CONVERSÃO
Consagração - Santificação –
Sacrifício
O
VIVIFICANTE PODER DE DEUS
Apoc. 19:7,
8
Inúmeras são as demonstrações
da salvadora graça de Deus na vida dos que Ele "chamou das
trevas para a Sua maravilhosa luz" I Pedro 2:9. Isto é
especialmente notado por meio do contraste que se nos
oferece nas rudes terras pagãs. Eis um exemplo da Costa do
Ouro, na África Ocidental:
Era sábado em
Agona. Umas 500 pessoas se haviam reunido no
improvisado "tabernáculo" de teto de palha. Tocando uma
campainha e cantando os hinos de Sião enquanto caminhavam,
das várias direções do mato, grupos de irmãos tinham feito
ouvir sua aproximação. O chefe principal e sua comitiva
estavam localizados no centro e todos escutavam atentamente
a pregação sobre o amor de Deus. Por ocasião do apelo final,
também os pagãos manifestaram, pelo erguer das mãos, seu
desejo de encontrar-se entre os remidos perante o trono de
Deus.
A seguir, delegados de nossas
igrejas se adiantaram, dando seu testemunho de amor e
gratidão. Uma irmã nativa foi para a frente erguendo uma
grande efígie de madeira de um sacerdote fetichista, vestido
com todos os parlamentas de seu cargo. Em alta voz, cheia de
emoção, exclamava: "Esses eram os ídolos que adorávamos
antes de conhecer o Deus vivo. Agora, não mais colocamos
neles nossa confiança, mas no Criador dos Céus e da Terra,
que nos remiu desses poderes que nos mantinham em suas
garras. Agradecemos à Missão por nos mandar mensageiros da
verdade, e sentimo-nos muito alegres por sermos agora filhos
de Deus!"
Foi um poderoso
testemunho este, que não deixou de impressionar o auditório
pagão, pois não poucos de nossos irmãos eram conhecidos por
eles como havendo anteriormente pertencido a seu grupo. –
O Missionário.
A CONVERSÃO DE GILBERTO
WEST E A DE LORD LYTTLETON
Há algum tempo, dois dos mais
preeminentes ateus Gilberto West e Lord Littleton –, homens
intelectuais, e os mais conspícuos de sua época, zombavam do
cristianismo onde quer que o encontrassem. Por fim,
disseram: Há duas coisas que temos de destruir e então
teremos terminado com a religião cristã. Depois disto nada
restará dela.
As duas coisas a que se
propunham destruir eram a ressurreição de Cristo como
ensinam as Escrituras e a maravilhosa vida de São Paulo,
cuja influência é tão poderosa mesmo no século XX.
Disse Gilberto West: "Eu
destruirei a doutrina da ressurreição de Cristo." "E eu",
disse Littleton, "explicarei a vida de Paulo."
Depois desta entrevista ambos
retiraram-se para o trabalho a que se propuseram. Meses
depois, conforme um acordo prévio, se reuniram para ver os
resultados de sua obra.
Lord Littleton, iniciou o
assunto dizendo a West:
– Que tem você?
– Oh, – respondeu West – tenho
algo maravilhoso para contar a você. Quando comecei a
estudar a ressurreição de Cristo, tratando de deixar salva
minha reputação, tive que buscar argumentos contra e em
favor do assunto. O resultado foi que minha mente e meu
coração foram convencidos de que Cristo ressuscitou dos
mortos. Orei a Ele, estou salvo e agora sou Seu amigo.
Disse Lord Littleton:
– Graças a Deus, West, também
tenho uma novidade para contar. Quando comecei a explicar a
vida de Paulo, para destruí-la, também tive que fazer uma
investigação minuciosa e sincera. Tive que buscar a verdade
e você vai se alegrar comigo quando lhe disser que depois de
um consciencioso estudo me encontrei ajoelhado, semelhante a
Paulo no caminho de Damasco, e meu clamor foi o mesmo:
"Senhor, que queres que eu faça?" Também sou um cristão,
West.
Estes dois ateus convertidos
tomaram-se dois dos mais notáveis cristãos. Escreveram duas
lindas apologias da religião cristã, das melhores que se tem
escrito. – George W. Truett.
A
NECESSIDADE DE UM CORAÇÃO NOVO
Há grande necessidade de um
coração transformado.
Certo senhor comprou uma
casinha onde encontrou um poço com uma bomba. Quando o
estava examinando, passou uma vizinha e lhe disse:
– O senhor não deve usar desta
água porque é imprestável. O homem que antes morava aqui e
sua família usaram-na e todos se envenenaram.
– É verdade? – disse o novo
proprietário. – Mas logo arranjarei tudo isto.
Comprou tinta, pintou muito
bem a bomba, tapou os buracos, ficando tudo bem bonito.
Então disse para si mesmo: "Agora estou seguro de que tudo
ficará bem."
No entanto, você dirá que este
homem foi insensato ao crer que arrumando um pouquinho e
pintando a bomba se remediaria tudo, quando a água estava
envenenada. Você tem razão em assim dizer.
É isto o que está fazendo o
pecador. Trata de pintar e remendar sua natureza má, que
sempre o inclina para o mal e lhe tem inspirado idéias
torpes.
Assim como o proprietário
necessitou de um novo poço para ter boa água, o pecador
necessita de um novo coração para ter vida pura. –
Hallock.
BUSCAREMOS
AS COISAS DE CIMA
Col. 3:1
Perguntou-se a certo jovem
como podia ele ter certeza de que estava convertido. "Não há
dúvida alguma quanto a isso", respondeu. "Eu antes tinha
prazer em jogar, beber, ir ao cinema, passar longas horas
lendo revistas que realçavam o crime e a concupiscência.
Meus amigos eram irreligiosos. Não tinha tempo para Deus e
para a Igreja. Agora tudo isso está mudado. Agora meus
pensamentos mais doces são acerca de meu Salvador, minha
leitura predileta é a Palavra de Deus e outra literatura
cristã, que me edifique. Escolho meus amigos dentre os que
amam o Senhor e minhas horas mais felizes eu as passo na
casa de Deus."
Esse jovem havia "ressuscitado
com Cristo". Buscava as coisas que são de cima. Tinha as
afeições nas coisas celestiais.
Se você e eu nos convertemos
de fato, teremos experiência semelhante à daquele jovem. –
Meditações Matinais.
UMA VIDA
PERDIDA
Um jovem converteu-se durante
uma doença que se provou fatal, embora ninguém percebesse
que entregara o coração a Cristo. Ao anunciar o médico uma
mudança desfavorável em seu estado, demonstrou completa
resignação e pediu aos amigos que cantassem um hino que
exprimisse esse sentimento.
Uma ou duas horas depois, no
silêncio do quarto, ouviam-no dizer: "Perdida! Perdida!
Perdida!" Isso causou surpresa à mãe que perguntou
imediatamente: "Perdeu a esperança, meu filho?" "Não, mamãe;
mas oh, a minha vida perdida! Tenho vinte e quatro anos e
até há poucas semanas nada fiz por Cristo. Só me preocupei
comigo mesmo e com meus prazeres. Meus companheiros hão de
pensar que me converti por temor da morte. Oh, se eu pudesse
viver para enfrentar essa observação e fazer alguma coisa
para mostrar a minha sinceridade e redimir minha vida
perdida!" – Extraído.
RETIRAR
AS PEDRAS
– Há um trecho tão cheio de
pedras no caminho que fica entre nossa casa e a de dona
Marta Pedroso – disse Jaime – que eu não gosto de
andar por ele.
– E Daniel Pedroso também não
gosta nada dele, quando vem para cá – disse Francisco.
– Ouvi-o dizer que sempre se machuca nas pedras do caminho.
Ele estava se queixando a esse respeito.
– Por que vocês não limpam a
estrada daqui até à casa do vizinho? – disse o pai de
Moacir. – Será muito melhor vocês fazerem isto, do que
estarem se queixando.
– Ora, nós nunca poderemos
retirar todas as pedras que há no caminho – choramingou
Jaime.
– Claro que não poderiam tirar
todas num dia nem todas de uma vez – disse o pai. –
Mas se todos os meninos que cruzam por ali apanharem uma
pedra todas as vezes que passarem, o trabalho será feito.
Experimentem.
Os rapazes experimentaram.
Havia perto de meia dúzia de meninos que usavam aquele
caminho e cada qual começou a ajudar apanhando uma pedra,
cada vez que por ali passava. Desta maneira as pedras foram
retiradas, e o caminho, deixado em condições.
É justamente assim que temos
de fazer para tornar o caminho mais fácil e mais agradável
para os outros, neste mundo. Que cada um se compenetre de
que, ao jornadear pela vida, sempre que for possível, deve
ir tirando os empecilhos do caminho. As pequeninas faltas
devem ser vencidas, e removidas as pequenas tentações que se
podem transformar em pedras de tropeço para os pés incautos.
Ditos jocosos
deveriam ser aplainados e as palavras ásperas,
despejadas em impulsos de mau humor, deviam ser desfeitas,
tanto quanto possível. Vale a pena limpar o caminho.
–
Seleto
PROVA
POSITIVA
Em certa cidade vivia um
negociante de madeiras, cujas transações começaram a
diminuir. Embora tivesse sido, em algum tempo, popular e
próspero, seu negócio começara a cair e ele próprio passara
a ser considerado maldoso, usurário e desonesto. Por algum
tempo seu negócio prosperara, e ele ganhava dinheiro
suficiente para si e para a família, sobrando ainda algum
para pôr no banco, semanalmente. Ávido de maiores lucros,
resolveu cortar seus toros de madeira alguns centímetros
menos que a medida normal. O povo, naturalmente, não queria
negociar com ele.
A medida estabelecida naquele
lugar para um toro de madeira era de um metro e vinte
centímetros de comprimento; mas ele mandou que seus
empregados os cortassem com um metro e dez. Pensava que
ninguém fosse notar que os toros eram mais curtos, e ao fim
do ano isso significaria uma boa quantia de reais de
acréscimo em sua Poupança.
Mas os clientes mediam a
madeira e espalhou-se entre a população a notícia de que o
negociante era desonesto. O povo todo se recusou a comprar
dele, preferindo negociar com pessoa honesta.
Um dia, para surpresa geral,
correu a notícia que esse homem se convertera – tomara-se
cristão. Não foram muitos os que creram no que se dizia,
pois o consideravam inteiramente desgarrado. Seu nome estava
em discussão entre um grupo de pessoas que se encontravam
numa loja da cidade.
Uma delas se apartou do grupo
por alguns momentos. Logo depois voltou, exclamando com
excitação: "É verdade, amigos! Ele está mesmo convertido! É
verdade!" Quase em uníssono lhe perguntaram:
– Como é que você sabe? Onde
obteve sua informação?
– Pois bem, ao sair daqui,
consegui medir umas madeiras cortadas por ele ontem, e todas
têm um metro e vinte de comprimento!
Isso foi o suficiente. Não
houve mais dúvida. Sua conversão era genuína.
O Mestre mesmo disse: "Pelos
seus frutos os conhecereis."
A circunstância de o seu nome
estar inscrito no registro de alguma igreja não constitui
garantia de sua conversão, de sua sinceridade. Você pode
pertencer à maior igreja de nossa cidade, e mesmo assim ser
hipócrita. – Don't Rope Those Calves.
A
CONVERSÃO DE INIMIGOS EM AMIGOS
Diz-se que, numa ocasião,
quando o famoso evangelista Jorge Whitefield estava pregando
em Exeter, Inglaterra, um indivíduo assistiu ao serviço,
porém, tinha enchido a seu bolso com pedras para atirá-las
no pregador.
Guardou silêncio quando o Sr.
Whitefield fez a oração, mas quando ele anunciou o texto,
retirou uma pedra, pensando atirá-la na primeira
oportunidade. Entretanto, uma palavra do discurso penetrou
em seu coração e ele deixou cair a pedra. Depois do sermão
buscou ao pregador e lhe disse:
– Sr. Whitefield, eu vim à
reunião com a intenção de quebrar-lhe a cabeça, mas o
senhor, com a sua bondade e sinceridade, quebrou o meu
coração.
– Expositor.
MEIA
VOLTA, VOLVER!
Um jovem soldado, que foi
levado a Cristo como seu Salvador, descreveu a mudança que
se operou nele assim:: "Cristo Jesus disse-me: meia volta,
volver! e eu O escutei e Lhe obedeci."
Isto é exatamente o que se
chama conversão. É dar meia volta ao mundo e seguir em
direção a Deus, de frente, o que produzirá uma verdadeira
troca no coração.
– A.C. Salmond.
VANTAGENS
DE CONVERTER-SE CEDO
Se Saulo se convertesse
com a idade de 70 anos em lugar dos 25, não teríamos a
história de um Paulo.
Houve um Matthew Henry
porque ele se converteu com 11 anos e não com setenta.
Houve um Dr. Watts
porque se converteu aos 9 anos e não aos sessenta; um
Jonathan Edwards porque foi convertido aos 8 anos e não
aos oitenta; o grande evangelista Ricardo Baxter
converteu-se com 6 anos e não com sessenta.
Tem muito mais valor uma vida
que possui todas as oportunidades do futuro do que a que
desperdiçou tudo nela. Cristo mandou que Pedro alimentasse
não só as ovelhas mas também os cordeirinhos, porque estes
têm mais valor na esfera cristã que as ovelhas. – J.
O. Wilson.
A
TRAVESSIA DA IGREJA
Conta-se que certo operário,
ao regressar diariamente, para casa, procurava abreviar o
caminho, atravessando uma igreja. Ganhava o templo por uma
das portas laterais e saia pela porta principal.
Um dia esse homem, acusado de
um crime, foi levado à barra do tribunal. O advogado que o
defendia sentiu-se embaraçado ao formular a defesa, pois
eram muitas as provas colhidas contra o réu.
Ao ser iniciado o julgamento,
um dos juizes, homem profundamente religioso e de grande
cultura e honradez, proferiu para surpresa de todos, as
seguintes palavras:
– Antes que o tribunal lavre a
sua sentença final, sinto-me no dever de trazer ao
conhecimento de todos os juizes um esclarecimento sobre a
vida do acusado. Como sabeis moro defronte de uma igreja e
já tenho tido oportunidade de ver o operário, que hoje
julgamos, sair muitas vezes do templo, ao cair da tarde,
depois da prece, o que vem demonstrar ser ele um homem
dotado de sentimentos religiosos e forçosamente propenso à
prática do bem. Acredito, portanto, que só cometeu o crime
de que o acusam num momento de forte perturbação.
Essa declaração – feita
livremente por um juiz íntegro e severo – trouxe, como
conseqüência, a absolvição do culpado.
Ao deixar a grande sala do
tribunal, o operário meditou sobre a inesperada decisão que
o restituiu à liberdade. Um pensamento o dominou.
– A igreja viera em seu
auxílio. E por quê? Só porque ele cruzara tantas vezes o seu
átrio silencioso. De certo, muito mais poderia fazer em seu
benefício se a ela se entregasse. –
Malba Tahan.
A
INFLUÊNCIA DE UM HINO ("Manso e Suave")
Era um dia frio e chuvoso de
setembro. Um vagabundo maltrapilho aconchegou-se à parede de
uma casinha branca, para sob o beiral abrigar-se da chuva
que caía copiosamente. A primeira vista parecia tratar-se de
um velho. Barba crescida, olheiras enrugadas, testa
franzida, ombros encurvados – tudo indicava idade avançada.
Mas a um exame mais detido notava-se o engano dessa primeira
impressão.
Que circunstâncias teriam
levado esse homem solitário a semelhante situação? A
despeito das aparências, contava apenas vinte e quatro anos
de idade. Após a morte do pai, a piedosa mãe de Joaquim (seu
nome) se encarregara de sua educação, até aos quatorze anos
de idade. Então, ela também faleceu. Joaquim defendera-se
bastante bem por algum tempo, vendendo jornais e fazendo
biscates aqui e ali. Depois de algum tempo, começou a
associar-se com jovens com quem travara conhecimento nas
esquinas e bares onde entregava jornais. Uma coisa levou a
outra, até que se tornou freqüentador assíduo dos lugares
mais mal-afamados da cidade.
Agora Joaquim ali estava,
abrigando-se precariamente da chuva e pensando no que
haveria de fazer em seguida. Não se atrevia a pedir agasalho
ou comida, por causa de seu estado de desalinho. Quanto
tempo fazia que não tivera uma refeição decente? Nem se
lembrava mais! Suas últimas moedas havia gasto na véspera,
comprando um pão amanhecido. Tremendo de frio, estava para
retirar-se quando ouviu alguém rindo e falando, no interior
da casa. Sentiu um calafrio de tristeza ao ver que existiam
no mundo pessoas livres de acabrunhamento e cuidados. Sentiu
ódio contra todo o mundo. Que mais existiria na vida que
valesse a pena? Por que não tratava de descobrir o meio mais
rápido e mais indolor de pôr fim a tudo?
Ouvindo novo acorde, resolveu
dar uma olhadela para dentro da casa, pela janela próxima.
Viu uma senhora ao piano, tendo em volta o marido e três
filhos, que cantavam. Ficou mais interessado e pareceu-lhe
familiar o livro que empunhavam. Onde o teria visto um dia?
Seus pensamentos justamente nesse instante foram
interrompidos pelo som do piano e cinco vozes que se uniam
num cântico. Acima do ruído da chuva torrencial, conseguiu
ouvir as palavras: "Manso e suave Jesus está chamando".
Sim, lembrava-se agora do
hinário, e daquelas palavras, e da melodia. Parecia-lhe que
ainda na véspera ele e suas duas irmãs estivessem em volta
de sua mãe, a cantar, enquanto ela pedalava e dedilhava o
velho harmônio.
Seus pensamentos se voltaram
para as pessoas que agora cantavam o coro:
Vem já! Vem!
Alma cansada, vem já!
Seria para ele o convite? Não
existiria alguém que, naquele momento, se sentisse mais
cansado que ele. Deixou de ouvir as bátegas de água que
junto dele corriam do beiral. Nariz colado à vidraça, a água
deslizava-lhe pelas faces. Sim, água, mas nem toda era de
chuva; parte dela tinha gosto salino, ao atravessar-lhe os
lábios. Pensou: Que pensariam os companheiros, se o vissem
ali agora?
Mas então, concluiu: Que lhe
importava o que os outros pensassem?
Pois que esperamos? Jesus
convidando,
Convida a ti, sim e a mim..."
Parecia-lhe agora ouvir sua
mãe cantar, em dueto com sua irmã mais velha. Sorriu ao
pensar o quanto tivera que esforçar-se para alcançar alguns
tons graves, com sua voz de adolescente. Seria ainda capaz
de cantar ou porventura seu viver saturado de pecado lhe
teria roubado também esse prazer da vida?
Oh, não desprezes mercê que
está dando...
Como a família cantava bem!
Como ele sentiu o coração levantar-se, ao pensar que aquelas
palavras poderiam aplicar-se a si mesmo! Seria possível que
um dia ele pudesse estar junto a um piano, com esposa e
filhos a cantarem velhos hinos familiares? "Vem já! Vem já!"
Claro, nem tudo estava perdido. Ainda valia a pena viver!
O hino chegara ao fim. Cessara
também a chuva. Quem agora visse o estranho não o
reconheceria como aquele vagabundo que se abrigara sob o
beiral da casinha branca. Já não tinha mais ombros caídos
nem lábios contraídos. Tinha os olhos claros e, embora
precisasse ainda barbear-se e tomar um banho, parecia que um
novo olhar de resolução lhe dava nova expressão ao rosto. Já
não nutria pensamentos de fugir à vida por suas próprias
mãos. Tinha alguma coisa pela qual trabalhar, pela qual
viver.
Aquele jovem começou
trabalhando num grande restaurante, como lavador de louça,
por um salário bem modesto. Cinco anos depois, era gerente
do mesmo restaurante.
É hoje homem velho, sem um fio
de cabelo escuro na cabeça. Se uma coisa existe que ele
prefere fazer dentre todas as demais, é ficar junto do piano
e cantar hinos, enquanto a filha mais velha dedilha o
teclado.
– Youth's Instructor.
CRESCENDO
AO ZÊNITE
Heb. 12:1,
2
Quando os primeiros navegantes
pescadores de baleias e outros peixes eram assolados por
severas tempestades austrais, perdendo, muitas vezes, o
mastro, entravam, em busca de socorro, no porto de Moori,
achando aí as altaneiras árvores kauri, que lhes
proporcionavam material incomparável no hemisfério do norte.
As três escunas de três
andares, de Nelson, não levavam mastros de tal madeira.
O kauri cresce até 120
metros, bem a prumo, como uma flecha; nenhum galho tira a
simetria da coluna e nó algum rouba a beleza e firmeza da
madeira; os contornos da casca dão-lhe uma glória que
nenhuma talhadeira pode proporcionar.
Estas árvores são colunas da
Catedral de Deus; o olho não pode presenciar vista tão
satisfatória como as árvores kauri.
Os motivos das perfeições
singulares parecem ser tirados dos Evangelhos e Epístolas.
Interroguem a este rei das
florestas por que é ele, e só ele, tão perfeitamente reto.
As outras árvores vergam-se com o soprar dos ventos. Mas
nunca o kauri; a razão encontra-se na perfeita
destreza da Sua palavra.
"Esta coisa faço" Ele é um
inveterado adorador do Sol; sai da terra buscando o caminho
mais reto para o Céu; apesar da vegetação, que procura
escondê-lo, levanta a sua cabeça acima de todas as árvores,
até sentir sobre suas folhas o calor dos raios do Sol; nada
o demove de seu objetivo.
Qual é a causa desta árvore
conservar-se livre de parasitas e trepadeiras que fazem
adoecer as demais vegetações?
Os parasitas procuram de
alguma maneira apegar-se ao kauri como a todas as
árvores; mas somente ele "sabe pôr de lado todo o embaraço e
pecado que tão comodamente e de perto o rodeia".
O kauri conserva o
cascão exterior por pouco tempo. Cada ano perde grande
quantidade de casca e com ela os micróbios e parasitas que
procuram vencê-lo.
A nova superfície é bem forte,
de maneira que pode, com facilidade, derrotar os inimigos
que o rodeiam.
Não há coluna de catedral
alguma mais linda do que esta, chamada árvore.
–
Semanal Britânico
SEREI
AQUELE HOMEM
No século passado, certo dia,
um grupo de homens reuniu-se de manhãzinha para orar. Um
deles disse a seus companheiros: "O mundo ainda está
esperando ver o que Deus pode fazer por meio de um homem
inteiramente consagrado a Ele." Um dos jovens meditou nessas
palavras e disse: "Pela afaça de Deus eu serei aquele
homem."
Como conseqüência, o jovem
Dwight L. Moody visitou quase todas as cidades
importantes da América pregando e levando a cabo dois
grandes esforços evangelísticos na Inglaterra. Um autor
afirma que pregou a mais de cem milhões de pessoas. Outros
dizem que orou pessoalmente com 75.000. Passou quase 10.000
dias e noites em reuniões em um estupendo esforço que durou
mais de 25 anos. Tudo isto sucedeu porque Moody decidiu ser
"aquele homem".
Nos dias da reforma, Zuinglio,
na Suíça, escreveu a Lutero pedindo-lhe que enviasse à Suíça
tantos jovens quantos fosse possível para colportar. Lutero
mandou quarenta homens. Mais tarde Zuinglio escreveu o
seguinte a respeito deles: "Seus corações estão cheios do
poder da reforma e qual tochas flamejantes passam pelos
vales da Suíça. Se tivéssemos cem em vez de quarenta,
incendiaríamos as montanhas da Suíça."
– Trombeta do Rei,
28-8-58.
CONVERTEI-VOS E VIVEI
Ezeq. 33:11
O costume não é comum
atualmente, mas antigamente todas as divisões das forças
armadas dos Estados Unidos despediam ao som do tambor os
soldados que recebiam baixa por causa de má conduta. Numa
cerimônia assim, o militar ofensor marchava diante de um
oficial, à medida que três tambores batiam no ritmo da
"Marcha Fúnebre". O oficial lia em voz alta a má conduta da
ordem de baixa, depois os tambores continuavam em toque de
funeral, e o prisioneiro era feito marchar pelos pelotões de
pé, atentos.
Ao chegar o prisioneiro a cada
pelotão, o sargento comandava: "Meia-volta", defrontando
assim o prisioneiro com a fria parte posterior dos fuzis. No
portão, o soldado assim expulso em desonra entrava outra vez
na vida civil.
Quando esta severa e
moderadora experiência teve lugar com um jovem marinheiro, a
4 de abril de 1962, ele comentou: "Creio que, pelo que fiz,
mereço isto." Eis um dos fatos mais duros da vida –
merecemos de ordinário aquilo que recebemos. Se persistimos
obstinadamente na direção do mal, ouviremos afinal o ritmo
da "Marcha Fúnebre".
Assim é também em nessas
relações com Deus. Ele roga pacientemente: "Convertei-vos,
convertei-vos dos vossos maus caminhos." Seu coração anseia
por nós. Ele anela salvar-nos de sermos expulsos, ao som do
tambor, de Sua família no dia do juízo, para sermos
destruídos no lago de fogo.
CONVERTEU-SE O FAQUIR HINDU
Um faquir hindu achava-se
sentado à sombra de uma árvore em profunda meditação. Seus
olhos volveram-se para as folhas de um livro rasgado que
alguém tinha jogado fora. Era uma parte do Novo Testamento.
Agarrou-o e naquelas páginas destroçadas conseguiu ler
palavras que despertaram pensamentos estranhos à sua alma
faminta – elas pareciam tomá-lo pela mão, conduzindo-o ao
Pai celeste.
Então, pôs-se a procurar
alguém que obedecesse ao que estava naquele livro. Encontrou
um estrangeiro que lhe assegurou que o fazia. O faquir,
contente, notou que ele usava no braço uma cinta preta, um
fumo, e concluiu que isso era sinal de cristão. Decidiu
pois, usá-la também e quando alguém lhe indagava a respeito,
o faquir o explicava.
Afinal, dirigiu-se a uma
igreja, ouviu atentamente o predador e ao fim do serviço
declarou que era discípulo, e como prova apresentou a cinta
preta. Explicaram-lhe, então, que aquilo significava luto. O
faquir pôs-se a meditar por um pouco, e depois disse: "Mas
eu li no livro que o meu Bem Amado morreu; portanto, a
usarei em memória dEle."
Entretanto, veio a conhecer o
Evangelho da ressurreição, e quando soube que Aquele Bem
Amado estava vivo para sempre, uma grande alegria encheu o
seu coração. Tirou o fumo do braço e a luz da ressurreição
brilhou em seu rosto – era este o verdadeiro sinal.
DOOU TUDO
Rom. 12:1
Num almoço oferecido por um
clube militar, certo soldado foi posto como um dos oradores.
Usou em primeiro lugar da
palavra o oficial presidente que se referiu ao fato de que o
homem que iria falar perdera uma perna no combate, sendo
então o veterano altamente aclamado ao levantar-se; começou
negando a alusão que lhe fizera o presidente, afirmando:
"Não, eu não perdi nada na
guerra, porque, quando saímos para a luta, entregamos tudo à
nossa pátria; portanto, o que trouxemos foi um lucro
líquido."
ORANDO PELA
IGREJA
II Sam.
24:24
Dois cristãos ricos, um
comerciante e um advogado, viajavam ao redor do mundo.
Chegando à Coréia viram um jovem puxando um arado enquanto
atrás um velho ia dirigindo. O advogado ficou impressionado
com aquilo e tirou uma fotografia, levando-a ao ministro que
guiava os turistas.
– Eles devem ser bem pobres –
disse o advogado.
– Na verdade, são – replicou o
ministro. – Quando estávamos construindo a igreja, eles se
achavam ansiosos por contribuir com alguma coisa, mas não
tinham meios, por isso venderam o único boi que possuíam e
deram o dinheiro para auxiliar as despesas; nesta Primavera
estão arando por si mesmos.
Durante algum tempo os
viajantes ficaram muito admirados, depois um deles disse:
– Deve ter sido um grande
sacrifício.
– Mas eles não o consideram
assim – respondeu o missionário. – Ainda se julgam felizes
em dar tudo que tinham.
Voltando ao lar o advogado deu
a fotografia ao seu ministro e, relatando a história, disse:
– Desejo duplicar meu contrato
para com a igreja e entregar-me a mim mesmo a algum serviço
pesado como seja o arado. Nunca pude conhecer o que é um
verdadeiro sacrifício, mas um converso pagão me ensinou.
Envergonho-me de dizer que jamais ofereci à minha igreja
alguma coisa de valor." – O Arquivista Metodista.
A ESCRAVA
NEGRA E POBRE
Um missionário nas Índias,
depois de haver pregado um sermão, convidou a todos os
assistentes para que, no seguinte serviço, contribuíssem com
madeira, pedras etc., para a construção de um templo a Deus.
Na reunião seguinte apresentaram-se as ofertas e cada qual
trazia 1 ou 2 reais; uma senhora preta e velha, com grande
reverência, apesar de andrajosa, suja e muito pobre, que
vinha por último, quis depositar na bandeja da coleta a sua
oferta, ou seja R$ 30. O missionário disse:
– Guarde o seu dinheiro e
sente-se.
Ela o fez mas começou a chorar
pensando que havia sido depreciada; mas quando terminou a
reunião o missionário perguntou-lhe onde havia arranjado
tanto dinheiro e ela disse:
– O Senhor na última noite nos
falou do que Jesus fez por meus pecados, Seu sacrifício, e
assim eu me vendi por estes R$ 30,00 para toda a minha vida
a fim de depositar este pouco aos pés de meu Jesus; eu me
tenho vendido, sou uma escrava, mas livre em Cristo Jesus,
meu Salvador.
O missionário chorou com ela e
recebeu o dinheiro para a obra do Senhor.
– D.R.C.
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