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postado em: 6/2/2008
O Significado da Expressão "Mortos Para a Lei" Ensina Rom. 7:1-4 que os Dez Mandamentos foram abolidos, e, pela nossa união com Cristo, estamos livres da lei? O trecho citado da epístola aos Romanos é conhecido como a analogia do casamento. Vamos reproduzir os versículos para melhor entendermos o sentido. "Porventura ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda "a sua vida? Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei, e não será adúltera se contrair novas núpcias. Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, Aquele que ressuscitou dentre os mortos, e deste modo frutifiquemos para Deus". Como é óbvio, neste trecho o apóstolo Paulo compara a união do crente com Cristo a um segundo matrimônio. O crente, simbolizado pela "mulher", está livre para desposar Cristo, o Salvador ressuscitado, quando o matrimônio anterior estiver dissolvido pela morte do primeiro marido. No capítulo anterior se diz que "nosso velho homem" está crucificado com Cristo. Sua sepultura é simbolizada pelo batismo (Rom. 6:3-7). O crente não pode desposar o "velho homem" e Cristo ao mesmo tempo; mas quando "nosso velho homem" estiver morto, estamos livres para pertencer "a outro, a saber Aquele que ressuscitou dos mortos" (7:4). Isto de modo algum significa que a lei está morta. É o "velho homem" que está morto. A lei permanece; e quando a "mulher" casa de novo, fica ligada a seu segundo marido como estava ligada ao primeiro. "A expressão "morremos para aquilo em que estávamos retidos", claramente refere-se à nossa natureza pecaminosa, O pecado, agindo mediante a nossa natureza corrupta, era o que nos retinha (versos 24 e 25). E acrescente-se que o original diz "tendo morrido" ou "estando mortos", o que reforça e esclarece ainda mais o pensamento do apóstolo". A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, p. 129. A imagem do casamento é freqüentemente empregada na Bíblia para representar a ligação espiritual que existe entre Deus e Seu povo, e a infidelidade para com Deus é comparada à infidelidade matrimonial, Apenas um exemplo: "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus". S. Tiago 4:4 - E pode-se comparar com outros textos, como Juizes 2:17; 1 Crôn. 5:25; Isaías 62:4; Jer. 3:8,9, 14; 31:32; Ezeq. 23:27, 35; Oséias 4:12; 5:4. A Bíblia acha-se repleta destas comparações. É seu ensino dominante a analogia de casamento para a relação entre o cristão e Deus. Tentar, pois, casar com o "velho homem" e com Cristo ao mesmo tempo, equivale a cometer adultério espiritual. Se a lei que declara adúltera a mulher que tenha dois maridos vivos estivesse morta ou abolida, não haveria então nenhum fundamento na analogia de Paulo. A mulher não podia ser considerada adúltera. Mas pelo fato de a mulher, com dois maridos vivos, ser declarada adúltera, é como se o texto em questão declarasse que a lei que proíbe o adultério é obrigatória. É só por ela que se define o adultério. É por ela que se define todo pecado. É ela que revela toda transgressão. O apóstolo não ensina, de modo algum, que este sétimo mandamento do decálogo esteja morto ou abolido, como de resto nenhum dos outros nove mandamentos. Seria o absurdo. Será bom ler todo o capítulo 7 de Romanos e também o 8, para se confirmar que devemos estar livres é do pecado, não da lei. - Extraído do livro Consultoria Doutrinária.