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postado em: 4/8/2013
O que é gripe suína?
Como as pessoas, os porcos podem pegar influenza (gripe), mas os vírus que os atacam não são os mesmos que adoecem os seres humanos. Gripe suína, geralmente, não afeta as pessoas, e os raros casos que aconteceram no passado foram com pessoas que tiveram contato direto com suínos. Porém, o surto atual de gripe suína é diferente. É causada por um novo vírus da gripe suína (H1N1), uma espécie de mutação que se propagou a partir de pessoa para pessoa, e isso está acontecendo entre quem não teve qualquer contato com suínos. Quais são os sintomas da gripe suína? Os sintomas da gripe suína são semelhantes aos de uma gripe comum e incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dores de cabeça, calafrios e fadiga. Algumas pessoas infectadas têm relatado diarréia e vômitos. Estes sinais podem também ser causados por muitas outras doenças, logo, apenas a análise dos sintomas não podem diagnosticar a gripe suína, apenas exames laboratoriais. Como diferenciar entre gripe comum e gripe suína? A gripe suína é uma doença grave? Os casos de gripe suína estão bastante variados. Enquanto no México pessoas morreram ou estão em estado grave, alguns casos nos Estados Unidos são de gravidade média. Mas isso pode mudar. O vírus pode se transformar, e se tornar mais ou menos perigoso. Cientistas estão atentos, analisando o vírus para tentar prever o que irá acontecer futuramente, mas especialistas advertem que é difícil prever quando e como o vírus da gripe irá mudar. O que uma pessoa que suspeita estar com gripe suína deve fazer? Quando deve marcar uma consulta médica? Quem está com sintomas da gripe suína deve ficar em casa, e, quando tossir ou assoar o nariz, cobrir a boca e o nariz com um lenço. Após descartar o lenço, deve lavar as mãos cuidadosamente. Essas medidas podem prevenir a propagação da doença. Consultas médicas devem ser marcadas o mais rápido possível por quem apresenta sintomas, principalmente se a pessoa esteve recentemente em alguma área de risco, ou após contato com alguém que esteve. O médico não pode determinar se uma pessoa está ou não com gripe suína apenas observando sintomas, mas ele está habilitado para realizar exames laboratoriais que serão enviados para departamentos de saúde aptos para detectar a doença. Os exames estão sendo realizado somente em casos graves. Como a gripe suína se espalha? Através do ar? O novo vírus da gripe suína aparentemente se espalha de maneira semelhante à gripe comum. Você pode se contaminar entrando em contato direto com uma pessoa doente ou após coçar os olhos, boca e nariz depois de tocar algum objeto que ela tocou recentemente, por exemplo. Por isso, lavar as mãos deve se tornar um hábito, mesmo entre quem não está doente. Pessoas infectadas podem começar a propagar o vírus um dia após o aparecimento dos sintomas, e por sete dias após ficar doente, de acordo com o Centers for Disease Control (CDC). O vírus da gripe suína pode se espalhar pelo ar se uma pessoa infectada tossir ou espirrar sem cobrir o nariz e a boca. Como a gripe suína é tratada? O novo vírus da gripe suína é sensível às substâncias fosfato de oseltamivir e zanamivir. O CDC informou que medicamentos para prevenir ou tratar a gripe suína são mais eficazes quando tomados dentro das primeiras 48 horas em que os sintomas foram percebidos. Mas nem todos necessitam desses medicamentos, muitas das primeiras pessoas nos Estados Unidos com casos confirmados de gripe suína se recuperaram sem tratamento. O Department of Homeland Security liberou 25% do seu estoque de medicamentos que combatem a gripe suína. Especialistas de saúde têm solicitado que as pessoas não façam estoques dessas substâncias e não se auto-mediquem. Existe alguma vacina que combate a gripe suína? Não existe. Mas a Organização Mundial de Saúde está pesquisando sobre o vírus, para que uma vacina possa ser elaborada. É um lento processo que pode durar meses. Nesse momento, está sendo realizada no Brasil a Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe, direcionada à população com mais de 60 anos. Porém, essa vacina destina-se somente à proteção contra a gripe comum e não protege contra a gripe suína. O que eu posso fazer para me informar? Acompanhe o que está acontecendo na sua cidade, no seu país, e no mundo. Departamentos de saúde de onde você vive, e de outros lugares, estão sempre disponibilizando informações importantes a respeito da gripe suína, e do quanto a doença está se propagando. Você também pode ligar para o Disque Saúde - 0800 61 1997, a Central de Teleatendimento do Departamento de Ouvidoria Geral do SUS, para receber informações sobre doenças e registrar reclamações, denúncias e sugestões. Não entre em pânico, mas tenha em mente que medidas preventivas são sempre úteis. Quais as medidas de prevenção ao se visitar áreas afetadas? Usar máscaras cirúrgicas descartáveis durante toda a permanência nas áreas afetadas. Substituir sempre que necessário.
Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável. Evitar locais com aglomeração de pessoas. Evitar o contato direto com pessoas doentes. Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal. Evitar tocar olhos, nariz ou boca. Lavar as mãos freqüentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar. Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países. Não usar medicamentos sem orientação médica
Já existiram surtos anteriores de gripe suína?
Sim. Houve um surto gripe suína em Fort Dix, Nova Jersey, em 1976, entre militares. Durou cerca de um mês e desapareceu misteriosamente, tal como apareceu. Uma pessoa morreu entre as 240 que foram infectadas. A gripe suína que se espalhou em Fort Dix foi um tipo da H1N1. Essa variação também foi responsável pela catastrófica pandemia de 1918-1919, que resultou em milhões de mortes. O que quer dizer pandemia?
A Organização Mundial da Saúde declarou a gripe suína como uma pandemia. A elevação da classificação da gripe suína para o nível seis que indica que sua incidência passou a afetar um número maior de países, 74 no total.