MÃE
A COISA
MAIS BELA DO MUNDO
No ano passado, achava-me
sentado uma noite em um acampamento com um grupo de meninos
e adolescentes. Rodeávamos uma fogueira. As chamas
vacilantes, afugentavam ao derredor de si as sombras da
noite, iluminando um mundo de mistério e promessas nas
fisionomias ávidas do grupo. Os contos e histórias relatados
haviam contribuído para dar um curso de seriedade aos nossos
pensamentos. Daí começamos a considerar o seguinte tema: "A
coisa mais bela do mundo".
Quais eram algumas das mais
belas coisas que haviam visto, ouvido ou lido? Quanto
desejaria que vocês tivessem estado comigo para lerem nesses
corações juvenis! Um amava a rosa silvestre que vive à beira
do caminho; outro falou da beleza do pôr-do-sol sobre o mar.
Um rapaz, nascido na Noruega, falou dos profundos fiordes
azuis em que se refletem imponentes alcantis; uma pequena
que havia estado na montanha descreveu o esplendor de seus
panoramas. Alguns falaram dos bosques, outros das nuvens,
outros das águias que habitam as alturas e das maravilhosas
cores do colibri. Um gostava da forma robusta do seu cavalo
e vários referiram-se carinhosamente a seus cães. Era bem
patente que achavam a beleza onde quer que se achasse o seu
amor.
Logo, porém, ergueu-se um
enérgico rapazinho de doze anos, dizendo: "Os outros falaram
das flores, do pôr-do-sol, das montanhas e de outras coisas
assim. Mas penso que a coisa mais bela do mundo é o "sorriso
de minha mãe". – Arthur Spalding.
JUSTA
HOMENAGEM
Certo jovem estava para
diplomar-se em Direito, com distinção. No dia da formatura,
o salão nobre da universidade regurgitava de pessoas da alta
sociedade. Bem na frente estava uma cadeira vaga destinada à
mãe do jovem que tirara o primeiro lugar na sua turma e que
ia ser premiado com uma medalha de ouro. Antes do início da
colação de grau, a cadeira vaga foi ocupada por uma senhora
de idade, cuja aparência e vestes despertaram nos presentes
sorrisos e críticas.
Chamado o nome do nosso herói,
defendeu brilhantemente a sua tese. Logo após, o reitor da
universidade, encaminhando-se para o jovem, pronunciou
algumas palavras de elogio e colocou-lhe no peito a medalha
de ouro concedida pela universidade. A assistência aplaudiu
fartamente este ato. Serenados os aplausos, o jovem pediu a
palavra ao reitor e disse:
"Senhores, tudo que tenho, sou
e alcancei, devo a esta velhinha (apontando para sua mãe que
estava assentada na frente). Portanto, Sr. Reitor, peço
permissão para colocar esta medalha no peito de minha velha
mãe, que é quem a merece, pois tanto se sacrificou por mim!"
Na assistência, muitos que
antes zombavam daquela velha, agora, com olhos
lacrimejantes, curvavam-se em reverência e respeito àquela
heroína.
Filhos, não poupem sacrifícios
por seus pais enquanto estão vivos! Não deixem para fazê-lo
depois de se acharem no túmulo.
UMA BOA
MÃE
Prov.
31:10, 11, 15, 18, 27 e 28.
Há um quadro muito conhecido
que retrata a mãe de Jesus sendo conduzida brandamente da
terrível cena onde seu Filho foi pregado à cruz. Tem o
coração quebrantado, dilacerado pela cena de que fora
testemunha, porém, no seu semblante uma estranha luz
refulge, sugerindo fé.
O pintor acrescentou um
particular, não sugerido nas Escrituras. Na sua mão colocou
a coroa de espinhos que estivera na fronte de Jesus, como se
instintivamente a tivesse tirado da cabeça dEle. Uma boa mãe
não faria isto? Sim, é sempre a mãe que tira os espinhos,
acariciando docemente a fronte febril, enxugando as
lágrimas, pensando as feridas, proferindo palavras de
conforto. – Keith L. Brooks.
BEM
INTENCIONADO...
Existe uma fábula antiga que
trata de um elefante que sempre era muito bem intencionado.
Sempre procurava alguma oportunidade de fazer o bem. Um dia,
por descuido, pisou num ninho de perdiz e matou a mãe que
chocava os ovos. "Ai!" disse ele, "matei a mãe. Agora
preciso eu chocar os ovos!" Assentou-se então sobre os ovos,
mas o seu peso esmagou-os todos.
Depois viu uma mãe ninar seu
filhinho, no jardim. Adormecido o pequeno, a mãe entrou para
dentro de casa. Logo, porém, o pequeno acordou. "Eu vou
ninar aquela criança, e fazê-la adormecer", pensou o
elefante bem intencionado. Fez, porém, tão grande barulho
que a pequena gritou de medo e a mãe teve de acorrer para
acalmá-la.
O elefante foi um pouco
adiante e viu uma senhora de certa idade subindo lentamente
os degraus de uma escada. Pensou em ajudá-la, e bem de
mansinho se aproximou dela, mas a senhora se assustou de tal
modo que correu muitos quilômetros sem parar.
Afinal alguém matou o elefante
e pôs na sepultura o epitáfio: "Ele era bem intencionado".
Nós rimos desse elefante, que
era bem intencionado, mas às vezes procedemos do mesmo modo.
UMA DOCE
LEMBRANÇA
Êxo. 20:12
Havia um jovem que tinha sobre
si as cargas e responsabilidades do lar, sendo o filho único
de um pobre inválido. Certa vez, esse jovem pediu ao pai uma
pequena gentileza e quando mais tarde procurou a satisfação
do que pedira, o velho homem, já muito cansado e com a
memória falha, disse que sentia bastante confessar que se
havia esquecido.
Aquele rapaz, delicada e
cortesmente, fez transparecer que nada havia de importância
e se dirigiu à cocheira a fim de atender a pequenas coisas
que deveriam ser satisfeitas, quando o pai o chama e diz:
"Oh! meu filho, Deus o abençoe. Você nunca poderá saber que
conforto me oferece. Você é muito fiel ao dever."
Ao voltar do trabalho o filho
carinhoso encontra o pai morto. Mas ainda que dilacerado
pela dor terrível da separação, acha um bálsamo na sua mais
doce lembrança: "Oh! meu filho, Deus o abençoe." -
E.J. Stobo.
QUEM ERA
O CULPADO?
Prov. 22:6
Achava-se perante o tribunal
de menores um menino acusado de um crime que revoltara a
comunidade e trouxera tristeza e miséria a seus pais.
– Onde você concebeu a idéia
de praticar semelhante ação? – perguntou o juiz.
– Eu a li – foi a resposta.
O juiz hesitou um momento,
depois, dirigindo-se ao pai do menino, procurou saber se ele
alguma vez examinou a literatura que o seu filho estava
lendo. O homem, perguntado inesperadamente, respondeu que
nunca lhe ocorrera tal idéia. Quem teve então a culpa do
crime?
Vocês compreendem a tremenda
influência que tem sobre a construção do caráter essa
leitura barata que chega às mãos dos meninos? Você está
seriamente procurando guiar seus filhos para uma literatura
que sabeis há de criar atitudes puras, limpas e saudáveis?
Nunca se coloquem na situação
do pai que teve de reconhecer a sua negligência e descuido
pela educação moral do próprio filho.
– O Expositor.
DEVOTAMENTO
Gên. 7:7
Conta-se que o imperador
Conrado II, no assédio a uma cidade da Alemanha, contrariado
por ver que os habitantes recusavam render-se, jurou
exterminá-los. A praça foi logo tomada, e Conrado, firme na
sua resolução, dispõe-se a cumprir seu juramento.
Todavia, por um gesto de
humanidade, permitiu às mulheres saírem da cidade antes do
massacre e levarem consigo tudo que possuíam de mais
precioso. Qual, porém, não foi sua admiração quando as viu
passar na sua frente, umas com seus esposos e pais, outras
com irmãos e filhos.
É assim que uma filha, uma
esposa, uma mãe verdadeiramente cristã deve esforçar-se para
sair deste mundo e aparecer um dia diante de Deus. Como
aquelas heroínas que apareceram diante do imperador levando
consigo as pessoas que mais amavam, assim as esposas cristãs
devem levar sobre as asas da sua caridade as almas destes
seres tão caros – esposos, filhos, pais – cuja salvação
devem procurar a todo o preço, e com todo o sacrifício. –
Lição dos Fatos.
A AUDÁCIA
DO AMOR
Quando Napoleão, com seu
exército invasor, estava em Boulogne, um soldado inglês, que
fora capturado, procurou escapar em um bote que havia feito
com uns pedaços de madeira e umas cascas de árvore. O
primeiro cônsul, tendo recebido notícias de seu projeto,
mandou chamá-lo. Perguntou-lhe se realmente pensava em
atravessar o canal com um bote tão frágil.
– Sim senhor, se me permite
ir.
– Você deve ter uma noiva do
outro lado do canal, disse Napoleão.
– Não, – disse o jovem – só
quero ver minha mãe que está bastante velha e se encontra
enferma.
– Então, pode ir vê-la, e, de
minha parte, entregue-lhe este dinheiro, – disse Napoleão –
porque ela deve ser uma boa mãe, pois tem um filho que a ama
tanto.
As ordens foram dadas para
mandarem o soldado com uma bandeira de paz ao primeiro
cruzador inglês que passara bastante perto para recebê-lo.
Napoleão orgulhava-se ao
declarar sua dedicação e amor por sua valorosa mãe. Será
difícil encontrar um homem nobre e eminente que não tenha
manifestado o mesmo espírito. – James Hamilton.
UM DIA
PARA A MÃE
Dia das Mães! É um dia não
somente de cálidos sentimentos de família, mas um dia de
fortes sugestões espirituais, pois a Palavra de Deus exalta
o amor materno como o mais elevado na dedicação humana, a
mais alta expressão terrestre do divino amor.
A idéia do Dia das Mães
originou-se com Ana Jarvis, de Filadélfia, em 1908. A 10 de
maio daquele ano, ela arranjou uma reunião especial a ser
efetuada na igreja da terra de sua mãe, em Graviton,
Virgínia. Nesse serviço, a que ela assistiu, toda a
congregação usou cravos brancos. A idéia de honrar a Mãe
atraiu prontamente a imaginação do povo de toda a América, e
em 1914 o presidente Woodrow Wilson designou o segundo
domingo de maio para o Dia das Mães. Pediu ao povo que
desfraldasse a bandeira nacional "como uma pública expressão
de nosso amor e reverência para com as mães de nosso país".
É um privilégio dispensar
honra especial à mãe no Dia das Mães, pois quem a não ser
ela encerra no coração tantas preocupações secretas? Que
outro ser sente tão vivamente os cruéis espinhos quando seus
inocentes filhinhos são intencionalmente passados por alto?
Quem senão ela se esforça tão fielmente por incutir no
coração dos filhos a reverência para com Deus e o respeito
por sua santa lei?
Através dos séculos têm sido
feitos vários esforços para manifestar o devido
reconhecimento ao papel vital desempenhado pelas mães na
sociedade e no lar.
Diz velho provérbio espanhol:
"Uma onça de mãe vale por unta libra de clero."
E Abraão Lincoln disse uma
vez: "Tudo quanto sou ou espero ser devo a minha angélica
mãe."
Mais eficaz que as palavras,
porém é o tributo de uma existência em que se reproduzem o
amor, a compaixão, o cuidado, os nobres princípios, a
abnegação e os sacrifícios tão característicos das mães. O
Dia das Mães nos deve dar nova apreciação, não só de nossas
próprias mães, mas também de Deus, pois todo bom traço que
nelas vemos não é senão uma miniatura dessas qualidades tais
quais existem em nosso amorável Pai celeste. As mães podem
às vezes falhar, esquecer, decepcionar. Deus, nunca.
Honremos pois a Deus especialmente neste dia. Foi Ele que
nos deu as mães!
AS JÓIAS
DE UMA MÃE
Cornélia, mãe dos Gracos, foi
um dia visitar uma sua vizinha e amiga. Esta pôs-se a
mostrar-lhe com grande ostentação o que possuía de mais caro
e precioso no mundo, isto é, os diamantes e adereços com que
se enfeitava. Depois, retribuindo a visita, pediu a Cornélia
que por sua vez lhe mostrasse suas jóias e objetos de mais
valor,
A filha do grande Sipião
Africano, acede ao pedido da amiga; uma porta logo se abre,
dois fortes garotos aparecem:
– Eis, diz a senhora, eis as
minhas jóias, os meus mais preciosos ornamentos.
Que lição! Ah! se todas as
mães soubessem conservá-la! Se imitassem sempre aquela
matrona, que em seus filhos via tudo de mais precioso e
amado!... – Lição dos Fatos.
A
INFLUÊNCIA DUMA MÃE
Ao ser conduzido ao pátio onde
devia ser executado, dois reverendos se aproximaram de
Paulino Scarfo, instando para que se confessasse. Um deles
lhe disse:
– Não se sente você
arrependido de haver intervindo em tantos crimes?
– Não, – respondeu – porque o
fiz por uma convicção ideológica.
– Sente, então, prazer em
matar?
– Matei para viver.
Necessitávamos de muito dinheiro para viver como
desejávamos.
– Que razão ou causa o levou
ao delito?
E o condenado responde nestas
palavras:
"A razão ou causa,
sinceramente não sei. Minha mãe era uma boa mulher. Cria em
Deus e rogou insistentemente uma vez para que o
Todo-Poderoso curasse ao filho muito doente. Apesar do
pranto, da fé e dos sacrifícios de minha mãe, meu irmão
morreu. Desde então minha mãe não creu em Deus. Meu pai era
anarquista. Freqüentava os centros de idéias adiantadas e
então contava em casa os debates e elogiava a ideologia que
seus companheiros defendiam. Fui crescendo nesse ambiente.
Aos 17 anos eu era mais anarquista que meu pai." –
Jornal.
IMPIEDADE
César defendia-se com energia
dos punhais dos senadores; mas, vendo seu próprio filho
levantar o braço para o ferir, cobre com as mãos o rosto, e
na mais pungente e inexprimível desolação, exclama: "Tu,
também, Bruto?!"
Monstruosa ingratidão! Todas
as gerações terão sentimento de piedade por aquele pai e
jamais cessarão de estigmatizar tão desventurado filho. –
Lição dos Fatos.
ADMIRÁVEL
EXEMPLO DE DEDICAÇÃO E AMOR MATERNO
Ocorreu, no bairro local de
Matinho, unta cena verdadeiramente lamentável, que ainda
hoje continua a emocionar vivamente o espírito da população
de toda esta cidade e que se resume no seguinte:
Um filhinho da lavadeira Luiza
Moura da Rocha, de um ano de idade, brincando no quintal de
sua residência, vigiado por sua irmã, aproximou-se de um
poço sem parapeito, com dois metros de profundidade,
utilizado para depósito de cinzas. Distraída, a menina não
percebeu do perigo a que se expunha o seu irmão, que, num
momento, se precipitou no poço, afundando-se nas cinzas ali
depositadas pouco antes, as quais se conservavam ainda
quentes.
A mãe da criancinha ouvindo os
gritos de socorro dados por sua filha mais velha,
completamente desvairada, atira-se no poço, afunda-se também
nas cinzas quentes, mas retira de lá em deplorável estado o
seu pequeno filhinho, entregando-o à menina, em cujos braços
pouco depois, morria a inocente criança.
Luiza da Rocha, a mãe
abnegada, que tão belo exemplo deu de seu grande amor e de
sua infinita dedicação, acha-se desenganada pelos médicos,
sofrendo dores indescritíveis, em conseqüência dos muitos
ferimentos recebidos. – A Noite – Rio.
AMOR
PATERNO
Efés. 2:15
Um modesto colono chegou certo
dia à vila com sua carroça ligeira puxada por dois cavalos
fogosos. Parou em frente do Correio, onde desceu do veículo
e estava querendo amarrar as rédeas quando um vento levantou
no meio da rua um pedaço de papel, que em seu vôo passou por
baixo dos animais. Estes, assustados, dando um salto,
fugiram, enquanto o colono se esforçava por retê-los. Ele
chegou a cair e foi arrastado rua abaixo.
Finalmente os animais
tropeçaram e, quando caíram, infelizmente, bateram
pesadamente sobre o corpo do homem. Os transeuntes que
haviam presenciado essa cena excitante correram
imediatamente em seu auxílio. E quando o removeram de
debaixo dos animais, já estava moribundo. Perguntaram-lhe
por que tinha arriscado sua vida pelos cavalos e seu velho
carrinho. Ao exalar o último suspiro, lhes respondeu:
– Olhem na carroça.
Olharam nela e viram ali seu
filhinho tranqüilamente dormindo. Agora sabiam porque havia
sacrificado a sua vida. Valeu a pena fazê-lo?
Meus amigos, assim fez Jesus.
Ele Se pôs no caminho da humanidade e procurou deter aquele
que se esforçava por destruir a vida de muitos. Mas nos
salvou. Teve que sacrificar a Sua vida, uma vida sem
pecados. Merecemos este sacrifício? Certamente que sim,
senão não o teria feito. – Escolhido.
HENRY
GRADY E SUA MÃE
Henry Grady foi notável
redator de um periódico em Atlanta, Georgia. Era um dos
filhos mais queridos do Sul e exímio orador. Converteu-se
quando jovem e por algum tempo foi fiel a seus deveres como
cristão. Mas sua carreira trouxe-lhe tanta eminência que se
tornou negligente na vida espiritual sendo, como tantos
outros, levado pela corrente, ao receber os aplausos e
louvores do mundo.
Depois de haver ele
pronunciado um de seus melhores discursos, telegramas de
cumprimentos chegaram de Norte e Sul, Leste e Oeste. Antes
de sair da oficina de seu grande diário, disse a seus
sócios: "Não devem dizer aonde vou, pois tenho de ver mamãe.
Vou agora à noite e tendo que falar-lhe, voltarei amanhã." E
lá se foi ele ver sua mãe na humilde casinha em que morava.
Ao chegar, disse: "Mamãe todos
os aplausos, as honras, minha popularidade e fama não me
satisfazem o coração. Tenho me distanciado de Deus e agora
volto, mamãe, para rogar-lhe que me deixe ajoelhar junto da
senhora, descansar minha cabeça em seu colo e ser um menino
assim como quando estava aqui. Deixe-me agora fazer minha
prece como fiz quando pequenino. E então, quero que me
conduza a minha cama e depois ponha as almofadas e a colcha
e me cubra assim como fazia a seu filhinho.
"Depois, mãe querida,
incline-se sobre o seu filho e ore a Deus para que Ele me
ensine, ajude, e dirija assim como a senhora fazia quando eu
era uma criança."
Isto foi justamente o que se
deu naquela noite em que visitou sua mãe na humilde moradia.
Henry Grady ajoelhou-se aos pés de sua mãe e, como estava
acostumado na meninice, repetiu uma oração infantil. Depois
a mãe o levou ao leito, cobriu-o, inclinou-se sobre ele e
numa oração sincera recomendou-o ao Grande Salvador. Ao sair
beijou-o e o deixou sozinho. De manhã, Grady ao se levantar,
tendo a fisionomia radiante, disse-lhe:
– Fui um menino e entreguei-me
de todo a Jesus. Ele me encontrou e inundou de jaz meu pobre
coração. – George Truett.
UMA MÃE
BONITA
"Minha mamãe não é tão bonita
como era antes", disse um jovem ao seu amigo ao saírem de
casa. "Quando era jovem, foi chamada a mulher mais linda da
redondeza. Mas papai faleceu, depois o meu mano, e eu fiquei
muito doente.
"Ela teve que trabalhar e
erguer o peso da carga para poder me educar e me enviar a um
colégio. Ela fez tudo com que seus ombros se curvassem,
nascessem rugas no rosto, e branqueassem seus cabelos.
"Mas", e os olhos banharam-se
de lágrimas, e sua voz tremia enquanto falava, "mas, para
mim, é a mulher mais bonita em todo o mundo, porque cada
ruga em sua face faz-me lembrar a carga que suportou por
mim." – Christian Advocate.
AMAVA A
SUA MÃE
A seguinte história é cheia de
um interesse comovente:
Um papeleiro e sua mãe viviam
sós, dedicando muito amor um ao outro. Um dia a senhora veio
a falecer, e pela terna afeição que lhe tinha o filho, este
resolveu colocar na tumba um monumento em memória de seu
amor. A perda que sofrera fora irreparável.
Foi-lhe difícil conseguir uma
pedra de mármore, pois o lucro que recebia da venda dos
periódicos era muito pequeno. Mas o amor é poderoso.
Dirigiu-se a uma oficina e soube que uma laje de mármore
mais barata custava muito mais do que lhe era possível
pagar. Por fim o rapaz viu um pedaço de uma coluna quebrada
e, apesar de ser de elevado preço, ele a comprou.
No dia seguinte, levou o
pedaço de mármore em um carrinho até o cemitério e com
dificuldade conseguiu colocá-lo na posição desejada.
A pessoa que nos relata esta
história quis saber o que se passou com o mármore e o rapaz.
Dirigiu-se ao cemitério e então descreve o incidente:
"Aqui está", disse o guarda do
cemitério. E de fato ali estava em cima da sepultura. Logo o
reconheci: parecia-se com o que saíra da oficina, mas ao
aproximar-me notei o que o rapazinho havia feito. E lhes
direi, senhores, com franqueza, quando vi o mármore,
encheram-me os olhos de lágrimas e a princípio foi-me
impossível ler. O jovem havia procurado traçar as linhas bem
retas, e fizera todas as letras maiúsculas, porque julgava
que assim ficaria melhor. Copiei o que ele cinzelou no
mármore e aqui está:
"Minha mãe morreu na semana
passada. Era ela tudo o que eu possuía aqui." Aqui o jovem
terminou seu trabalho. Depois de pouco tempo voltei ao
guarda e perguntei-lhe se sabia algo mais a respeito do
rapazinho.
– Não muito – respondeu. – O
senhor não notou que há um sepulcro novo junto àquele em que
pôs o mármore? Ali jaz o jovem. Cada tarde, depois de vender
suas revistas, ele vinha para cá. Depois, não veio mais.
Então o pastor da igreja que ele freqüentava, veio até aqui
e deu ordem para abrir-lhe este sepulcro.
Morrera da maneira seguinte:
Um dia já tinha vendido todos os seus periódicos e vinha
correndo para continuar o seu trabalho, quando uns cavalos
soltos atravessaram a rua e lhe passaram por cima. Tinha nas
mãos uma lima pontiaguda com que fazia a inscrição no
mármore. Diz-se que, nos poucos dias que viveu, em nada
pensava a não ser no trabalho que estava fazendo. E sempre
dizia: "Não o terminei, mas ela sabe que procurei fazê-lo e
lhe direi porque há de estar me esperando", e morreu com
essas palavras nos lábios.
Os operários da oficina,
quando souberam do ocorrido, arrecadaram dinheiro, compraram
uma pedra de mármore e nela escreveram seu nome, o qual
haviam obtido do pastor, e abaixo do nome, o seguinte:
"Ele amava a sua mãe."
– J.W. Chapman.
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