Digite uma palavra chave ou escolha um item em BUSCAR EM:
postado em: 14/5/2008
O Santuário Celestial A correta compreensão do ministério de Cristo no santuário celestial é o fundamento da fé cristã. O santuário terrestre foi construído por Moisés, conforme o modelo que lhe foi mostrado pelo Senhor no monte (Êxo. 25:9). Esse santuário era apenas um símbolo ou representação em miniatura do verdadeiro santuário celestial; um “modelo e sombra das coisas celestes” (Heb. 8:5; 9:9). De igual forma, todo o serviço religioso que os sacerdotes realizavam nos dias do Antigo Testamento foi estabelecido “até o tempo oportuno da reforma” (Heb. 9:10). Se o santuário terrestre simbolizava o santuário celestial, os sacerdotes então representavam o verdadeiro sacerdote: nosso Senhor Jesus Cristo (Heb. 8:1 e 2). Templo no Céu O livro do Apocalipse registra uma visão do apóstolo João na qual ele pôde ver o templo no Céu. Naquela ocasião, o vidente observou que “diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo” (Apoc. 4:5). Também lhe foi permitido contemplar o lugar santo do santuário celestial com “sete lâmpadas de fogo ardendo” e o “altar de ouro”, tendo como equivalentes o candelabro de ouro e o altar do incenso do santuário terrestre. Novamente, “o templo de Deus foi aberto no Céu” (Apoc. 11:19), e João viu o lugar santíssimo atrás do véu interior. Ali contemplou a arca do concerto, representada pela arca sagrada construída por Moisés para guardar a Lei de Deus. João relatou que viu o santuário celestial. Aquele santuário, no qual Jesus ministra em nosso favor, é o grande original do qual o santuário construído por Moisés era uma cópia. Nenhum edifício terrestre podia representar a grandeza e a glória do templo celestial, a morada do Rei dos reis, onde milhares e milhares O servem, e milhões e milhões se prostram diante dEle (Dan. 7:10). Nesse templo, cheio da glória do trono eterno, os serafins, guardiães resplandecentes, velam o rosto em adoração diante de Deus. As verdades importantes acerca do santuário celestial e a grande obra ali efetuada em favor da redenção do homem deviam ser ensinadas através do santuário terrestre e seus serviços. Ministério de Intercessão Depois de Sua ascensão, nosso Salvador iniciou Seu trabalho como Sumo Sacerdote. O escritor do Livro aos Hebreus registra: “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (Heb. 9:24). Como o ministério de Jesus consistiria em duas grandes divisões, ocupando cada uma um período de tempo e tendo um lugar distinto no santuário celestial, da mesma forma o culto simbólico (no santuário terrestre) consistia no serviço diário e anual, e a cada um deles se dedicava uma seção do tabernáculo. Jesus Cristo, depois de ascender ao Céu, compareceu à presença de Deus para oferecer Seu sangue em benefício dos crentes arrependidos. No símbolo, o sacerdote espargia o sangue por ocasião do serviço diário, no lugar santo, em favor dos pecadores. Embora o sangue de Cristo possa livrar o pecador arrependido da condenação da Lei, não anula o pecado. Este permanece registrado no santuário até a expiação final. No tabernáculo terrestre, o sangue da vítima garantia o perdão ao pecador arrependido, mas seu pecado continuava no santuário até o dia da expiação, quando o santuário era purificado. Dia do Juízo Segundo o Apocalipse, no grande dia do juízo final, os mortos serão julgados “segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros” (Apoc. 20:12). Então, em virtude do sacrifício expiatório de Cristo, os peca dos de todos os que se tenham arrependido sinceramente serão apagados dos livros celestiais.Dessa forma, o santuário será libertado ou purificado dos registros do pecado. No santuário terrestre, essa obra de expiação, ou o ato de apagar os pecados, estava representado pelos serviços do dia da expiação, ou seja, da purificação do santuário terrestre que se realizava em virtude do sangue do animal oferecido como vítima e por eliminação dos pecados que o manchavam. Salvação Individual Satanás inventa meios inumeráveis para distrair nossa mente da obra em que precisamente devemos estar ocupados. O arquienganador aborrece as grandes verdades que ressaltam a importância do sacrifício expiatório de um Mediador todo-poderoso. Sabe que o êxito de seus projetos reside em desviar a mente de homens e mulheres de Jesus e Sua obra. Porém, Cristo Jesus advoga em nosso favor com Suas mãos feridas, Seu corpo marcado pelas cicatrizes da coroa de espinhos, dos cravos e lança, e declara a todos os que desejam segui-Lo: “Minha graça te basta” (II Cor. 12:9). “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma, porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve” (Mar. 11:28-30). Portanto, ninguém deve considerar seus defeitos como sendo incuráveis. Deus concederá fé e graça para vencê-los. Estamos vivendo no grande dia da expiação. Quando o sacerdote fazia propiciação por Israel, no serviço do santuário terrestre, todos deviam afligir suas almas arrependendo-se dos seus pecados e humilhando-se perante o Senhor, sob pena de se verem separados do povo. Semelhantemente, todos os que desejam ter o nome conservado no livro da vida, devem agora, nos poucos dias que nos restam do tempo de graça, tomar algumas atitudes imperiosas: • Afligir a alma diante de Deus, com verdadeiro arrependimento e dor pelos pecados cometidos. • Esquadrinhar profunda e sinceramente o coração. • Deixar o espírito leviano e frívolo que caracteriza muitos cristãos professos. Uma luta renhida aguarda a todos aqueles que desejam subjugar as más inclinações que tentam dominá-los. A obra de preparo é individual. Não somos salvos em grupo. A pureza e a devoção de alguém não suprirá a falta dessas qualidades em outra pessoa. Embora todas as nações devam ser julgadas por Deus, Ele examinará o caso de cada indivíduo de um modo tão criterioso e justo como se não houvesse mais ninguém sobre a Terra. Cada pessoa deve ser provada e encontrada sem mácula, nem ruga ou coisa semelhante; limpa pelo sangue de Cristo. As cenas relacionadas com a obra de expiação são muito solenes. Os interesses que a envolvem são incalculáveis. O juízo pré-advento está em andamento agora, no santuário celestial, desde 1844. Logo serão julgados os vivos. Nossa vida será passada em revista na augusta presença de Deus. Mais que em qualquer outro tempo, devemos agora atentar para a admoestação do Senhor; “Vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo” (Mar. 13:33). Momento Decisivo Quando for concluída a obra do juízo pré-advento, também estará decidida a sorte de todos, para a vida ou para a morte. O tempo de graça terminará pouco antes de o Senhor aparecer nas nuvens do céu. Olhando esse momento, Cristo declara, segundo o Apocalipse: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras” (Apoc. 22:11 e 12). Os justos e os ímpios continuarão vivendo na Terra em seu estado mortal, os homens seguirão plantando, colhendo, edificando, comendo e bebendo, inconscientes de que a decisão final e irrevogável foi pronunciada no santuário celestial. De repente, como o ladrão à meia-noite, chegará a hora decisiva que fixa o destino de cada um, quando será retirado definitivamente o oferecimento de graça aos culpados. Longe de produzir um sentimento de tristeza, culpa ou angústia, essa realidade deve conduzir-nos à alegria da salvação, ao gozo de nos sentirmos perdoados, à confiança na intercessão de Jesus. Sim, devemos ser levados a depender unicamente da Sua graça que nos molda e habilita para os acontecimentos finais. Autor: Roberto Pinto, Secretário ministerial da associação Argentina Central Fonte: Ministério Maio/Junho de 2001.