FIDELIDADE
PARA COM DEUS E O PRÓXIMO
FELICIDADE
No ano de 1874 navegadores
alemães encontraram no Oceano Atlântico um navio que, sem
rumo, era levado pelas ondas do mar. Nenhuma alma vivente.
Alguns marinheiros foram ao navio, e que quadro horrível se
lhes deparou aí! Defuntos já em estado de putrefação jaziam
sobre o convés, outros nos camarotes. O diário havia sido
escrito até dez dias antes. Víveres havia em abundância;
mas, o que tinha acontecido? Os reservatórios de água doce
se haviam tornado defeituosos; terminara a água de beber, e
aí, no meio do oceano, morreram de sede! A água os rodeava
mas não podiam com ela matar a sede.
Quantas pessoas hoje, em meio
de um mar de alegrias e gozos, não sucumbirão, finalmente,
por falta da verdadeira alegria e do real gozo que só Deus
pode proporcionar!
Não exijamos do mundo o que
ele não nos pode dar, não procuremos nos prazeres o que eles
não têm. Diz-nos o divino cantor: "Na presença de Deus há
abundância de alegria; à Sua mão direita há delícias
perpetuamente." Esta é a experiência das pessoas que fazem
sinceramente a vontade de Deus, pois a felicidade perene só
a podemos obter junto dEle.
AS
SENTINELAS
Quando Pompéia foi destruída
muitas pessoas foram, depois, encontradas em posições muito
distintas, sepultadas nas ruínas. Algumas nos subterrâneos,
como se houvessem fugido para ali a fim de se protegerem.
Outras em quartos mais altos. Onde se encontraram, porém, as
sentinelas romanas? Na porta da cidade onde haviam sido
colocadas por seus capitães, e com as lanças na mão.
Ali, enquanto a terra tremia
sob os pés e a cinza chovia sobre elas até as cobrir,
ficaram firmes em seus postos como estátuas; e ali, depois
de mil anos, foram encontradas.
Assim os cristãos devem ficar
firmes em seu dever no lugar em que o seu Capitão os haja
posto. – Gospel Trumpet.
"PRIMEIRO
ATUOU"
I Tim. 4:12
Anos atrás uma escola no Japão
empregou um americano como professor. Antes de ele ser
contratado, porém, foi-lhe dito que não devia misturar sua
religião com o trabalho escolar, não devia falar acerca do
cristianismo na sala de aulas. O jovem foi fiel a seu trato.
Nem uma vez falou a seus discípulos acerca de Jesus; nem uma
vez os estimulou a aceitar a Cristo como seu Salvador.
Viveu, porém, uma poderoso vida cristã. Ao pôr-se diante de
sua classe, dia-a-dia, demonstrava os princípios do
cristianismo.
Em amor, em fé, em pureza era
irrepreensível. Como resultado, sem que o soubesse, quarenta
de seus alunos foram para um bosque e assinaram um
compromisso de abandonar a religião de seus pais. Vinte e
cinco deles se matricularam, posteriormente, em uma escola
missionária cristã.
Quem pode duvidar de que esse
professor fosse "exemplo dos fiéis"? "Primeiro ele atuou, e
depois ensinou." Pode o mesmo ser dito a nosso respeito?
JUSTO
"Eu desejava que minha casa
fosse de vidro", dizia Sócrates, "não temo a vista dos
homens."
Dizia-se a
Lívio Druzzo, senador romano e homem virtuoso, que
com certa soma de dinheiro poderia dispor sua casa de modo
que ninguém visse sua pessoa. "Dobro essa soma", respondeu
Druzzo, "para que minha casa seja bem
patente e eu possa ser visto de todos os lados."
Essa é a linguagem do justo:
irrepreensível aos olhos de Deus, não teme a vista dos
homens. – Lição dos Fatos.
A
FIDELIDADE DE POLICARPO NA PERSEGUIÇÃO
Quando Policarpo era bispo da
igreja de Esmirna foi levado ante o tribunal. Perguntado se
era ele o Policarpo, respondeu afirmativamente. Então o
procônsul começou a exortá-lo, dizendo: "Tem piedade da tua
idade avançada; jura pela fortuna de César; arrepende-te;
dize "fora os ateus (os cristãos)."
Policarpo olhava solenemente a
assistência e levantando a mão, alçou os olhos pala o Céu e
disse: "Fora com estes ateus (os que estavam em seu redor)."
O procônsul persuadiu-o ainda e disse: "Jura e soltar-te-ei;
renuncia a Cristo." O venerando cristão respondeu: "Oitenta
e seis anos eu O tenho servido e nunca me fez mal algum; e
como posso blasfemar de meu Rei que me tem salvado?" "Tenho
feras e te exporei a elas se não te arrependeres", disse
ainda o magistrado. "Trazei-as", disse o mártir. "Suavizarei
o teu espírito com fogo", disse o romano. "Ameniza-o",
respondeu Policarpo, "com o fogo que me queima um só
momento, mas lembrai-vos do fogo do castigo eterno,
reservado para os ímpios."
Na hora do seu martírio dava
graças a Deus porque se contava entre os mártires de Cristo.
LEALDADE
AO SALVADOR
Felícitas foi uma viúva nobre e
rica de Roma, no tempo de Marco Aurélio. Tinha sete filhos
os quais haviam sido instruídos na fé cristã, e sua
influência contribuíra para que outras pessoas aceitassem a
religião cristã. Felícitas e seus filhos foram denunciados a
Públio, prefeito da cidade, que procurou com súplicas e
ameaças induzi-los a adorarem falsos deuses e a negar a
Cristo.
Apelou aos sentimentos
maternos de Felícitas, porém ela
respondeu que seus filhos haviam escolhido entre a vida
eterna e a morte eterna. A cada um foi pedido que abjurasse
a Cristo, porém a mãe os exortava a permanecerem firmes,
falando-lhes da grande promessa futura e gloriosa.
Permaneceu ao lado deles
e viu como o filho mais velho foi barbaramente espancado até
morrer; os dois seguintes foram golpeados com clavas até
morrerem; o quarto filho foi jogado vivo num grande
despenhadeiro; os outros três foram decapitados. Então,
Felícitas, no meio dos seus mortos glorificou a Deus, porque
lhe havia dado sete filhos e os sete foram achados dignos de
sofrerem por Cristo e candidatos ao Paraíso celestial. Por
fim, depois de prolongada e cruel tortura, Felícitas também
foi decapitada. – A.T.
RESPEITO
HUMANO
O General
Liethen, por sua bravura e denodo, tornou-se o mais
distinto militar de Frederico, rei da Prússia, e por sua
sabedoria e prudência, um dos cavalheiros mais íntimos do
monarca.
Convidado um dia a jantar com
o príncipe, mandou agradecer tão honroso distinção, pedindo
desculpa pela sua recusa. "Dizei a Sua Majestade que hoje é
o dia em que costumo comungar, e desejo passá-lo em
recolhimento a fim de não distrair-me dos pensamentos de
piedade."
Alguns dias depois, aparecendo
este general no castelo de Sans-Souci, disse-lhe o príncipe:
"Então?! Contai-me, Liethen: como foi
a vossa comunhão?"
A estas palavras todos os
cortesãos desataram a rir.
– Príncipe, – disse logo o
guerreiro cristão. V.M. deve saber que nunca me acovardei
diante do perigo. Tenho sempre combatido, com dedicação e
coragem, por V.M. e pela pátria, e minha espada está ainda
ao seu serviço; mas não me esqueço de que acima de nós está
quem é mais poderoso do que todos, Jesus Cristo; e eu não
consentirei que diante de mim O insultem com essas
grosseiras e estúpidas zombarias das coisas santas, que
todos devemos respeitar."
– Bravo! Muito bem,
Liethen! – respondeu Frederico, rei
filósofo e protestante. Eu respeito a vossa religião; e
admiro o vosso zelo e piedade. Continuai com as vossas
práticas religiosas, e ficai certo de que, em minha
presença, não se repetirá o que acaba de acontecer, e que
tanto vos desagradou. – Lição dos Fatos.
RESPEITO
HUMANO
Constâncio Chloro, pai de
Constantino, posto que pagão, tinha em sua arte oficiais
cristãos.
Querendo um dia expor à prova
a firmeza e convicção destes homens, obriga-os em termos
severos a manifestarem sua crença.
Dominados pelo temor e pelo
respeito humano alguns fraquejaram e vergonhosamente
sacrificaram sua fé; porém, os outros – a maior parte –
firmes e resolutos se declararam cristãos. Chloro demitiu
aqueles e conservou estes, dizendo: "São homens de caráter;
fiéis a seu Deus, serão também ao seu imperador." –
Lição dos Fatos.
SER FIEL
Apoc. 2:20
Um de nossos administradores
de missões estava se despedindo de um obreiro, justamente
antes de romper uma guerra.
– Antes de nos revermos,
pastor, pode vir a guerra. Talvez o irmão e os membros de
sua igreja sofram grandes provas e mesmo perseguições, disse
o missionário, preocupado.
– Sim, eu sei, irmão. Mas uma
coisa eu prometo, ao que sobrevenha: com o auxilio de Deus
permanecerei fiel!
Separaram-se os dois.
Passaram-se anos. A guerra devastou aquela linda região.
Milhares sucumbiram. Os conquistadores, descrentes que eram,
não mostraram misericórdia com os cristãos da terra. A paz
retornou afinal, e o missionário voltou.
– Quando veio o inimigo –
informaram-no os crentes – o pastor foi lançado na prisão.
Após meses de sofrimentos, veio à sua cela um oficial do
exército ocupante e ofereceu-lhe a liberdade contanto que
assinasse certo documento. Este continha uma declaração em
que negava seu Senhor, aceitando a religião da nacionalidade
das forças ocupantes. Como recusasse a fazê-lo, foi
torturado e afinal morto.
Fora fiel até à morte! –
Meditações Matinais.
FIEL SOB
PROVAÇÃO
Certo irmão veio ter à casa
do pastor uma manhã e lhe entregou sete reais de dízimo.
Esse irmão estivera durante semanas, ganhando apenas algumas
poucos reais por algum trabalho avulso de quando em quando.
Ele e sua família estavam passando necessidade havia meses.
O ministro recebeu o dízimo e
lhe deu um recibo provisório, e estava para retirar-se
quando ele modestamente e envergonhado me perguntou se
poderia lhe emprestar 5 ou 6 reais. Indagou para que iria
necessitar do dinheiro e respondeu que seu filhinho morrera
durante a noite e que não tinha em casa dinheiro para
comprar madeira e fazenda para fazer o caixão. Naturalmente
lhe deu a importância e considerou a integridade que
denotava o ato de trazer o dízimo sob tais circunstâncias.
Logo depois deste
acontecimento esse irmão mudou-se de Kingston, Jamaica, para
um lugar no interior. Alguns meses mais tarde o pastor foi
visitá-lo e o encontrou em condições prósperas, proprietário
de instrumentos agrícolas e de animais, e explorando com
êxito uma extenso plantação.
CRISTO
NOS SUSTÉM EM PESARES E DORES
Onde Seus seguidores são
chamados a sofrer provações e perseguição, dão hoje
testemunho de que Sua presença suaviza as tristezas e dores.
Quando nas ilhas ao Sul das
Filipinas, o evangelista e a Sra. M.C. Yorac falam de duas
moças balizadas numa vila onde se realizavam reuniões. O
pai, católico nominal, ameaçava de morte a quem batizasse as
filhas.
Chegou o dia da cerimônia
batismal. As duas jovens irmãs achavam-se na praia, com um
grupo de candidatos. O pai, colérico, correu para casa em
busca de uma arma. Entretanto, não pôde encontrar a longa
faca que é a ferramenta do camponês. Agarrou, afinal, um
pedaço de bambu e correu para o mar, chegando exatamente
quando as jovens saíam da água. Levou-as para casa,
amaldiçoando-os e batendo-lhes no corpo e braços. "O som das
pancadas era terrível, parecendo produzir ferimentos graves
ou quebrar de alguns ossos", disseram os obreiros.
Na manhã seguinte. o homem
arrependido e pesaroso, procurou o evangelista Yorac. "A
atitude paciente e bondoso de minhas filhas", afirmou,
"comoveu-me o coração." Confessou seu pecado e pediu
auxílio.
"E enquanto ele conversava com
meu marido", disse a Sra. Yorac, "fui à sua casa para ver em
que estado se achavam as jovens. Esperava encontrá-las
gravemente feridas, pelo menos. Mas ao examinar-lhes os
braços e o corpo, não achei nem sinal das pancadas tão
terríveis. E elas disseram: "Não sentimos pancada nenhuma."
A graça de Cristo é hoje tão
poderosa como nos dias antigos. Ele ainda leva sobre si as
dores e mágoas de Seus amados. E mesmo assim, em Sua
sabedoria, pode permitir que, para Sua glória, soframos
tribulações, mas não é menos verdade que o grande Ajudador
as partilha conosco e nos dá Sua graça mantenedora. –
W.A. Spicer.
FIDELIDADE
Sentindo que a morte lhe
rondava o solar, o velho conde chamou seus filhos, deu a
cada um deles moedas de ouro, e lhes disse:
– Não espero viver mais de
cinco anos. Negociem com essas moedas. Tragam a mim os
juros, e guardem vocês o lucro.
Cinco anos depois regressaram.
O primeiro gastara todo o
capital, voltando roto e descalço. O segundo disse com certa
desenvoltura:
– No princípio tudo foi bem:
separei os juros, o capital, e o lucro que me pertencia.
Continuei negociando. O capital e os juros se foram, mas o
lucro foi multiplicado, porque o empreguei com inteligência
e cuidado.
O terceiro retomava com o
capital, com os juros e com os lucros que obtivera.
O ancião, já prestes a morrer,
ainda teve tempo para dizer-lhes:
– Você, meu filho Antônio,
nasceu para trabalhar, porque lhe falta o tino para
negócios. Fique com seu irmão mais velho, e ele cuidará de
sua casa.
Ao segundo falou:
– Você teve muito cuidado com
seu dinheiro, mas foi infiel no emprego dos bens que não lhe
pertenciam.
E ao mais velho acrescentou:
– Fica ao seu cuidado o
governo da nossa fortuna, porque sabe cuidar do que é seu,
sem prejuízo do que é dos outros.
UM RASGO
DE HONRADEZ
Um capitão de cavalaria,
encarregado de procurar forragem, pôs-se como cabeça dos
soldados em busca de provisões. Caminhavam por um vale
solitário onde nada se pôde encontrar.
Por fim o capitão viu uma
cabana. Chamou, e dela saiu um velho de barbas brancas.
– Senhor, – disse o Capitão –
onde poderíamos encontrar forragem para os cavalos?
– Logo – disse o ancião. E
pondo-se à frente, guiou-os durante um quarto de hora,
quando encontraram um lindo campo de cevada.
– Eis aqui o que necessitamos
– disse o Capitão.
– Esperem um momento, – disse
o guia – e todos ficarão satisfeitos.
Continuaram a marcha e
encontraram outro campo de cevada. A tropa desceu dos
cavalos, colheu a cevada e montaram outra vez. Depois falou
novamente o Capitão ao bom velhinho:
– Meu amigo, o senhor nos fez
andar demais sem necessidade. O primeiro campo era melhor
que este.
– É verdade, meu
Capitão, replicou o ancião, mas não era meu. Se vocês querem
ser verdadeiramente honrados imitem ao velho de barbas
brancas. Não tomem do que não lhes pertence e nem dêem
aquilo que não é seu. – J.R.C.
A
FIDELIDADE VENCE, A FIDELIDADE GUIA AO CÉU!
Entre os grandes desta Terra,
os regentes, heróis, sábios, artistas e grandes comerciantes
dos tempos passados, muitos como Davi, tiveram um começo
pobre e difícil. Porém, a sua piedade e diligência, sua
fidelidade e perseverança, e antes de tudo, a sua fé, e as
suas constantes orações, os guiavam a um bom e ou a um
glorioso fim.
O tão conhecido almirante
holandês Ruyter era na sua mocidade, primeiro, aprendiz de
cordoeiro, depois marinheiro, e mais tarde caixeiro. A sua
fidelidade e diligência, porém, o recomendava tão bem, que o
seu chefe lhe confiou uma carregamento de finos tecidos,
para ele levar para Marrocos. Ali reinava naquele tempo um
príncipe intratável.
Este príncipe, acompanhado
pelos cortesãos, visitou a feira certa manhã e viu os finos
tecidos de Ruyter. Observou uma das mais finas peças e
indagou o preço. Ruyter, bom comerciante cristão, não exigiu
mais do que valia; disse o preço que patrão ordenara. O
príncipe lhe ofereceu somente a metade.
– Não sou judeu, disse Ruyter,
eu não costumo traficar. O preço que pedi tenho de receber,
porque não é minha propriedade, sou apenas um empregado.
O príncipe não esperava tal
resposta, e disse muito indignado:
– Cão de cristão, você não
sabe que a sua vida está nas minhas mãos?
– Bem sei eu, Sr. príncipe, –
respondeu Ruyter – mas também sei que não pedi muito, e que
é meu dever cuidar do que pertence ao meu patrão sem pensar
em mim. Não lhe posso lhe dar a peça por menos. Posso dá-la
de presente do que baixar o preço. Faça o que quiser, mas
saiba também que um dia terá de prestar contas de tudo a
Deus.
Todos os comerciantes, que
ouviram isto, espantaram-se. O príncipe, encarou o jovem com
olhar irado, e todos julgavam que ele daria a ordem:
"Decapitem-no!" Não foi desta
vez; o príncipe se conteve e somente o ameaçou, dizendo: –
Se você não tiver mudado de opinião até amanhã, pode fazer o
seu testamento.
O orgulhoso príncipe voltou as
costas, deixou Ruyter e continuou a olhar as mercadorias de
outros comerciantes.
Ruyter muito tranqüilamente
pôs a referida peça de lado, serviu fielmente os outros
clientes. Depois de algumas horas, quando a feira não era
mais tão freqüentada, os outros comerciantes instaram com o
jovem destemido e disseram:
– Dá o tecido de presente ou
pelo preço oferecido! Se ele o decapitar então toda a
mercadoria estará perdida e o navio também. Tendo o príncipe
iniciado, então todos nós cristãos estaremos perdidos.
Após refletir calmamente,
Ruyter com voz firme, replicou:
– Não temam nada! Estou na mão
de Deus. Tenho que ser fiel no pouco como no muito. Meu
patrão não perderá nenhum centavo por minha culpa. Não me
desviarei do meu dever.
Ruyter pensava: "Prefiro
morrer como servo fiel, a ceder às exigências injustas do
príncipe. E Tu, ó amado Senhor do Céu, estás no leme, e sem
Tua vontade não podem torcer a ponta de um só cabelo.
Pessoas fiéis sempre tiveram a proteção dos Teus santos
anjos!"
Na manhã seguinte estava
Ruyter outra vez muito animado na sua tenda à espera dos
clientes. Veio então o príncipe com passos orgulhosos e
atrás dos cortesãos o algoz com o hábito vermelho e uma
espada comprida na cintura. O príncipe parou diante da
tenda de Ruyter, olhou-o com olhos penetrantes, e disse:
– Cão de cristão, você já
mudou de idéia agora?
Ruyter respondeu decididamente
e sem medo:
– Sim, refleti muito; mas não
posso dar a peça por menos do que disse ontem. Se o senhor
quiser tirar-me a vida, faça isso. Prefiro morrer como servo
fiel com a consciência limpa, a ceder a sua exigência.
Todos os circunstantes
retiveram o fôlego; pois o homem de vermelho com a longa
espada, sorria como o demônio quando via uma alma no caminho
da morte!
Porém, o semblante do
orgulhoso e violento príncipe era outro. Amigavelmente olhou
a Ruyter, e disse:
– Verdadeiramente você é uma
pessoa fiel. Um servo mais fiel do que você eu nunca achei.
Oxalá que eu tivesse um assim na minha corte!
Depois, dirigindo-se aos
cortesãos que o cercavam, disse:
– Tomem a este cristão por
exemplo.
A Ruyter, porém, disse:
– Cristão, dá-me a sua mão!
Você será o meu amigo, a quem eu tanto amo como estimo.
Em seguida tomou uma bolsa com
ouro e a atirou sobre a mesa, com as seguintes palavras:
– Contém justamente o que você
pediu. E deste seu tecido mandarei fazer um hábito de honra,
que porei nos dias especiais do ano, em lembrança da sua
fidelidade.
Que posso acrescentar a este
verdadeiro acontecimento? O seguinte:
– Sejam fiéis! Sejam fiéis no
mínimo, sejam fiéis em todos os lugares, em todas as coisas,
porque o Senhor recompensará a fidelidade!
A fidelidade vence, a
fidelidade guia ao Céu!
– Do Amigo da Infância.
CONSOLO
NA PERSEGUIÇÃO
Vocês foram expulsos da
cidade? Não nos podem expulsar da cidade que está nos Céus.
Se os que nos odeiam pudessem fazer isso, fariam alguma
coisa realmente contra nós.
Visto como não podem fazer
isso, porém, estão apenas nos batendo com gotas de água ou
ferindo-nos com o vento. – Gregório Nazianzeno.
HEROÍSMO
EM FACE DA PERSEGUIÇÃO
Uma mulher e seus sete filhos
foram levados perante o tirano Antíoco no tempo da
perseguição aos judeus, e foi-lhe oferecida a liberdade se
apenas "provassem" carne de porco, Recusaram-se
unanimemente. Foram atormentados com açoites, mas
continuaram a recusar.
– O que o rei quer de nós?
Estamos dispostos a morrer de preferência a transgredir as
leis de nossos pais – disseram eles.
O enfurecido rei ordenou que
fosse morto da maneira mais cruel o que assim falara. Sua
mãe e seus irmãos foram obrigados a testemunhar sua tremenda
agonia; mas, com inabalável constância, exortavam um ao
outro a morrer varonilmente. O segundo filho seguiu ao
primeiro, no martírio. O terceiro estendeu as mãos para que
fossem decepadas pelo algoz, dizendo: "Eu as recebi do Céu,
e por Suas leis as desprezo."
O quarto, o quinto e o sexto
filhos sofreram tortura e morte com a mesma fidelidade. Ali
ainda estão a mãe e o caçula. Os membros decepados de seus
seis filhos estão espalhados pelo chão. Antíoco agora
oferece ao jovem presentes, riqueza e posição, somente que
"prove" a carne de porco. A mãe, como uma mãe espartana,
assim lhe fala:
– Rogo a você, meu filho, olhe
para a Terra e para o Céu, e tudo que neles está, e
considere que Deus os fez daquilo que não existia; e da
mesma forma foi feita a humanidade. Não tema este
atormentador, mas, sendo digno de seus irmãos, aceite a
morte, para que um dia possamos nos reunir de novo,
juntamente com teus irmãos.
Ó mãe heróica! Diz o relato:
"Por último, depois dos filhos, morreu a mãe." Aqueles
mártires judeus herdaram a promessa dada aos que são "fiéis
até à morte". – 6.000 Sermon Illustrations.
HISTÓRIA
DE PERPÉTUA
O nobre exército de mártires
foi reforçado por muitas pessoas vindas da formosa capital
da África romana. A senhora Perpétua, que se convertera
pouco tempo antes, foi uma delas.
Era uma senhora casada, de 22
anos de idade, de boa família, bem educada, mãe de uma
criança de colo. Seu pai era pagão, amando-a ternamente, e
quando a agarraram e levaram para a prisão, procurou por
todos os meios fazê-la voltar para o paganismo. Um dia ela,
mostrando-lhe um jarro que estava perto, disse:
– Meu pai, veja este vaso;
pede porventura dar-lhe um nome diferente daquele que tem?
– Não – disse ele.
– Pois bem – disse Perpétua, –
também eu não posso usar outro nome que não seja o de
cristã.
A estas palavras o pai
colérico, esbofeteou-a, e então retirou-se, e por alguns
dias não tornou a aparecer. Durante essa ausência, ela se
batizou, com mais quatro jovens, um dos quais era seu irmão,
e então começou a perseguição sobre ela, pois foi lançada
com seus companheiros na masmorra comum. Não havia luz, e
quase se asfixiava pelo calor e pela aglomeração de gente.
Alguns dias depois,
espalhou-se a notícia que os prisioneiros iam ser
interrogados, e o pai de Perpétua, minado de desgosto, veio
da cidade, com desejo de salvá-la. A maneira como se
aproximou dela era bem diferente, e as ameaças e violências
deram lugar às súplicas e rogos. Pediu-lhe que se apiedasse
dos seus cabelos brancos, e pensasse na honra de seu nome, e
de como ele a tinha amado acima de todos os filhos. Apelou
para que ela se lembrasse de sua mãe e irmãos, de seu
querido filho, que não podia viver sem ela.
– Não nos aniquile a todos! –
exclamou ele.
Logo, encurvou-se, chorando
amargamente, e lhe beijou as mãos com ternura, e, como
suplicante, lhe disse que doravante, em vez de lhe chamar
filha chamaria "senhora", porque agora ela era senhora do
destino de todos eles. Mas Perpétua, sustentada por Deus,
suportou a agonia com inabalável coragem, dizendo:
– Neste momento de provação,
há de acontecer o que for da vontade de Deus. Fique sabendo,
meu pai, que nós não podemos dispor de nós mesmos, mas que
esse poder pertence a Deus.
No dia do julgamento foi
conduzida ao tribunal com os outros prisioneiros, e quando
chegou a sua vez de ser interrogada o pobre velho pai
apareceu com a criança, e, apresentando-lhe diante dos
olhos, pediu-lhe mais uma vez que tivesse compaixão deles.
Valendo-se da situação, o
procurador Hidariano suspendeu a sua
interrogação, e lhe disse com maneiras mais delicadas:
– Poupe os cabelos brancos de
seu pai; poupe o seu filhinho; oferece um sacrifício pela
prosperidade do imperador!
Porém ela respondeu: – Não
oferecerei sacrifício algum.
Então o procurador lhe
perguntou: – É cristã?
A estas palavras o pai rompeu
em altos gritos, tanto que o procurador ordenou que ele
fosse lançado ao chão e açoitado. Perpetua assistiu tudo
isto com coragem, reprimindo a sua dor. Em seguida leram a
sua sentença de morte e a conduziram de novo à prisão com os
seus companheiros.
Quando se aproximava o dia dos
jogos, mais uma vez o velho a visitou, e com rogos ainda
mais veementes lhe pediu que tivesse dó da sua aflição, e
consentisse em oferecer um sacrifício pela prosperidade do
imperador. Mas apesar de tão grande mágoa, Perpétua não se
abalou em sua firmeza, não negou a fé. Foram estas as mais
duras provas que ela teve de passar, mas se acabaram, e
chegou o dia do seu martírio.
Nesse dia foi conduzida para
fora com o irmão e outra mulher chamada Felicidade, e as
duas foram atadas em redes e lançadas a uma vaca brava. Os
ferimentos de Perpétua não foram mortais, mas o povão não
saciado de sangue, disseram ao algoz que aplicasse o golpe
de morte.
Como que despertando de um
sonho agradável, Perpétua chegou a túnica mais a si e,
depois de ter dirigido com voz fraca algumas palavras de
animação a seu irmão, ela mesmo guiou a espada do gladiador
para o coração, e assim expirou.
Corajosa Perpétua! Nosso
coração bate apressado ao ler a sua maravilhosa história;
mas pela graça de Deus, veremos você coroada e feliz na
presença de seu Salvador!
– Breve História do
Cristianismo, A. Knight e W. Anglin.
PERSEGUIDOS POR AMOR A CRISTO
Deus permite que sobrevenham
crises ao Seu povo fiel, a fim de que a verdade seja
defendida e a mensagem destes tempos possa atingir os
corações que a aguardam. Quando Deus permite a crise, Ele Se
interpõe para impedir a realização dos planos de Satanás.
Muitas experiências nos chegam dos campos missionários que
revelam Suas providências.
Conta-se de uma crise que
sobreveio a duas meninas, no arquipélago da Malásia. Tendo
aceitado a mensagem da breve Volta do Salvador, resolveram
ser fiéis. Foram perseguidas por seus parentes e pelos que
antes foram seus amigos, por causa da verdade que lhes era
tão preciosa.
Num dia de sábado, vieram com
lágrimas, e contaram como tinham descido por uma das janelas
de sua casa, e como foram vistas, o tio havia advertido de
que, sob pena de morte, nunca mais deviam voltar. Também
ameaçou a vida do pastor da pequenina igreja adventista.
Depois de passarem bastante
tempo em oração, um grupo de três irmãos voltou com as
meninas para casa. O grupo de crentes foi recebido
asperamente e, na presença de todos, as meninas foram
espancadas. Foi-lhes dito que, se outra vez se aventurassem
a ir à Escola Sabatina, seriam espancadas sem misericórdia e
mandadas embora. O chefe da vila foi informado do caso, e
ameaçou afastar o pastor da cidade se ele não proibisse as
meninas de freqüentar a Igreja Adventista.
Após muita oração o Senhor
interveio, falando ao coração do pai, que naquela ocasião
estava fora de casa. Não muito tempo depois desta
experiência as meninas foram balizadas. Sentem-se agora
felizes em sua nova fé, e uma nova experiência sobreveio aos
outros membros da família. Como resultado dessa experiência,
grande interesse pela mensagem surgiu na vila e em toda a
região circunvizinha.
– W.H. Williams.
NÃO VALEM
PALAVRAS, MAS ATOS
Um dia o Dr. Pendleton e o Sr.
Saunders estavam conversando acerca da perseguição, no
reinado da Rainha Maria, da Inglaterra, e Saunders se
mostrou muito apreensivo e temeroso. Então o Dr. Pendleton
lhe disse: "Meu amigo, eu teria muito mais razão para temer
do que você, pois tenho corpo grande e gordo. No entanto,
verei a última gota desta gordura derreter-se, e o último
pedacinho desta carne consumida e tornada em cinza, de
preferência a abandonar a Jesus Cristo e Sua verdade, que
professo."
Entretanto, pouco tempo
depois, o tímido Saunders selou a verdade com seu sangue,
enquanto o confiante e jactancioso Dr. Pendleton apostatou.
– Elon Foster.
TRÊS
MULHERES HUMILDES
Faz muitos anos, três mulheres
conversavam à entrada duma residência de certa rua de
Bedford, Inglaterra. Falavam a respeito de Deus e de como
Ele as salvou por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, de como
gozavam agora de felicidade e paz. Estavam tão entretidas na
conversação, que não notaram que um homem se aproximava mais
e mais até poder ouvir o que falavam. O desconhecido viu que
estas mulheres humildes possuíam algo real e sublime que ele
não tinha, algo que nunca havia conhecido e experimentado.
Jamais olvidou o que havia ouvido.
Abandonou desde então as
antigas companhias de pessoas ímpias e se pôs a buscar o
tesouro espiritual que aquelas simples senhoras possuíam.
Esse homem era Bunyan, que mais tarde seria o autor do livro
"O Peregrino", interessante alegoria da vida cristã.
Quem eram aquelas mulheres?
Ninguém sabe o nome elas. Eram simplesmente umas mulheres
cristãs que davam testemunho, que deixavam brilhar sua luz
perante no mundo.
– El Pastor Evangélico, seção
do El Ministerio
Adventista.
FIDELIDADE
A CRISTO
Um imperador romano disse a um
arquiteto grego:
– Edifica-me um coliseu, e, se
me agradar, vou coroar você na presença do povo e farei uma
festa em sua honra.
O arquiteto fez sua obra
magnificamente. Chegou o dia da inauguração. O imperador
ergueu-se em meio às aclamações do povo, e disse:
– Aqui estamos para inaugurar
este coliseu e honrar seu construtor. Este é um grande dia
para o império romano. Para o celebrarmos, tragam os
cristãos, e, para nossa diversão, lancemo-los aos leões.
Os cristãos foram postos no
centro do anfiteatro. Os leões meio famintos foram
libertados de suas jaulas e saltaram para dentro da arena a
fim de dilacerarem os cristãos. A turba gritou: "Viva o
Imperador!" Então o arquiteto grego ergueu-se de sua cadeira
de honra e, pedindo silêncio, exclamou: – Eu também sou
cristão!
Ele foi então agarrado e
atirado às feras, juntamente com os outros, e foi visto
rolar no pó do anfiteatro.
Você faria isto por Jesus?
O TESOURO
DA FIDELIDADE
"Faça o favor de examinar os
freios", disse o motorista do caminhão, ao encarregado do
posto de serviço. "Não confio nos freios."
"O senhor está sempre às
voltas com seus freios! Vou examiná-los", disse o mecânico.
Examinou-os. Eles precisavam
de conserto, mas ele não foi fiel no trabalho. Fez apenas um
conserto de emergência, provisório, e entregou o caminhão ao
dono.
Tudo foi bem, por algum tempo,
e o motorista estava confiado, certo de que os freios
estavam em boas condições. Enquanto subia o caminho da
montanha, ia assobiando de contente. Chegou a um lugar e
começou a longa descida, de uns 20 Kms.
"Ainda bem que os freios estão
em boas condições", pensou.
De repente descobriu,
horrorizado, que os freios não funcionavam. Fez o que pôde
para parar o caminhão, mas a própria transmissão se
despedaçou, e o carro precipitou-se em carreira desabalada,
morro abaixo. Ao chegar próximo da cidade, ia na frente
outro caminhão, cheio de gente que ia para o trabalho.
Procurou desviar-se, mas não conseguiu, e se chocaram-se os
veículos. Resultado: cinco vidas apagadas, num instante!
De quem foi a culpa? Alguém
não tinha sido fiel em seu trabalho. Tantas vidas se
perderam porque alguém quis poupar um pouco de tempo e
energia, fazendo trabalho matado. É que esse "alguém" nunca
aprendera que "tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o
conforme as tuas forças" (Ecl. 9:10).
MAOMÉ OU
CRISTO?
Conta Margarida White
Eggleston, em seu livro Seventy-five Stories for the
Worship Hour (Editora Harper & Brothers), a seguinte
história:
Dentre o grande número de
refugiados que um dia chegaram a um campo de socorro
americano, havia uma menina com grandes olhos negros que
refletiam uma dor aguda e seu corpo parecia não ser capaz de
suportar o esforço de esperar pelo médico. De quando em
quando colocava a mão ao pescoço ou ao ombro, sem porém
dizer nenhuma palavra de queixa.
Afinal alguém, percebendo
quanto ela sofria, perguntou:
– Você não quer reclinar-se
aqui ao meu ombro, para descansar um pouco? Sou forte, e
terei prazer em ajudá-la.
– Não, – respondeu a menina –
não posso encostar-me. Tenho que ficar ereta até que
melhore.
– Tem algum ferimento? –
perguntou a nova amiga.
– Estou levando à cruz – disse
a jovem – trago no corpo a cruz de Jesus Cristo. Agora sei
quanto Ele sofreu.
Justamente nesse instante
aproximou-se uma enfermeira, e, vendo quanto ela precisava
de cuidados, inclinou-se para ajudá-la.
– Espere um momento! – disse a
menina. – Devo mostrar-lhe algo primeiro. A senhora vai
ver...
Então, descendo dos ombros a
blusa, folgada e suja, mostrou aos circunstantes uma cruz
que lhe havia sido gravada no ombro, com ferro em brasa. O
ombro ardia em febre, inchado e infeccionado.
– Dia-a-dia – continuou ela,
lentamente – eles avivavam essa cruz. Perguntavam-me cada
dia: "Cristo ou Maomé? Cristo ou Maomé?" Quando eu dizia:
"Cristo", traziam o ferro em brasa e davam-me a cruz de
Cristo. Pensei que havia de morrer com Cristo e por Ele, mas
vieram os americanos e me salvaram da morte. Eu trago a
cruz. Enquanto eu viver levarei a cruz de Cristo. Algum dia
ficarei satisfeita!
Amorosamente levaram-na ao
hospital e ligaram as cruéis feridas que lhe haviam sido
infligidas por ter sido fiel a seu Senhor. Ficaram
impressionados com sua coragem e bravura. Ansiosamente
aguardavam seu restabelecimento, a fim de virem a
familiarizar-se mais com a menina armênia "Portadora da
Cruz." – Review and Herald.
DANDO A
DEUS – FIDELIDADE
Tinha Rolando nove anos de
idade quando lhe aconteceu o incidente que contarei, e agora
mais velho, nunca esqueceu aquela experiência.
Estivera trabalhando duramente
em suas horas vagas e, como menino, ganhara uma bela quantia
em dinheiro.
Conseguira juntar R$ 50,00, e
se sentia orgulhoso de suas notas estalando de novas,
cuidadosamente guardadas na carteira nova, de couro. Todo
instante ele as tirava e as contemplava, e várias vezes
mostrou-as para os amiguinhos.
A mãe de Rolando disse que, já
que ele ganhara por si mesmo aquele dinheiro, deveria dar o
dízimo ao Senhor e colocar o restante na Caderneta de
Poupança para que não o perdesse. Mas Rolando disse que
preferia guardar o dinheiro em sua carteira. Daria o dízimo
mais tarde, pois não queria ainda dividir, ou trocar,
nenhuma das cédulas.
Um dia Rolando foi brincar com
os companheiros em uma fazenda próxima. Ali havia uma grande
árvore, e todos queriam subir. Essa árvore ficava junto a um
chiqueiro lamacento, cheio de porcos. Mas, de recente, em
meio a toda a alegria, ele gritou que tinha perdido a
carteira.
Aonde teria ido? Ele tinha
certeza que estava no bolso quando começou a subir na
árvore. Então devia ter caído uns instantes antes. Rolando
olhou para baixo, esperando ver algum sinal da carteira, mas
tudo o que pôde ver foi o lamaçal com os porcos se revirando
nele.
Como um relâmpago, o rapazinho
desceu da árvore e começou a procurar a carteira. Procurou-a
por muito, muito tempo, mas debalde. Então teve de voltar
muito triste para casa e contar à mamãe as más novas. Como
gostaria de ter dado ouvidos ao seu conselho! Como desejou
ter dado o dízimo e colocado o resto na Poupança!
A mamãe disse que a única
coisa a fazer agora era contar a Jesus o que havia
acontecido, e assim fizeram. Rolando se ajoelhou e disse a
Jesus quão triste estava por não ter dado o dízimo primeiro.
Prometeu que o daria, se tão-somente Jesus o ajudasse a
encontrar a carteira e o dinheiro, outra vez.
Passaram-se alguns dias.
Rolando sempre e fazia sua pequenina oração, pedindo que sua
carteira pudesse ser achada. Então uma tarde ele e a mamãe
voltaram até a grande árvore, a fim de darem outra busca.
Aproximaram-se do chiqueiro e viram os porcos se revirando
na lama. Era um quadro bastante desagradável para alguém que
esperava achar alguma coisa ali, entre a lama e os porcos.
De repente o porco maior deu
um alto grunhido. A mamãe e Rolando olharam, e que supõem
vocês eles viram? Deixarei que o próprio Rolando lhes conte
com suas palavras: "Mamãe e eu olhamos e ali estava o porco
revolvendo minha carteira na boca, embora ela parecesse
apenas um trapo enlameado. Pulei no lamaçal, e ele a deixou
cair. Retirei a lama, abri a carteira e todo o meu dinheiro
ainda estava dentro, pelo que muito agradeci ao Senhor."
Quão agradecido estava Rolando! A primeira coisa que fez foi
dar o dízimo, um décimo dos 50 reais.
Ele queria que Jesus soubesse
quão grato ele realmente estava pela maravilhoso resposta a
sua oração, de modo que propôs em seu coração que dali por
diante sempre poria Jesus em primeiro lugar na sua vida. E
ele assim fez. – Artur Maxwell.
REPREENDEREI O DEVORADOR
A seguinte experiência de um
fiel crente na Associação de Jamaica prova o extraordinário
cumprimento da promessa de Deus de "repreender o devorador"
aos que O provem.
Foi no mês de outubro que uma
praga de lagartas assolou a região da ilha Jamaica, onde
vive nosso irmão X. Sobre esse acontecimento, ele escreveu:
"Elas chegaram aos milhões e
devoraram cada centímetro de plantação ao passarem. Uma
plantação de cinco hectares de mandioca que eu vi parecia
ter sido destruída pelo fogo, porque nada fora deixado.
Quando fui examinar minha própria plantação, achei quatro
pés de mandioca comidos, mas nenhuma lagarta à vista. Que
significa aquilo? Os poucos pés de mandioca comidos eram
para testificar que as lagartas chegaram ali mas que haviam
sido repreendidas. A plantação de minha irmã, que se achava
próxima à minha, não tinha uma só folha comida, mas eram as
únicas duas poupadas. Todas as outras da região haviam sido
destruídas."
Observamos assim que as
promessas de Deus são condicionais, e que quando cumprimos
fielmente as condições, Deus nunca falha.
DÍZIMO E
DÉBITOS
Um fazendeiro faleceu deixando
para seus filhos a fazenda sobre a qual havia 20 mil reais
de dívidas. Os filhos acharam que não podiam dar nada dos
lucros a Deus antes que todas as dívidas fossem pagas. Nesta
base cultivaram a fazenda durante três anos.
Então, pelo estudo da Palavra
de Deus, concordaram em dar ao menos a décima parte dos
lucros ao Senhor. Assim, no quarto ano, pagaram mais dívidas
da fazenda do que nos três anos anteriores juntos.
"Aquele que Me honra, Eu o
honrarei."
DEUS
ABENÇOA A FIDELIDADE NO DÍZIMO
Uma irmã cujo esposo se opõe
muito ao Evangelho mantém uma pequena loja no interior de um
dos Estados do Brasil. Há alguns meses o marido ficou sem
serviço, recaindo sobre ela a necessidade de atender a todas
as despesas da casa, e o aluguel tanto da casa de moradia
como da loja. Temia que seus lucros fossem insuficientes
para pagar todas estas despesas. Fiel dizimista desde seu
batismo, temia fosse levada pela oposição do esposo a
desviar dos seus dízimos para atender aos apertos
financeiros. Resolveu, para evitar que isto acontecesse,
fazer a entrega dos dízimos de semana em semana, para não
haver dízimo em casa. Não havendo recursos em casa, não
gastariam nada.
Após mais de seis meses, com
grande alegria testifica que nunca faltou coisa alguma, e
que neste tempo deu mais dízimos do que antes.
REMUNERAÇÃO JUSTA
Certo pedreiro durante muitos
anos tinha trabalhado fielmente para seu patrão. Este
resolveu ausentar-se numa longa viagem e mandou chamar o
empregado para deixar com ele uma planta de uma bela casa .
– Construa a casa segundo o
plano e não limite os gastos necessários. Quero que seja uma
boa casa para um propósito especial.
Mas, o pedreiro pensando em
seus longos anos de fiel serviço, sem muita remuneração,
resolveu tirar algum proveito. Portanto, em lugares que não
se viam, empregou em vez de bom material, outro inferior.
Deixou de colocar as barras de ferro nos alicerces que
servem para sua estabilidade, e somente onde podia ser visto
seguia a planta.
O patrão ao voltar da viagem,
revistou a caso e estava satisfeito. Voltando-se para o
empregado, disse
– "Você trabalhou com muita
fidelidade para mim durante longos anos, e como remuneração
por seu fiel serviço mandei construir esta casa. É
propriedade sua e pode morar nela." – The Lutheran.
DEVEMOS
FAZER RESTITUIÇÃO
Ezeq. 33:15
Roberto furtara uma réstia de
cebolas, para ajudar a pagar a escola. Por meses e anos,
mesmo depois de sair da escola, todas as vezes que Roberto
orava, a réstia de cebolas vinha entre ele e Deus. Suas
orações não iam para além das cebolas. Dirigiu uma carta ao
homem de quem furtara as cebolas, e enviou na mesma carta o
dinheiro correspondente, e a situação mudou. Desapareceram
as cebolas da visão de Roberto, quando orava. Novamente suas
orações subiam ao trono da graça.
– Meditações Matinais.
PROSPERIDADE
Enquanto um obreiro estava
visitando certa igreja, um irmão deu o seguinte testemunho:
"Faz dez anos que aceitei a
verdade. Nesse tempo eu era pobre, sem dinheiro e sem
emprego. Começamos, porém, desde logo a dar o dízimo e temos
mantido nosso concerto com Deus durante todos esses dez
anos. Não temos estado doentes nem tido contas de médico a
pagar; nossos filhos estão bem e o Senhor nos tem dado um
bom lar e um negócio próspero." Depois que esse irmão falou,
vários outros apresentaram testemunhos idênticos.
Um irmão que vendia sorvetes
testificou das bênçãos do Senhor em seu negócio. Outro fora
tão abençoado que pôde fazer boa doação para benfeitorias no
edifício da igreja. Ainda outro irmão testificou que ele
também estava sem um real por ocasião de seu batismo. Ele e
sua esposa, nessa ocasião, decidiram dizimar não só todo o
dinheiro que recebessem mas também todos os ovos e
hortaliças. Esse irmão é hoje proprietário de uma boa granja
e de um bem fornecido armazém.
FIDELIDADE, CUSTE O QUE CUSTAR
O famoso Dionísio, tirano de
Silícia, condenou à morte um cidadão. Foram inúteis as
lágrimas, os rogos e tudo foi insuficiente para convencer
aquele coração de pedra.
– Vou lhe pedir um último
favor – disse o réu a Dionísio.
– Tudo te concederei, menos a
vida.
– Tenho mulher e filhos; meus
negócios acham-se em más condições, minha família ficará
completamente arruinada, se eu mesmo não for deixar tudo em
ordem.
– É impossível o que você pede
– disse Dionísio.
– Escute, sou homem que cumpro
minha palavra. Se o senhor me conceder 10 dias, juro que
antes que se finde o prazo estarei à sua disposição.
Ante nova negativa de
Dionísio, propôs, então:
– Se eu encontrar um amigo que
se encerre na prisão e que sua cabeça responda pela minha,
me dará, ó rei, a licença?
– Quantos dias você precisa? –
perguntou o rei.
– Dez dias.
– Se há alguém que responda
por você, lhe darei vinte dias.
Aquela mesma tarde o réu se
pôs a caminho, pois um amigo se tornou o prisioneiro.
Passaram-se 10 dias, 12, 15, 19 dias, chegou o 20º dia e
tudo estava pronto para a execução e o condenado não
chegava.
Dionísio foi à prisão,
encontrou o substituto do réu com bom humor.
– Você sabe que dia é hoje? –
perguntou o rei.
– Eu sei, ó rei Dionísio, é o
20º dia.
– Você sabe que morrerá às 12
horas. E você não teme a morte?
– Sei que não morrerei.
– Por acaso você espera que eu
lhe perdoe?
– Não; espero que meu amigo
volte e tenho certeza que virá.
Dionísio contemplou-o cheio de
assombro e, admirado pela certeza daquele homem, permaneceu
mudo por um grande espaço de tempo.
Pouco antes de soar a hora
fatal, conduzira o réu ao lugar da execução e Dionísio
seguiu o acompanhamento até o cadafalso.
O verdadeiro condenado não se
apresentava. O carrasco afiava a espada homicida com que lhe
havia de cortar a cabeça.
A hora se aproximava, quando
de repente ouviram um grito:
– Esperem! Esperem! – E foi
então visto um homem a toda pressa abrindo caminho entre a
multidão.
Com efeito, chegara o
verdadeiro réu ao pé do cadafalso e atirando-se aos pés do
rei, exclamou: "Obrigado! Obrigado!" Depois abraçou a seu
amigo, e dirigindo-se ao carrasco, disse:
– Aqui está minha cabeça,
corte-a.
– Não, eu lhe perdôo – acudiu
o rei. Mas há uma condição: vocês são dois amigos, quero que
de agora em diante sejamos três.
Deus é digno de tal
fidelidade. - G.R.
LUGAR
PARA JESUS
Conta Mildred Campbell de um
hotel singular no qual ela respirou uma atmosfera de paz.
Respondendo a uma pergunta, a
proprietária, em cuja casa se revelava a mais alta
amabilidade, disse: "Quando tomamos este hotel, acabávamos
de deixar Jesus entrar em nossos corações e, inspecionando a
nossa nova propriedade, meu esposo e eu concluímos que não
havia lugar para Jesus e ao mesmo tempo para muitas outras
coisas que os outros hotéis têm. Suprimimos o salão de
bilhares, o salão de baile, o solão de jogo e perdemos
muitos clientes. Algumas vezes nos sentimos fortemente
tentados, porque nos parece que poderíamos ganhar muito mais
dinheiro se não eliminássemos todas estas regras; mas sempre
quando assim acontece, ajoelhamo-nos e dizemos:
"Senhor, neste hotel haverá
sempre lugar para Ti." Assim sempre procuramos ouvir
fielmente quando Ele diz: "Não há lugar para Mim e para
estas coisas ao mesmo tempo."
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