HEROÍSMO
UM
VERDADEIRO HERÓI
Ling-Ching-Ting era um pobre
chinês fumador de ópio.
Um dia, uns missionários
pregaram-lhe o Evangelho e ele se converteu a Jesus. Nunca
mais fumou ópio e passou a viver retamente.
Algum tempo depois,
Ling-Ching-Ting resolveu tornar-se missionário entre os seus
conterrâneos que viviam nas trevas do pecado.
Partiu então para Hock-Chiang,
lugar em que nascera, e logo começou a evangelizar aquela
gente, falando-lhe de Jesus e Seu amor. Mas ninguém quis
acreditar no que pregava o chinês. Diziam que aquilo era
"doutrina de demônios estrangeiros" e que por isso devia ser
exterminada. E levantaram então terrível perseguição contra
o pregador.
A perseguição aumentava cada
vez mais. Zombavam dele, atiravam-lhe pedras, maltratavam-no
em presença do magistrado. Falsas testemunhas fizeram-lhe as
mais vis acusações.
O juiz, homem cruel e
corrompido, satisfeito por poder vingar-se da "religião dos
estrangeiros", condenou o intrépido pregador a receber 2.000
varadas!
Logo o bambu caiu sem
comiseração nas costas do pobre chinês. Levaram-no depois,
quase morto, à estação missionária. O médico da missão ficou
penalizado e logo procurou aliviar os sofrimentos do
pobrezinho, pensando-lhe as feridas.
– Meu corpo está. . .
mortificado por. . . Cristo. . . e. . . por isso sinto cá...
dentro... uma paz profunda – disse o enfermo, fixando os
olhos cheios de lágrimas no médico que o socorria. E
erguendo um pouco a cabeça, num esforço supremo acrescentou:
"Assim que ficar bom... voltarei para .. . continuar o. . .
trabalho."
O chinês esteve muito tempo
entre a vida e a morte. Depois foi melhorando lentamente. Um
dia, mal podendo andar, deixou às escondidas a estação
missionária e voltou à sua terra.
Recomeçou animadamente a
pregação do Evangelho. Porém, desta vez os inimigos,
impressionados com o seu heroísmo, resolveram deixar que ele
pregasse à vontade a doutrina que professava. E
Ling-Ching-Ting conseguiu levar muitos de seus patrícios ao
conhecimento da verdade.
Ele pregou o Evangelho durante
14 anos. Foi consagrado ao ministério em 1869. Centenas de
pessoas converteram-se por seu intermédio, vinte pregadores
aprenderam com ele a contar a velha história da cruz e a
proclamar a salvação em Cristo.
Adoeceu em 1876. Compreendendo
que a morte dele se aproximava, quis ainda aproveitar os
últimos dias de vida, pregando com mais fervor. Como já não
pudesse andar, reunia à volta da cama muitas pessoas, a quem
ensinava as verdades preciosas do Evangelho.
Pouco tempo depois o grande
herói morreu entoando um belo hino de louvor ao seu
Salvador, por quem tanto sofrera. – Adaptado.
MORTOS NO
POSTO DO DEVER
Apoc. 2:10
Certa noite o submarino
americano S-51 afundou ao largo da ilha Block com toda a
guarnição, excetuando-se três homens. O esforço para trazer
o submarino à tona custou meses e produziu atos de heroísmo,
conforme diz o capitão-tenente Ellsberg que estava
encarregado do serviço e cujo relato é tão emocionante como
qualquer lenda do mar.
Por fim, quando os
escafandristas conseguiram penetrar no casco submerso
encontraram cada oficial e toda a guarnição no posto do
dever. O radiotelegrafista estava sentado na cabina com os
fones na cabeça. As casas das máquinas, baterias e comandos,
todos estavam identicamente guarnecidos. Ainda repousavam
sobre as válvulas e alavancas mãos mortas, esperando ordens
que deveriam cumprir.
ATÉ O
FIM...
Houve uma corrida de
esportistas que se realizou lá na Suécia. Participou dela um
russo velhote, que após o início, ficou atrás de todos os
outros. Quando os demais já tinham alcançado o alvo, ao
russo faltavam ainda duas voltas.
Porém, não ficou desanimado
por isso, mas continuou a correr. Naturalmente, o público
vendo aquilo achou graça, pois o homem ainda corria sozinho,
já havendo perdido.
Todos soltaram gargalhadas,
mas ele ficou firme, e sem se importar com a zombaria,
continuou a correr até o fim. Quando o público viu isto,
pôde constatar que o homem tinha um espírito esportivo, e o
aplaudiu ainda mais que ao vencedor.
É uma grande coisa ganhar o
aplauso de 20 mil pessoas, porém, é muito superior continuar
até o fim, quando todos estão rindo de nós.
PERMANECEI
FIRMES
No momento mais crítico da
batalha de Waterloo, quando tudo dependia da firmeza do
exército, correio após correio era enviado apressadamente à
presença do duque de Wellington, anunciando-lhe que, se os
soldados de um importante setor não fossem imediatamente
auxiliados, cairiam ante o impetuoso ataque dos franceses.
Diante deste fato, o duque mesmo enviou esta inspiradora
mensagem:
– Permanecei firmes!
Mas, murmurou um oficial,
todos nós morreremos.
– Permanecei firmes! – disse
novamente o chefe com vontade de ferro.
– V.S. nos achará em nossos
postos – disse o oficial, e violentamente saiu a galope.
O resultado comprovou esta
resposta, porque cada um dos soldados daquela brigada caiu
em seu posto pelejando valentemente.
ALBANO, O
MÁRTIR CRISTAO
Albano nasceu em uma cidade
fundada pelos romanos, chamada Verulamium, e ali passou sua
infância como qualquer outro menino inglês. Perto de sua
casa havia um acampamento de soldados romanos, de cujos
lábios escutava absorto as histórias que lhe contavam das
maravilhas de Roma, a cidade imperial, senhora do mundo.
Quando se tornou homem, foi a
Roma, alistou-se como soldado e serviu durante sete anos em
uma legião. Em Roma lhe ensinaram a render culto aos deuses
do paganismo latino, e a reverenciar ao imperador como se
fora divino.
Porém, o seu amor à pátria o
levou de volta à Inglaterra. Por esse tempo, a antiga
religião céltica tinha quase se extinguido e o culto a
Cristo ia enchendo o país. Em Verulamium havia uma pequena
companhia de cristãos, que tinha por pastor o presbítero
Anfílabo. O jovem Albano ficou muito amigo dele.
Nisto se desencadeou a
perseguição. Albano, que ainda não tinha se tornado cristão,
ofereceu sua casa a Anfílabo para que se ocultasse nela, e o
pastor cristão agradecido aceitou, passando ali seguro
algumas semanas. Tiveram longas conversações acerca da
verdade cristã, e juntos leram a história da vida, morte e
ressurreição de Jesus Cristo. Prontamente surgiu no coração
de Albano um amor profundo para com o Salvador, ainda que
não declarasse sua nova fé.
Um dia, uma companhia de
soldados, com seu oficial à frente, se apresentou à porta da
casa. Haviam chegado a saber que Anfílabo estava ali
escondido e iam prendê-lo.
Um escravo correu para avisar
a seu amo.
– Anfílabo, – disse Albano – é
conveniente que você escape. Tire a sua roupa e tome a
minha. Este escravo lhe guiará por estradas ocultas.
Esconda-se no bosque. Dali você poderá fugir de noite para
lugar mais seguro. Trocaram rapidamente as roupas, e quando
os soldados chegaram, encontraram Albano, com traje de
presbítero. Tomando-o por Anfílabo, prenderam-no para
levá-lo ao governador romano. Grande foi o seu
desapontamento quando descobriram o seu erro.
– Quem é você? Não é o
presbítero? – lhe perguntaram.
– Isso pouco importa –
respondeu Albano. – Se o que vocês buscam era um cristão,
não busquem mais, porque eu também sou cristão.
– Você se confessa cristão? –
perguntou-lhe o magistrado.
– Sim.
– Você quer dar culto ao
imperador?
– Não posso.
– Você será açoitado.
– Seja assim; meu Senhor foi
açoitado por mim.
Açoitaram-no com varas, porém
Albano não cedeu em seu valor, nem quis renegar a sua fé.
Ainda que contra sua
vontade, o magistrado o condenou à morte. Levaram-no a um
terreno vizinho, acompanhado por muitos aldeões que o amavam
e choravam por ele. Quando a comitiva chegou, Albano se
ajoelhou na relva e um soldado lhe cortou a cabeça com a
espada. Assim morreu o primeiro mártir britânico. –
J.B.
CORAGEM
CRISTÃ
Uma jovem rica e ilustre,
converteu-se ao cristianismo. Acusada, foi metida numa
horrível prisão, com o filho, a quem não mais podia
amamentar. Um dia recebe ordem para se apresentar ao
procônsul. Seu velho pai e seus dois irmãos viram-na ao
passar: "Oh! minha filha, exclama o infortunado pai, é você
mesma que eu vejo? Em que estado você está! Oh! eu lhe peço,
tem piedade da minha velhice, não me precipite no túmulo,
não desonre meus cabelos brancos, minha filha, renuncia a
seu Cristo, adora os deuses da nossa pátria."
E o desolado pai, não ouvindo
resposta alguma dos lábios da prisioneira, lança-se aos seus
pés, de joelhos, toma-lhe as mãos entre as suas, e
prossegue: "Pense, minha filha, no seu filhinho inocente que
não poderá viver sem você; pense na sua mãe que morrerá de
tristeza; pense na sua família, toda chorosa e desapontada!"
E todo o povo, testemunha
desse lancinante espetáculo, gritava: "Jovem patrícia, tenha
pena de seu velho pai, olhe para seus cabelos brancos, seus
olhos cheios de lágrimas; renuncie, pois, a este seu Cristo,
adore os deuses da pátria. . . "
E Perpétua, calma, majestosa,
firme, responde com bondade: "Eu sou cristã." – Lição
dos Fatos.
SURPRESAS
AGRADÁVEIS
Ecles. 11:1
Winston Churchill conta a
história de uma família rica que foi convidada a passar o
fim da semana na bela propriedade de uma outra família, isto
há muitos anos. As crianças se divertiram, porque havia uma
deliciosa piscina na propriedade. No último dia ocorreu uma
tragédia. O menino menor quase afundou. As crianças maiores
puseram-se a gritar, procurando com as mãos alcançar o
pequeno que se afogava, mas em vão. Finalmente o pequeno
Alex Fleming, filho do jardineiro, ouviu os gritos e saltou
dentro da piscina, salvando assim o menino.
Quando o pai do menino ouviu a
história, sua gratidão não teve limites. Ele se dirigiu ao
Sr. Fleming, o jardineiro, e disse: "Seu filho salvou a vida
de meu filho. Que posso eu fazer pelo senhor?"
– Ora, senhor, nós nada
necessitamos – disse o jardineiro. – Meu filho fez o que
qualquer outro teria feito.
– Mas eu preciso fazer alguma
coisa pelo seu filho.
– O que ele gostaria?
– Bem... desde que aprendeu a
falar tem manifestado o desejo de ser um médico.
O homem estendeu a mão ao Sr.
Fleming, e disse:
– Seu filho freqüentará a
melhor Escola de Medicina que houver na Inglaterra – e
sustentou a palavra.
Ao final da conferência de
Teerã o mundo foi sacudido com a notícia de que Churchill
estava doente com pneumonia. O rei da Inglaterra fez
transmitir por toda a nação o desejo de que o melhor médico
do Império Britânico tomasse um avião para Teerã e
assistisse o primeiro-ministro.
Esse médico foi o Dr. Fleming,
Alexander Fleming, o descobridor da penicilina. Os esforços
do Dr. Fleming foram coroados de êxito. Mais tarde Winston
Churchill eletrizou o mundo com a declaração: "Não é sempre
que o homem tem a oportunidade de agradecer ao mesmo homem
por haver-lhe salvo a vida duas vezes."
O pequeno Fleming, que havia
salvo a vida do pequeno Winston quando este se afogava numa
piscina, tornou-se o Dr. Fleming, que de novo lhe salvou a
vida.
OS QUE
EXPÕEM A VIDA, GANHAM
Homens
que expuseram a vida pelo nome do Senhor Jesus Cristo.
No ano 480 A.C., os cidadãos
de Atenas "arriscaram sua vida" resistindo ao exército
persa, do qual escreveu A.E. Houseman:
"O rei, com metade do Oriente
em seus calcanhares, veio da terra da manhã. Seus guerreiros
sorvem os rios, suas setas escurecem o ar, e o que resiste
morrerá por nada, e não mais volta ao lar."
A esperança de Atenas quanto à
sobrevivência jaz na fuga, mas mesmo esta esperança se
afigura tênue, pois todos os navios de que dispunham somavam
menos de um terço das 1.200 barcos da Pérsia. Todavia os
atenienses não se renderiam. Ao contrário, deixando sua
cidade e seus lares à pilhagem dos persas, seus homens
fisicamente aptos manobraram a frota. Então os muito velhos
e demasiado jovens e as mulheres se transportaram de barco a
uns 15 Kms do outro lado da baía, para formar um frio
acampamento na rochosa ilha de Salamina. Caso a frota fosse
derrotada, a morte ou a escravidão aguardava os fugitivos de
Salamina. Para os homens nos navios seria a vitória ou a
morte no mar.
E foi vitória. A enorme armada
de Xerxes foi derrotada. Assim o povo de Atenas,
arriscando-se ao suicídio nacional, trouxe o triunfo a sua
causa.
Admiramos as pessoas que
arriscam a vida pelo que consideram uma causa justa. Paulo e
Barnabé eram homens assim. Foram repetidamente expulsos das
cidades da Ásia. Todavia, recusaram-se a render-se às forças
do mal. Crendo que Jesus era o Filho de Deus, pregavam
corajosamente o Evangelho. Arriscaram a vida para o
avançamento do reino.
CICATRIZES
DE VITÓRIA
Gál. 6:17
Uma noite, Lilani Daka, de
Masaca, Rodésia do Norte, foi despertado pelos gritos de uma
mulher, de mistura com o rugido de um leão. Apanhando a
espingarda, Daka precipitou-se para uma cabana vizinha, onde
uma mãe aterrorizada se via em face de um leão adulto, que
tentava apresar-lhe a filhinha de dois anos. Daka ergueu a
espingarda e puxou o gatilho. Nada aconteceu. A arma não
estava carregada. Daka saltou nas costas do leão e moeu-lhe
as costelas com os punhos. O animal, a rosnar, procurou
comê-lo.
Mas então o filho de Daka,
atraído pelo alarido, chegou à cena e viu o pai lutando com
o leão. O pai gritou ao filho, pedindo-lhe que trouxesse
munição. O rapaz apanhou a espingarda vazia, correu a buscar
alguns cartuchos, e dentro de momentos estava de volta.
O pai tinha o braço, o ombro e
a perna a sangrarem, mas agarrava-se ainda à cauda do leão,
a fim de conservá-lo afastado da criança e de sua mãe. O
jovem atirou, e o animal selvagem rolou sem vida. Daka
sobreviveu, mas levará sempre consigo as cicatrizes que
falam de sua luta e da heróica ação que praticou.
FIEL AO
DEVER
Luc. 2:49
As palavras de Roberto E. Lee
estão inscritas sob seu busto no Salão da Fama, da
Universidade de Nova York: "Dever, portanto, é a mais
sublime palavra de nossa língua. Cumpre o teu dever em tudo.
Não podes fazer mais. Não deves nunca desejar fazer menos."
Durante a guerra coreana
Ricardo Applegate, correspondente da "United Press", contou
que chegara ao pé de um jovem soldado americano logo depois
de ele haver perdido os dois olhos por um tiro. Ele chorava.
Applegate procurou confortá-lo, dizendo-lhe que estava bem.
– Não estou bem – respondeu o
soldado cego, enxugando o sangue que lhe escorria do rosto
com a tisnada manga da camisa. – Esperava-se que eu
protegesse o pelotão com meu rifle automático, e eu
escolhera um local elevado, de onde podia ver quase cada
palmo do caminho que o pelotão ia seguindo. Vi, então, a
emboscada. Eu os vi começarem a atirar sobre nós. Era para
isso que eu ali estava, e tinha perfeita mira sobre eles.
Mas, por assim dizer, no instante em que comecei a atirar,
alguma coisa me feriu... Que irão dizer de mim os camaradas?
O único rifle que havia para os proteger, e eu não podia ver
para o detonar. Sinto-me inútil!"
Poucos momentos depois o jovem
soldado morria. Mas que raro senso de responsabilidade
possuía ele nesta geração em que os desejos e sentimentos
pessoais tomam com freqüência a prioridade sobre o dever!
"A maior necessidade do mundo
é a de homens – homens cuja consciência seja tão fiel ao
dever como a bússola o é ao pólo." – Educação,
p. 57.
UMA DO
CORNETEIRO DE PIRAJÁ
Depois da proclamação da
Independência o General Madeira de Meio continuou combatendo
os patriotas baianos, que mal resistiam aos portugueses bem
armados e mais numerosos. O comandante brasileiro Barros
Falcão, reconhecendo a inutilidade do sacrifício de centenas
de vidas, depois duma batalha árdua de muitas horas,
finalmente ordenou "tocar a retirada".
O corneteiro Luiz Lopes não se
move. "Toque a retirada", grita o oficial furioso. Ouçam! um
som enche o ar! Mas não é o toque de retirada. Enlouquecera
o corneteiro? Pois, o que todos ouvem, com espanto, é o
sinal: "Avançar, cavalaria, e degolar."
Nas fileiras dos portugueses
reina a confusão, o pânico, a debandada louca. Fugiram todos
duma cavalaria que não existia, fugiram por cauda daquele
toque de corneta que valeu mais do que a canhonada
barulhenta duma luta sangrenta de horas.
Quem não passou ainda por
horas de derrota ouvindo a voz do diabo: "Desista da luta,
toque a retirada, as tentações não podem ser vencidas!"?
Aprendamos a pedir socorro ao nosso Deus, que se chama o
"Senhor dos Exércitos". Parecerá ao mundo uma loucura, mas
para aqueles que crêem é uma realidade, e para eles a Sua
promessa vale ainda: "Tudo é vosso". (l Coríntios 3:19-23) –
Brado de Guerra.
"MODO
ASSOMBROSAMENTE MARAVILHOSO"
Um dos grandes sucessos na
História Americana que ilustram o "modo assombrosamente
maravilhoso" por que somos feitos e as faculdades latentes
da mente humana, é a história de George Washington Carver.
Ele nasceu em 1864, como escravo. Sua mãe morreu logo após o
seu nascimento. Cresceu num meio de estranhas circunstâncias
e teve que travar uma tremenda luta para educar-se. Não
obstante logrou graduar-se em 1894, em ciências, e mais
tarde em curso ainda mais avançado. Era devoto crente em
Deus e reconhecia a sabedoria e poder de Deus na criação de
todas as coisas da Terra. Uma de suas próprias histórias
ilustra sua fé pessoal.
"Perguntei ao Grande Criador
como foi feito o Universo, e para quê."
– Pergunte algo menos complexo
para a sua pequena mente – respondeu Ele.
– E a respeito do homem?
– Homenzinho, você ainda quer
saber muito. Diminua a extensão da pergunta e melhore o seu
objetivo.
"Então eu disse ao Criador que
desejava saber a respeito do amendoim. Eu queria saber tudo
a respeito do amendoim, mas Ele respondeu que minha mente
era demasiado pequena para saber tudo, acerca do amendoim,
mas me daria uma mão cheia dessa pequena oleaginosa. Levei
os amendoins para o meu laboratório e o Criador me ordenou
que os tomasse e estudasse os seus elementos."
Os resultados dos experimentos
de Carver têm ajudado grandemente nossa civilização. Henry
Ford ofereceu-lhe 100 mil dólares para que juntasse seu
departamento de pesquisa ao da companhia Ford. Carver não
aceitou, preferindo permanecer em sua amada escola onde era
o professor de menor salário. Durante a Segunda Guerra
Mundial e antes de 1943, quando morreu, foi a Washington, a
convite, onde revelou ao governo os 300 diferentes usos
comerciais do amendoim.
O AMOR
SUPREMO
João 3:16
Durante a guerra civil na
Espanha, de 1936-1939, um velho forte em Toledo, nesse país,
foi mantido sob constante bombardeio pelos comunistas –
denominados forças lealistas. Por 72 dias continuou
esse bombardeio. O general que comandava o forte estava
decidido a conservá-lo, mesmo em face de desigualdades que
pareciam tornar isto impossível.
Hoje o forte ainda existe,
monumento da luta heróica ali ocorrida. Há no interior desse
forte uma capelinha em cuja parede se vê uma placa onde foi
cravada a comovente história do sacrifício exigido para
manter o forte. Durante a guerra, o inimigo aprisionou o
filho do general.
Vendo nisto uma oportunidade
de forçar o velho militar a entregar aquela fortaleza,
telefonaram ao pai. "É preciso que entregue a fortaleza",
exigiram. "Temos em nosso poder seu filho." E a fim de
provar que isto não era truque, puseram o rapaz ao fone.
"Pai, eles me dizem que, a
menos que o senhor entregue o forte, me matarão."
Houve um prolongado silêncio
na extremidade da linha onde estava o pai, enquanto ele
lutava consigo mesmo. Sacrificaria ele os interesses de seu
país por causa de seu profundo amor por seu filho?
Finalmente, vieram as
angustiosas palavras: "Meu filho, entregue sua alma a Deus.
Grite Viva a Espanha!, e morre como um patriota.
Adeus, meu filho." "Adeus, meu pai."
O general dirigiu-se então
para a parte posterior da fortaleza e ajoelhou-se em oração.
Enquanto as lágrimas lhe corriam por entre os dedos, ouviu o
tiro ao pé do monte – o tiro que lhe tirava a vida ao filho.
Por amor de seu país, esse general patriota fez o terrível
sacrifício de dar o próprio filho.
Maravilhosa como seja, esta
ilustração do amor pela pátria não nos transmite ao espírito
senão uma fraca idéia do grande sacrifício que Deus fez em
nosso favor. Para que nós não perecêssemos, mas tivéssemos a
vida eterna, Deus "nem mesmo a Seu próprio Filho poupou,
antes O entregou por todos nós". Rom. 8:32. Não requer esse
sacrifício uma inteira correspondência de nossa parte? Que
podemos nós dizer, senão: "Pai, eis minha vida. Usa-a para
glória Tua"?
"VITORIOSO, E PARA VENCER"
Apoc. 6:2
As conquistas do cristianismo
têm sido alcançadas graças à lealdade e sacrifícios dos
filhos de Deus. Esta guerra santa tem representado morte
para muitos fiéis. Alguns dos que queimaram os mártires eram
tão sinceros como os próprios mártires. Muitas vezes sua
morte serviu para mostrar aos perseguidores o que era o
verdadeiro cristianismo.
Considerai a história de João
Huss. Em 1 de julho de 1416, quando Huss estava amarrado à
estaca para ser quebrado, uma humilde velhinha camponesa
chegou ao lugar da execução trazendo um pequeno feixe de
lenha. Ela o colocou junto com a outra lenha ao redor do
poste onde Huss estava amarrado. Ainda não contente, pediu
que o seu feixe fosse colocado bem pertinho da vítima para
ter a certeza de que isso iria ajudar a consumi-la.
– Fiz-lhe algum mal, ou a
algum dos seus, para que tenha ódio contra mim?
– Oh, não, – respondeu ela –
mas sois um herege. A lenha é escassa este ano, e dizem que
o inverno vai ser rigoroso. Talvez até eu fique doente por
falta dessa lenha, mas eu deixaria de prestar um serviço a
Deus se não colaborasse para extirpar da Terra um herege.
Assim, faço o sacrifício.
"Oh, santa ignorância!" o
mártir exclamou. E tomando o feixe colocou-o bem junto a si,
dizendo: "Talvez seja ele um meio de graça para nós ambos!"
ENVIADO
PARA SALVAR
João 17:18
A cerca de 50 Kms para além da
entrada da Baía de São Francisco, João Napoli se achava
pescando salmão a 25 de agosto de 1950. Cedo, à tarde, ele
apanhara peixes no valor aproximado de 3.000 dólares.
Dirigiu seu pequeno bote de volta ao lar, indo devagar por
causa da densa cerração. A uns 3 Kms da Baía de São
Francisco, notou de repente que a água ao seu redor estava
coalhada de pessoas lutando para não se afogarem.
Essas almas desesperadas eram
do navio-hospital da Marinha dos Estados Unidos, Benevolence,
que acabava de ir a pique depois de haver sido abalroado por
outro navio.
Ali, sob a superfície da água,
João Napoli podia ver a enorme Cruz Vermelha no flanco do
navio. Erguendo-se a cerração, viu 500 pessoas que se
debatiam em torno, no oceano. Posteriormente, ele escreveu:
"Meus olhos encheram-se de lágrimas, e Deus me disse: 'Agora
você as viu; mãos ao trabalho'."
Esquecendo-se de si mesmo,
esse pequeno pescador pôs o melhor de suas energias na
tarefa. Uma a uma ele puxou para seu pequeno bote as
criaturas prestes a se afogarem. Depois, para dar espaço
para mais, começou a atirar suas preciosas caixas de peixe
ao mar. Por fim todos os seus 3.000 dólares em pescados
foram devolvidos às profundezas do oceano.
Os músculos de Napoli doíam;
como que se lhe partiam as costas. "Ó Deus", exclamou ele,
"dá-me forças para puxar estas pessoas para o barco!" E Deus
lhe deu forças. Naquele dia esse solitário pescador puxou 70
pessoas para a segurança em sua pequena embarcação.
A obra de João Napoli foi
salvar almas que se afogavam de um sepulcro líquido. A nossa
é a tarefa infinitamente maior de salvar pecadores das
profundezas do pecado.
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