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postado em: 12/5/2013
ESTAMOS TODOS EMBRIAGADOS!
No momento estamos todos embriagados. Quem dera fosse pelo Espírito, mas certamente não o é.
Estamos perigosamente embriagados pela carne. Embriagados pela competição que nem mais consegue ser velada. Estamos embriagados pela busca por nome, fama, poder, primeiro lugar, glória. Só pensamos em conquistas grandiosas: um país protestante (não necessariamente cristão), um presidente protestante (não necessariamente ficha limpa), uma igreja cada vez maior do que a outra (não necessariamente santa), um templo cada vez mais amplo e suntuoso (não necessariamente livre dos célebres vendilhões do tempo de Jesus).
Não falamos em pecado. Não falamos em arrependimento. Não falamos em conversão. Não falamos em caminho apertado. Não falamos do “negue-se a si mesmo” de Jesus. Não falamos em santidade. Não falamos da glória por vir.
Só falamos de gente, de multidões, de números. Só falamos de auto-ajuda, de dinheiro, de cura, de sucesso financeiro, de bens móveis e imóveis, de milagres. Só falamos do presente. Só falamos dos cantores “gospel” e de eventos retumbantes.
Apresentamo-nos como bispos, apóstolos, patriarcas e papas. Fazemos questão de dizer que somos ao mesmo tempo doutor em teologia, em ciências da religião, em divindade e em filosofia. Esbanjamos títulos e nomes. Estamos todos, de fato, embriagados!
Só nos preocupamos com o crescimento de igrejas. É o assunto do momento. Criamos métodos, estratégias, alvos. Muitos deles importados do mundo secular, das empresas bem-sucedidas, dos especialistas em “marketing”. Usamos roupas de grife, somos artificiais nos gestos e na entonação da voz. Impressionamos os auditórios, chamamos a atenção para nós e embriagamos também o público. Aceitamos as palmas e pedimos bis. Essa embriaguez nos tornou secularizados. Outrora saímos das trevas e viemos para a luz. Agora estamos saindo da luz e voltando para as trevas.
Essa embriaguez de líderes e de liderados está provocando o que hoje se vê claramente: comparações, competições, rivalidades, divisões, mudanças litúrgicas, descontentamento, escândalos, descrença e apostasia. Em nenhum outro tempo houve uma multiplicação tão grande e tão rápida de denominações. Em nenhum outro tempo aconteceu um entra-e-sai de uma igreja para outra tão acentuado como agora. Em nenhum outro tempo o rol dos sem-religião aumentou tanto.
Essas são algumas consequências a médio e longo prazo da nossa embriaguez, da qual muitos ainda não têm consciência.
Usamos a palavra “todos” neste texto de forma retórica. Ainda há muitas pessoas cuidadosas, tanto entre pastores e líderes como entre cristãos comuns. O trigo nunca desaparece. Mesmo naquelas ocasiões em que o joio é maior do que ele.
Se houver uma corajosa reviravolta da soberba mundana para a humildade cristã, a história atual da igreja poderá ser revertida. Afinal, há cura para a embriaguez! O primeiro passo dos alcoólicos anônimos é admitir que são impotentes para reverter sozinhos qualquer problema de conduta. Daí a necessidade de pedir socorro ao poderoso e amoroso Deus!
Fonte: http://www.ultimato.com.br/
Nota do Editor
Temos orado – e muito! – e pregado com toda ênfase e constância de que nós devemos, como alertava o apóstolo Paulo, “voltar à sobriedade”. Nós, líderes da Igreja, devemos ser e dar o EXEMPLO em tudo! Devemos ser exemplos na consagração, na humildade, na dedicação ao serviço de Deus (como alertava um professor de Teologia, dos tempos do velho IAE: “Não seja como o Capitão Arraia: Manda o povo ir, e fica na praia!), na pontualidade, no desapego às coisas materiais (existem pastores e anciãos de igreja – presbíteros – que, quando se encontram, só sabem falar em carros e “negócios lucrativos”) e no amor.