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postado em: 7/11/2008
Natureza da Vinda de Cristo
A segunda vinda de Cristo não é literal, mas espiritual. Ele vem ao cristão na conversão ou na morte.
HÁ UM SENTIDO EM QUE CR15TO VEM A NÓS NA CONVERSÃO. QUANDO O ACEITAMOS, ELE ENT EM NOSSO CORAÇÃO PELO SEU Espírito e guia nossa vida. A experiência da vinda do Espírito na vida dos apóstolos dependia da partida de Crísto, Disse o Mestre:
“Se Eu não for, o Consolador [que é o Espírito Santo] não virá para vós outros; se, porém, Eu for, Eu vo-lo enviarei.” João 16:7; 14:26. Portanto, essa experiência da comunhão espiritual com Cristo através do Seu Espírito está tão longe de ser a segunda vinda de Cristo, que a comunhão depende de Sua ida, de Sua partida.
Quando Cristo falou da Sua ida, disse aos Seus discípulos que era com a finalidade de preparar um lugar para eles. Então acrescentou:
“Voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que, onde Eu estou, estejais vós também” (veja João 14:1-3). Ora, certamente Cristo não veio a fim de levar os discípulos para o país celestial no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo veio sobre eles. Todavia, quando Cristo retornar, um aspecto importante será a recepção dos crentes para Si mesmo.
Aos filipenses, que eram convertidos e tinham iniciado a carreira cristã, Paulo disse: “Estou plenamente certo de que Aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” Filip. 1:6. Falou aos tessalonicenses de maneira semelhante: “Deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o Seu Filho.” 1 Tess. 1:9 e 10.
Em ambos os exemplos, os leitores a quem Paulo se dirigiu eram conversos, e em ambos os exemplos eles foram instruídos a aguardar “dos céus” a vinda de Cristo, a quem Deus ressuscitara mortos. Paulo certamente não acreditava que a vinda de Cristo era na conversão, mas que a conversão nos preparava para o glorioso evento futuro da vinda de um Ser pessoal que fora ressuscitado dos mortos.
Quando Cristo veio pela primeira vez, Seu advento foi literal. Ele era um ser real entre as pessoas. Mesmo depois da Sua ressurreição, Ele disse aos discípulos: “Vede as Minhas mãos e os Meus pés, que sou Eu mesmo; apalpai-Me e verificai.” Luc. 24:39.
Que fundamento existe para a conclusão de que o Seu segundo advento será menos real? Se Ele veio literalmente a primeira vez, não devemos naturalmente concluir, a menos que haja clara evidência em contrário, que Ele virá literalmente no segundo advento?
Não existe nenhuma evidência bíblica em contrário, Mas há evidência específica em apoio da conclusão de que o segundo advento será literal. Quando Cristo subiu, dois mensageiros celestiais disseram aos discípulos: “Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao Céu virá do modo como o vistes subir,” Atos 1:11.
Acrescente a seguinte declaração de Paulo: “O Senhor mesmo ... descerá dos céus,” 1 Tess. 4:16. Não é simplesmente uma influência espiritual que virá outra vez, mas “esse Jesus que dentre vós foi assunto ao Céu”. Não é nem um representante celestial, literal e real como tal representante pudesse ser, mas “o Senhor mesmo... descerá dos céus”. E isso o que diz a passagem bíblica.
Lemos também que, quando Cristo vier, o resplendor dessa vinda iluminará todo o céu e sua ofuscante glória fará os ímpios fugir de terror. Além disso, lemos que, quando Cristo vier, os mortos serão ressuscitados para a vida e, acompanhados dos justos vivos, serão arrebatados para encontrar o Senhor nos ares (veja Mat. 24:27; Apoc. 6:14-17; João 5:28 e 29; 1 Tess, 4:15-18).
Somente quando uma pessoa está pronta a espiritualizar o mais literal e claro valor das palavras, pode apoiar a idéia de que a segunda vinda de Cristo é espiritual e não literal. Mas, quando as palavras são despojadas do seu significado mais natural, então remove-se toda a base de discussão quanto ao que a Bíblia ensina.
A própria evidência que estabelece o fato de que a vinda de Cristo é literal, e que não deve ser confundida com a conversão, estabelece também o fato de que a vinda não pode ser na morte. Os ímpios não fogem de terror diante da morte de uma pessoa justa, nem são os justos ressuscitados dos mortos por ocasião da morte.
Todavia, a fuga dos ímpios e a ressurreição dos justos caracterizarão o segundo advento. O advento de Cristo será tão real que “todo olho O verá, até quantos O traspassaram”. Apoc. 1:7.
Autor: Francis D. Nichol
Fonte: Respostas a Objeções