HONESTIDADE
Num pequeno armazém rural em
Illinois havia um jovem rústico, alto e feio, servindo como
caixeiro. Certo dia entrou na venda uma senhora idosa a fim
de fazer algumas compras, Ela entregou uma nota e ele
recebeu seu dinheiro, devolvendo o troco. Naquela noite, ao
fechar o livro caixa verificou que havia alguns centavos a
mais. Passou em revista, mentalmente, todas as vendas feitas
no dia e lembrou-se do troco que dera à senhora idosa pela
manhã. Deixara de dar-lhe a quantia exata. Aqueles poucos
centavos pertenciam a ela. Pôs o chapéu na cabeça, fechou o
armazém, e andou vários quilômetros a pé para devolver os
centavos à cliente. Aquele jovem rústico era Abraão Lincoln
que, como se sabe, tornou-se mais tarde Presidente dos
Estados Unidos. – Seleto.
O HALL
DA FAMA
A inscrição sob o busto de
Booker T. Washington no Hall da Fama contém estas dez
palavras de sabedoria viva: "Vivemos pelo que obtemos, mas
fazemos viver pelo que damos." Ninguém poderia expressar
melhor a grande lição da experiência humana de que nenhuma
pessoa é honrada pelo que recebe, mas honra é a sua
recompensa pelo que dá. – Seleto.
A
RECOMPENSA
Um pobre rapaz se dirigia à
casa do tio a fim de lhe pedir auxilio para sua mãe doente e
seus irmãos. No caminho o jovem achou uma carteira com 50
dólares. O tio recusou dar auxílio, e o jovem voltou para
casa, onde contou a sua mãe sobre o achado da carteira.
Sentia que não seria direito usar aquele dinheiro. A mãe
concordou com sua decisão. Assim, anunciaram a carteira e o
dono apareceu. Era um homem rico o dono da carteira, e ao
ouvir a história da família ofereceu o dinheiro e tomou o
rapaz a seu serviço. E este rapaz tornou-se um dos mais bem
sucedidos comerciantes de Ohio.
A honestidade sempre traz a
sua recompensa, quando não ao bolso, pelo menos ao espírito.
A paz de espírito é a maior riqueza que uma carteira
recheada!
A MOEDA
DE OURO
Uma tarde, assentado sobre uma
pedra, à beira do caminho, um pobre trabalhador esperava a
volta de seu filho, que fora à aldeia próxima comprar um
pouco de pão. A criança voltou, e quando o pai com a sua
faca cortou o pão em pedaços, caiu de dentro uma moeda de
ouro. O menino soltou um grito de alegria e, apanhando a
moeda, exclamou:
– Papai, o senhor não terá
mais necessidade de trabalhar tanto, porque agora temos
dinheiro bastante para viver alguns dias.
– Meu filho, – respondeu o
pobre homem – é bem possível que esse ouro tenha caído do
bolso do padeiro quando amassava o pão; devemos restituí-lo.
– Mas, papai, – tornou o
menino – se ninguém sabe, por que não podemos guardá-lo?
– Meu filho, eu comprei o pão
e não o dinheiro que estava dentro dele, é por isso que ele
não nos pertence. Se ninguém sabe, Deus vê tudo, não ignora
e nos ordena restituí-lo. Se não somos ricos devemos ser
honrados.
Dito isto, o pai pegou a moeda
e foi entregá-la ao padeiro.
– Você é um homem honesto,
pode guardar o dinheiro – respondeu-lhe este. – Esta moeda
uma pessoa me deu há poucos dias e me encarregou de dá-la ao
pobre mais honesto que eu conhecesse. É por isso que ela
pertence a você.
O menino, então, abraçou o
pai, dizendo-lhe:
– Nunca me esquecerei, papai,
do que o senhor me disse: "É melhor ser pobre e honesto do
que rico e desonesto."– O Juvenil.
VERACIDADE
Abdood Rander, natural da
Pérsia, decidiu em sua juventude abraçar a vida de monge.
No momento em que ia
separar-se de sua mãe, ela tomou oitenta cequins, deu-lhe
quarenta, que devia compor toda a sua riqueza, e reservou o
resto para seu irmão.
– Quando minha mãe me entregou
esse dinheiro – conta o autor persa – ela me fez jurar que
jamais diria uma mentira, e exclamou:
– Vá, meu filho, eu o entrego
a Deus, não nos veremos mais, senão no dia do julgamento.
Nada nos aconteceu de notável
até Hamadã, onde nossa caravana foi saqueada por 60
cavaleiros. Um deles me perguntou o que possuía.
– Quarenta cequins, respondi.
Estão debaixo de minha roupa. O homem se pôs a rir, crendo
que eu quisesse diverti-lo.
– Quanto dinheiro você tem?
perguntou-me outro cavaleiro. Dei-lhe a mesma resposta.
Quando eles começaram a
repartir a presa, fui chamado a um lugar elevado, onde
estava o chefe.
– Que possui você, meu amigo?
– ele me perguntou.
– Já disse a vários de seus
servos que tenho 40 cequins, cuidadosamente costurados
dentro de minhas roupas.
Ele ordenou que me revistassem
e achou meu dinheiro. Exclamou então com ar surpreso:
– Por que declarou tão
abertamente um tesouro bem guardado?
– Porque não quero desobedecer
a minha mãe, a quem prometi jamais faltar à verdade.
– Criança, disse o ladrão,
como é possível que se sinta tão bem, nessa idade, o que
deve a sua mãe, e eu, que já atingi uma idade avançada,
sinta tão pouco o que devo a meu Deus? Dê-me a sua mão,
continuou ele, a fim de que eu jure sobre ela regenerar-me.
O malfeitor pronunciou um
sermão solene. Seus asseclas, que pareciam tão comovidos
quanto ele, disseram:
– O senhor tem sido nosso guia
na senda do crime, seja também nosso guia no caminho da
virtude.
Ele ordenou-lhes que nos fosse
devolvido imediatamente tudo que haviam apreendido, e todos
juraram, sobre minha cabeça, se arrependerem e se
regenerarem. Únitas.
HONESTIDADE
Uma senhora idosa,
inteiramente consagrada ao serviço do Senhor, é pobre em
bens deste mundo, porém rica nas coisas espirituais. É
apenas uma lavadeira, mas se levanta cedo e trabalha até
tarde da noite a fim de poder dar tempo para o serviço do
Senhor, visitando e ganhando almas para seu Mestre.
Às vezes ela é contratada por
uma família abastada para cuidar da casa durante as férias.
Certo dia a senhora observou:
– Sra. Jones, não creio muito
na doutrina da santidade que a senhora professa e de que
tanto gosta de falar.
– Bem, disse a idosa cristã, a
senhora sabe, patroa, que antes de eu ser admitida ao seu
serviço a senhora costumava levar tudo que havia de valor
aqui para um lugar seguro, mas desde que fui encarregada de
tomar conta de sua casa na sua ausência, a senhora tem
deixado suas coisas mais valiosas aos meus cuidados. –
Seleto.
APROXIMANDO-NOS DE DEUS
Faz muitos anos um humilde
menino – filho de um limpador de chaminés – foi empregado
por uma nobre senhora, a fim de limpar a chaminé de sua
residência. Estando num dos aposentos da casa, e supondo que
ninguém o estava observando, pôs-se a admirar tudo que havia
de maravilhoso nesse belo aposento. Viu um relógio de ouro,
ricamente cravejado de diamantes, o que muito lhe cativou a
atenção. Ele o tomou nas mãos para melhor admirá-lo.
Imediatamente sentiu uma
incoercível vontade de possuí-lo. Pensou: "Ah, se eu tivesse
um igual!" Então, depois de uma pausa disse consigo mesmo:
"Mas se o levo, serei um ladrão. Mas ninguém me vê. Ninguém?
Deus que está presente em toda parte, não me vê? Como
poderia eu Lhe dirigir minhas orações depois de haver
cometido este roubo? Como eu morreria em paz?"
Assaltado por todos esses
pensamentos, disse a si mesmo: "Não! Prefiro ser pobre a ter
minha consciência sem paz." E depositou o relógio no seu
lugar. Depois voltou tranqüilamente ao seu trabalho na
limpeza da chaminé.
A condessa, que durante todo o
tempo estivera num quarto contíguo e ouvira o solilóquio do
rapaz, mandou chamá-lo no dia seguinte, e perguntou-lhe:
"Por que você não levou ontem o relógio?" Ao ouvir mencionar
o relógio, o menino caiu de joelhos, atônito.
A senhora continuou:
"Eu ouvi tudo o que você
disse, e dou graças a Deus por Ele o haver capacitado a
resistir a esta tentação. De hoje em diante tomo você a meu
serviço, e providencio para que tenha uma boa educação."
O rapaz caiu em pranto. Estava
ansioso por expressar sua gratidão, mas não podia falar. A
condessa cumpriu fielmente sua promessa, e teve o prazer de
vê-lo crescer como um homem pio e inteligente.
COMO UM
MENINO SALVOU SEU DINHEIRO
Conta-se a história de um
menino muito pobre. Um dia sua mãe lhe disse que fosse a uma
grande cidade para trabalhar. Tomando a economia de longos
anos coseu-a entre o forro e a fazenda do paletó. Dava-lhe
esse dinheiro para que tivesse com que começar a vida.
Admoestou-o que tivesse cuidado com os ladrões quando
atravessasse o deserto, e ao se despedir dele, disse: "Meu
filho, tenho somente duas palavras para lhe dizer: Tema a
Deus e nunca diga uma mentira."
O menino partiu e antes de
anoitecer avistou brilhando ao longe as torres da grande
cidade. Mas entre ele e a cidade, viu uma nuvem de pó, que
se aproximava mais e mais. Logo percebeu que era um bando de
ladrões. Um dos ladrões aproximando-se do menino disse:
"Menino, o você que leva?" E recebeu a seguinte resposta:
"Tenho 40 moedas de ouro costuradas no meu paletó."
O ladrão riu e voltou para
onde estavam os outros. Outro ladrão veio e perguntou:
"Menino, o que você leva?" "Quarenta moedas de ouro
costuradas no meu paletó." O ladrão dirigindo-se para onde
estavam seus companheiros disse: "Este menino é um bobo."
Logo o capitão dos ladrões
veio e repetiu a mesma pergunta e recebeu a mesma resposta.
Descendo do cavalo apalpou o menino e achou algo redondo e
contou, um, dois, três, até quarenta moedas. Olhando nos
olhos do menino disse: "Por que você me contou que levava
este dinheiro?" Ele disse: "Por causa de Deus e da minha
mãe."
O capitão ficou pensativo e
depois de um momento disse: "Espera um instante." Montando a
cavalo foi ter com seus companheiros, e cinco minutos depois
voltou com outra roupa. Já não parecia um ladrão mas sim um
homem digno. Tomando o menino consigo no cavalo, disse:
"Meu garoto, por muito tempo
tenho desejado fazer algo digno de Deus e de minha mãe, e
desde agora renuncio minha vida de bandido. Sou um
negociante. Tenho uma grande casa na cidade.
"Quero agora que você venha
comigo para que você me ensine acerca do seu Deus. Um dia
você será rico e você poderá trazer sua mãe e morar
conosco."
Tudo isto aconteceu porque ele
buscou primeiro o reino de Deus e a sua justiça. –
Prof. Drumond.
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