teólogos aplicam este vocábulo apenas ao que Cristo efetuou na cruz. Dizem que nosso ensino dá a entender que Cristo está fazendo outra expiação no Céu. Qual é, pois, a nossa compreensão deste assunto? O que o Salvador faz no Santuário celestial é aplicar os benefícios da expiação que Ele realizou com Sua morte. “Cremos que o sacrifício expiatório foi feito na cruz e provido para todos os homens, mas que no sacerdócio e ministério celestial de Cristo nosso Senhor, esta expiação sacrifical é aplicada à alma anelante”. — Questions on Doctrine, p. 348. Com este ponto de vista concordam as seguintes citações do Espírito de Profecia: “Quando Ele [Cristo] Se ofereceu na cruz, foi feita pelos pecados do povo uma expiação perfeita”. — Ellen G. White, em The Signs of The Times, 28 de junho de 1899. (Ver Heb. 7:27.) “Quando o Pai contemplou o sacrifício de Seu Filho, inclinou-Se diante dEle, em reconhecimento de sua perfeição. ‘Basta’, disse Ele. ‘A expiação está completa’“. — ElIen G. White, em Review and Herald, 24 de setembro de 1901. “Ele cumpriu uma fase de Seu sacerdócio morrendo na cruz pela raça caída. Agora está cumprindo outra fase [de Seu sacerdócio] pelo pleitear diante do Pai a causa do pecador arrependido e crente, apresentando a Deus as ofertas de Seu povo”. – Manuscrito 42, 1901. Para nós, como adventistas do sétimo dia, o vocábulo “expiação” tem um sentido mais dilatado. Embora abranja fundamentalmente o sacrifício expiatório de Cristo na cruz, como expiação completa provida para os pecados dos homens, ela inclui também outros aspectos importantes da obra da graça redentora. “O sacrifício expiatório todo-suficiente de Jesus nosso Senhor foi oferecido e completado na cruz do Calvário. Isto foi feito em favor da humanidade toda, pois ‘Ele é a propiciação pelos ... pecados ... do mundo inteiro” (I João 2:2). “Mas esta obra sacrifical só beneficiará realmente os corações humanos se entregarmos a vida a Deus ... e experimentarmos o milagre do novo nascimento. Nesta experiência, Jesus, nosso Sumo Sacerdote, aplica a nós os benefícios de Seu sacrifício expiatório. Nossos pecados são perdoados, tornamo-nos filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus, e a paz de Deus habita em nosso coração”. – Questions on Doctrine, p. 350. “Quando, portanto, se ouve algum adventista dizer, ou se lê em nossa literatura – mesmo nos escritos de Ellen G. White – que Cristo está fazendo expiação agora, deve-se compreender que isto significa simplesmente que Cristo está agora aplicando os benefícios da expiação sacrifical que Ele efetuou na cruz; que Ele a está tornando eficaz para nós individualmente, de acordo com as nossas necessidades e petições. A própria senhora White, já em 1857, explicou claramente o que ela queria dizer ao referir-se ao ato de Cristo fazer expiação por nós em Seu ministério: “‘O grande Sacrifício havia sido oferecido e aceito, e o Espírito Santo, que desceu no dia do Pentecostes, levou a mente dos discípulos do santuário terrestre para o celestial, onde Jesus havia entrado com o Seu próprio sangue, a fim de derramar sobre os discípulos os benefícios de Sua expiação’. — Primeiros Escritos, p. 260”. — Questions on Doctrine, pp. 354 e 355. “A compreensão que os adventistas têm da expiação nos leva a reconhecer pelo menos quatro aspectos do assunto, os quais, tomados em conjunto, completam o quadro: Expiação provida 1. Feita em favor de todo o mundo pela morte de Cristo na cruz. Como Salvador do mundo, Ele restaurou toda a raça ao favor de Deus, e, ao mesmo tempo, pôs o Universo em segurança contra a possibilidade de futura rebelião. Expiação Aplicada 2. Por meio do ministério de Cristo no santuário celestial; eficaz para toda alma que aceita esta provisão divina. Expiação Eliminatória 3. Quando, concluído Seu ministério sacerdotal, Cristo como Juiz determinar o destino de cada alma, sentenciando a cada um segundo suas obras. (Este exame dos livros de registro, ou juízo investigativo, começou em 1844.) Expiação Retribuitiva 4. Quando a sentença contra o pecado e os pecadores será executada, redundando na destruição final rebelião e na purificação do Universo”. Roy Allan Anderson, “A Expiação na Teologia Adventista”, O Ministério Adventista, setembro - Outubro de 1959, p. 11. Tudo isto pode ser deduzido acurada análise da palavra hebraica kaphar, traduzida por “expiação”. - Extraído de “Consultoria Doutrinária”, págs. 56 a 59.