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postado em: 15/8/2008
Efeito da Música Sobre a Mente Para podermos falar sobre o efeito da música na mente, precisamos definir o que é música. De acordo com o dicionário Silveira Bueno, é a “Arte e ciência de combinar os sons de modo que agradem ao ouvido; qualquer composição musical; execução de qualquer peça musical; qualquer conjunto de sons”. E o que é som? “Efeito produzido no órgão da audição pelas vibrações dos corpos sonoros; aquilo que impressiona ao ouvido; ruído; emissão da voz.” Som é um estímulo externo que ativa os sentidos através de vibrações que produzem imagens mentais, lembranças e respostas físicas e emocionais. A música, em si, é som governado pelo tempo e espaço, o que influencia os sentimentos, as idéias, as emoções, a disposição e o comportamento de uma pessoa. Portanto, a música é a combinação dos seguintes elementos: ritmo, melodia, harmonia, timbre e andamento. O corpo humano é a síntese da expressão musical, pois todos os elementos usados para fazer da música o que ela é, estão em nós. Uma pesquisa científica descobriu que os genes não carregam somente o plano ou projetos da vida, mas também a música. Podemos então dizer como Davi: “Pois Tu formaste o meu interior, Tu me teceste no seio de minha mãe. Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não Te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da Terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no Teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda. Que preciosos para mim, ó Deus, são os Teus pensamentos! E como é grande a soma deles!” (Sal. 139:13-17). “A história dos cânticos da Bíblia está repleta de sugestões quanto aos usos e benefícios da música e do canto. A música muitas vezes é pervertida para servir a fins maus, e assim se torna um dos poderes mais sedutores para a tentação. Corretamente empregada, porém, é um dom precioso de Deus, destinado a erguer os pensamentos a coisas altas e nobres, a inspirar e elevar a alma.”[1] “A melodia de louvor é a atmosfera do Céu; e, quando o Céu vem em contato com a Terra, há música e cântico — ‘ações de graças e voz de melodia Isa. 51:13.”[2] “É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais.”[3] Ondas sonoras e vibrações harmoniosas agindo sobre o tímpano provocam o surgimento de substâncias químicas e impulsos nervosos que registram em nossa mente os diferentes timbres que ouvimos. Eles dão choque em seqüências rítmicas nos músculos que produzem neles contração e põem em movimento nossos braços, mãos, pernas, pés e eliciam respostas físicas como o sexo, fome, sede, etc. De acordo com Larson, a música ataca diretamente o sistema nervoso e não depende da parte central do cérebro para conseguir entrada no organismo. O resultado é que, pelo tálamo, parte do cérebro que está abaixo do cérebro, o centro de nossas emoções, sensações e sentimentos, pode ser estimulada. Contudo, “a palavra falada precisa passar pelo cérebro central para ser interpretada, traduzida e adaptada para conteúdo moral. Portanto, a música que ouvimos afeta o sistema nervoso, o sistema nervoso autônomo e o corpo todo.”[4] “A música é um aspecto de nosso ambiente físico que tem efeito sobre a saúde e o bem-estar do corpo humano. Quando cercado por sons agradáveis, o corpo é revigorado, energizado e equilibrado.”[5] O rock é a música que provoca os efeitos mais adversos no corpo humano. Consiste em um volume excessivamente alto e ritmos persistentes, além das batidas alternantes (batida posterior que enfatiza o tempo fraco e suspende a batida anapética). A batida anapética (contratempo) enfraquece o corpo porque vai contra o ritmo natural da fisiologia humana, afetando o coração e a pressão sanguínea. Essas batidas e volumes foram características marcantes na geração dos anos 60. Eram companheiros da música rock: drogas, imoralidade, violência e rebelião contra a autoridade dos pais. Até hoje é assim. “O efeito negativo do rock é a alternância em movimento homolateral no cérebro, que causa a atividade de um lado devida às ondas cerebrais estarem fora de sincronia. Essa alternância pode causar dificuldades de percepção, diminuição na produção escolar, no trabalho, hiperatividade e inquietação, redução na capacidade de tomar decisões e perda de energia sem razão aparente. Há também uma queda na dose de açúcar no sangue (a fonte de nutrição do cérebro) que, depois de um período de tempo, resulta em mudanças estruturais nas células cerebrais. Isso causa a seguir a incapacidade do corpo em distinguir entre o que é bom e o que é prejudicial. Também reveste os princípios da moralidade rejeitando o que é bom e colhendo o mal. [6] “A intensidade das vibrações e volume produzem uma perda auditiva e a superprodução de adrenalina que estimula excessivamente as glândulas sexuais sem que haja uma secreção normal.”[7] “Outros estudos científicos têm revelado que plantas e camundongos têm seu crescimento retardado quando estão sujeitos à música rock. Alguns dos resultados foram a perda de capacidade de aprender por causa da desconexão dos neurônios no cérebro, onde ela ocorre, e o dano é irreversível. Seres humanos são afetados da mesma maneira.”[8] Como a música é uma expressão da alma, aquilo de que as pessoas se alimentam irá influenciar o caráter, pois contemplando somos transformados. Do momento em que acordamos até a hora em que dormimos, somos expostos a centenas de sons. Desde o pequeno cantar dos pássaros, até o barulho infame do despertador que nos acorda pela manhã. Como músicos, educadores e cristãos, desenvolvamos uma estratégia através de campanhas para reverter o que está acontecendo com nossos jovens. “A música deve ter beleza, emoção e poder. Ergam-se as vozes em hinos de louvor e devoção. Chamai em vosso auxílio, se possível, a música instrumental, e deixai ascender a Deus a gloriosa harmonia, em oferta aceitável.”[9] Referências: 1. Ellen White, Mensagens aos Jovens, pág. 291. 2. Ibidem. 3. Ibidem, pág. 292. 4. Larson, Bob. Rock & Roll, The Devils Diversion (McCook: Creation, 1970), pág. 81. 5. Diamond, John. Behavioral Kinesiology (New York: Harper, 1979), pág. 98. 6. Ibidem, pág. 103. 7. Larson, Op. Cit., pág. 81. 8. Diamond, Op. Cit., pág. 103. 9. Ellen White, Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 457. Autor: Edson Cardoso França Fonte: Revista Adventista, fevereiro de 2005.