CARÁTER
PONTO FRACO
NO CARÁTER
Um velho castelo, nos tempos
da Idade Média, foi assediado. Seus defensores lutavam,
havia dias, para que as muralhas não fossem escaladas. O
inimigo assaltante já perdia a esperança de triunfar quando
foi descoberta, em certo ponto da fortaleza, uma janelinha
que não ofereceria muita resistência. Depois de arrombada
percebeu-se, porém, que ela era pequena demais para dar
passagem a um homem. O comandante teve uma idéia: à noite
introduziu um menino por ali e o encarregou de abrir uma das
portas da muralha. Feito isso, foi fácil obter a vitória.
Uma pequena tendência que
temos para este ou para aquele mal é a janelinha por onde o
inimigo – pecado – entra e pode escravizar-nos
perpetuamente. – Respigando.
AS
COLUNAS DA IGREJA
Na catedral de S. Marcos, em
Veneza – maravilhosa construção que ostenta um esplendor
oriental além de qualquer descrição –, há as colunas que se
diz serem trazidas do templo de Salomão. São de alabastro –
substância sólida e durável como granito, porém tão
transparente que a própria luz se filtra através delas.
Eis um símbolo exato de como
deveriam ser as verdadeiras colunas da Igreja! Sólidas na
sua fé, mas transparentes no caráter; homens moldáveis,
alheios aos caminhos tortuosos, e contudo homens de vontade
firme que não se deixam desencaminhar nem se dobram às
imposições do mal. Conhecemos poucos homens de alabastro.
Possa o grande Construtor colocar mais deles no Seu templo!
– Spurgeon.
A QUESTÃO
SUPREMA
Atos 9:6
A História se acha repleta de
ilustrações que mostram quão cruciante é a decisão que
estabelece o rumo a tomar quanto à nossa carreira.
Em 1877 dois jovens,
companheiros de quarto no Colégio Bowdoin, no Maine, estavam
falando entre si quanto ao seu futuro. Ambos haviam
trabalhado para abrir seu caminho durante quatro anos
fadigosos.
– Carlos, – perguntou Roberto
– o que você vai fazer ao sair de Bowdoin?
– Vou ganhar dinheiro. Estou
cansado de ser pobre. Vou enriquecer e não me importa como.
E você que vai fazer, Roberto?
Vou para lugares onde o homem
nunca esteve, respondeu Roberto. – Vou ser
explorador.
Trinta e dois anos depois, no
Verão de 1909, Roberto passou um telegrama de
Espisbergue, Noruega, ao
presidente dos Estados Unidos: "Firmei a bandeira americana
no pólo norte. – Roberto E. Peary."
Mas Carlos (Carlos W. Morse)
se achava na penitenciária federal de Atlanta, Geórgia,
cumprindo sentença por defraudar as viúvas e outras pessoas
da Nova Inglaterra de suas poucas economias.
"Que queres que faça?" é uma
pergunta que deve ser feita não somente antes da escolha de
nossa carreira, mas ao início de cada novo dia.
COEFICIENTE PESSOAL
(O Corvo e
o Rouxinol enviados à Terra)
Uma fábula antiga diz que a
rainha das aves, desejando saber o que era o mundo, enviou à
Terra dois emissários para dar-lhe relatórios. O primeiro
era o corvo. Depois de percorrer este nosso planeta, voltou
dizendo que vira só cavernas, erosões, putrefações,
cadáveres e carne em decomposição. Na verdade ele só vira
isso.
Depois a rainha mandou outro
emissário: o rouxinol. Ao voltar, contou, entusiasmado, que
vira um par de rios formosos, de fontes cristalinas, de
flores, de florestas e de grandes encantos. Tão emocionado
ficara, contemplando essas belezas, que muitas vezes teve de
cantar, inspirado por elas.
Como se vê, essa fábula
focaliza uma grande lei psicológica: na apreciação das
realidades que contemplamos, entra sempre, com poder
considerável, o coeficiente pessoal. – UNITAS.
A QUARTA
RODA
Um motorista parou o seu carro
ao longo de um montanhoso caminho no Colorado, para convidar
um jovem a viajar em sua companhia. O jovem mostrou-se logo
muito amigo e, antes de ser interpelado pelo motorista
perguntou: "O senhor é um ministro (pastor),
não é?"
"Sim", respondeu o motorista.
"E como você o sabe?" "Oh, sou bem capaz de distinguir as
pessoas", respondeu o jovem. E logo começou a contar como
fugira de casa e da escola, mas agora estava de volta para
recomeçar seus estudos.
Quando o rapaz terminou sua
história, o motorista virou-se para ele e disse: "Filho, há
alguns atributos de que uma pessoa necessita
para ser bem sucedida. Em primeiro lugar ela
precisa ser sociável
e fazer amizades entre o POVO."
"Oh, isto é fácil para mim",
replicou o jovem. "Eu aprecio o povo. Olhe, o senhor e eu já
somos amigos e nos conhecemos um ao outro muito bem."
"Bem, outra coisa que é
importante", disse o pastor, "é ser bem
desenvolvido fisicamente."
O rapaz sem hesitar mostrou seus bons músculos.
O pastor continuou: "Você
precisa ser
intelectualmente são, também."
"Bem, examine-me nisto
também", replicou o rapaz, "Lembre-se de que eu disse que
estou de volta à escola."
"E o quarto requisito",
acrescentou o motorista, "é ser
forte espiritualmente."
O rapaz ficou em silêncio.
Somente se ouvia o ruído do motor. Por fim, o motorista
também silenciou-o. O motorista ordenou que o jovem saísse
por uma porta enquanto ele saltou por outra. O jovem
obedeceu. O homem apontou-lhe uma das rodas do carro e
disse: "Que é aquilo?" O desconcertado rapaz respondeu: "É
uma roda". O ministro apontou-lhe outra roda, fez a mesma
pergunta e obteve a mesma resposta; em frente a terceira, o
mesmo se deu. Ao alcançarem a quarta roda, a pergunta foi
outra vez feita: "Que é aquilo?" O jovem respondeu: "É
também uma roda".
Ambos entraram outra vez no
carro, e por mais alguns minutos, enquanto viajavam pela
estrada, nenhum dos dois falou. De repente o jovem virou-se
para o motorista e disse: "Entendo o que o senhor me queria
dizer. Eu não posso atravessar a vida com sucesso sem a
quarta roda. Agradeço-lhe a lição e tudo farei para colocar
as quatro rodas em minha vida e tornar-me um homem de
sucesso."
REVELAÇÃO
DO CARÁTER
Um nobre certa vez deu um
grande banquete. Enquanto os comensais estavam à mesa,
entram dois mascarados e fantasiados, não mais altos que uma
criança de seis anos: um personificava um cavalheiro, o
outro representava uma dama. Tinham as vestimentas a
caráter, bem apuradas, e dançaram à frente dos comensais,
com toda habilidade e perfeição. Os convidados divertiam-se
a valer e admiravam a destreza e polidez do par dançante.
Aplaudiram a correção e o apuro daquelas crianças polidas.
A esta altura, um velho
serviçal da casa tomou uma maçã e arremessou-a entre os dois
dançarinos. Imediatamente, o "cavalheiro" e a "dama" se
precipitaram sobre á fruta, engalfinhando-se e rasgando as
respectivas máscaras e fantasias e... surpresa! em vez de
crianças, era um casal de macacos. Os comensais passaram a
rir a valer. Mas o velho serviçal disse com toda a
gravidade: "Macacos e tolos podem vestir-se com apuro, mas
logo virá o dia em que serão conhecidos como realmente são."
Não podemos simular por muito
tempo um caráter que não temos. O verdadeiro logo aparece. –
6.000 Sermon Illustrations.
VIDA
II Cor. 6:2
Estavam dois jovens discutindo
o plano da vida. Um deles, que era um moço brilhante mas que
olhava para a vida sob o ponto de vista totalmente mundano,
disse em tom petulante: "É muito semelhante a um programa de
concerto." O outro, menos inteligente, nada disse mas vivia
numa sincera comunhão com Cristo.
– A vida é muito semelhante a
um programa de concerto – repetiu o jovem negligente. – Sabe
que o programa geralmente é composto de três fases? A
primeira, a segunda e o intervalo? Há também estas mesmas
fases na minha vida: A primeira, a educação –
não há muita afaça nisto, porém, logo passarei por esta
parte; depois vêm os negócios – não é muito
melhor esta outra e farei minha fortuna de maneira mais
rápida possível; depois vem a vida verdadeira.
– Então o que sucede com a
religião? Onde se encontra esta parte no programa? –
pergunta o segundo jovem.
– Oh, – disse o outro – eu
tenho anotado isto em algum lugar; acho que é a última coisa
no programa e se acha justamente antes da Apoteose.
– Esse seu programa é por
demais extenso – diz o outro. – É possível que você não
possa apresentar ou desenvolver todas as divisões que
pretende; nos concertos, às vezes, acontece que pessoas saem
no intervalo e não voltam para a segunda parte. Portanto,
creio que seria melhor transformares o seu programa pondo o
fim no princípio.
A ilustração acima, relatada
da visão tomada por alguns jovens, foi apresentada por um
gaulês quando pregava em Londres; foi-lhe transmitida, disse
ele, das páginas de uma brilhante novela gaulesa.
O fato de que os jovens
em geral pensam que a religião é uma coisa que deve ser
considerada na última parte da vida é sabido pelos
professores. Mas a religião deve ser o primeiro ponto do
programa e não o último, conforme todos os ensinos da
Bíblia. – W.J.H.
QUANTO
VALE A SUA RELIGIÃO
Isa. 26:3
Certo senhor que estragara a
mente e o corpo com a descontrolada ambição de possuir
dinheiro, foi consultar um especialista de nervos, e ficou
surpreendido quando este lhe fazer a pergunta:
– Quanto vale a você a sua
religião?
O famoso médico disse ainda
que conhecia uma classe de gente que raramente vinha ao seu
gabinete – o povo que crê e pratica a religião cristã. –
F .A. Atkins.
TOMAI
CUIDADO DO TEMPO
Efés. 5:16
Nossa vida tem sido
classificada em várias direções de tempo pelo Dr. C.
Albertson. Talvez seja conveniente fazermos um inventário ao
nosso tempo disponível e recapitular os hábitos que
empregamos em seu uso.
Existem 168 horas, em cada
semana; destas, 56 gastamos em dormir, 411 em trabalhar e 12
são empregadas nas refeições e na boa digestão dos
alimentos. Nos sobram, portanto, 52 horas líquidas, de vida
conscienciosa e ativa.
É demais dizermos que
Deus requer um décimo deste tempo livre de que dispomos? A
décima parte de 52 horas são 5,2 horas; quanto deste
dízimo de tempo devotamos às coisas religiosas? Se
vamos à igreja duas vezes aos domingos, ocuparemos 3 horas;
na Escola Dominical e no culto de oração mais 2, ainda temos
dois décimos de hora que deveríamos empregar no estudo da
Devoção Matinal. Quando, porém, recapitulamos nossas vidas,
quão poucos de nós freqüentam os cultos regularmente?! –
C.H.
A MARCA
DO OMBRO
Mar. 8:34
Um frade orava tanto que
poderia, possivelmente, ter sobre as mãos e os pés as marcas
do Senhor.
Em certa visão, porém, foi-lhe
mostrado outro sinal no corpo de Jesus, que o mundo
esquecera; estava no ombro, e o monge aprendeu que somente
poderia ter as marcas nos pés e nas mãos, enquanto Cristo a
tinha no ombro. E .E. Gregory.
CRISTÃOS
FORA DA IGREJA
Heb. 10:25
Pode-se viver uma vida cristã
fora da Igreja? A resposta talvez seja afirmativa, todavia,
não se mantém uma vida tão consagrada fora da comunhão com
os da mesma fé como estando-se, intimamente, ligado às
reuniões contínuas.
Não faz muito tempo, vi um
pomar com todas as suas árvores bem podadas e cultivadas;
havia em volta uma cerca alta que obstava a entrada de
quaisquer animais que por ali passassem.
De um lado viam-se belas
maçãs, amarelas e vermelhas, e pêssegos deliciosos e
maduros; fora da cerca, entretanto, achava-se uma macieira
com os galhos quebrados, cercada de mato e toda encurvada;
as vacas e cavalos que por aquela cercaria pastavam a feriam
continuamente com os chifres e as patas; no topo da árvore
encontravam-se umas poucas maçãs, feias e estragadas.
Era uma macieira como as
outras mas que, vivendo além do pomar, não possuía o vigor
das demais.
Se uma pessoa pode viver uma
vida cristã fora da Igreja, muito melhor viverá dentro dela.
– J. S. Hadges.
AS OBRAS
REVELAM NOSSO CARÁTER
(O
Escorpião e a Tartaruga)
S. Tia.
2:18
Nossas obras não nos salvam,
mas revelam nosso caráter. Demonstram a fé que possuímos. Se
somos genuínos seguidores de Cristo, nossa vida se encherá
de boas obras. Se somos professos nominais, veremos ser
impossível produzir boas obras – pelo menos por certa
extensão de tempo. No fim se revelará nosso verdadeiro
caráter.
Isto é bem ilustrado por uma
parábola acerca de um escorpião e uma tartaruga. Querendo
atravessar um rio, o escorpião – singularmente incapaz de
nadar – disse à tartaruga:
– Deixa-me fazer um passeio em
tuas costas enquanto atravessas o rio?
– Você está louco?,
protestou a tartaruga. – Você me picará enquanto eu
estiver nadando, e me afogarei.
– Querida tartaruga,
respondeu o escorpião – se eu te fosse picar você se
afogaria e eu iria junto para o fundo. Ora, que lógica tem
isso?
Depois de um momento de
reflexão, a tartaruga convencida pelo escorpião, concordou
em proporcionar-lhe um passeio.
– Sobe, disse ela.
O escorpião subiu ao casco da
tartaruga, e ela se foi pela água. Achando-se meio do rio,
quando o escorpião deu-lhe impiedosa ferroada. Incapacitada
pelo ataque, a tartaruga foi para o fundo, levando consigo
seu passageiro. Cem ar de resignação, voltou-se para o
escorpião, e disse:
– Incomoda-o se eu lhe
perguntar uma coisa? Você disse que não havia lógica em você
me picar. Por que o fez?
– Não tem nada que ver com a
lógica, respondeu ele. – É simplesmente meu caráter.
VIDA NOVA
Vance Havner, hábil pregador
norte-americano, num dos seus livros conta que em certa
cidade apareceu um frenologista, isto é, um desses
indivíduos que, apalpando as saliências do crânio de uma
pessoa, descrevem o caráter dessa mesma pessoa.
A certa altura, o tal
frenólogo chamou ao palco um senhor que no passado havia
sido um elemento indesejável na sociedade por causa dos seus
costumes pervertidos, e que fora maravilhosamente salvo pela
graça de Cristo e era agora bem conhecido como um cristão
virtuoso e esforçado servo do Senhor. O cientista,
conhecendo apenas um modo de sondar os homens, depois de
examinar cuidadosamente cabeça daquele cristão, começou a
descrevê-lo para o auditório. Sua descrição coincidia
exatamente com aquilo que o crente fora no passado, mas de
modo algum com o que ele era no presente. O auditório, como
era natural, começou a sorrir do diagnóstico do professor.
Finalmente o cristão tomou a
palavra e disse ao doutor:
– Professor, o senhor. está
dizendo aquilo que eu fui no passado. Já faz algum tempo que
o Senhor Jesus Cristo me deu um novo coração e nele habita.
Agora, se o senhor quer fazer um diagnóstico correto, o
senhor precisa examinar não a minha cabeça, mas sim o meu
coração, pois é aqui que Cristo mora.
Pode você, apreciado amigo,
dizer o mesmo?
– Luiz de Assis.
O VALOR
DAS COISAS ETERNAS
Sobre cada uma das três portas
da Catedral de Milão existe uma inscrição. Por cima duma das
portas está esculpida uma grinalda de rosas, com este
dístico: "Tudo o que dá prazer dura só um momento." Em cima
de outra se acham uma cruz e as palavras: "Tudo o que nos
aflige é só por um momento."
Porém a grande porta central
leva esta inscrição "Somente o que é eterno tem
importância." – Seleto.
O ANJO
OCULTO
Certos homens estavam
carregando um bloco de mármore para o gabinete do escultor.
Um menino que ali se encontrava, assombrado, perguntou o que
o artista faria surgir desta pedra. O artista em resposta
disse: "Não farei surgir nada desta pedra, irei encontrar
algo. No bloco de mármore está oculto um anjo
e tudo que devo lazer é desprender os blocos exteriores para
que se possa vê-lo."
As vidas muitas vezes
aparentam ser rústicas e sem formas, desprovidas de toda
beleza. Não obstante em cada vida há um anjo. Às vezes a
tarefa é desesperadora, mas com olhos para ver, paciência
para trabalhar e habilidade para dar forma, descobrimos o
encanto. A estátua a que somente falta respirar e mover-se
não foi criada por alguns golpes. Jamais um artista criou
beleza com golpes mal dirigidos. Um golpe impaciente, uma
palavra descuidada, e o árduo trabalho dum dia é desfeito. –
Watchman Examiner.
UMA
ILUSTRAÇÃO DE COISAS DA NATUREZA
"Observai a invenção usada
pelo pessoal do interior para pegar moscas. Põem alguma
substância líquida e doce em uma garrafa de pescoço
comprido. A ociosa mosca chega, sente o cheiro do licor,
entra e morre afogada. A abelha passa por perto, sente, por
um momento, o odor daquela substância da garrafa, mas não
entra; tem seu mel a fabricar; acha-se tão ocupada com os
afazeres da colmeia que não dispõe de tempo para perder com
o perfume tentador." – The Biblical Illustrator.
A PROVA
DA ÁGUA
Um ourives dirá que um
diamante falso nunca é tão brilhante quanto uma pedra
verdadeira, apesar de ao olho inexperiente não haver
diferença.
Uma simples prova é colocar a
pedra sob a água: o diamante imitação fica praticamente
extinto enquanto o genuíno cintila ainda debaixo da água; o
contraste entre os dois torna-se desta forma viável a todo
olho.
Muitos cristãos têm falhado na
prova de água-adversidade.
– Relatório do Trabalho
Cristão.
QUANDO O
RETRATO É MANCHADO
Mat. 5:24
Quase todos os amantes da arte
se encontram familiarizados com o quadro de Leonardo da
Vinci – "A Ceia".
O seu biógrafo diz-nos que,
antes de pintar o quadro, o artista teve uma briga com um
homem e jurou vingar-se. Assim, com atitude de rancor traçou
o rosto de Judas.
Querendo, no entanto, desenhar
a imagem do Mestre notou que não podia dar a expressão que
desejava até que, indo ao homem com quem questionara
suplicou perdão. Sentindo gozo perfeito em sua alma pôde
terminar o retrato.
– Dirigente de Jovens.
LEVANDO A
CRUZ
João 19:17
Conta uma velha lenda que um
rei das Cruzadas adquirira dos pagãos, a verdadeira cruz de
Jesus e a trouxera para Jerusalém, com grande pompa e
esplendor. Porém, ao chegar à cidade encontrou a porta
fechada e guardada por um anjo que lhe disse: "Tens trazido
esta cruz com grande orgulho e poder. Aquele que morreu
sobre ela lhe tributava muito respeito e carregou-a em Suas
costas."
Então, diz a lenda, o rei
desceu do cavalo, tirou as vestes, pôs a cruz no ombro e
seguiu descalço, encontrando, desta forma, a porta aberta.
CORES
PERDIDAS
I Cor.
15:33
Herbert
Adams Gibbons cita o seguinte como sendo um dos exemplos dos
puros e fortes escritos de John Wanamaker:
Em Gênova, à vista do Monte
Branco, distante quarenta milhas, temos visto por vezes os
dois rios, o Havre e o Reno,
unindo-se em uma só torrente e num longo percurso
conservarem distintas suas cores, um cinzento e outro
pardacento até que ao longe um se perde no outro e se
misturam no verde do oceano.
Assim é no caráter do homem.
Cada qual conservará sua característica até que livros maus
e companheiros da mesma categoria, juntamente com os hábitos
descuidados, venham a destruir as belas dádivas da vida, as
quais cintilavam no início da jornada.
O DIAMANTE
Um pai tinha três filhos.
Temendo que seus filhos brigassem por causa da sua herança,
decidiu distribuir seus bens antes de morrer. Não podendo
dividir um diamante que possuía e que representava uma
relíquia da sua família, chamou os filhos e lhes disse:
– Empreendam uma viagem!
Corram mundo e voltem dentro de um ano. Aquele que tiver
praticado a mais bela ação, receberá o diamante.
No tempo aprazado, os três
filhos voltaram ao lar paterno.
O maior dirigiu-se ao pai,
dizendo:
– Encontrei na minha jornada
um estrangeiro moribundo que me confiou um saco cheio de
moedas de ouro, sem exigir recibo algum. Teria sido fácil
para retê-lo, porém, devolvi-o intato à viúva do
estrangeiro.
– Meu filho, respondeu o
pai, você fez o que um homem honrado deve fazer. Era seu
dever devolver o dinheiro. Aquele que retém bens alheios não
é um homem honesto.
O segundo filho declarou:
– Eu caminhava pela margem de
um lago quando uma criança escorregou e caiu nele. Se eu não
a tivesse socorrido, teria perecido afogada. Tive a
satisfação de salvá-la.
– Sua coragem, filho meu,
merece elogios, e eu não os regateio. Você seguiu a lição
que Cristo deu aos apóstolos: "Socorrei-vos uns aos
outros."
O terceiro tomou a palavra:
– Uma noite encontrei meu
maior inimigo dormindo à beira de um abismo. Ao menor
movimento ele se despenharia. Tomei-o em meus braços e
conduzira a um lugar seguro.
– Abraça-me, meu filho. Dou a
você o diamante. Retribuir o mal com o bem, ser o benfeitor
do próprio inimigo, é a mais alta das virtudes.
–
Unión Cristiana Jovenes.
EM
SOCIEDADE COM SEU PAI
I Cor. 3:9
O bispo Mac Dowel andara pelo
interior pregando durante muitos anos. Um dia ele se
assentou no trem no mesmo banco em que viajava um brilhante
e inteligente moço. Logo eles começaram a conversar e,
depois de pequena introdução, o jovem disse: "Sou viajante."
O bispo, considerando os milhares de quilômetros que tinham
viajado, afirmou que ele era também.
"O meu negócio é joalheria",
continuou o rapaz.
O bispo leu então Mal. 3:17
– "Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que
preparei, diz o Senhor dos Exércitos; poupá-los-ei como um
homem poupa a seu filho que o serve."
"Esta é a minha primeira
viagem", foram as palavras daquele jovem, ao que replicou o
bispo dizendo que já viajava para a mesma firma por 50 anos.
"Eu represento minha própria
casa porque trabalho para o meu pai", disse ainda o moço.
E o bispo, em réplica, disse:
"Eu também." Aquele jovem falou, terminando o assunto, que
estava decidido a cumprir todas as obrigações que chegassem
em suas mãos, porque, quando voltasse, queria estar
preparado para transmitir a seu pai um bom relatório.
"Eu também", respondeu o bispo
em atitude de oração.
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