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postado em: 24/10/2008
Uso de Calça Comprida
Calças Compridas
Qual é a posição oficial da igreja em relação a moças trajando calças compridas, inclusive em algumas das nossas instituições? A igreja aprova? Qual é a orientação?
Esse talvez seja um dos assuntos mais complexos e polêmicos em nossa igreja na atualidade, quando o assunto é modéstia cristã. Há muitos pontos de vista distintos em relação a esse tema tão controvertido.
Todavia, quero apresentar-lhe o meu parecer sobre o assunto. Qual é o grande problema das calças compridas? Imagino que seja a demarcação curvilínea do corpo feminino, bem como do masculino. Em ambos os casos, são necessários: equilíbrio, prudência e “bom senso” no trajar-se. Vou enumerar quatro pontos que merecem nossa reflexão:
1) Atividades esportivas que requeiram movimentos rápidos, em que haja subidas e descidas.
Entendo que em algumas atividades as calças compridas vestem melhor do que qualquer outra roupa. Vou lhe dar alguns exemplos: andar de bicicleta por um período relativamente longo, andar de motocicleta, andar a cavalo, fazer urna caminhada, fazer rapei, exploração de cavernas, entre outras atividades.
Creio que o uso das calças compridas é circunstancial. Quando a Bíblia fala de roupas, a orientação é: com “modéstia, e bom senso’: isto é, sobriedade e sabedoria (1 Tim. 2:9 e 10). Usando calças compridas nessas circunstâncias ocasionais enumeradas acima, estaremos evitando que nossas jovens exponham certas partes do corpo desnecessariamente.
2) Há países e regiões frias onde a baixa temperatura pode trazer sérios danos à saúde das nossas irmãs.
Vejo sabedoria e prudência quando, nesses países e regiões muito frias, nossas irmãs agasalham o corpo quase inteiro, fazendo o uso de calças compridas como “traje decente”.
É importante dizer que, se o problema das calças compridas está na demarcação curvilínea do corpo feminino, o problema pode estar em qualquer outra peça de roupa; há saias e vestidos curtos e ás vezes até transparentes que vestem muito mal as nossas irmãs. Isso é preocupante!
Reitero: quando a Bíblia expõe o assunto da modéstia cristã, a orientação de Deus é pautada sobre o “bom senso” a “modéstia” e o “equilíbrio”. Essas três virtudes são obras diárias do Espírito Santo (1 Ped. 3:3 e 4).
3) Não podemos banalizar o uso das calças compridas em nossas atividades diárias.
Eu até entendo que algumas de nossas irmãs precisam trabalhar fazendo o uso dessa vestimenta por se tratar de uniforme de trabalho ou equipamento de trabalho, e também compreendo que a maioria das escolas de hoje a adota como parte do uniforme escolar. E lógico que há sabedoria e prudência nesse particular.
Todavia, entendo que a melhor roupa para a adoração ao nosso grande Deus, na igreja, nos cultos, seja na quarta-feira, no sábado ou no domingo, é um bom vestido e um bom conjunto formado de saia e blusa, “com modéstia e sobriedade” cobrindo muito bem o corpo feminino. Quanto aos homens, sejam também cautelosos no uso da roupa.
4) A roupa que usamos reflete o nosso caráter.
Nossa indumentária é o transbordar daquilo que vai diariamente dentro do coração. A roupa vai cada dia exteriorizando quem é que está sentado no trono do coração. Ouça as palavras da inspiração: “A simplicidade no vestuário dará realce a uma senhora sensata. Julgamos o caráter de uma pessoa pelo gênero de vestidos que usa. Uma senhora modesta, piedosa, vestir-se-á discretamente. Um gosto apurado, um espírito culto, revelar-se- ão na escolha de um traje singelo e decente”. — Mensagens aos Jovens, pág. 353.
Cuidemos para não fazer da moda e suas tendências um deus em nossa vida.
Autor: Pastor Otimar Gonçalves
Fonte: Revista Adventista, ABRIL 2007.
Nota do Editor IASD Em Foco:
Roupas não salvam ninguém, no entanto elas revelam o nosso caráter (na Bíblia são usadas até como simbolismo de caráter: Vejam Tema Livre 1). Através das nossas atitudes, que evidenciam o nosso caráter (Mateus 7:16 e 20), nos poderemos encaminhar outros para a salvação ou para a perdição (Romanos 14:7 e 13). Nosso Senhor, Jesus, colocou uma sentença muito dura para aqueles que incorrerem neste tipo de atitude leviana (mau exemplo) que induza outros a desviarem-se do santo e reto caminho: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar” (Mateus 18:6).
Para aqueles que queiram saber mais sobre o assunto:
Dr. Samuele Bacchiocchi, Qual a Roupa Certa?, Editora Tempos.