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postado em: 17/10/2008
O Que Mudou no Manual da Igreja?
Revisões no Manual da Igreja Edição 2005
Sei que a cada cinco anos, por ocasião da Assembléia Mundial da Igreja, é lançada uma nova edição do Manual da Igreja. Gostaria de saber quais foram as alterações feitas na última Assembléia, em julho de 2005.
Em primeiro lugar, queremos lembrá-lo de que as modificações não acontecem em pontos teológicos ou que envolvam princípios bíblicos, pois esses são imutáveis.
As mudanças quase sempre dizem respeito à aplicação de algumas orientações do Manual da Igreja ou a uma melhor compreensão da igreja em relação a algum assunto antes não muito claro. Isso revela a seriedade com que a Igreja lida com os princípios, as normas e as orientações que ajudam a manter sua unidade de pensamento e ação em todo o mundo.
A seguir estão algumas das principais alterações e acréscimos feitos na nova edição do Manual da Igreja. Aqui apresentamos a informação de forma bem objetiva. Para obter mais detalhes sobre o contexto de cada assunto, você deverá consultar o texto do Manual.
1. REBATISMO DE PESSOAS VINDAS DE OUTRAS DENOMINAÇÕES:
Edição 2000:
A igreja deveria esclarecer sobre a possibilidade bíblica da realização do rebatismo e insistir para que a pessoa aceitasse esse novo batismo. Só em caso de negação decidida, deveria ser feita a opção de aceitar o novo membro por profissão de fé.
Edição 2005:
A Igreja deve esclarecer sobre a possibilidade bíblica da realização do rebatismo, mas deixar a decisão completamente a critério da pessoa. Não se deve insistir, pois esse é um assunto em que a pessoa envolvida, sob a influência do Espírito Santo, deve ter total liberdade para decidir.
Observação: Nesses casos, só se aplica a profissão de fé se a pessoa que está vindo de outra denominação vive de acordo com os princípios do evangelho conforme a luz que recebeu. Nunca se aplica no caso de pessoas que, apesar de serem de outra igreja, estavam apostatadas.
2. PARTICIPAÇÃO DE MÚSICOS NÃO ADVENTISTAS NA LITURGIA DO CULTO:
O Manual da Igreja admite a possibilidade de uma pessoa não batizada, que freqüenta a igreja, participar no coro da igreja. A condição exigida é que seja, de preferência, membro da Escola Sabatina ou da Sociedade de Jovens.
Na nova edição do Manual da Igreja, o mesmo critério é usado não apenas para a escolha de membros do coro, mas também de outros músicos (ver página 77).
Observação: Além dos critérios mencionados acima, o Manual da Igreja também inclui a questão do vestuário, testemunho, caráter etc.
3. CREDENCIAIS VENCIDAS:
A vigência das credenciais dos obreiros equivalia ao período do mandato da organização que confere as credenciais (anual, trienal ou qüinqüenal).
A vigência das credenciais dos obreiros passa a ser definida pelos regulamentos do Campo e renovadas pela Comissão Diretiva (ver página 150).
4. ELEIÇÕES NA IGREJA LOCAL:
Depois de ser feita a escolha da comissão especial, essa deveria recomendar à igreja os nomes para a Comissão de Nomeações com a sugestão dos nomes para a função de presidente e secretário(a).
A Comissão Especial recomenda à igreja os nomes para a Comissão de Nomeações com sugestão apenas para secretário(a), O presidente da Comissão de Nomeações é o pastor distrital, não precisando do voto da igreja para isso (ver página 154).
5. REUNIÃO ADMINISTRATIVA DA IGREJA:
Uma Reunião Administrativa da igreja poderia ser realizada normalmente sem a exigência de quorum. Assim, com qualquer número de membros presentes se poderia deliberar sobre qualquer assunto com a maioria dos votos dos membros presentes e que votassem.
Na nova edição do Manual da Igreja, os critérios para votação numa Reunião Administrativa continuam sendo os mesmos, com a diferença que agora é necessário estabelecer o quorum mínimo para a realização da reunião (ver página 87).
Observação: O quorum deverá ser decidido numa Reunião Administrativa ou pela Comissão da Igreja.
6. MOTIVOS PARA DISCIPLINA ECLESIÁSTICA:
Na edição em português (só no Brasil) havia um problema de tradução no parágrafo que introduz a lista de razões para disciplina eclesiástica. O texto em português dava a entender que a lista que se segue não era completa, o que dava abertura para
algumas pessoas determinarem outros motivos para disciplinar um membro.
Na nova edição foi feita a correção na tradução, eliminando-se esse problema. Ou seja, o Manual da Igreja apresenta as razões pelas quais um membro poderá estar sujeito à disciplina eclesiástica. Nenhuma pessoa ou igreja tem a liberdade de estabelecer outras razões além das que estão no Manual da Igreja (ver página 194).
7. NOVIDADES NA NOVA EDIÇÃO DO MANUAL DA IGREJA:
a. Nova crença fundamental:
Foi acrescentada mais uma crença às nossas 27 Crenças Fundamentais. Ela entra depois da Crença número dez e é intitulada Crescimento em Cristo. A que era número onze passa a ser doze e assim por diante, totalizando 28 Crenças Fundamentais (ver página 12).
b. Voto batismal alternativo:
O voto batismal possui 13 itens e é um resumo das nossas principais doutrinas. Mas há situações especiais em que se pode usar um voto batismal alternativo resumido, com apenas três declarações abrangentes. Mas fique claro o seguinte: é alternativo, ou seja, deverá ser usado apenas em situações especiais que justifiquem a mudança (ver página 33).
c. Método alternativo de transferência de membros:
Se houver necessidade, uma Divisão pode aprovar um método alternativo de transferência de membros dentro do seu território. Isso poderá resolver algumas dificuldades específicas em alguns países e lugares longínquos em que o método usual seja ineficiente (ver página 37).
d. Envolvimento leigo na Missão da Igreja:
Entre outros, há dois textos muito interessantes sobre a importância do envolvimento dos membros da igreja na missão, Um deles é intitulado: Envolvendo Cada Membro no Ministério; o outro é: Ministério de Pequenos Grupos. Seria muito interessante que esse material fosse apresentado e estudado numa reunião com toda a igreja (ver páginas 66 a 70).
Fonte: Revista do Ancião out-dez 2006