FRAGILIDADE HUMANA
QUANTO
VALE O HOMEM
O químico inglês, professor
Charles Henry Maye, que procedeu a estudos especiais sobre o
valor químico do homem, chegou às seguintes conclusões
curiosíssimas:
Com a gordura do corpo
de um homem normalmente constituído podem-se fabricar sete
sabonetes.
Conta o nosso organismo com
açúcar suficiente para adoçar uma xícara de café, e
ferro para o fabrico de um prego de tamanho médio.
O fósforo existente no
homem daria para dois mil e duzentos palitos.
Com o magnésio que o
corpo humano contém seria possível tirar uma fotografia.
Todas essas
matérias-primas estão avaliadas em US$ 1,00
– que é quanto representa cada um de nós, quimicamente.
DA MORTE
À VIDA
Certo fidalgo dos tempos
antigos mantinha em seu castelo um bobo profissional, cuja
obrigação era divertir a todos por meio de pilhérias,
macaquices e palhaçadas. Ora, o fidalgo se lembrou de
presentear o bobo com um bastão como distintivo de seu
oficio, que devia sempre trazer consigo até que porventura
aparecesse outro mais apalhaçado que ele próprio, devendo,
então, passá-lo ao tal em sinal de ultra primazia na arte de
fazer bobices.
Passando alguns anos, o
fidalgo adoeceu gravemente, e foi logo desenganado por seu
médico assistente. Mondou então chamar o bobo e com ele
manteve o seguinte diálogo:
– Então, meu bobo, estou em
véspera de uma viagem!
– Comprida ou curta?
– É comprida.
– E quando pretende voltar?
Dentro de um mês?
– Não!
– Dentro de um ano, então?
– Não.
– Nem dentro de um ano? Quando
então é que volta?
– Não volto nunca mais!
– O quê?! Meu senhor não volta
nunca mais?
– É verdade! Não volto nunca
mais!
– E que preparativos fez meu
senhor para viagem tão longa?
– Nenhum.
– Será possível? Pois meu
senhor pretende retirar-se para sempre e nada preparou para
viagem tão longa? Olhe! Tome o bastão! É seu desde já! Que
eu, sendo bobo de profissão, nunca cairia em tamanha
insensatez! – Guia do Viajante.
"NÃO
QUERIA SABER DE MORRER"
Um grupo de estudantes estava
reunido na sala de anatomia de certa Faculdade de Medicina.
Tinham uma pequena folga; e, rindo, discutiam os casos do
dia. Os despojos humanos diante de si não afetavam sua
jovialidade. Não lhes ocorria que também eles em breve
poderiam ser cadáveres tão inanimados e impotentes como o
que tinham para dissecar.
O mais notável do grupo era o
Costa. O mais folgazão de todos. As caçoadas que lhe
irrompiam dos lábios vinham entremeadas de nomes vãos e
expressões injuriosas à Majestade divina. Os colegas não lhe
faziam a mais leve observação para que refreasse sua
linguagem. Completamente indiferente ao pecado em que
incorria, encostou-se à parede com a agulha, já usada na
dissecação do cadáver, presa descuidadamente no avental. A
prosa foi-se animando, surgindo uma discussão sobre um
assunto qualquer em que ele tomava parte saliente.
Estando a falar
apaixonadamente, levantou a mão bruscamente para fazer um
gesto, e, ao assim fazer, aconteceu ferir a mão na ponta da
agulha, a qual lhe abriu fundo arranhão. Um silêncio
profundo se fez na sala; todos empalideceram. "Olhe, Costa,
isso é muito perigoso!", observou-lhe então gravemente um
dos colegas. "Bem sei que é!", confirmou ele assustado. "Que
devo fazer?"
"Vamos imediatamente procurar
o médico", disseram os companheiros; e como um relâmpago
partiram a buscá-lo. Foi um momento de ansiedade terrível
enquanto aguardava o prognóstico, que foi logo dado.
O Costa sabia agora que a
morte inexorável o fulminaria irremediavelmente em menos de
24 horas. Toda a ciência do mundo não lhe podia valer.
Grande desespero e terror se apoderaram do Costa tão logo se
viu frente a frente com a inesperada morte. Não nos
atrevemos a relatar os horrores que se passaram dele até
soltar o derradeiro suspiro. Podemos apenas repetir as
palavras de um seu colega, testemunha de suas últimas horas:
Foi um quadro pavoroso quando se viu desenganado, porque nem
por nada queria saber de morrer. – Guia do Viajante.
DEIXAR
TUDO
Sofonias
1:18
Quando, em 12 de setembro de
1857, em conseqüência de um violento temporal perto do Cabo
Hatteras, foi a pique o navio "Central América", com quase
600 passageiros a bordo. Havia entre eles muitos homens que
vinham das minas de ouro da Califórnia. Eles traziam
cinturões nos quais guardavam seus tesouros. Agora, no
momento do perigo iminente, desfizeram-se dos cinturões e o
lançaram sobre o convés, e quem quisesse poderia levá-los.
Pois, esse peso, atado ao corpo, ia levá-los à morte segura.
Outros tinham bolsas que guardavam valores de milhares de
dólares, e estas também foram abandonadas e ninguém as
tocou. Também as malas foram abertas e o metal
resplandecente foi derramado sobre o chão.
Um dos mineiros abriu um saco
de viagem e esvaziou seu conteúdo. Era ouro em pó, no valor
de 20.000 dólares. Ao mesmo tempo que fazia isso, disse que
quem quisesse satisfazer-se de ouro, poderia levá-lo. Mas
todos o deixaram de lado como se fosse pó da terra. –
Our First Century.
QUANDO
PARAM OS PONTEIROS
Tiago 4:14
Um jovem ministro ia guiando
por movimentada estrada americana. Estava contente, pois seu
trabalho ia indo bem e no dia seguinte ele e sua esposa
iriam começar alguns dias de férias.
Rodando pela estrada abaixo,
em direção contrária, ia um ônibus de passageiros. Nem o
ministro nem o motorista do ônibus sabiam que a tragédia se
achava a apenas alguns segundos de distância. Mas assim era.
Para evitar de engavetar pela traseira de um carro que
estava na frente, o motorista do ônibus freiou.
O ônibus desviou-se fortemente
para a direita, indo em cima do carro do pastor. Dois dias
depois esse jovem morria no hospital sem voltar mais à
consciência. Havia em sua Bíblia uma folha de papel em que
ele copiara uns versos cujo sentido é este:
O relógio da vida não é ferido
senão, uma vez,
e homem algum tem o poder de
dizer justo
quando os ponteiros pararão,
se tarde, se cedo.
Agora é o único tempo que vos
pertence!
Trabalhai, orai, dai de boa
vontade, não confieis no amanhã,
pois o relógio poderá estar
parado então."
O AMANHÃ
COM DEUS
Salmo 90:12
De pé ao lado de seus
caminhões marcados de batalhas, um grupo de marinheiros
estadunidenses tomavam seu desjejum em latas, por uma manhã
intensamente fria, na Coréia. Com pouco repouso, haviam-se
cingido ao solo, coberto de neve em uma temperatura de 42
graus abaixo de zero, combatendo desesperadamente contra um
inimigo que os sobrepujava em número de cinco para um.
Agora, um repórter perguntou a um meio congelado marinheiro
que estava atirando feijões à boca, com a faca de
trincheira: "Se eu fosse Deus e lhe pudesse conceder
qualquer coisa que você desejasse, que havia você de
preferir?" O gigante não barbeado, com a barba e as roupas
duras de lama e frio, pensou por um momento, e respondeu com
veemência: "Dê-me o amanhã!"
Este é sempre o grito do
coração humano. Todavia, ninguém pode estar certo do amanhã.
Acidentes, doenças rápidas e mortais ou violências podem nos
impedir de ver outro alvorecer.
UMA VIDA
PERDIDA
Durante uma doença fatal, um
jovem se converteu, embora ninguém percebesse que havia
entregue o coração a Cristo. Ao anunciar o médico uma
mudança desfavorável em seu estado, demonstrou completa
resignação e pediu aos amigos que cantassem um hino que
exprimisse este sentimento.
Uma ou duas horas depois, no
silêncio do quarto, ouviram-no dizer: "Perdida! Perdida!
Perdida!" Isso causou surpresa à mãe, que perguntou
imediatamente: "Perdeu a esperança, meu filho?" "Não, mamãe;
mas oh, a minha vida perdida! Tenho 24 anos e, até há poucas
semanas, nada fiz por Cristo. Só me preocupei comigo mesmo e
com meus prazeres. Meus companheiros hão de pensar que me
converti com medo da morte. Oh, pudesse eu viver para
enfrentar essa observação, e fazer alguma coisa para mostrar
minha sinceridade e redimir minha vida perdida!" –
Seleto.
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