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postado em: 27/6/2016
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. Mateus 5.4-16
DE ONDE VEM?
O coronelismo no Brasil é símbolo de autoritarismo e impunidade. Suas práticas remontam do Caudilhismo e do Caciquismo, que provêm dos tempos da colonização do Brasil. Ganhou força na época do Primeiro Reinado, chegando ao final do século XIX tomando conta da cena política brasileira. É o conjunto de ações políticas de latifundiários (chamados de coronéis) em caráter local, regional ou federal, onde se aplica o domínio econômico e social para a manipulação eleitoral em causa própria ou de particulares. É um fenômeno social e político típico da República Velha, caracterizado pelo prestígio de um chefe político e por seu poder de mando.
As raízes do Coronelismo provêm da tradição patriarcal brasileira e do arcaísmo da estrutura agropecuária no interior remoto do país.
“O conceito de Coronelismo surgiu com a obra modelo de Vitor Nunes Leal (1948), que deu origem a várias produções do gênero, consagrando o termo coronelismo no meio acadêmico. Para ele, o coronelismo apresenta-se como um aparelho político da Primeira República, que predomina em uma relação de ajustes entre os senhores donos de terras em declínio e o poder público cada vez mais forte. Onde os coronéis (chefes políticos) exerceram poder de modo distinto em seu domínio e que, depois da Revolução de 1930 suas práticas perduraram até os dias atuais, empregadas por grandes fazendeiros, comerciantes, religiosos, industriais e profissionais liberais, entre outros que dispunha de certa influência sobre as massas e apresentavam-se para estas uma autoridade indiscutível e parecendo, para este aparelho, em toda sua extensão como um dispositivo político fundamentado em um poder paralelo ao estado oficial e utilizado, por estes para seus fins e para se manterem frente aos seus cargos, através de um emaranhado de tramas de afinidades que começa do coronel até chegar ao presidente da República, por meio de compromissos recíprocos” (SILVA,2009).
Devido ao seu território continental, e portanto à falta de mecanismos de vigilância direta dos coronéis pelo poder central e pela população pobre e ignorante, o Brasil passou a ser refém dos coronéis.
QUEM SÃO HOJE?
Quem são os coronéis hoje no Brasil? Os políticos, os latifundiários, os grandes empresários, os grandes pastores? Eu responderia: um pouco de cada um.
Hoje, com a globalização, quem tem o dinheiro tem o poder. Determina as regras, traz para si ou para sua organização todas as forças, não se importando com as vítimas. O que dizer da atual situação do Congresso Nacional?
Não é de hoje, nem neste governo que vemos os constantes escândalos envolvendo os políticos brasileiros. É o mensalão, é o escândalo das ambulâncias, do dinheiro na cueca, da compra de castelos, enfim, são tantos que não podemos numerá-los. Isto pode ser considerado normal, pois “o mundo jaz no maligno…”
Gostaria de refletir neste artigo sobre uma situação muito mais alarmante: quando todos estes escândalos envolvem aqueles que deveriam ser “sal e luz” para o mundo. O que dizer dos inúmeros escândalos políticos envolvendo a bancada evangélica do Congresso Nacional? E isso não é de hoje. O que dizer da Sra. Benedita, do casal Garotinho, do conselho de pastores da Assembléia de Deus apoiando o Sr. Maluf?
Podemos analisar que, na história política brasileira, a união entre a igreja evangélica e o sistema político não tem sido uma boa combinação. Faz parte da cultura brasileira usufluir da corrupção política para benefício próprio, mesmo que para isso se envolva a igreja de Cristo. Tempo de eleição é tempo de reformas, construções, busca de espaço na mídia e nos meios de comunicação. Para isso, é só pesquisarmos e veremos que a maioria das concessões de rádio no Brasil, que envolva o contexto evangélico, tem também envolvimento político. O Sr. Silas Malafaia que o diga. Como cabo eleitoral declarado do casal Garotinho usufruiu até hoje dos louros e dos favores políticos. Quando o casal Garotinho foi retirado do governo do Rio de Janeiro, não vimos ou ouvimos o Sr. Verdade Malafaia expressar nenhuma palavra. Ou melhor, os escândalos evangélicos vão no mesmo sentido dos escândalos das demais bancadas: tudo corre dentro da ética e da lei do silêncio.
O PORQUÊ DESTE ARTIGO
Estamos nos aproximando de mais um ano eleitoral, e já é perceptível que novamente estaremos presenciando os mesmos cenários dos anos anteriores, ou melhor, tudo continuará dentro dos padrões históricos, pois desde o descobrimento nossa colônia está envolvida com toda sorte de entraves políticos e de corrupção. Hoje,o contexto evangélico se une aos processos históricos da política brasileira. O que observo é que a busca do poder está latente no seio das principais lideranças evangélicas, não importa o preço que isso custe, mesmo que para isso se perca o caráter. Ter uma rádio evangélica hoje significa ter o poder: é só observarmos o que o Sr. Apolinário faz com o poder que detém através da Rádio Musical. Ter um programa de rádio significa muito mais que unção, significa buscar o verdadeiro fruto da comunicação, o poder. Já ouvi horas de programação da Rádio Musical e ouvi algumas vezes a palavra Deus, porém nunca no sentido da prioridade da rádio que seria a evangelização, em busca de almas feridas no desespero do mundo tenebroso. O que se ouve é uma busca contínua do poder que uma igreja cheia pode trazer. Sem contar as heresias, as mentiras, a falta de coerência e conhecimento dos pastores, sem contar até mesmo palavras de baixo calão que fazem parte de alguns programas. É remédio, é plano de saúde, consórcio de imóveis, de carro, enfim tudo vale. Sem contar os cursos de teologia que são vendidos, um verdadeiro estelionato: são anunciadas faculdades de teologia que na verdade não possuem o curso superior. Promete-se um curso de teologia que em poucos meses vai tornar um leigo em conhecedor de teologia, história da igreja, grego, hebraico, Novo e Antigo Testamento, como se a ciência teológica fosse um sub-produto. Buscam-se os valores financeiros. Infelizmente a igreja caminha no sentido do mundo, com as mesmas mentiras. Não vejo uma única solução, tenho uma visão catastrófica do futuro da igreja brasileira.
“O Brasil é do Senhor Jesus’, esse é o slogan da Marcha para Jesus. Gostaria que o Sr. Hernandes e sua “amável” esposa ao menos se colocassem diante do povo brasileiro para dar uma explicação plausível sobre todos os processos envolvendo sua “amada” denominação. Será que, como apóstolo, ele teria a mesma hombridade que teve Davi, em reconhecer seus pecados e recomeçar sua vida ministerial verdadeiramente lavado e remido pelo sangue de Cristo? Essa é a verdadeira “autoridade espiritual”. Mas não, o espírito do mundo novamente entra em ação, vamos mentir, vamos contrariar todas as provas que o ministério público tem em mãos, vamos fazer como os políticos, vamos jurar inocência até a morte. Mesmo presos, mesmo usando roupas de presidiários, vamos dizer que somos mártires do cristianismo.Vamos batalhar contra o diabo e todos os seus anjos, utilizando as mesmas armas do mundo: a mentira, a usurpação da glória, para que todos vejam que somos mártires.
O que dizer de um pastor que declarava em programa diário de rádio ser o “caçador de demônios”, e hoje está recluso em uma penitenciária, acusado de atentado violento ao pudor e estupro de uma jovem de 14 anos, membro de sua própria igreja? Porém, apesar de todas as provas, continua a se declarar também ser mártir do cristianismo, e pasmem, vende CDs e DVDs dos seus dias no cárcere, se dizendo um Paulo contemporâneo.
Tudo isso é reflexo de uma igreja que perdeu o sentido de seu caminho. A igreja deve ser voz profética para o mundo em caos. A glória é para Deus e não para homens. Vivemos dias como os dias de Lutero, onde a eclesiologia caminhava em sentido contrário ao cristológico. O sistema papal, juntamente com a coroa, esmagava o povo com falsas doutrinas e heresias, em busca de um poder confuso e desumano.
A igreja tem ser o Sal desta terra. O mundo espera por isso, pois bilhões de pessoas clamam por direção. Assim como Jó, temos que reaver a posição de liderança, não pelo poder mas sim pela sabedoria e força vinda do Espírito Santo. Assim como Jesus, a igreja deve crescer em Graça, sabedoria e reconhecimento dos homens. Onde estão os sábios desta terra? Estão envolvidos com forças ocultas ou no ateísmo. Temos que buscas as respostas para o verdadeiro avivamento da nossa nação. Não temos respostas para as questões do homossexualismo, do aborto, das pesquisas de celulas-tronco. As frentes fundamentalistas se tornaram entraves para questões que exigem mais do que palavras, e sim pensamento. Falta fundamentação teológica e filosófica para os líderes, e por isso questões como ecologia, bioética, biociência, são assuntos que provocam confusão a muitas lideranças. A igreja tem que rever os conceitos sobre sua participação social. Muitos são os desafios que estão ao redor das comunidades eclesiásticas. Temos o desafio do analfabetismo funcional e digital, temos as questões dos deficientes físicos, temos as questões de saúde pública, as questões da violência infantil e da mulher, as inúmeras doenças e todo o caos envolvendo a saúde pública, os usuários de drogas e álcool, as questões envolvendo segurança pública, os presídios que hoje são verdadeiras masmorras que retrocedem o país à Idade Média. Com tudo isso, muitos líderes brincam de papas e de reis.
Dizem que a religião foi o que mais ceifou vidas e gerou guerras. Isso não é verdade. Todas as guerras, desde os primórdios da existência humana, são puramente políticas. A busca do poder cegou até mesmo os homens de Deus, e esse é um mal presente desde a criação.
O que temos hoje são homens e mulheres querendo ser os “papas” de suas igrejas, somos governados por diversos “papas gospel”, com isso temos uma eclesiologia que impede o progresso da cristologia, que impede a igreja de ser missionária.
“Os coronéis” estão aí nas rádios, na tv, nos livros, alguns têm o título de pastor, outros de bispos e agora alguns de apóstolos, cada um buscando formar a sua “cátedra”, para que possa ser o senhor da verdade e ter o poder absoluto. Para isso é preciso ter a aparência de santidade, porém na menor hipótese de ter seu Reinado ameaçado, se revelam. A igreja de Cristo deve ser adornada dos frutos do Espírito Santo de Deus, ter em sua direção e organização o verdadeiro sentido apostólico, o de ver o próprio Espírito acrescentar os que devem ser salvos, não por força de estelionatos e falcatruas gospel, nem pela violência do poder enganador, dos falsos discursos, das falsas profecias e visões, dos métodos modernos que a cada dia mais dividem do que somam.
A força que move o Reino de Deus é a sua própria vontade. Ao longo da história, o homem sempre foi empecilho para que a suprema vontade de Deus se estendesse aos que sofrem e clamam por justiça. Assim como nos dias dos profetas, eu sou uma voz que clama pela verdadeira justiça celestial, que nunca foi e nunca será dominada pelos “deuses” desse mundo passageiro e limitado pela infinita misericórdia e Graça de Deus.
Basta de coronéis, apóstolos e demais deuses deste mundo, que mesmo com todo o poder político, midiático ou eclesiástico são falíveis diante Daquele que tudo vê, e que tem o verdadeiro poder, porém através da sua humildade se desfaz desse poder para retribuir ao mundo caótico e pecador com seu Amor infinito. Ainda tenho esperança, pois a esperança é fruto da perseverança e da paciência, e consequentemente fruto do amor, pois o amor nunca passará.
Maranata, vem Jesus!!!
Fonte: pedrasclamam.wordpress.com