ARREPENDIMENTO
ARREPENDER-SE OU PERECER
Lucas 13:3
Um menino tinha assistido a
uma reunião de avivamento à moda antiga, e ao voltar para
casa disse à mãe, referindo-se à reunião da noite:
–
Mamãe, o Sr.
Fulano se convenceu de seu pecado, mas ele não vai encontrar
a paz de Deus esta noite.
–
Por que não, meu
filho? – perguntou a mãe.
–
Porque ele, na
reunião, só se ajoelhou com um joelho, e não encontrará paz
enquanto não se ajoelhar com os dois.
Unicamente quando a convicção
e a verdadeira tristeza pelo pecado nos prestam com ambos os
joelhos em terra, e reconhecemos que, sem Jesus, nossa
condição é incapacidade e desesperança – unicamente então é
que nos achamos no caminho seguro que leva ao Céu. –
M. Matinais.
ARREPENDIMENTO
Sal. 38:18
Um jovem falava com o grande
evangelista Moody, sobre o arrependimento. – Isso nunca me
fulminou – disse o moço.
– Que quer o senhor dizer?,
perguntou Moody.
– Ora – respondeu o jovem – a
alguns ele fulmina e a outros não. Tenho visto muitos se
arrependerem e se colocarem ao lado de Cristo, mas eu mesmo
nunca me senti fulminado.
Aquele moço tinha a idéia
errada de que o arrependimento fosse coisa que fulminasse,
como o raio. Isso, naturalmente, não é verdade. O
arrependimento não é uma emoção. É uma profunda convicção de
se haver cometido um mal. Leva a pessoa a volver-se para
Deus, a fim de ser purificada do mal. – Meditações
Matinais.
TEMOS DE
ABANDONAR O PECADO
Prov. 28:13
Pediu-se um dia a um soldado
que definisse o arrependimento. Respondeu, baseando-se em
sua própria experiência: "O Senhor me disse: Alto! Atenção!
Meia volta à direita, volver! Ordinário, marche! e isso foi
tudo." Eis aí um modo simples, direto e moderno de dizer a
mesma coisa que o sábio escreveu em nosso verso de hoje: "O
que . . . deixa (seus pecados) alcançará misericórdia."
M.R. Vicente descreve o
verdadeiro arrependimento como "tristeza convertida em
ação". Declara Martinho Lutero: "Não voltar a fazê-lo, é o
mais legitimo arrependimento." – Meditações Matinais.
VOCÊ
NUNCA SE ARREPENDERÁ:
De ter refreado a língua
quando você ia dizer o que não convinha, ou não era certo.
De ter formado o conceito
sobre o procedimento de alguém.
De ter perdoado a quem lhe fez
mal.
De ter cumprido a tempo uma
promessa.
De ter sofrido com paciência
as injustiças de seus companheiros, e, talvez, dos de sua
casa.
De ter dirigido palavras
bondosos aos pobres, tristes e aflitos.
De ter simpatizado com os
oprimidos.
De ter pedido perdão por uma
falta cometida.
De ter recusado ouvir contos
inconvenientes e deixar de ler livros da mesma natureza.
De ter acolhido com prazer
leituras, pensamentos e discursos edificantes.
De ter refletido sobre o que
vai dizer, antes de falar.
De ter sido honrado em tudo e
com todos.
Porque assim procedendo você
se tornará "o exemplo dos fiéis na palavra, no procedimento,
no amor, na fé e na pureza."
BÍBLIA
A
INFLUÊNCIA BÍBLICA
Salmo
119:50
Você já ouviu alguém dizer que
era um desgraçado inveterado, um incômodo para o mundo e
para a sociedade, até o dia em que começou a estudar
matemática e aprendeu a tabuada de multiplicar, tornando-se,
desde então, feliz, como que sentindo um desejo imenso de
cantar continuamente por ter a alma cheia de paz e de
triunfo?
Você já ouviu alguém atribuir
o seu libertamento da intemperança, do vício e do pecado à
ciência da matemática ou à geologia? Milhares, porém, podem
dizer: "Eu era um perdido; quebrei o coração de minha pobre
mãe; estava arruinado, não tinha lar; mas achei abrigo nas
promessas da Bíblia", Muitos irão até contar as palavras
divinas que se apegaram em suas almas.
E ainda hoje esse Livro está
operando tais milagres. Se perguntarmos ao cético se ele
conhece algum outro Livro que transforme uma vida de
sofrimentos em prazer e alegria, talvez responda que sim; no
entanto, se lhe fizermos o pedido de um volume, esperaremos
em vão por ele. – Pittsburgh Christian Advocate.
AQUELA
ÚNICA FACE
João 5:39
Tenho ouvido falar de uma
fotografia da Constituição dos Estados Unidos, muito bem
gravada em cobre, de forma tal que ao ser contemplada de
perto não se pode discernir mais do que alguma coisa
escrita, porém, ao longe, deixa transparecer o rosto de
George Washington. A face do grande americano destaca-se na
sombra das letras, o que impede, a certa distância, a
leitura das palavras ali gravadas.
Do mesmo modo nós contemplamos
as Escrituras. Digam os homens o que quiserem desta ou
daquela idéia da Bíblia, se a contemplarmos com fé, veremos
brilhando no meio dela a face de Jesus Cristo.
O PODER
TRANSFORMADOR DO EVANGELHO
Anos atrás circulou, em vários
países, que os nativos se haviam levantado contra a agressão
européia em certos pontos das Ilhas do Mar do Sul, sendo
enviada uma comissão real a fim de investigar o caso. Esses
estranhos rumores surgiram em torno da trágica morte do Sr.
Bell, funcionário de certo distrito, e de seu auxiliar, Sr.
Lilies, na Ilha de Malaita, no grupo de Salomão.
O cavalheiro que presidia essa
real comissão chegou ao local da desordem e começou suas
investigações. Foi ter, afinal, às ilhas chamadas Salomão
Ocidental, e Ragoso, foi chamado para falar em favor dos
chefes dessas ilhas.
O emissário, ansioso de
conhecer os íntimos pensamentos desses nativos, dirigiu-lhes
três perguntas. Primeira: Eram os nativos mais felizes em
seu primitivo estado, isto é, antes da chegada do homem
branco, do que agora? Segunda: Tinha alguém de seu povo
desejos de volver àqueles costumes pagãos? Terceira:
Desejavam eles que o país ficasse inteiramente em seu poder,
sendo retirados os estrangeiros?
Kata Ragoso começou sua
resposta fazendo uma viva descrição das condições
predominantes naqueles antigos dias. Contou como o povo
vivia então em constante temor, pois eram caçadores de
cabeças, e antecipavam naturalmente a vingança. Viviam
constantemente preparados para um súbito ataque e, em vista
disto, não tinham nenhum lugar fixo de habitação, morando
bem próximo de suas plantações. Seus ritos religiosos
exigiam o sacrifício de criaturas humanas. Havia doenças, e
centenas de seus filhos morriam antes de um ano.
"Não, senhor" – disse ele –
"nós não éramos felizes naqueles dias." Descreveu então a
mudança que se operara com o advento do homem branco. Mas
muitos desses brancos estrangeiros roubavam seus amigos e
parentes e os levavam para trabalhar em plantações em outras
terras e ninguém os via mais. Foi uma época bem sombria,
aquela, na história das ilhas do Sul do Pacífico. Mas tão
ansiosas estavam essas pessoas para adquirir machados de
ferro ou de aço que fariam qualquer coisa a fim de os
conseguir, e em sua decisão de assim fazer muitos eram
apanhados em armadilhas, indo parar no porão dos navios do
homem branco. Os que ficavam, naturalmente, procuravam
vingar-se, e muitas tripulações foram trucidadas e os navios
postos a pique naquelas lagunas.
Então chegaram os missionários
e o governo estabeleceu seu sistema de controle que,
gradualmente, operou uma mudança. E Ragoso se expressa nas
seguintes palavras:
"Vós chegastes com vossos
canhões e nós vos enfrentamos com as nossas lanças, mas
havia falta de confiança de parte a parte, até que,
finalmente..." Apanhando então a Bíblia à vista de todos os
presentes, disse: "Senhor, foi a vinda deste Livro que
operou a verdadeira mudança na vida de meu povo. A história
deste Livro tem sido uma inspiração para nós. Temos
procurado seguir o exemplo do Homem deste Livro; e hoje,
senhor, não nos encontramos como inimigos, mas como amigos."
Ao mesmo tempo em que o chefe
estava falando, numa ilha próxima as moças e crianças
estavam cantando, e pareceu agradável a todos os presentes
ouvir aquele cântico, e observar a confiança com que fruíam
a mútua convivência.
"Olhai!" – disse Ragoso –
"Aqueles rapazes e meninas não estão atemorizados hoje.
Vivem em casas limpas, e em aldeias bem estabelecidas. Têm
igrejas e escolas e não há o temor de vinganças. Ninguém
carrega lança ou escudo. Aqueles dias já passaram e
apreciamos a obra realizada pelos missionários, o governo, e
os comerciantes, e o auxílio médico que nos tem sido
dispensado. Outrora muitos de nossos filhos morriam por
falta de cuidados médicos; hoje estão recebendo o necessário
tratamento. Sabem ler, escrever e comunicar-se uns com os
outros.
"Não, senhor, não há um único
homem em todo o meu território que deseje voltar aos dias de
outrora, mas foi a história deste Livro que nos tirou as
lanças e espingardas, nossas armas de guerra, tornando-nos
homens e mulheres transformados. Por causa disto não temos
nenhum desejo de volver aos costumes e condições daqueles
antigos dias, nem que nossos missionários, o governo e os
comerciantes nos sejam tirados. Estamos preparados para
fazer nosso trabalho de maneira que não somente auxilie o
homem branco, mas o inspire a ajudar-nos também.
Necessitamos de coisas que os brancos nos podem dar.
Apreciamos o fato de o Evangelho nos ter tornado melhores.
Ele nos concedeu o direito de viver sob melhores condições."
O chefe da comissão declarou,
posteriormente, que, ao ouvir Ragoso traçar resumidamente a
história de seu povo, sentiu comover-se-lhe o próprio
coração ao ver o fruto dos princípios missionários revelados
na vida de um tal homem.
Ragoso tem permanecido fiel e
firme à causa de Deus, e através dos muitos meses de guerra,
tem procurado estimular seu povo a permanecer fiel,
procurando sempre, em toda a sua obra, dilatar a causa da
verdade, a causa de Deus a quem ele agora serve com amor. –
N. Ferris.
QUE
ESCOLHERIA VOCÊ?
Um senhor rico e velho reuniu
a seus criados no dia de seu aniversário e lhes ofereceu uma
dádiva.
–
Que prefere
você? – disse ao moço que cuidava de seu cavalo. Você
escolhe entre esta Bíblia e estes R$ 500.
–
Senhor –
respondeu o moço – eu preferiria a Bíblia se soubesse ler,
porém, como não sei, Bíblia me será mais útil o dinheiro.
–
Bem, pode levar,
é seu.
–
E você, que
prefere das duas coisas: a Bíblia ou os R$ 500 – perguntou
ao jardineiro.
–
Minha pobre
mulher está tão enferma, que necessito mais do dinheiro do
que de qualquer outra coisa, respondeu o jardineiro,
inclinando-se e tomando os R$ 500.
–
Marta, você que
sabe ler – disse o amo dirigindo-se à cozinheira – quer a
Bíblia?
–
Eu sei ler,
senhor, porém, nunca tenho tempo para ler um livro, e com o
dinheiro poderei comprar um vestido.
–
Está bem: tome a
prata.
Por fim, chegando-se ao garoto
de recados, disse-lhe:
–
Roberto, você
quer os R$ 500 para renovar o teu terno, que já está velho,
ou a Bíblia?
Agradeceu a oferta em
dinheiro, mas aceitou a Bíblia.
–
Minha querida
mãe tinha o costume de ler e ensinar-me que a Lei de Jeová é
melhor que todo o ouro e a prata. Se o senhor me permite,
escolherei o bom livro.
–
Deus o abençoe e
faça com que a sua boa escolha lhe traga riquezas, honras e
uma longa vida.
O rapaz recebeu-a; e ao
abri-la um pedaço de ouro caiu ao solo; voltando com
presteza as folhas, achou entre elas muitos cheques,
enquanto os outros três criados, compreendendo a sua má
escolha, foram embora cabisbaixos e pesarosos. –
Semeador.
A DIREÇÃO
CERTA
Isa. 30:21
É de grande importância
andarmos pelo caminho verdadeiro; no entanto, convém notar
que toda estrada possui duas direções e é preciso sabermos
qual o rumo certo.
Um viajante que se encontrava
nas montanhas Adirondack, em viagem
para Chestertown, viu-se, ao cair da tarde, perdido numa
estrada desconhecida.
Dirigindo-se lentamente a um
estábulo próximo, ouve um ruído e interroga sem ver ninguém:
"É este o caminho certo para Chestertown?" Não recebendo
resposta, insiste ainda com sua pergunta, e lhe responde o
leiteiro que estava lá dentro do estábulo: "Sim; é o
caminho, porém, não sei que direção você está tomando." –
Watchmann – Examiner.
FAROL E
TOCHA
Êxo. 14:19
Quando nos deitamos para
dormir num carro Executivo, dois fatores concorrem para
apaziguar nossa mente: um é o farol da locomotiva que
penetra a escuridão com seus raios possantes, demonstrando
ao maquinista o estado do trilho; e o outro é o fiel
funcionário que sempre cuida de manter acesas as tochas na
retaguarda a fim de proteger e impedir uma colisão com
qualquer outro trem que venha atrasado.
Na viagem de nossa vida
necessitamos desses dois fatores essenciais: a luz que
ilumina a nossa frente e a que defende a retaguarda.
Os israelitas, em sua
trajetória do Egito a Canaã, encontravam-se em pânico pela
perseguição que sofriam. Êxodo 14:19, 20.
Assim, em agradável estilo
oriental, temos descrito o serviço duplo que a religião
proporciona: fortalece o farol da mente com a fé e esperança
para o futuro da viagem; providencia uma segura proteção com
a experiência do arrependimento, seguido pelo perdão divino.
– Dr. Ralph W. Soekman.
O CORAÇÃO
E O LIVRO
Salmo
119:97
Há um belo incidente relatado
na vida da senhora Schumann, perita musicista e devota
amante da nobre arte de seu esposo.
Ela dava, freqüentemente,
programas depois da morte de seu marido; mas, antes de
fazê-lo, lia algumas cartas de amor que recebera durante os
dias de noivado. A razão para tal, disse ela, era que logo
após refrescar o coração com o sentimento de amor que ele
tinha tido para com ela, sentia-se melhor preparada para
interpretar sua música.
O amor é o melhor de todos os
intérpretes; é ele que nos ajuda a compreender as verdades
da Bíblia, esse Livro que se encontra repleto da música
proveniente do próprio coração de Deus. Tem em si material
suficiente para mil majestosos oratórios; possui grandes
salmos e hinos tão fortes e poderosos quanto o soprar dos
ventos; contém muitos encantos, solenidades e cordas menores
que tocam as mais sensíveis fontes de lágrimas, além de
outras notas jubilosas que alcançaram as mais altissonantes
barras de gesso.
Ó grande livro de música
divinal Os maestros mais singulares em canto e harmonia vão
encontrar em ti as suas inspirações Beethoven, Mendessohn,
Haydn, Handel e Schubert inflamaram o seu gênio nesse
precioso Livro. Apesar de tudo, o coração é o único
intérprete competente das suas harmonias celestes; o seu
teclado divino responde em doces notas quando tocado pelos
dedos apaixonados do amor.
Um teólogo disse: "Eu não sei
o que possa crer, porém eu creio a fim de poder saber."
Há uma citação mais elevada e
verdadeira do que esta.
Podemos dizer: não sei o que
possa crer, nem crer o que possa saber, mas amo para poder
tanto crer como saber. – J.T.M. Farland.
A JÓIA
DE VALOR
Certa vez, uma rica senhora,
que havia dissipado a sua saúde em noites de festas, de
divertimentos e futilidades do mundo, sem nunca ter-se
lembrado de fazer bem aos pobres e necessitados desta vida,
encontra-se recostada em seu leito, recordando-se dos seus
dias felizes e maldizendo a enfermidade que tanto a fazia
sofrer agora. Então, chamou a sua enfermeira e lhe pediu que
trouxesse o seu estojo de jóias, a fim de entreter-se,
mirando-as por alguns momentos.
–
Joana – disse a
senhora – estas jóias fizeram muito sucesso nos salões onde
as exibi. Você não gostaria de possuir algumas delas?
–
Não, senhora,
foi a resposta da enfermeira. Tenho jóias muito mais lindas!
–
Você tem jóias
mais lindas, Joana? Não pode ser. Onde é que você a guarda e
por que nunca me mostrou?
A enfermeira foi, então,
buscar a sua Bíblia e disse ao voltar:
–
As minhas jóias
estão aqui dentro, senhora.
–
Aí dentro?
perguntou, incrédula, a enferma. Pois, tire, que eu quero
vê-las.
Então a enfermeira, abrindo a
sua Bíblia, começou a mostrar-lhe o inesgotável tesouro que
representava aquele livro. Falou-lhe do conforto que ele
oferece aos que, servindo a Deus, sabem esperar
pacientemente pela chegada do Seu Reino de paz e de
felicidade.
–
Pois, Joana,
volveu a senhora, debulhada em lágrimas – nunca ouvi coisas
tão lindas assim. Na verdade, há aí jóias mais preciosas do
que as que eu tenho nas mãos. Compreendo agora; o meu
tesouro é perecível, mas o seu permanece para sempre. . .
E desde então a Bíblia
passou a ser o cofre predileto daquela senhora rica, que
procurou aproveitar os seus últimos dias de vida
distribuindo os seus bens e procurando ajudar o seu
próximo. – Tio André.
A BÍBLIA
ASSADA
"Há centenas de anos, o povo
da Boêmia era proibido de possuir ou ler a Bíblia. O
imperador da Áustria, a cujo país a Boêmia então pertencia,
publicou um decreto declarando que a nação era católica
romana e ordenando a todo o povo que obedecesse às normas
daquela igreja. Os sacerdotes proibiam ao povo comum de
possuir Bíblias. Muitos, porém, possuíam-nas e se recusaram
desfazer-se delas.
Os sacerdotes enviavam então
soldados às casas para procurá-las e confiscá-las. Quando os
habitantes de alguma vila ouviram que os soldados se
aproximavam de sua localidade, apressavam-se em esconder
suas Bíblias em lugar oculto. Assim, ainda que os soldados
investigassem toda a casa, completa e rudemente, muitas
Bíblias não eram achadas. Freqüentemente se dava às crianças
a tarefa de vigiar e anunciar a aproximação dos soldados de
suas residências. Estas crianças eram tão fiéis e prudentes,
que os soldados não podiam convencê-las a dizerem onde
poderiam achar o Livro Sagrado.
Certo dia anunciou-se numa
casa: "Os soldados estão vindo para cá." Estava presente
apenas uma jovem menina, ocupada em amassar o pão. Ao ouvir
a voz baixa e ofegante da sentinela, a menina esperta,
depressa estendeu sua massa, colocou a Bíblia no centro e
rapidamente cobriu-a com a mesma, colocou-a numa forma
grande e introduziu-a no forno.
Quando depois de alguns
minutos, os soldados chegaram, ela os esperou à porta e, em
resposta à sua demanda pela Bíblia, lhes disse calmamente
que podiam investigar a casa e ver se encontravam uma.
Procuraram em cada canto da cabana, mas não acharam nenhuma.
Se tivessem aberto a porta do forno, teriam visto somente um
pão grande a crescer.
"Muitos anos depois, o neto da
heroína desta história emigrou para a América e
estabeleceu-se no nordeste de Ohio. Trouxe consigo a Bíblia
que sua avó salvara das mãos dos soldados. Foi desde então
cuidadosamente guardada como relíquia dos dias que
felizmente não mais existem. Que faria você se a polícia
chegasse a sua casa e requeresse cada Bíblia que lá
houvesse? – Stories to Tell, págs. 103, 104.
UMA
BÍBLIA NUM PÃO
Conta-se que há muitos anos,
na França, nos tempos em que se perseguiam atrozmente os
crentes protestantes era muito difícil obter a Bíblia, e
mais difícil ainda conservá-la, pois os padres dominavam o
país e proibiam que alguém possuísse a Escritura.
Costumavam revistar a casa das pessoas que julgavam a
estivessem lendo, de maneira que esses bons cristãos tinham
de manter-se vigilantes e esconder a Bíblia quando se
aproximassem os padres.
Um dia um padre chegou a certa
casa, e uma das crianças correu para dentro a avisar a mãe.
Não dispunha ela de muito tempo para agir, mas teve muita
presença de espírito. Tomou o precioso Volume e embrulhou-o,
colocando-o na massa que estava preparando. Levou-a depois
ao forno.
O padre olhou em toda
parte, mas nem sonhou em suspeitar da massa, de aparência
tão inocente. Assim seguiu o seu caminho, e aquela pequena
família deu suspiros de alívio. O Livro foi tirado do forno,
sem ter sofrido o mais leve dano. Mais tarde, a família
emigrou para a América, onde teve liberdade de adorar a Deus
segundo os ditames de sua consciência. Os pais levaram
consigo a Bíblia e entregaram-na aos filhos, que por sua vez
a preservaram para seus descendentes, até que afinal foi
posta nem museu, onde ainda é conservada para que os
visitantes leiam sua singular história. – H.
Humphries.
DEUS
CUMPRE SUAS PROMESSAS
Alguns meses atrás eu estava
na cidade do Rio de Janeiro. Por causa da reputação das
grandes cidades, o povo é inclinado a desconfiar dos
estranhos. Entrei apressado na estação de Alfredo Maia para
comprar uma passagem para S. Paulo e reservar um leito. Cada
homem e mulher que estava na comprida fila era um estranho
para mim. No venda de passagens encontrei outro homem
estranho também. Eu nunca o vira antes, e mesmo agora não o
estava vendo bem. Pedi informações acerca do trem e do preço
e ele cobrou 90 reais por uma passagem de ida e volta para
S. Paulo, e 30 reais pelo leito. Tirei o dinheiro e o
entreguei ao estranho, e ele me deu a passagem que era a
garantia de uma viagem de ida e volta a S. Paulo, de
primeira classe.
Duvidei eu dele? Não, antes
entreguei-lhe o dinheiro e recebi a passagem sem qualquer
hesitação. Tomei minhas malas e dirigi-me para o trem. Perto
do portão o condutor, outro estranho, fez-me parar e me
pediu a passagem. Desconfiei dele? Nem um pouco ...
O trem estava repleto de
passageiros igualmente estranhos para mim. Eu não tinha
nenhuma idéia de quem estaria dirigindo a grande locomotiva
durante aquela noite enquanto estivesse dormindo, mas fui
deitar sem preocupação. O velho trem corria através da
escuridão sobre pontes, em túneis, curvas, e eu dormia
calmamente, confiando minha vida aos estranhos. Não tinham
eles prometido, por meio daquele bilhete, que eu chegaria ao
meu destino? Sim, tinham prometido e eu confiava em sua
promessa.
Deus tem feito centenas,
militares de promessas em Sua palavra. Estão registradas
para nós. Cremos nelas? Nós que confiamos em homens frágeis,
sujeitos a errar, confiamos em Deus também?
Se vocês sentissem uma forte
dor no lado direito do abdome, ao consultar o médico ele
lhes poderia dizer que era necessária uma imediata operação
de apendicite. Vocês podiam estar longe de casa, entre
estranhos, não obstante subiriam à mesa de operação e poriam
a vida nas mãos de médicos e enfermeiras estranhos.
Nem sempre podemos confiar nos
homens, mas Deus "não retarda a Sua promessa". II S. Pedro
3:9. Se temos fé nos homens, por que não crer em nosso Pai
celestial?
A fé em Deus é uma das
condições para que nossas orações sejam respondidas. "De
fato, sem fé é impossível agradar a Deus". Heb. 11:6.
George Müller, certa vez,
estava contando a um amigo como sua fé se desenvolvera em
vinte e cinco anos. O amigo estava curioso para saber o
segredo. O Sr. Müller levantando bem alto uma velha Bíblia,
respondeu: "Amigo, eu conheço o Livro e o Deus do Livro,
porque o li acerca de cem vezes."
Vocês já experimentaram esta
receita? A Bíblia diz que "a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela
palavra de Deus". Romanos 10:17. É por causa da negligência
na leitura da Bíblia que predomina a incredulidade em nossa
geração. – Don't Hope Those Calves and Other Stories.
PRESENÇA
DE DEUS
A ilustre princesa Armênia foi
convidada, com seu esposo, a uma esplêndida festa, que
Ciro oferecia a seus cortesãos.
Regressando ao palácio, o
príncipe em conversa com a esposa, fala sobre os esplendores
da festa, as riquezas, a educação do monarca, o trato dos
cavalheiros, a gentileza das damas – enfim de tudo. Depois,
fazendo uma pausa, interroga à princesa:
–
Armênia,
dize-me: o que mais admiraram os seus olhos e lhe causaram
admiração?
–
Eu não fixei
meus olhos no monarca, nem nos esplendores da festa; eu não
os desviei de você, meu esposo. Em você possuo todos os
tesouros, todas as riquezas, todas as glórias imagináveis.
Mesmo em meio das belezas e
riquezas do universo, das maravilhas da natureza, não
devemos desviar nossas atenções da Palavra de Deus, Sua
revelação escrita, nem nossos pensamentos, do nosso Único
Salvador, Jesus cristo, que é um com o Pai e com o Espírito
Santo. – Lição dos Fatos.
CAVILADORES
Trouxeram-me um dia um homem
para conversar comigo e quando lhe perguntei por que não era
crente, respondeu-me logo: "A Bíblia está cheia de
contradições." Pedi-lhe imediatamente que me mostrasse uma.
"Oh", disse ele, "está cheia delas" "Se está cheia delas",
respondi-lhe, "poderá facilmente apontar-me uma." "Bem,
existe uma nos Salmos." "Mostre-me." Ele começou a procurar
os Salmos no fim do Novo Testamento!
Eu lhe disse: "Não está
procurando direito; deixe-me procurar o livro dos Salmos."
Depois que o achei, ele começou a folhear, a folhear, sem
encontrar aquilo que desejava. Afinal, disse: "Poderia achar
se tivesse aqui a minha Bíblia." "Bem", disse-lhe eu,
"promete trazer a sua Bíblia esta noite?" Ele prometeu vir e
encontrar-se comigo em certo lugar da casa de culto.
A hora chegou e passou, mas o
homem da dificuldade não apareceu! Alguns meses mais tarde,
em uma outra série de reuniões, na mesma igreja, alguém veio
dizer-me: "Está aqui um senhor que se diz cético, e que
deseja falar-lhe." Olhei para ele e reconheci logo o mesmo
homem de quem falei. "Oh! o senhor é aquele mesmo que uma
vez aqui me pregou uma peça." Muito confuso, confessou que
era ele mesmo; mas ainda estava com o mesmo jogo de dizer
que a Bíblia está cheia de contradições.
Pode-se dizer com
certeza que, ao menos, de cada dez pessoas que dizem isso,
nove não sabem coisa alguma acerca da Bíblia, pois logo que
lhes pedimos que nos mostrem a contradição, ficam totalmente
confundidas. – R.A. Torrey.
FÉ NA
BÍBLIA
Uma anciã, cristã fervorosa,
achava cada dia novo gozo na leitura da Bíblia. Depois de
algum esforço conseguiu reunir um grupo de pessoas idosas
que tinham mais ou menos as mesmas opiniões, e juntas liam a
Bíblia. Um dia ficou gravemente enferma. Lembrando-se das
últimas palavras de Marcos capítulo 16, versículo 18,
que diz:
"E porão as mãos sobre os
enfermos e os curarão", pediu que seus amigos se reunissem
e, orando, pusessem as mãos sobre ela. A enfermidade
desapareceu imediatamente e a bondosa senhora ficou alegre e
agradecida.
Algum tempo depois o ministro
a visitou. O ministro era um homem muito instruído. Quando a
anciã lhe contou tudo o que havia acontecido, a intervenção
milagrosa e o resposta à sua oração baseada no capítulo 16
de Marcos, ficou muito pensativo e depois de um instante
disse:
"Estimada senhora, sinto muito
ter de dizer-lhe que a última parte do capítulo 16 de Marcos
é espúria." A velhinha ficou muda de admiração: já havia
ouvido falar de pedras falsas e de muitas coisas, mas nunca
pensou que a Bíblia contivesse partes falsas. Depois de
alguns momentos o rosto dela se iluminou, e começou a louvar
a Deus em voz alta. O pastor ficou surpreendido, pois não
lhe parecia que o que dissera fosse motivo para alegria.
Interrompendo-a perguntou-lhe
qual a causa da sua alegria, a resposta foi: "Quão
maravilhosa é a Bíblia! Se as passagens falsas têm tal
poder, que uma me restabeleceu, quanto mais poderosas não
são as passagens genuínas!" Contra tal fé o sábio pastor não
pôde empregar nenhum argumento e despediu-se logo.
A
SERPENTE ENTRE OS LIVROS
Certo dia um senhor na Índia
foi para sua biblioteca, e tirou um livro da estante. Ao
fazer isso sentiu ima pequenina dor no dedo, como uma picada
de alfinete. Julgou que um alfinete fora espetado por alguma
pessoa descuidada na capa do livro. Mas logo seu dedo
começou a inchar, em seguida o braço, e então o corpo todo;
e em poucos dias morreu. Não era um alfinete que estava
entre os livros, mas uma serpente pequena e venenosa.
Há muitas serpentes entre os
livros hoje em dia Elas se aninham na folhagem de algumas de
nossas mau fascinantes literaturas; elas se enrolam em redor
das flores cujo perfume envenena os sentidos. As possam lêem
e ficam encantadas com o enredo da história, com a perícia
dos caracteres agrupados, pelo brilho das descrições, e
dificilmente sentem a picada do alfinete do mal que se
insinua. Mas ele dá a ferroada e envenena.
Quando o registro das almas
arruinadas for feito, sobre quantas estará escrito:
"Envenenada pelas serpentes entre os livros!" Cuidemo-nos
contra a serpente, e leiamos, apenas aquilo que é são,
instrutivo e proveitoso.
O
TESTEMUNHO DE GRANDES HOMENS ACERCA DA BÍBLIA
– A Bíblia é a verdade mais
pura que de Deus existe na Sociedade, na Natureza e na
História. – E. Castellar.
– Eu amo a Bíblia. Leio-a
todos os dias, e, quanto mais a leio, tanto mais a amo. Há
alguns que não gostam da Bíblia. Eu não os entendo, não
compreendo tais pessoas; eu a mo; amo a sua simplicidade, e
amo as suas repetições e reiterações da verdade. Como disse,
leio-a diariamente e gosto dela cada vez mais. –
Imperador D. Pedro II.
– A Bíblia pode comparar-se a
um jardim imenso onde exista uma grande variedade e profusão
de flores e frutos, encontrando-se entre estas produções,
algumas mais belas e essencialíssimas, mas sendo difícil
achar ali qualquer ramo que não tenha a sua utilidade e
beleza. A salvação para os pecadores é a grande verdade que
em toda parte da Escritura se apresenta esplêndida e
luminosa, mas o homem de coração puro ali vê também traçado
o caráter do Onipotente, o seu caráter e o do mundo. E se
algumas frases são impressivas e fortes, outras são menos
vigorosas, sendo próprias para investigações e estudo. –
Lord Cecil
– A Bíblia é, certamente, o
melhor preparo que podereis dar ao soldado americano, que
entra em batalha, para lhe manter o magnífico ideal e a fé.
– Marechal Foch
– A Bíblia é uma corrente onde
o elefante pode nadar e o cordeiro andar. – Papa
Gregório I, o Grande
– Tenho lido a Bíblia muitas
vezes. Agora tenho o costume de lê-la uma vez ao ano. É o
livro dos livros tanto para os advogados como para os
teólogos, e tenho pena de quem não pode achar nela um
tesouro de pensamentos e regras de conduta. – Daniel
Webster.
O PODER
DO EVANGELHO
Um ateu inglês, Charles
Bradlaugh, certa ocasião desafiou Hugh Price Hughes, para um
debate em Londres. Hughes aceitou o desafio nas seguintes
condições: Os tribunais não baseiam as suas sentenças
somente sobre os argumentos dos advogados, de um e outro
lado, mas pesam também, e principalmente, as evidências
oferecidas pelas testemunhas dos fatos.
"Eu trarei comigo ao lugar do
debate cem homens e mulheres que foram resgatados de uma
vida de pecado, pessoas que vocês poderão examinar,
interrogando-as, cuidadosamente, como lhes convier; e peço a
você que faça o mesmo, trazendo cem homens e mulheres que do
mesmo modo tenham sido beneficiados com o evangelho da
incredulidade."
O debate não se realizou. O
infiel tinha muita lábia, mas não tinha fruto, não tinha
provas.
Esta é a maneira de emudecer
os credos filosóficos arrogantes, vistosos – trazendo-os
para o terreno dos fatos, forçando-os a apresentarem os
frutos benéficos da sua doutrina. É a prova real, a prova de
fogo à qual não resistirão, porque só há um credo que
resiste a ela – o Evangelho de Cristo – o Filho de Deus.
TESOURO
ESCONDDIDO
Certa vez um príncipe deu a um
artista célebre uma Bíblia, dizendo-lhe que continha um
tesouro. Crendo ele que o tesouro se referia à religião, pôs
a Bíblia de lado. Mais tarde, quando morreu, todas as suas
possessões foram vendidas. A pessoa que as comprou,
encontrou na Bíblia, quando a abriu, um cheque do valor de
R$ 2.500. Pobre criatura! Se tivesse lido a Bíblia, não só
teria encontrado o cheque, mas também a "pérola de grande
preço" – Sunday School Chronic.
A BÍBLIA
OLVIDADA
Alguns cavalheiros que
pertenciam a uma Associação Bíblica, visitaram uma anciã e
lhe perguntaram se possuía uma Bíblia. Ela se incomodou
muito por lhe terem feito essa pergunta e respondeu:
– Vocês crêem que eu seja uma
pagã, para me fazerem tal pergunta?
Em seguida chamou uma criança
a quem disse:
–
Corra, tire a
Bíblia do caixão e traga para que eu mostre a estes
senhores.
Eles disseram insistentemente
que não era necessário fazer aquilo; porém ela respondeu:
–
Quero que vejam
com os seus próprios olhos que não sou uma pagã.
Pouco depois lhe trouxeram um
Bíblia cujas páginas estavam em bom estado de conservação.
Quando a senhora a abriu, exclamou:
– Oh! quanto gostei de que os
senhores me houvessem visitado e perguntado pela minha
Bíblia! Aqui estão os meus óculos; eu os estava procurando
há três anos e não havia meio de os achar.
Não houve razão para chamar de
pagã a essa mulher? Com efeito, ela estava vivendo como uma
pagã ignorante da Palavra de Deus, o que é um esquecimento
criminoso. – Compel Gray.
A BÍBLIA É
O ARMAMENTO PARA FAZER CRISTÃ UMA NAÇÃO
1) A Bíblia, a base da
moralidade.
Tirem-nos a Bíblia e
nossa luta contra a intemperança, a iniqüidade, a opressão,
o ateísmo e o crime terminará, porque não teremos nenhuma
autoridade para falar, nem valor para lutar sem ela. –
G. Lloyd Garrison
2) A religião transforma uma
Nação.
O progresso da civilização e
da liberdade religiosa tem sido mais rápido e eficiente nos
lugares onde a Bíblia é mais disseminada e onde as verdades
que se encontram nela são ensinadas à maioria do povo.
Nenhuma nação tem avançado tanto como aquela onde as
Escrituras são manuseadas e estudadas. – Chancellor
Woolworth.
3) A Bíblia é a base de uma
grande nação.
Apontando uma Bíblia sobre uma
mesa, Andrew Jack-son, antes da sua morte, disse a seu
amigo: "Este Livro, senhor, é a rocha sobre a qual descansa
a República." Assim sendo, para fazer uma nação cristã, é
necessário ensinar-lhe a Bíblia, porque ela é o guia que
conduz uma nação a Cristo.
4) A Bíblia produz uma mudança
radical.
Estendam o conhecimento da
Bíblia e os famintos serão alimentados; os estrangeiros,
protegidos; os prisioneiros, visitados; os enfermos,
consolados e atendidos. Propaguem os ensinos da Bíblia e a
temperança descansará sobre uma base mais firme que a Lei da
Constituição Política. – Governador Wintrope.
5) A grandeza de uma Nação.
Um dia um príncipe da África
visitou a Rainha da Inglaterra e, durante a visita,
perguntou-lhe qual a causa da grandeza de seu reino. Ela,
levantando uma Bíblia, respondeu: "Este Livro é a base da
nossa grandeza e qualquer nação que o tome e o leia será
grande."
O JOVEM
QUE LIA A BÍBLIA
Em seu livro Maravilhas
da Oração, Hale Smith conta o caso de um naufrágio e
do salvamento operado pelo Capitão Judkins. Entre os salvos
encontrava-se um garotinho de cerca de doze anos, que
perdera tudo.
–
Quem é você,
pequeno?, perguntou o Capitão Judkins.
–
Sou um menino
escocês; meu pai e minha mãe morreram e vou para a América
em busca de meu tio, que reside em Illinois.
–
Que é isto?,
perguntou o Capitão pegando uma corda que estava atada em
volta do peito do menino.
–
É um pedaço de
corda, senhor.
–
Que tem você aí
atado debaixo do braço?
–
A Bíblia de
minha mãe; ela me disse que nunca a perdesse.
–
Isto é tudo que
você salvou?
–
Sim, senhor.
–
Você não poderia
ter salvo qualquer outra coisa?
–
Não, se salvasse
isto.
–
Você não
esperava se perder?
–
Eu pretendia, se
fosse para o fundo, levar comigo para lá a Bíblia de minha
mãe.
–
Muito bem, disse
o Capitão, eu cuidarei de você.
Tendo chegado ao porto de Nova
York, o Capitão Judkins levou o rapazinho a um comerciante
cristão, a quem contou esta história.
"Tomarei conta do moço",
disse o comerciante. "Não preciso de outras recomendações; o
menino que se apega à Bíblia de sua mãe em tais
circunstâncias de perigo dará boa conta de si."
–
Camp Meeting Lessons for Children.
CONVERTIDO
PELA PALAVRA
Aconteceu, por sorte, chegar
às mãos de um argentino um exemplar do Novo Testamento.
Lendo-o, converteu-se em ativo conquistador de outros para
Cristo. Um desses amigos foi mais tarde levado a um hospital
e, durante a convalescença, estudava com grande interesse o
seu Testamento, quando este lhe foi repentinamente
arrebatado das mãos e atirado fora pela janela, por outro
paciente de espírito clerical. Na queda, atingiu no ombro um
soldado que passava. Apanhou-o ele do chão e começou a
lê-lo, interessando-se. Levou-o para casa e, afinal, como
conseqüência, tornou-se um cristão prestimoso.
–
Missionary Review of the World.
RENASCIDOS
PELA PALAVRA
I Pedro
1:23
Terêncio tinha o espírito
nublado pelo álcool, quando cambaleava pela rua de sua
cidadezinha, naquela noite de Verão. Ele saíra com alguns
companheiros para uma "farra". Ao voltar, pararam o carro
junto a uma tenda onde estava em andamento uma reunião
evangélica. Fora se ouviam os lindos hinos de Sião ali
cantados. Terêncio e seus companheiros puseram-se a
ridicularizar o canto. A religião não tinha lugar em suas
cogitações.
–
Ora bolas, vamos
entrar!, insistiu Terêncio, pouco sabendo de que se tratava.
Entraram todos. A maior parte
deles ficou uns minutos apenas. Terêncio ficou até ao fim.
"A Palavra de Deus foi direta
ao meu coração naquela noite", confessou ele meses mais
tarde. "Fez de mim um novo homem. Desde aquela noite nunca
mais toquei no copo de álcool. Minha esposa e filhos me
acompanharam depois para aquela tenda, e as verdades
bíblicas que ouvimos nos transformaram a vida. Todos fomos
batizados e recebidos na igreja." – Meditações
Matinais.
TEMOS DE
CONHECER A PALAVRA
Oséias 4:6
Faz anos, um velho marujo
britânico foi preso nas ruas de uma cidade da Geórgia por
estar metido em brigas. Não conseguiram identificá-lo
imediatamente e, como não pudesse pagar fiança, ficou na
cadeia. Aí adoeceu, vindo a falecer. Investigando, as
autoridades descobriram que o velho era herdeiro de fortuna
considerável. Sem seu conhecimento, uma tia distante o
incluíra em seu testamento, cabendo-lhe uma fortuna de
várias centenas de milhares de reais. Não pudera, é lógico,
fazer uso de recursos cuja existência ignorava. –
Meditações Matinais.
"CONTAI-ME
A VELHA HISTÓRIA"
Este hino se encontra entre os
mais belos que já se tenham escrito e foi tirado de um
extenso poema religioso que em 1866 a Srta. Catarina Hankey
escreveu quando em convalescença duma longa e penosa
enfermidade. As semanas de convalescença passaram lentamente
e durante todo o tempo essa menina inglesa dedicou-se à
leitura. A Bíblia se converteu em seu livro preferido.
Ao ler o Novo Testamento, a
vida de Jesus a fascinou. Com essa nova emoção começou a
escrever suas poesias e, assim, num dia de Inverno, iniciou
seu notável poema.
Onze meses mais tarde ela o
terminou. Continha mais de cinqüenta estrofes. Essa
obra-prima foi escrita em duas partes. A segunda parte do
poema deu os versos para o hino "Contai-me a Velha
História". Em todo esse belo hino há referências ao consolo
que a Srta. Hankey achou na leitura da Bíblia durante os
longos meses de sua convalescença.
A primeira estrofe diz:
Contai-me a velha história
do grande Salvador;
de Cristo e Sua glória,
de Cristo e Seu amor.
Com calma e com paciência,
pois quero penetrar
a altura do mistério:
Que Deus nos pode amar.
E ao cantar o hino vemos a
esperança duradoura que achou em seu estudo da vida de
Jesus.
Este hino, sem dúvida, deve
grande parte de sua popularidade à sua bela música. Foi
Guilherme G. Giacher, pianista de Baltimore, que a compôs.
USE-ME
Eu sou a Bíblia.
Eu sou a Biblioteca
maravilhosa de Deus.
Eu torno conhecido de todos
Aquele que é a Verdade.
Para o cansado peregrino, Eu
sou um forte cajado.
Para aquele que está em
trevas, Eu sou uma gloriosa luz.
Para aquele que está abatido
pelo peso dos fardos, Eu sou o descanso.
Para o extraviado, Eu sou um
Guia seguro.
Para os que se acham feridos
pelo pecado, Eu sou um bálsamo.
Para os desanimados, Eu
transmito uma alegre mensagem de esperança.
Para os náufragos das
tempestades da vida, Eu sou âncora firme e segura.
Para os que sofrem na solidão,
Eu sou a mão fresca e macia que repousa sobre a fronte
febril.
Ó FILHO DO HOMEM, PARA MELHOR
DEFENDER-ME, APENAS USE-ME. – The Ministry.
UM POUCO
CADA DIA
Assim como é impossível que um
homem coma num dia o suficiente para seis meses, também é
impossível que receba num dia a graça suficiente para o
futuro. Devemos ir extraindo-a dia a dia da fonte
inesgotável de graça que Deus nos dá, à medida que nos faça
falta. – 200 Anedotas e Ilustrações de D.L. Moody.
BÍBLIA
RESUMIDA
Londres, maio – Os Dez
Mandamentos foram cortados em uma nova edição da Bíblia, que
acaba de ser publicada.
Quem assumiu a
responsabilidade de fazer esse corte foi o reverendo Joseph
Mc Culloch, reitor de St. Mary-le-Bow, em Londres, e diretor
de estudos da Irmandade Industrial Cristã.
O reverendo tomou a iniciativa
de preparar uma edição resumida desse Livro Sagrado, por ele
mesmo chamado de "A Essência da Bíblia". Ele retirou da
Versão Autorizada cerca de 750.000 palavras. Mas foram as
310 palavras dos Dez Mandamentos que lhe deram mais trabalho
e preocupação.
Em seu escritório, ao lado da
igreja, o reverendo disse-me: "Pensei semanas a fio sobre se
devia ou não excluir os Dez Mandamentos da minha edição da
Bíblia. Mas, afinal, decidi não incluí-los, mesmo, porque
eles trazem uma mensagem negativa e a essência da Bíblia é
positiva. – Folha de São Paulo, 6-5-60.
BÍBLIA E
NAPOLEÃO
Referindo-se à Bíblia, disse,
certa vez, Napoleão, o grande guerreiro e imperador da
França: "A alma jamais pode vaguear sem rumo se tomar a
Bíblia para lhe guiar os passos." Não faz muito tempo, foi
localizado o exemplar das Sagradas Escrituras que Napoleão
usou em seu exílio, na Ilha de Elba. Várias passagens,
sublinhadas pela valente estadista, revelam sombrias
experiências vividas na solidão do degredo, no ocaso de uma
jornada gloriosa. Eis algumas das passagens lidas e
meditadas por Napoleão: "A minha alma está profundamente
triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo." (S. Mat.
26:38). "Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é
por nós, quem será contra nós?" (Rom. 8:31). "Tomai sobre
vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde
de coração; e achareis descanso para as vossas almas." – S.
Mat. 11:29.
Mesmo nas horas de solidão,
nas tristezas da vida, quando os amigos do mundo nos
esquecem e as glórias por que tanto lutamos nos abandonam;
mesmo quando tudo que nos parecia tão estável, tão firme, se
desfizer, a Bíblia permanecerá no seu lugar de lâmpada para
nossos pés e de luz para nossos caminhos tormentosos. –
A Bíblia no Brasil, abril de 1963.
O
EVANGELHO
Alguém perguntou a um chinês
se lera o Evangelho.
–
Não – respondeu
ele, nunca li, mas já o vi.
–
Já o viu? Como?
–
Conheci um homem
que era o flagelo da região. De uma hora para outra
transformou-se: abandonou todos os vícios e assevera que fez
isso por causa do Evangelho. Nunca li esse livro, mas já vi
que ele é bom. – Seleto.
ÁGUA DA
VIDA
A água constitui a maior
necessidade do homem. Sem ela nenhuma criança pode crescer,
nenhuma nação pode existir. Qual é a palavra que você ouve
dos lábios do viajante perdido na solidão do deserto
abrasador? "Água!" Qual é a palavra que se ouve dos lábios
do enfermo febril que se agita em seu leito? "Água!" Qual é
o pedido lastimoso e balbuciante que se ouve dos lábios do
ferido no campo de batalha? "Água!" Quão linda, pois é a
metáfora: "A água da vida!"
Como existe a necessidade
física da água, assim também há a necessidade espiritual da
água da vida. A Bíblia termina com um convite para bebermos
dessa água. O convite dirige-se a cada pessoa: "Quem quiser
tome de graça da água da vida." – Apoc. 22:17.
CAMINHOS
PUROS PELA PALAVRA
Salmos
119:9
–
Por que
desperdiça o tempo lendo esse velho livro?, perguntou,
escarnecendo, um ateu a uma senhora crente.
–
Porque encontro
nas Sagradas Escrituras aquilo que me satisfaz e eleva, foi
a resposta da fiel mãe em Israel.
–
Mas a senhora
não se poderá lembrar de tudo que lê, prosseguiu o
incrédulo, e como pode aproveitar com a leitura?
–
O senhor venha
cá, disse a doce velhinha, convidando o visitante a
aproximar-se da janela. Veja ali minha roupa desta semana,
no varal. Ontem essa roupa estava suja, encardida. Meti-a na
água e lavei-a esta manhã. Ali está ao Sol, faz algum tempo.
Agora está enxuta, branca e limpa! Não contém mais água;
esta fez o seu trabalho e depois se evaporou toda. –
Meditações Matinais.
NÃO É
VÃO SEGUIR A PALAVRA DA VIDA
Fil. 2:16
Os soldados estavam em
batalha. Um deles, crente, levava no bolso da camisa uma
pequena Bíblia. Em meio ao ruído de gritos e explosão de
granadas, os jovens seguiam, conduzindo o aviamento do corpo
de saúde. De súbito o crente caiu ao solo. Um companheiro
correu ao seu lado e admirou-se de que ainda o encontrasse
com vida. Pondo a mão no bolso da camisa, o filho de Deus
tirou sua pequenina Bíblia. A capa tinha um feio orifício. A
bala atravessara Gênesis, Êxodo, Levítico... Samuel, Reis,
Crônicas . . .
– Onde vocês pensam que a bala
se deteve?, perguntou o jovem depois, quando escreveu sobre
o caso, numa carta para os seus; exatamente no meio de
Salmos 91, apontando para o verso: "Mil cairão ao teu lado,
e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido." –
Meditações Matinais.
BIBLIA &
AMENDOIM
Jorge Washington Carver era
filho de escravos. Perdendo o pai, foi trocado por um
cavalo, já em Arkansas, onde, para sempre, se separou de sua
mãe. Mas o menino escravo norte-americano confiava em Deus e
possuía inflexível força de vontade. Seu nome figura nas
Enciclopédias contemporâneas como cientista e educador. Em
1943, ao morrer, Carver já havia realizado experiências
espetaculares com o amendoim, do qual conseguiu obter mais
de trezentas substâncias diferentes.
Certa ocasião o notável
cientista negro foi chamado a dar informações sobre suas
conquistas perante uma comissão do Senado norte-americano. E
quando um dos Senadores lhe perguntou onde ele havia
aprendido tantas coisas sobre o amendoim, Carver respondeu:
–
Eu aprendi tudo
num velho livro.
–
Que livro?,
perguntou o presidente.
–
A Bíblia.
–
Mas que diz a
Bíblia sobre amendoins?
–
Nada, Sr.
Senador, respondeu o Dr. Carver. Mas a Bíblia fala do Deus
que fez o amendoim. Eu Lhe pedi que me mostrasse o que fazer
com o amendoim e Ele me mostrou.
Notável, sem dúvida, este
testemunho!
FONTE
INESGOTÁVEL
Durante as escavações
realizadas em Pompéia, um dos trabalhadores descobriu antiga
fonte de água. Por séculos ficara coberta pelas lavas do
vulcão, mas, no momento em que foi aberta, brotou tão fresca
e copiosa como antes. Assim é a Palavra de Deus. Pode haver
estado oculta, sepultada, sem produzir bênção, sem
refrigerar. No momento, porém, em que é aberta outra vez, e
sua mensagem é recebida no coração, refrigera e reanima.
SE
ESTIVESSE EXILADO NUMA ILHA
Depois de ter visitado a
exposição de livros, que todos os anos se realiza em
Londres, o escritor Carlos Duff descreveu suas impressões e
disse: "Após ter examinado esta instrutiva exposição, fiquei
confundido ante a grande profusão de literatura. Esta
exposição é para o apetite mental o que uma exposição de
produtos alimentícios seria para o apetite do corpo. A gente
se pergunta: "De todas estas obras, quais são as que agradam
e quais as que não agradam? E, posto o caso, que havia de
levar comigo ao desterro para alimentar o meu intelecto?" É
uma pergunta que duas pessoas não haviam de responder da
mesma maneira ...
"Bem, pensei comigo, se me
levassem a uma ilha deserta e se me permitissem a companhia
de uma dúzia de livros, dos que tinha visto na última
exposição em Londres, qual seria a minha escolha? É uma
pergunta difícil de responder imediatamente, mas procurarei
fazê-lo." Afinal, este escritor fez a escolha de doze
livros, explicando ao mesmo tempo porque gostaria de levar
consigo a cada um deles.
"Levaria comigo a Bíblia",
disse ele, "por dois motivos: Primeiro, por causa do Velho
Testamento, que tem sido um consolo e um prazer e uma obra
de beleza para uma raça que foi a um tempo mais espiritual e
mais material que conhecemos, os judeus. Segundo, por causa
do Novo Testamento, devido a sua trágica explicação da alma
humana e sua totalidade e finalidade na solução de todos os
problemas espirituais para aqueles que desejam submeter-se à
sua infalível convicção. O homem é um ser espiritual e
através das idades a Bíblia tem demonstrado ser um dos mais
vastos armazéns de alimento espiritual para ele." – La
Prensa, B.A., 22 de março de 1936.
QUATRO
GRUPOS DE LEITORES
S. Luc.
10:26
Existem quatro grupos de
leitores. Os leitores do primeiro grupo estão comparados a
ampulhetas. São pessoas que lêem rapidamente e
muito, mas daquilo que leram nada está sendo retido.
Os do segundo grupo
comparam-se a esponjas. Elas absorvem tudo,
mas também na mesma proporção o transmitem, e pode ser que
não seja mais tão puro.
Os leitores do terceiro grupo
podem comparar-se a coadores. Eles conservam a
escória e deixam passar aquilo que é limpo.
O quarto e o último grupo
abrange os leitores que se assemelham a diamantes.
Deles tudo que é inútil está sendo afastado e somente se
guardam as jóias. – Samuel Taylor Coleridge.
O TESOURO
DAS ESCRITURAS SAGRADAS O SALVOU
Jer. 41:8
Há algum tempo, um senhor, já
de idade, morador de New Jersey, achou na Bíblia da família
cédulas no valor de mais ou menos mil libras esterlinas.
Estas cédulas estavam espalhadas por todo o livro. A sua
origem explicava-se da seguinte maneira:
"No ano de 1874 falecera a tia
deste senhor e no testamento que fizera havia um parágrafo
que dizia o seguinte: "Ao meu querido sobrinho legarei a
minha Bíblia de família, com todo seu conteúdo, junto com o
valor dos meus bens, havendo sido pagas as despesas do
enterro e os respectivos impostos legais." Todos esses anos
o homem vivera em pobreza. E, finalmente, enquanto estava se
preparando para ir morar, com seu filho, achou no fundo do
baú essa Bíblia, e ao folheá-la, descobriu o dinheiro
escondido, uma soma de quase mil libras esterlinas." Aqueles
que negligenciam ler as suas Bíblias perdem até tesouros
maiores do que os deste mundo. – American Messenger.
O EFEITO
DO EVANGELHO
Sobre um velho tronco
apodrecido as aves deixaram uma sementinha tão pequena como
a semente de mostarda do Evangelho.
A semente produziu uma árvore
cujas raízes se aprofundaram pelo tronco abaixo, até o chão,
e ela subiu pelo tronco acima, deitando ramos. O velho
tronco se rompeu, deixando apenas um ou outro fragmento
apegado ao novo tronco.
É assim o Evangelho: se ele
atinge o coração e deita raízes, há de romper com os erros
doutrinários.
Nunca pensemos em conseguir o
efeito antes de estabelecer-se a causa.
A SENHA
João 3:16
Um menino, em noite hibernal,
na cidade de Dublin, estava parado na esquina de uma rua,
tiritando de frio. Alguns vagabundos haviam-lhe indicado
aquele ponto para se encontrarem e saírem juntos para agir
enquanto a cidade dormia.
Alguém tocou-lhe o ombro e ele
tremeu de medo mas uma voz suave lhe disse:
–
Menino, isso não
é hora de estar na rua; vá para casa e para a cama.
–
Não tenho casa,
nem cama, respondeu o infeliz menino.
–
Se eu lhe disser
onde há uma casa e uma cama, você irá para lá?
–
Agora mesmo!
–
Então vá a tal
rua e número.
O menino saiu correndo, mas o
homem chamou-o:
–
Espere, falta a
senha. O porteiro só abrirá se você disser "João, três,
dezesseis." Repetindo a senha, o menino correu à casa
indicada.
Tocando a campainha, o
porteiro perguntou:
–
Quem está aí?
–
João três,
dezesseis – foi a resposta.
–
Pode entrar. – E
logo lhe indicou uma cama confortável.
O menino deitou-se e não teve
muito tempo para pensar em seu novo nome. O sono venceu-o.
Na manhã seguinte deram-lhe
pão torrado e um copo de leite quente. Voltando para a rua,
o menino andou de um lado para outro, pensando no enigma da
senha. Distraindo-se, foi atropelado por um carro e
recolhido a um hospital, em estado inconsciente.
Em seu delírio só repetia João
3:16. Quando melhorou o seu vizinho de leito perguntou-lhe:
–
Como vai, João
3:16?
–
Como é que o
senhor me conhece?
–
Você está
repetindo o seu nome desde que aqui chegou... Sabe de onde
vem o seu nome?
–
Não senhor . . .
É da Bíblia.
–
Leia a Bíblia
para mim.
Quando ouviu a leitura de S.
João 3 versículo 16, disse:
–
É sobre amor, e
fala não de uma noite de conforto, mas de vida para
sempre...
E João 3:16 foi-lhe a porta de
uma nova vida. Fez amizade com pessoas de bem, estudou,
tornou-se homem reto e bom.
Cristo veio ao mundo para que
"todo aquele que nEle crê não pereça".
A VERDADE
Um célebre pintor francês de
nome Doré perdeu, certa vez, o seu
passaporte e foi por isso retido quando pretendia passar a
fronteira. Toda a sua insistência em afirmar que era
realmente o pintor Doré de nada lhe
valeu. O guarda exigiu que apresentasse provas de sua
identidade. "Vocês têm aqui um papel e um lápis. Pintarei um
quadro."
Doré
esboçou então em poucos traços, um quadro dos arredores e só
este esboço bastou para afastar do guarda todas as dúvidas a
respeito da identidade do pintor. "Pode passar porque
realmente só Doré é capaz de fazer o
que você acabou de fazer. Você é
Doré.
Reconheço-o como tal."
De igual maneira com aquele
que se diz discípulo de Cristo. A verdade o livrará em
qualquer emergência. Amando-a e praticando-a, será ela o seu
passaporte.
Façamos, portanto, da verdade
base do nosso caráter, selo do nosso ser, rótulo da nossa
individualidade e característico das nossas condutas pública
e privada, praticando-a efetivamente, por paixão e por
hábito, em todos os momentos da nossa vida. Assim, ela será
uma bênção para nós e uma estrela, que reluza no aquém e no
além-túmulo, assinalando o nosso quilate de homem e nosso
valor como filho de Deus. O indivíduo que a ama e pratica
torna-se inatacável, e aquele que erra encontra nela a única
tábua de salvação, quando a abraça imediatamente. "E
conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará" – disse
Jesus (João 8:32).
A VISÃO
DO PREGADOR
Há uma lenda que reza o
seguinte: Procedente de um montão de material que sobrara de
uma construção e fora deixado como escombro, ouviu-se uma
voz que clamava: "Glória! Glória!"
Um transeunte atraído por
aquelas exclamações de júbilo deteve-se no caminho para
saber o que se passava. Notou, então, que a voz provinha de
um pedaço de mármore meio coberto com terra.
Disse-lhe o transeunte:
–
Por que você
está se regozijando? Por certo não é muito honroso para você
estar aí nesse montão de escombro.
–
Não – disse o
mármore – não é nada honroso agora, mas Miguel Ângelo passou
por aqui e o ouvi dizer: "Há um anjo nessa pedra." Foi
buscar o cinzel e a marra e voltará para esculpir-me e fazer
de mim um anjo.
A pedra novamente em êxtase
gritou: "Glória! Glória!"
A humanidade assemelha-se a um
pedaço de mármore no montão de escombro quebrado, imundo, e
sem valor. Mas o grande Escultor viu-a em tal estado e se
admirou de que ninguém a procurasse levantar. Assim como
Miguel viu um anjo naquela pedra, Deus vê a imagem de Seu
Filho na vil humanidade. De outro modo, Cristo não se teria
entregado por nós.
O PODER
DO EVANGELHO
Conta o célebre missionário
Dr. Moffat que numa ocasião um chefe negro veio a seu
encontro, lamentando dolorosamente.
–
Que se passa com
você? – perguntou o missionário.
–
Ah! A! – gemia o
negro.
–
Vamos, homem,
diga-me o que acontece, e não te lamentes tanto.
–
Meu senhor, é
que aqui vai acontecer outra coisa terrível – disse o negro.
–
Mas que pode
acontecer? Como?
–
Meu cão para
mais nada me vai servir.
–
Por que não? –
disse alarmado o Dr. Moffat, sabendo que a posse mais
valiosa do indígena era o seu próprio cão.
–
Porque foi ele
quem comeu uma folha de minha Bíblia.
O Dr. Moffat ficou muito
contente ao ver assim um sinal bem claro de que a Bíblia
estava sendo apreciada. Mas suspeitava que este chefe tinha
algo mais a dizer-lhe e não se enganou.
–
Isto não lhe
fará mal, respondeu o missionário. Tem aparência de estar
enfermo?
–
Mas já não me
servirá para nada. Comeu as palavras da Bíblia e agora
ficará tão manso que não se atirará mais sobre os ladrões.
O missionário compreendeu
então que o negro não se preocupava tanto pela perda da
folha da Bíblia como pela perda do cão.
O negro tinha observado os
efeitos produzidos pela Bíblia na vida de seu povo. Muitos
homens violentos, intrigantes e ladrões, tinham-se tornado
humildes, pacíficos e bondosos. Estava contente, satisfeito
de que seus súditos experimentaram semelhante mudança pelo
poder do Evangelho. Mas não queria tal mudança para seu cão.
Temia que por ele ter engolido uma folha da Bíblia, nele se
fizessem sentir os mesmos efeitos.
– Por teu cão ter engolido uma
folha da Bíblia disse o pastor – isto não lhe trará mal nem
bem.
Meu desejo, amigo, é que você
receba em seu coração as verdades do Evangelho, para que
alimente sua alma e seja fortalecido.
Isto é o que Jeremias
expressa ao dizer: "Achando tuas palavras logo as comi; e,
tua palavra foi para mim gozo e alegria do meu coração. –
Jer. 15:16. – J.R.C.
O
COLPORTOR E O ASNO
Em um hotel, conversavam
alguns jovens mundanos que se orgulhavam de seu saber,
quando se aproximou um colportor e lhes ofereceu uma Bíblia.
Os jovens, depois de zombarem dele, disseram:
"Você não é de todo ignorante
e, parece que você tem estudado alguma coisa; supomos que
responderá à nossa pergunta e confessará a verdade. Diga:
Você pode crer que uma jumenta tenha podido falar com um
homem, como diz a Bíblia, como fez a jumenta de Balaão?"
O colportor com toda
calma e firmeza respondeu: "Como não vou crer que uma
jumenta tenha falado como homem, se em pleno século XX os
homens falam como jumentas?" – D.H.
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