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postado em: 7/11/2008
Referências ao Sábado no NT
“A palavra ‘sábado’ ocorre umas sessenta vezes no Novo Testamento. Em todos os casos, exceto um, os adventistas admitem que o sábado semanal tem o mesmo significado. No único caso, porém, onde a palavra no grego é a mesma (Col. 2:16), eles insistem que ela significa algo diferente. Por quê? Não é que eles sabem que este único verso.., destrói completamente todos os seus argumentos para a guarda do sábado pelos cristãos?”
OS ILUSTRES COMENTARISTAS CITADOS NO FINAL DA OBJEÇÃO ANTERIOR ADMITEM QUE O SÁBADO SEMANAL TEM O MESMO SIGNIFICADO em uns cinqüenta e nove exemplos, como revela a referência aos seus comentários sobre aqueles textos, mas igualmente reconhecem que este sexagésimo exemplo trata dos sábados anuais! Todavia, eles não têm nenhum interesse em provar qualquer coisa em favor do sábado do sétimo dia, Citamos comentaristas observadores do domingo!
Não é nenhum segredo que a palavra grega traduzida por “sábado” no Novo Testamento significa simplesmente “descanso” e em si mesma não dá nenhuma indicação quanto a que espécie de descanso ou qual dia de descanso. Os cristãos que falavam o grego davam o significado correto da palavra pelo contexto em que a encontravam, como fazemos com muitas palavras.
Repetindo uma ilustração dada anteriormente, a palavra “dia” requer o contexto para tornar certo o período de tempo a que se refere. Pode ser a parte clara das vinte e quatro horas, todas as vinte e quatro horas, ou um período indefinido, como “este é um grande dia em que estamos vivendo”. Ora, simplesmente porque um escritor usa a palavra “dia” cinqüenta e nove vezes significando vinte e quatro horas, isso não fornece nenhuma prova em si de que o seu sexagésimo emprego da palavra deve significar o mesmo período de tempo! O contexto deve decidir.
Se um escritor, por exemplo, disse que “o dia findava enquanto o horizonte ocidental tingia-se de vermelho com a luz refletida do pôr-do-sol”, o contexto do céu avermelhado e do pôr-do-sol seria suficiente para determinar que ele não estava usando a palavra “dia” para significar vinte e quatro horas, mas apenas a parte clara dele. Os cinqüenta e nove ou quinhentos e cinqüenta e nove empregos anteriores da palavra pelo escritor significando vinte e quatro horas não afetariam nossa conclusão de que aqui estava um exemplo onde somente a parte clara do dia era cogitada.
De fato, o caso que está diante de nós requer a conclusão oposta daquilo que o opositor do sábado procura estabelecer. Ele admite que umas cinqüenta e nove outras referências ao “sábado” no Novo Testamento falam do sábado do sétimo dia, Nenhuma dessas referências sugere que o sábado havia perdido, estava em processo de perder, ou devia perder algo da santidade que o havia distinguido até ali. Portanto, se o Novo Testamento ensina a abolição do sábado, este ensino deve ser encontrado nessa única sexagésima referência.
Não nos lembramos neste momento que alguém tenha seriamente tentado encontrar um motivo para a abolição do sábado em qualquer uma das outras cinqüenta e nove referências. Os opositores do sábado limitam-se a esta sexagésima referência ao “sábado” em Colossenses 2:16 e francamente se apóiam “completamente”“neste único verso” para despedaçar todos os “argumentos adventistas para a guarda do sábado pelos cristãos”.
Este é um peso muito grande para se colocar sobre um único texto, mas é esclarecedor saber que a discussão da palavra “sábado” no Novo Testamento pode ser reduzida a isto. Se este texto realmente ensina a abolição do sábado, que choque deve ter vindo aos crentes cristãos espalhados pelo Império Romano enquanto a Carta aos Colossenses lentamente seguia seu caminho, na forma de cópias manuscritas, para as diferentes igrejas.
Poderíamos imaginar o comentário deles sobre esta ordem: “Temos lido nas Escrituras desde Moisés até Malaquias e encontramos ali um mandamento para santificar o sábado do sétimo dia do Decálogo. Temos lido numerosas referências ao sábado nos escritos dos apóstolos, mas eles não deram nenhuma sugestão de que o sábado foi abolido na cruz. Por que deixaram de fazê-lo em todas as suas cinqüenta e nove referências ao sábado?”
Mas aqueles primeiros cristãos teriam achado necessário fazer tal pergunta? Não. Eles tinham lido nos escritos dos apóstolos que os ritos e serviços cerimoniais dos judeus foram abolidos por Cristo. E, assim como quase todos no Império Romano, também sabiam que aqueles serviços incluíam regulamentos sobre comidas e bebidas e várias festas, luas novas e sábados anuais.
Portanto, quando eles leram na Carta aos Colossenses que o ritual de alimentos e bebidas, luas novas, sábados, etc., fora abolido, o que eles naturalmente concluiriam, em vista do contexto? A que sábados Paulo estaria se referindo? Honestamente, agora, qual seria sua conclusão?
Chegaríamos à mesma conclusão depois de ter lido em um livro cinqüenta e nove referências a “dia” como significando vinte e quatro horas, e então ler a sexagésima referência a “dia” no contexto de céu avermelhado e pôr-do-sol. Eles concluiriam que significava um período diferente de tempo, que Paulo estava falando dos sábados anuais.
Autor: Francis D. Nichol
Fonte: Respostas a Objeções