PECADO
O
FLAUTISTA QUE NÃO TOCAVA
Há muitos anos atrás, na velha
China, viveu um homem que era membro da orquestra do
Imperador, embora não soubesse tocar uma nota sequer.
Obtivera esse lugar, de flautista por sinal, através de
conhecimentos pessoais. E, assim, por muitos anos, onde quer
que se encontrasse a orquestra, achava-se ali o falso
musicista, o qual, colocando o instrumento em seus lábios,
dava a impressão que executava belos números. Com esse
emprego, ganhava o suficiente para viver confortavelmente.
Mas veio o dia quando o
Imperador desejou ouvir um solo de cada componente da
orquestra. O flautista, quando soube da notícia, desmaiou, e
quanto mais se aproximava o dia da sua apresentação, mais
desesperado ficava. Por algum tempo, tomou lições de um
profissional, mas em vão; não tinha ouvido para música, nem
tampouco talento. Planejou dizer que estava doente, mas
lembrou-se de que o médico da corte poderia desmenti-lo. Na
manhã em que deveria comparecer perante o monarca, para
executar o seu solo, o pretenso flautista pôs fim à sua
vida, ingerindo forte dose de veneno. Essa foi a origem de
um antigo provérbio chinês, que diz: "Ele não ousou
enfrentar a música".
Não é sem razão que a Palavra
de Deus adverte: "Sabei que o vosso pecado vos há de achar".
Núm. 32:23.
FIQUEMOS
FORA DO TERRENO DA TENTAÇÃO
Mat. 6:13
Muitos anos atrás, um jovem
ébrio entregou o coração a Jesus. Resolveu abandonar a velha
vida de pecado e afastara-se dos amigos que o haviam levado
àquela vida desregrada. Todavia, em suas idas do campo, onde
morava, para a cidade, ele após a conversão amarrava o
cavalo ao mesmo velho muro em frente ao botequim.
– Jovem, advertiu-lhe um amigo
bem-intencionado, se você quer mudar de vida, é melhor
procurar outro muro em que amarrar o cavalo!
– Meditações Matinais.
FUGINDO
DO PECADO
Uma menina, no tempo em que a
conversão das crianças não era motivo de tanta oração como
agora, pediu para ser aceita como membro da Igreja Batista.
– Você era pecadora antes da
transformação de que agora fala? perguntou-lhe um idoso
diácono.
– Sim, senhor, foi a resposta.
– E agora, ainda é pecadora?
– Sim, senhor, sinto que sou
maior pecadora que nunca.
– Então, que transformação se
operou em você?
– Não sei explicar exatamente
– disse ela – mas eu costumava ser uma pecadora que corria
atrás do pecado, e agora sou uma pecadora que foge do
pecado.
Eles a aceitaram e, por muitos
anos, foi ela uma luz brilhante e irradiante, e está agora
onde não mais existe pecado de que fugir.
– A.B. Webber.
PARA CIMA
Verificou-se que, na
misteriosa flora submarina, nas profundezas abismais do
oceano, medra estranha flor. De um mesmo "caule", que se
bifurca em duas "hastes", e nas extremidades destas surge a
flor. São aparentemente iguais. Crescem e desenvolvem-se
paralelamente. Uma delas se desprende da "haste", solta-se,
vai subindo, subindo, varando a imensa massa líquida do
Oceano até atingir lá em cima a superfície e receber o beijo
ardente do Sol. No entanto, a outra flor, sua companheira,
não se desprende da haste. Ali fica, desmancha-se, dilui-se,
vira nada...
Assim são as pessoas em
relação a Jesus. Uma se eleva, rompe o pecado, sobe na vida
cristã, atinge as alturas e alcança a salvação. Outra perece
na baixeza do pecado e da miséria. As duas atitudes, como as
dos dois malfeitores...
Oxalá, ninguém dos
presentes venha a morrer no pecado, mas venha a morrer para
o pecado, confiante nAquele que morreu pelo pecado. –
A.B.C.
CONSEQÜÊNCIA DO PECADO
Um pregador, depois de longa
viagem, já tarde da noite alcançou uma igreja do sertão,
reunida para ouvir a mensagem do Evangelho. No auditório
estava também um apóstata da fé que, atraído pelo desejo de
ouvir um novo pregador, voltou à Casa de Deus.
O ministro, sem que soubesse
haver um apóstata no auditório, para ilustrar o fato de que
as pessoas que procuram o bem, ainda que se afastem
temporariamente da Igreja, voltam ao seu seio, e só ficam de
fora os maus, os sujos, chamou a atenção do auditório para a
arca de Noé, com o corvo e o pombo que foram soltos, para
ver se as águas baixavam. Esta, que não tinha disposição
para saciar-se em corpos putrefatos, voltou à arca; aquele,
encontrando em abundância o que saciasse o seu apetite
carnívoro, não regressou.
O pobre homem que apostatara,
ao caminhar, quase madrugada, para sua choça, disse a um
companheiro: "Eu sou o corvo da Arca. O pecado prendeu-me no
mundo, não mais posso alegrar-me no Evangelho".
E foi o testemunho dos que
conheciam que o seu segundo estado, depois de abandonar o
Evangelho, era lamentável, sete vezes pior que o primeiro,
antes de ter aceitado a verdade.
PECADO
Um rapaz estava serrando um
velho tronco de laranjeira, em toros, para lenha. O tronco
seco era duro de serrar e rachar. Ele, entretanto, estava
com pressa, pois desejava encontrar-se com alguns
companheiros, para ir pescar. Irritado, acabou
machucando-se, e proferiu palavras ásperas contra a serra e
contra a lenha.
O pai ouviu-o e, depois que
ele acabou o seu trabalho, chamou-o e pediu que trouxesse
pregos, o martelo e uma torquês. Pediu depois que trouxesse
um toro da laranjeira. Calmamente o pai lhe disse: pregue um
prego na parte serrada. Logo estava feito o que o pai
ordenara.
– Agora arranque o prego.
– Isto é fácil, disse o filho,
embora intrigado.
– Agora arranque o buraco que
o prego fez.
– Isto eu não posso, papai!
Alguns anos mais tarde este
filho contou o efeito que essa lição produzira. Ele
compreendeu que, irando-se ou fazendo o que não era direito,
produzia o efeito do prego sobre o coração: ainda que fosse
arrancado depois, deixaria os seus efeitos.
"QUE É
PECADO?"
Perguntou João Wesley, certa
vez, à mãe: "Que é pecado?" Respondeu-lhe ela: "Se quiseres
julgar da legalidade ou ilegalidade de um prazer, adota esta
regra: Qualquer coisa que debilite tua razão, que diminua a
sensibilidade da tua consciência, obscureça tua concepção de
Deus, ou enfraqueça teu gosto pelas coisas espirituais;
qualquer coisa que aumente o domínio do corpo sobre a mente,
isso é pecado, por mais inocente que em si mesmo pareça".
Há alguns meses, em certa
noite escura, foi um navio torpedeado no Norte do Atlântico.
Ao submergir, foram abaixados os botes salva-vidas, que
estavam aprovisionados e prontos para qualquer emergência. O
bote do comandante levava uma pequena metralhadora como
proteção, como também a bússola do navio, e ele ordenou aos
botes que o seguissem enquanto se dirigia à terra mais
próxima.
Perto do meio-dia o comandante
começou a suspeitar que alguma coisa não ia bem, que a
bússola não marcava o Norte. Por algum tempo esteve
perturbado. Porém descobriu, repentinamente, que a
metralhadora é que estava afetando a agulha. Somente depois
de ter, de muito má vontade, atirado a arma ao mar – visto
não haver lugar nos outros botes – puderam dirigir-se à
terra, a um lugar seguro.
Com que freqüência, enquanto
passam os dias, algo que insistimos em levar conosco,
somente para nosso bem-estar ou proteção, influi sobre a
delicada bússola da consciência, de maneira que já não
aponta corretamente!
SENTIR O
BASTANTE PARA ABANDONAR
Um ministro foi certa vez
falar a um grupo de crianças. Ao iniciar sua palestra, fez a
pergunta: "Que significa a palavra arrependimento?" Um
rapazinho levantou a mão.
– Fale, meu jovem, disse o
ministro.
– É sentir tristeza pelos
pecados, respondeu o garoto.
Uma menina, sentada mais
atrás, levantou também a mão.
– Que pensa você, menina,
perguntou o pregador.
– Eu acho, eu acho... que é
sentir o bastante para os abandonar.
– Adaptado.
PECADO
Um grupo de estudantes fora
visitar uma fábrica de lentes. Em uma das seções viram uma
lente de cerca de um metro de diâmetro e trinta centímetros
de espessura em preparação. O operário pediu que não
tocassem nela, pois estava sendo polida, e era muito fácil
estragá-la.
Um dos estudantes perguntou:
– Quanto tempo levou para
preparar este disco de vidro, seis meses?
E o fabricante de telescópios
respondeu calmamente:
– Nada menos do que quatro
anos.
– E quanto tempo levará para
poli-lo? perguntou outro.
– Dois anos, respondeu o
perito. Esta lente de 40 polegadas de diâmetro tem um foco
de 50 polegadas. Isto é, quando pronta, esta lente tem que
apanhar os raios de uma estrela e projetá-los todos sobre um
único ponto, exatamente a 50 polegadas. Se um só raio cair a
uma fração de milímetro aquém ou além do ponto focal, a
lente é defeituosa.
– E como o senhor consegue
isto?
– Com paciência e sem o
emprego de força ou máquinas. Tudo é feito com vista
exercitada e a mão educada. Uma unção com cera aqui, um
pouco de tinta ali e a pressão do polegar nos pontos
defeituosos, eis tudo.
– Com a pressão do
polegar?!... o senhor pode acalcar este vidro resistente?
O PECADO
DENUNCIA
Há na Escritura esta frase
tremenda: "Sabei que o vosso pecado vos há de achar". Núm.
32:23. É uma verdade, não só com referência à vida futura,
mas também a esta vida. Poucas coisas há que não venham a
ser descobertas; mesmo as feitas e ditas em segredo são
registradas em nossa mente, de forma que aí permanecem
fixadas.
Segundo notabilidades médicas,
cada pensamento ou ato fica registrado em nosso cérebro pela
modificação das células. O pensamento fica arquivado como
num grande cartório. A célula tem poder em si mesma,
independentemente da vontade, de reproduzir atos ou palavras
a qualquer hora. Assim explicam a força do hábito e o poder
dos costumes sobre os homens. Quem encobertamente pensa numa
coisa vil, quando menos esperar há de vê-la descoberta.
Quando chegarmos perante Deus
e virmos face a face o nosso Salvador e contemplarmos o Seu
semblante imaculado, e quando os Seus olhos puros penetrarem
no íntimo da nosso alma, aí não ficará uma só coisa que não
seja descoberta. Então sentiremos a realidade de que nossos
pecados mesmo são os nossos mais cruéis denunciadores
perante o tribunal divino.
CASA SEM
JANELAS
Faz alguns anos, construiu-se
em uma cidade um edifício para os cegos. A comissão, depois
de pensar sobre o caso, resolveu que seria inútil gastar
dinheiro com as janelas para entrar luz, visto ser o
edifício destinado aos cegos.
Inaugurou-se o novo prédio e
os pobres cegos foram admitidos. Não obstante a sabedoria da
comissão, as coisas não correram bem e logo os cegos ficaram
doentes. Era difícil saber o que tinham e até dois deles
morreram.
A comissão novamente se reuniu
para tratar desse assunto tão importante, e um deles propôs
que se abrissem janelas para se obter luz para os doentes.
Com a luz, os rostos pálidos dos enfermos ganharam cor, a
energia aumentou, e logo melhoraram. Então logo se soube que
a causa da doença era a falta de luz. Apesar de serem cegos
não podiam viver sem luz.
Semelhante é a condição de
muitas pessoas. Procuram viver sem a luz que é Cristo.
Edificam paredes de pecados, rejeitam a luz divina e morrem
espiritualmente. Que verdade disse o filho de Deus: "A Luz
veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas que a
luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz
o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que suas
obras não sejam reprovadas." João 3:19, 20.
–
J.R.C.
DE QUEM
É A CAMPAINHA QUE TOCA?
Certo amigo costumava levar um
despertador no seu carro. Sempre que o carro ao correr na
estrada dava um solavanco, mesmo que fosse leve, tocava de
mansinho a campainha. À princípio quando a campainha
tilintava, veio-lhe a idéia de levar o despertador ao
relojoeiro, para ser consertado (de fato estava no caminho
para a relojoaria quando o colocou no carro). Mas agora,
conta ele, ao ouvir soar a campainha do despertador, sabe
que os caminhos de sua vila estão em mau estado e que a
municipalidade tem a culpa por não os consertar.
Não é interessante notar a
significação que adquiriu esse despertador? O pecado é da
mesma maneira. Ao princípio nos faz lembrar que nós temos de
fazer algo para corrigir nossas faltas, mas logo quando o
mal de adiar essa correção se arraigou em nós, permitimos
que os pecados nos faça lembrar que alguém deve fazer algo
para corrigir seus pecados. – Zion’s Herald.
ÁGUA DOCE
EM MEIO A ÁGUA SALGADA
Existe no Golfo Pérsico uma
ilha chamada Bahrain. Nela medram tamareiras e outras
fruteiras tropicais, e no entanto, não há nela rio, nem
fonte, nem poço. Como conseguem os habitantes, água doce?
São rodeados pelo mar, cuja água não serve para beber nem
para regar as plantas.
O segredo dessa linda ilhota
esconde-se sob as águas do mar, um pouco abaixo do ponto
mais baixo da maré. Ali há mananciais de água doce, que
nunca faltam. Quando os moradores da ilha precisam de água,
vadeiam pelo mar a dentro e quando sentem água fria nos
tornozelos, sabem que estão perto dos mananciais de água
doce. Mergulham então as suas garrafas, colocam-nas no lugar
em que sentem a água fria. Tiram-lhes então a rolha e as
garrafas se enchem de água potável. Arrolham bem as garrafas
e com elas voltam para a praia. Essa água jamais lhes falta.
Assim vivemos nós num mundo em
que o pecado, à semelhança da água salgada que circunda
Bahrain, encontra-se abundante ao redor de nós, mas aos que
conhecem o amor de Deus, existe uma fonte inexaurível de
graça vivificante, que Jesus provê.
A SANTA
CEIA
"A ceia do Senhor aponta não
apenas para o passado, mas também para o futuro... Cada
celebração da ceia do Senhor é uma afirmação prévia e uma
antecipação da grande ceia das bodas." – Clark's
Commentary, Vol. V, pág. 161.
Se for possível, mostrar a
gravura de Leonardo da Vinci, que representa "A Última
Ceia", e deixar que as crianças a olhem, enquanto o
professor conta a seguinte história:
O artista Leonardo da Vinci
pintou o belo quadro da última ceia. Enquanto o pintava,
procurava por pessoas que pudessem ser os modelos. Ele
desejava um rosto belo e pura face para representar Jesus, e
outro rosto ímpio e pecador para pintar Judas.
Afinal o artista encontrou um
jovem com rosto belo e puro. Era Pietro
Bandinelli, cantor de coro sacro. Passaram-se anos e
o grande quadro ainda não estava terminado, pois o artista
não conseguia encontrar um rosto que pudesse representar
Judas.
Ele pensou: "Preciso encontrar
um homem de coração mau, cuja fisionomia mostre o mal em sua
vida". Um dia, nas ruas de Roma, viu um mendigo de
fisionomia má e horrenda. O mendigo concordou em posar para
o retrato de Judas. Logo o pintor pôde completar a face do
traidor. Ao terminar o trabalho, e pagar o mendigo, o
artista perguntou o seu nome.
"Pietro Bandinelli", respondeu
o mendigo. E acrescentou: "Eu posei também para o modelo de
Jesus Cristo."
A vida ímpia que o jovem havia
levado transformara uma fisionomia pura e santa como a de
Jesus, noutra má, a ponto de poder representar Judas.
Judas não pecou pela primeira
vez essa noite. Ele permitira que pequenos pensamentos de
inveja lhe ocupassem a mente. Havia-se ressentido por lhe
haver Jesus repreendido o egoísmo. Esses pensamentos, a
princípio pequenos, tinham crescido a ponto de encher-lhe o
coração e a mente, e já agora estava disposto a vender seu
Senhor.
Devemos pedir ao Senhor que
nos mostre o pecado em nosso próprio coração, a fim de poder
atacá-lo. "Porventura sou eu, Senhor?", é a pergunta que
cada um de nós deve fazer, e o que deve ser expulso de nossa
vida ser-nos-á mostrado. "
POR QUE
SOSSOBROU O NAVIO?
Conta-se a história de um
navio que fora construído num dos estaleiros da Inglaterra e
aparelhado com os mais aperfeiçoados e modernos instrumentos
de navegação. A bússola havia sido aprovada e tudo que se
pôde fazer se fez para garantir a segurança dos passageiros.
A primeira viagem a um porto estrangeiro constituiu um
excepcional acontecimento para os marinheiros. Assim
passaram alguns dias de navegação tranqüila quando, de
súbito, o marinheiro que estava de vigia exclamou: "Há
rochas em nossa frente!" E, antes que se pudesse mudar o
curso do barco, deu contra os escolhos, causando-lhes uma
séria avaria.
As investigações comprovaram
que o barco, na hora da catástrofe, achava-se várias milhas
fora do seu curso. Foi difícil saber como isso pôde
acontecer, mas ao examinarem a bússola, descobriu-se perto
da mesma, encravado, um parafuso de aço. Foi isso suficiente
para desviar a agulha da bússola alguns pontos, resultando
no embate da nave contra os rochedos.
O mesmo acontece com o pecado
quando está sendo guardado no coração por algum tempo, pois
fará com que nos desviemos da senda reta da justiça, e logo
soframos o naufrágio. O pecado é alguma coisa perigosa para
ser albergada no coração. – The New Testament
Christian.
O PONTO
VULNERÁVEL
Relatam os poetas clássicos o
caso de Aquiles – guerreiro grego – cuja mãe, orientada pelo
oráculo, o mergulhou, sendo ele ainda criança, no rio
Lethe, a fim de protegê-lo de
qualquer perigo que o pudesse atingir em conseqüência da
guerra de Tróia. Páris, porém, seu inimigo irreconciliável,
ficando ciente também pelo oráculo, que Aquiles tinha o
corpo invulnerável, com exceção do calcanhar (por onde sua
mãe o segurara ao imergi-lo no rio) tirou partido desta
falha e feriu-o com certeiro golpe precisamente no
calcanhar, e o matou.
Para enfrentar a luta contra o
adversário das almas, o cristão se veste ou deve vestir-se
de toda a armadura de Deus. Mas, muito cuidado em não
negligenciar nenhuma peça, por menor que seja. Cuidado em
não deixar uma mínima parte do corpo sem proteção, porque
precisamente por ela é que o dardo inflamado do inimigo
entra. Se são os olhos, ele os dardejará, exibindo figuras
lascivas; se são os ouvidos, ele os atingirá com maus
conselhos ou conversa de baixo quilate; se a língua, ele a
moverá para falar mal e produzir danos a terceiros; se os
pés, ele os moverá para freqüentar lugares onde os anjos de
Deus não podem entrar, e assim por diante.
Há algum ponto vulnerável em
você, não coberto pela armadura de Deus?
TODOS
PECARAM
Rom. 3:23
Gesticulando com os braços, um
evangelista sensacionalista pregava o que a imprensa depois
noticiou como um sermão fúnebre. Na frente do púlpito estava
um esquife, sobre o qual havia flores em profusão. Não houve
elogios. Segundo o pregador, o falecido cometera todos os
pecados de que há conhecimento. Fora de fato ímpio. Declarou
o pregador que seu destino estava selado. Terminado o
sermão, os presentes desfilaram junto ao esquife, para mais
uma vez contemplarem o corpo daquele pecador impenitente. Ao
olharem os passantes para aquele esquife vazio, cada qual
via o próprio rosto refletido no espelho ali colocado. –
Meditações Matinais.
PRISIONEIROS
No "Deserto Atômico de
Nevada", dez homens aguardam a morte. São vítimas das
irradiações atômicas. Trabalhavam como cientistas, técnicos
ou simples operários, com os materiais produtores da energia
atômica. Quando se descobriu a perigosa doença, já não havia
salvação. Logo se construiu para os doentes uma casa
revestida de chumbo. A única comunicação com o exterior são
os telefones. De vez em quando os condenados à morte recebem
a visita de um médico que, apesar do perigo das irradiações,
se prontificou a tratar dos "homens atômicos". As refeições
são-lhes dadas através de uru pequeno alçapão, para dentro
da casa de chumbo.
Mesmo depois de mortos, esses
dez não podem ser sepultados pela família. As irradiações
atômicas, expedidas mesmo pelo cadáver, seriam muito
perigosas. Só em pensar é terrível! Homens livres, mas
presos fatalmente!
Não nos assemelhamos todos a
essas pessoas dignas de lástima? A doença funesta que
contraíram é o pecado. E o salário do pecado é a morte, diz
a Bíblia. Uma última cerimônia, muitas coroas de flores,
discursos, e então baixa o silêncio sobre o montículo de
terra. Todos nós nos achamos presos numa casa de chumbo, da
qual unicamente Cristo nos pode livrar!
– H.
Hein, Kraft und Licht.
TRISTE
LAMENTAÇÃO DO RELAPSO
Jer. 8:20
Observei em Bombaim, a
construção de um gigantesco edifício. Dia a dia, ao passar
por ali, notava que se ia erguendo sempre mais alto. Em toda
a volta da construção, com ela iam subindo os confusos
andaimes de bambu. Atadas umas às outras por cipós, aqueles
milhares de varas obscureciam o edifício que estavam
ajudando a construir. Os trabalhadores enxameavam os
andaimes, passando uns aos outros, tijolos, argamassa e
outros materiais.
Algumas semanas mais tarde,
que mudança! Todos aqueles feios andaimes tinham sido
removidos. Ali estava o edifício pronto, em toda a sua
beleza, aquedando inquilinos. Mas aqueles andaimes tinham
desempenhado importantíssimo papel na construção. O edifício
não poderia ter ficado completo sem eles. Mas, depois de
haver servido a seus fins, foram derrubados e removidos! –
Meditações Matinais.
ABORRECER
O PECADO
Certo homem queria
converter-se, porém lamentava as renúncias que teria que
praticar para isso.
– Terei que desistir de muita
coisa. Há muita coisa que agora posso fazer, e que deverei
deixar de fazer.
– Mas, disse o crente, há
muitas coisas que você agora não pode fazer. Não pode, por
exemplo, comer lama, ou bebê-la.
– Não, replicou o outro, nem
quero fazer semelhante coisa!
– Perfeitamente! foi a
resposta. E se o você se torna um cristão 100%, todo pecado
perderá o gosto. Não quererá mais cometê-lo.
Ao aceitar a Cristo, não
renunciamos a nossa liberdade, mas nossa escravidão, e
tomamo-nos livres para fazermos o que nos agrada, porque nos
será agradável fazer a vontade de Deus. – The
Christian Age.
PROCESSO
DA APOSTASIA
Estavam certa vez dois
ministros do Evangelho caminhando ao lado de um rio, quando
chegaram junto a uma enorme árvore que jazia derrubada por
uma tempestade. Era uma árvore alta e copada, e parecia
robusta e forte. Devia ser já quase secular. Aproximando-se
para examiná-la, viram que havia se partido justamente acima
das raízes. E, olhando mais de perto, viram que apenas o
exterior estava são: o centro estava completamente podre. O
cerne havia estado em processo de apodrecimento por muitos
anos.
Você sabe, perguntou um
ministro, que uma árvore nunca se quebra desta maneira, a
não ser que tenha sofrido antes um processo de destruição
interna?
Lição muito sugestiva, volveu
o outro, para nós e para os membros de nossa igreja. Não se
dá o mesmo com a apostasia de muitos membros? É raro os
homens apostatarem de uma vez, caindo em pecado notório e
flagrante. – Bowes.
O PECADO
É PODER QUE ESCRAVIZA
Rom. 7:24
Conta um ministro que o homem
que estava à sua frente apresentava aspecto confrangedor.
Corpo franzino, doentio; as mãos, trêmulas. Os olhos,
encovados, como que suplicavam auxílio. Anos atrás desistira
de boa posição numa das estradas de ferro da Índia, para
servir ao Senhor. Mas apesar desse sacrifício nunca se unira
à Igreja. Por quê? Porque um mau hábito prendia-o com garras
de ferro: Não conseguira romper com o hábito de fumar. Era
na verdade um escravo da nicotina.
– Ore por mim, pastor!,
suplicava ele. Poucos minutos depois estavam de joelhos,
pleiteando a vitória.
Aconteceu então coisa
estranha. Quando o pastor orava pedindo a Deus que
concedesse ao pobre homem completo e imediato alívio, ele o
interrompeu: "Pastor, peça a Deus que me dê a vitória na
próxima quinta-feira". Era terça-feira.
Seu amigo tinha ainda no bolso
um maço de cigarros, que queria acabar de fumar. Jamais
aquele pobre homem conseguiu o domínio sobre o vício. Foi de
mal a pior. Da última vez que o pastor viu, o álcool também
o subjugara. – Meditações Matinais.
O SALÁRIO
DO PECADO É A MORTE
Rom. 6:23
Conta um residente em Bombaim
que junto da janela de sua casa, um bando de corvos
crocitava horrivelmente. De súbito o ruído cessou. Olhou
pela janela. Todos os corvos, menos um, haviam fugido. Bem
alto, na ramagem da árvore, um infeliz corvo ficara preso
entre os galhos, e forcejava desesperadamente por livrar-se.
Na manhã seguinte ainda se encontrava lá, preso ainda,
lutando pela liberdade. Não havia jeito de se subir à árvore
para livrar a ave. Por vários dias o pobre corvo continuou
sua luta inútil. Dia a dia seus esforços se tornavam mais
débeis. Por fim, aquietou-se. Por várias semanas a carcaça
ali permaneceu dependurada, qual monumento a uma batalha
perdida.
– Meditações Matinais.
O JUÍZO
ÀS VEZES É ADIADO
Ecles. 8:11
Tempos atrás foi preso em Nova
York um indivíduo que cometera um bárbaro crime, fazia 30
anos. Por todo esse tempo conseguira fugir do braço da lei.
Um dia tingiu de preto seu cabelo grisalho. Um conhecido dos
dias antigos reconheceu-o. Foi preso, julgado e sentenciado.
Afinal, a lei apanhou o culpado, que sofre a punição.
– Meditações Matinais.
O PODER
QUE SE NOS OPÕE É O PECADO
I João 3:4
O evangelista João Tomás assim
descreve esse poder que se nos opõe: "O pecado é uma
torrente que, quanto mais longe, mais depressa corre. O
pecado é um hábito: quanto mais tempo demora, mais forte se
torna. O pecado é uma excrescência: arraiga-se na alma de
nosso ser. O pecado é escravidão: forja novas cadeias em
torno de sua infeliz vítima. O pecado é um declive moral:
aumenta sua gravidade à medida que resvala para o inferno. O
pecado é um desvio: alarga a distância entre a alma e Deus."
– Spiritual Messages.
ENTREGUES
AOS NOSSOS ÍDOLOS
Oséias 4:l7
Hoje em dia, não é preciso
irmos a países pagãos para encontrar ídolos. Nosso país está
cheio de falsos deuses.
Dwight L. Moody disse certa
vez: "Qualquer coisa que amemos mais do que a Deus, é nosso
ídolo. O coração de muitas pessoas é semelhante a essas
capelinhas de beira de estrada, tão cheias de ídolos, que
quase não sobra espaço para nos virarmos no seu interior".
Diz o profeta Ezequiel: "Filho
do homem, estes homens levantaram os seus ídolos em seus
corações." Ezeq. 14:3. – Meditações Matinais.
DEUS
OBSERVA NOSSO PECADO
Jó 10:14
Estava um colportor visitando
os lares das mais belas ilhas das Índias Ocidentais. Um dia
entabulou conversa com um habitante da ilha, conhecido
criminoso que já estivera preso por homicídio. A conversa
enveredou para o assunto do juízo.
Jovem, disse o homem, com
expressão de espanto; quer o senhor dizer que Deus faz um
registro de cada pecado que cometo – mesmo dos pecados mais
secretos?
Sim, respondeu o irmão
colportor, mesmo dos pecados mais secretos. Todos são
observados mais cuidadosamente. Um dia teremos de
enfrentá-los todos em juízo.
O homem ficou tão abalado com
esse pensamento solene, que se pôs a chorar, e instou com o
visitante cristão que orasse por ele. Poucas semanas depois
o pobre homem veio a falecer, mas havia confessado os
pecados e possuía a esperança em Jesus. – Meditações
Matinais.
O PECADO
SECRETO TEM QUE SER VENCIDO
Sal. 19:12
Já viram alguma vez uma
laranja bichada? Por certo que viram! E já descobriram como
foi que o bicho penetrou na fruta? Dizem os entendidos que o
inseto depositou um minúsculo ovo na flor, e o verme foi
incubado na fruta.
Uma vida de transgressão em
geral se inicia da mesma maneira: um pecado "oculto" talvez
mesmo "inconsciente", é acariciado no coração. Ele cresce e
se desenvolve. Resultado final? Morte! (Rom. 6:23). Não
admira que o salmista classe: "Purifica-me de faltas
secretas!"
– Meditações Matinais.
O PECADO
QUE MAIS AMAMOS
Jó 13:23
Um jovem de mente fraca usava
um paletó todo remendado na frente. "Estes remendos",
explicou ele a alguém que lhe perguntava, "lembram-me os
pecados e faltas de meus vizinhos. Eu os tenho marcados aqui
para poder vê-los facilmente". Ao lhe ser perguntado acerca
do pequenino remendo que trazia na gola atrás, respondeu:
"Oh, isto representa meu pecado – e eu o coloquei atrás,
onde não o possa ver!" – Meditações Matinais.
NÃO
PROSPERAREMOS COM O PECADO OCULTO
Isa. 29:15
Um gato, perseguido por um
cão, subira a um poste de telefone. Achando-se ali em
situação precária, o felino encheu a noite de miados
pungentes. Esgotando todos os recursos para fazer o animal
descer, um vizinho afinal chamou o Corpo de Bombeiros que,
com longa escada, conseguiu trazer para baixo o bichano.
Todo esse incômodo se produzira meramente porque o gato não
aprendera a "voltar atrás".
– Meditações Matinais.
CONTAMINAÇÃO
Certo livro de leitura
infantil contava a história de um homem que queria ensinar
ao filho o perigo de escolher maus companheiros. Tomou três
maçãs, uma podre e as outras boas, pondo-as juntas no mesmo
prato. Depois de poucos dias, levou o filho para
examiná-las. Estavam ali três maçãs podres, porque a
estragada contaminou as boas. Assim, "um pouco de fermento
faz levedar toda a massa". – Brado de Guerra.
O PECADO
DESCOBERTO E PERDOADO
I João 1:19
Certo homem queria entregar-se
à Cristo a fim de segui-Lo como seu Salvador e Mestre, porém
não podia encontrá-Lo. Ele sentia o peso de um crime
praticado contra uma companhia de seguros. Isso o enchia de
remorsos.
Acontecera que certa ocasião
em desespero por apertos financeiros, provocou um incêndio
em seu armazém com o intuito de receber o prêmio de seguro.
Não tendo sido descoberto o seu ardil, a companhia pagou-o
integralmente.
Passaram-se os anos. E agora,
depois de ter ouvido a pregação do Evangelho, desejando dar
o passo definitivo, aquele pecado interpôs-se como obstáculo
intransponível para impedi-lo de aceitar alegremente o seu
Salvador. Encontrando-se com um evangelista, contou-lhe o
caso e pediu sua opinião.
– Eu faria assim, respondeu
ele, tomaria o primeiro trem para o Sul e iria ao escritório
da companhia de seguros, contaria toda a minha história e
esperaria as conseqüências, pois acho melhor ir ao Céu pelo
caminho de uma prisão do que perder a minha alma por causa
de um crime não confessado.
– Pois então eu vou fazer
isso, foi a pronta resposta.
Após orarem juntos,
separaram-se, cada qual seguindo o seu caminho. Passaram-se
alguns meses. O evangelista recebeu uma carta. Era do homem
que lhe escrevia da penitenciária: "Tenho tudo; nada me
falta e tenho paz por ter achado meu Salvador". –
Extraído.
NUM
PRESÍDIO
Conta o pregador Moody que
durante a guerra civil, quando o General Grant sitiava
Richmond, ele ia para Chicago e teve de passar por Nova
York, onde passou um domingo. Foi assistir à reunião de
oração na rua Fulton. Nessa reunião ele pôde dizer algumas
palavras e, terminado o culto, um homem se aproximou e
convidou-o para pregar no dia seguinte no presídio de Tombs.
Ele supunha que os presos se
reuniriam na capela da prisão, mas qual não foi sua surpresa
quando viu que tinha de pregar a um auditório invisível.
Eles permaneciam nas suas próprias celas. Havia duas ordens
de celas por cima dele, e uma por baixo, e pregou a 300 ou
400 sentenciados.
Depois da pregação, Moody quis
ver o seu auditório. Ele se dirigiu à porta da primeira
cela, onde havia uma pequena janela para deixar entrar luz e
ar. Dentro havia dois homens jogando cartas. Eles jogaram
durante toda a pregação. Moody lhes perguntou:
– Por que estão aqui?
– Porque nos metemos com maus
companheiros, respondeu um, e o criminoso se livrou e nós
fomos condenados.
Um outro disse:
– O homem que cometeu o crime
não foi condenado.
Noutra cela disseram:
– Nós vamos ter novo processo.
Um homem jurou falsamente contra nós.
Em toda a sua vida, conta
Moody que nunca achou tantos inocentes como naquela prisão.
A natureza humana é a mesma em toda parte.
Moody pensou: "Bem, vou
percorrer este presídio para ver se posso encontrar um
pecador". Levou tempo, mas afinal achou um homem sozinho na
cela. Estava com a cabeça entre as mãos. Olhando pela
janelinha, e Moody perguntou:
– Que tem você, amigo? Pude
ver que estava chorando.
– Os meus pecados são tantos
que não os posso suportar.
– Ah! Graças a Deus – disse
Moody. – Tenho estado à sua procura.
Durante meia hora Moody falou
com aquele homem. Suas palavras eram como um copo de água
fria para um sedento. Contou quão perverso havia sido.
Quando lhe pediu que orasse, o homem disse não saber. Teve a
oportunidade de apontar-lhe o Salvador que o purificaria de
todo o vil pecado. Afinal o homem orou: "Ó Deus, tem
misericórdia de mim, um vil desgraçado."
Moody ficou tão interessado
nesse homem que quase não podia separar-se dele. Sentiu
compaixão dele, parecia um amigo, um irmão. Ao separar-se
disse-lhe: “À noite estarei no hotel e das nove às dez
horas, estarei orando por você e desejo que você ore também.
Naquela noite o Espírito Santo impressionou tanto a Moody
que desejou tornar a ver o homem.
Moody foi ao presídio e o
diretor permitiu-lhe falar com ele. Quando o viu, tomou sua
mão e apertou-a enquanto lágrimas de alegria deslizavam-lhe
pela face. Contou então que o Senhor lhe dera o salvação.
Por que foi que o Filho de
Deus passou aquela noite as outras celas e só salvou esse
homem? Foi porque esse homem viu sua condição de perdido. –
Deus É Amor. – Moody, pág. 20 e 23.
MENINA
PERDIDA
Muito poucos acreditam que
estão perdidos: Uma senhora foi assistir a uma conferência
com uma filha pequena. Antes da porta da igreja se abrir
reuniram-se muitas pessoas, e a pequena extraviou-se da mãe.
Não podendo encontrá-la, a mãe pediu que o ministro
anunciasse do púlpito.
"Mary Moore perdeu-se. Caso
ela esteja na igreja queira levantar-se para que a mãe a
veja". Ninguém se levantou. Não a encontrando na igreja a
mãe mandou um homem sair pelas ruas tocando uma campainha e
clamando: “Mary Moore perdeu-se”.
A mãe ficou quase doida.
Afinal acharam a pequena assentada no primeiro banco da
igreja:
– Por que você não se levantou
quando chamaram seu nome?"
– Porque eu não estava
perdida. Ela julgava que fosse outra Mary Moore.
Quando se prega aos pecadores
perdidos, eles dizem: "Não, não estou perdido. Não faço isto
e não faço aquilo". Aí está a dificuldade.
PECADO
Um dos amigos de um oficial
inglês no exército das Índias, tinha criado um tigre que ele
conseguira ensinar como a um cão. Ele o alimentava de carne
cozida, lacticínios, frutas... e este companheiro de um novo
gênero o seguia por toda a parte dócil e meigo, deitando-se
a seus pés, levantando-se quando chamado, em resumo,
tendo-lhe verdadeiro apego.
Um dia, instalado em seu
"bangalô", redigia algumas notas, deixando caído seu braço
esquerdo ao longo da cadeira. O nosso oficial sentiu de
repente uma língua acariciando sua mão. O fato nada tinha de
extraordinário, e ele a princípio não prestou nenhuma
atenção. Mas as carícias foram se tornando cada vez mais
acentuadas, e as lambidas mais rápidas. Voltando sua cabeça,
sem mexer com a mão, ele viu que desta escorriam algumas
gotas de sangue, por causa da rugosidade da língua da fera.
Esta que nunca havia provado sangue, estava achando-o muito
gostoso e continuava a lamber avidamente essa mão, que
arranhava cada vez mais.
O oficial compreendeu o
perigo. Os instintos do tigre despertavam; não havia um
momento a perder, senão a mão, o braço... tudo seria
engolido. Com notável sangue frio, deixando sempre pendida
sua mão esquerda, já toda ensangüentada, ele estendeu a mão
direita para pegar de sua escrivaninha um revólver que tinha
sempre pronto, e bruscamente esvaziou toda a carga na cabeça
de seu querido animal que caiu morto. O oficial estava salvo
– na hora certa! Ele não substituiu seu tigre domesticado;
esse brinquedo perigoso perdera todo o seu encanto para ele.
– Brado de Guerra.
O PERIGO
DOS PECADOS PEQUENOS
Faz algum tempo, um
naturalista francês trouxe algumas traças aos EUA, com o
propósito de realizar certas experiências científicas.
Várias dessas traças escaparam. Se houvessem sido agarradas
duma vez, facilmente poderiam ter sido destruídas, mas as
autoridades do Estado adiaram a questão durante trinta anos.
Até o presente, essas traças custaram ao Estado de
Massachusetts a soma de 700.000 dólares.
AS LINHAS
DO PECADO
É bastante conhecido o quadro
"A Última Ceia", de Leonardo da Vinci. Era este um pintor
delicado e profundo conhecedor da natureza humana. Estudava
minuciosamente as expressões do rosto. Visitava os
sofredores e os alegres, para analisar as linhas faciais, e
passar para a tela essas expressões.
Conta-se que certa tarde
convidou para chegarem a seu quarto muitos amigos seus, e
ali soltou entre eles uma cobra viva, para estudar-lhe as
expressões de terror.
O maravilhoso quadro "A última
Ceia" estava quase pronto, faltando apenas dois rostos: o de
Cristo e o de Judas. O artista procurou por toda parte
modelos para pintá-los. Um dia entrou numa grande catedral e
notou ali a expressão alegre e varonil da face de um dos
jovens coristas. Convidou logo o rapaz para visitá-lo em seu
"atelier". O jovem esteve sentado durante horas, enquanto o
artista estudava-lhe na face as fortes linhas de seu caráter
e as passava para a tela. Depois de longas horas o rapaz foi
despedido. Antes de sair, pediu permissão para ver o quadro.
Então viu seu rosto pintado como o de Cristo.
Passaram-se meses e anos e
ainda Da Vinci, apesar de investigar constantemente, não
pudera encontrar uma face que exprimisse a fraqueza e
impiedade de Judas. Mas afinal, encontrou o homem numa
sarjeta. Convidou o mendigo a seu "atelier". Ali ele se
colocou, imóvel, enquanto o artista copiava as linhas de
pecado, impiedade e egoísmo que sua face retratava, como as
de Judas. Quando o trabalho estava pronto, este pobre
infeliz lhe deu um relance de olhos. Com um misto de espanto
e de tristeza, exclamou: "Eu já vi este quadro antes!"
"Quando? perguntou o artista, surpreso." "Anos atrás. Eu era
o jovem do coro, cuja face o senhor pintou como a de Jesus."
Todo pensamento deixa um sinal
na face. Vocês, tão-somente vocês terão de decidir se
desejam ter um rosto semelhante ao de Cristo, ou semelhante
ao de Judas.
PACIÊNCIA,
PERSEVERANÇA
O TESOURO
DA PACIÊNCIA
Conta-nos Stewart Robertson de
duas fontes. Uma encontra-se na Islândia, fora de vistas, no
interior de profunda cratera. Os turistas gostam de jogar
uma pedra ou um pedaço de sabão nessa cratera, e então
afastar-se e esperar. Daí a pouco ouvem um som de água que
murmura e ferve, e uma irada coluna de água suja, juntamente
com pedaços de rocha, lixo e lama, é projetada no ar.
A outra fonte de que ele nos
fala encontra-se nos planaltos da Escócia. A fonte mana uma
água cristalina, num constante e brando murmurejar. Se se
lança nela uma pedra, detém-se uns momentos o murmurejar,
mas logo a pedra é engolida e a fonte continua plácida como
sempre.
Algumas pessoas são como a
primeira fonte: a qualquer observação desagradável, a
qualquer ofensa do semelhante, lança de si ressentimento e
ira. Outros – e estes devem incluir todos os cristãos – são
como a pequena fonte da cena: se uma falta de bondade lhes
atravessa o caminho, têm uma resposta branda, e jamais se
lhes perturba a calma interior. Isto é o que é dar uma
resposta branda, como diz Prov. 15:1.
Palavras que se digam em
resposta a uma pessoa irada geralmente agem como um chicote,
fustigando-lhe o temperamento e tornando-o mais furioso. Mas
a ira que encontra o silêncio, bem depressa desvanece.
Refreie o cristão a língua, resolvendo firmemente não falar
palavras ásperas, impacientes. Com a língua refreada, poderá
ele ser vitorioso, cada vez que for chamado a passar por uma
provação da paciência.
O
COLPORTOR CEGO E O GERENTE DO BANCO
O irmão cego J.B. foi, por
mais de 20 anos, um fiel colportor-evangelista. Era bem
conhecido dos homens de negócios da cidade comercial, os
quais o recebiam sempre cortesmente e o ajudavam a
atravessar os cruzamentos da cidade, em que havia intenso
tráfego.
Certo dia dirigiu-se a um
estabelecimento bancário da cidade. No seu caminho, dentro
do Banco, deixava um exemplar de pequeno livro a cada
funcionário, dizendo-lhes que nele havia uma mensagem de
amor da parte de Deus; e que nesse meio tempo o examinassem
e que logo após voltaria. Quando o colportor chegou à
escrivaninha do gerente, se apresentou com o mesmo livro.
O gerente se enfureceu, atirou
o livro no ar, e dirigiu-se rapidamente a todos os
funcionários, arrebatou-lhes os livros e os jogou
violentamente contra a porta do estabelecimento, e intimou o
velho colportor cego a ir embora. Mas, à semelhança de seu
Salvador, o colportor cego orava: "Pai, perdoa-lhe, porque
não sabe o que faz".
Em seguida abaixou-se e com as
mãos procurava em todo o piso a fim de recolher os preciosos
livros que continham a mensagem do amor de Deus. Cada vez
que achava um, exclamava: "Deus seja louvado, salvei mais
um". Assim continuou, até que achou a todos. Durante todo o
tempo o gerente do Banco o observava e quando o velho
colportor estava perto da porta para ir embora, o gerente
correu até ele, segurou-o pelo braço e lhe disse:
– Por favor, perdoe-me, agi
como um louco. Volte para dentro e dê-me todos estes livros.
Em seguida foi pessoalmente
distribuir um exemplar do livro a cada funcionário do Banco.
Indagou do colportor o preço de cada livro, e pagou-lhe o
dobro do preço devido. E ainda se escusou humildemente,
dizendo: "Hoje, o senhor me ensinou uma lição maravilhosa de
educação e de verdadeiro cristianismo. Por favor, volte aqui
sempre que tiver outros livros, e eu pessoalmente o ajudarei
a colocá-los".
Naquela ocasião se confirmou o
que o sábio disse em Provérbios 15:1: "A resposta branda
desvia o furor".
– Extraído do Boletim de
Colportagem, da Itália.
CONSTRUINDO A PONTE
Autor
desconhecido, Tradução
Seguia um velho em solitária
estrada,
Quando, ao cair da tarde,
longa e fria,
Se viu perante a fauce
escancarada
De abismo em que revolta água
rugia.
Ao rio se lançou sem hesitar,
Transpondo-o, o viajor
experiente;
E noutra margem, ei-lo a
levantar
Sólida ponte sobre essa
torrente.
"Por que, amigo, as forças
desperdiça",
Observa alguém, "ao termo da
viagem?
Seria justo abandonar a liça
E descansar, após árdua
passagem..."
O sábio construtor ergueu a
fronte
Encanecida pelos largos anos,
E diz: "Além, um jovem desce o
monte;
Ingênuo sonhador, sem
desenganos,
Não conhece os perigos dos
caminhos;
Ele amanhã terá de atravessar
O hiante abismo, os pedregais
e espinhos...
Para ele a ponte: deixe-o,
pois passar!..."
APRENDENDO
A PERSEVERANÇA COM A FORMIGA
Timur, o famoso guerreiro que
conquistou rapidamente várias nações do Oriente, costumava
contar a seus amigos o seguinte fato ocorrido em sua
juventude:
Uma vez – dizia – vi-me
obrigado por meus inimigos a me refugiar em um edifício em
ruínas, onde permaneci sentado durante muitas horas.
Desejando desviar o pensamento de minha condição
desesperada, fixei a vista em uma formiga que tentava subir
por uma parede, carregando um grão de trigo maior do que
ela. Observei os esforços que desprendeu para conseguir o
que desejava. O grão caiu ao chão 69 vezes, mas o inseto
perseverou e por fim, na septuagésima vez, pôde chegar ao
alto. Isto me confortou grandemente naqueles momentos e
jamais me esqueci da lição. – Respigando.
FABRICANDO
UMA AGULHA
Conta-se a história relatada
pelos chineses de um de seus filósofos que, durante os anos
escolares, lançou o livro em que estudava ao solo, certo de
que nunca poderia assenhorear-se dele. Depois deste
incidente se encontrou com uma senhora que estava esfregando
uma barra de ferro sobre uma pedra.
– Por que está fazendo isto? –
perguntou o estudante.
– Porque desejo obter uma
agulha e assim estou afinando esta barra até que fique em
condições de ser usada para coser.
A lição de paciência e
perseverança não foi desprezada pelo jovem, que tomou
novamente seus livros e, dedicando-se a eles, tornou-se um
dos maiores mestres chineses.
Nossos deveres poderão
parecer-nos tão pesados como a tarefa de tornar uma barra de
ferro numa agulha. Entretanto, com paciência e a ajuda de
Deus, conquistaremos todos eles.
Bem disse o poeta que
escreveu: "Mais alto do que o temor e mais forte do que o
destino é o amor e a fé que pacientemente esperam".
– Amós R. Welles.
A
PRECIOSA JÓIA DA PACIÊNCIA
Apoc. 14:12
Paciência, obediência e fé,
eis três das jóias da coroa de Cristo nosso Rei. Nestes
últimos dias essas qualidades são raras, mas o olho
pesquisador de Deus discerne o que estão exibindo ao mundo
essas preciosas gemas.
A Paciência é uma das maiores
e mais sublimes qualidades vistas no homem. Shakespeare
exclamou: "Quão pobres são os que não têm paciência!" Mas
muitas pessoas jamais aprenderam esta gentil arte. Admiramos
qualquer pessoa que revele tal virtude.
Um dos populares clérigos da
antiga história de Boston era o Dr. Cotton Mather. Era um
homem muito querido por sua disposição amável e, por sua
paciência mesmo. Mas ele tinha alguns inimigos porque tomou
partido político em alguma coisa de interesse da região e
também porque reprovava fielmente a iniqüidade. Como
resultado foram-lhe enviadas algumas cartas muito abusivas,
as quais ele amarrou num pacote e escreveu em cima:
"libelos. Mather esquecê-las."
Este é um século de
impaciência. No caso de muitas pessoas o ânimo está sempre
em ponto de ebulição. A velocidade de nosso mundo moderno
não é de molde a ajudar desenvolver esta qualidade chamada
paciência. Acostumados a correr, as pessoas se irritam
quando têm de parar na presença de um sinal vermelho.
Você fica exasperado quando
tem de esperar por uma refeição? Por que você não aproveita
para ler um livro de bolso? Como empregaríamos o tempo na
eternidade se não sabemos o que fazer com meia hora? Para
ser paciente é preciso ter a mente de Jesus.
Um tirano pagão surrava um
cristão e lhe perguntava: "Que coisa importante já fez por
você o seu Cristo?" "Isso mesmo", respondeu o cristão, "que
eu lhe possa perdoar apesar de me tratar assim tão
cruelmente".
PERSEVERANÇA
Os dois pintainhos ainda se
encontravam dentro das cascas, mas conversavam, cheios de
animação:
– Que escuridão, dizia um
deles. Não posso mais sofrê-la.
– Tem paciência, irmãozinho.
Depois da noite vem a madrugada.
– História. Não creio nestas
coisas. Quem garante a você que algo melhor nos espera?
– A lógica e os fatos. Nada
éramos há vinte dias. Estranhos acontecimentos, harmonizados
por uma força inteligente, teimaram em tramar coisas mil
para nos dar carne, ossos, penugem, corpo, membros, cabeça.
Por que tudo isso, senão para uma finalidade mais
importante? Não seria um tempo perdido, dessa força
inteligente, se houvéssemos de nos extinguir, nesta
escuridão?
– Não sei. Tenho um certo
ceticismo.
– Esperemos, então.
O pintainho ateu, sem coragem,
desanimado, não reuniu as energias de que dispunha, para
romper a casca. Mas aquele que acreditava num futuro
diferente, saiu da escuridão para a vida. Como haviam crido,
assim aconteceu, a cada um deles.
TEMOS DE
PERSEVERAR
Mat. 24:13
O local era o Estádio
Imperial, em Vancouver, na Columbia Inglesa. O tempo, 7 de
agosto de 1954. A ocasião, a corrida maratona de uns 40 Kms,
dos jogos do Império Britânico.
Um dos atletas na corrida era
Tiago Henrique Peters. Quilômetro após quilômetro ele esteve
à frente no campo, ganhando distância a cada passo. Ao fim
desse exaustivo exercício, ele se achava a bons vinte
minutos na frente de seu mais próximo competidor. E penetrou
no estádio por entre as aclamações da multidão.
Mas que era isto? Peters ia
diminuindo; cambaleava; caía! Tombava na pista. Companheiros
o incitaram a erguer-se. Incerto, pôs-se de pé, deu alguns
possas adiante, e tornou a cair. Mais uma vez os
companheiros gritaram-lhe palavras de animação, e novamente
Peters se levantou, foi vacilando adiante alguns passos, e
caiu. Doze vezes ele se levantou e doze vezes tombou, e
finalmente, tateou em direção de uma linha branca que ele
parecia julgar a linha final. E ali desfaleceu nos braços de
seu treinador.
Peters não venceu a corrida.
Estava a 60 metros do alvo. Vinte minutos depois um escocês
por nome Tiago McGhee saltou através da linha e foi
declarado vencedor.
Que decepção! Peters fizera
metro após metro, quilômetro após quilômetro. Fizera a maior
parte da corrida. Apenas 60 metros a sua frente! Mas deixou
de resistir "até ao fim", e daí perdeu a corrida.
PACIÊNCIA
NESTA ÉPOCA DE PRESSA
Vivemos na era do "momento" –
era das bebidas do momento, pudins, leites, batatas do
momento. E muitas pessoas estão à procura de descobrir a
religião do momento. Demasiado ocupadas e impacientes demais
para estudar a Bíblia e meditar em suas profundas lições,
precipitam-se daqui para ali à sua maneira secular.
Pessoas assim perdem muito,
pois a impaciência é inimiga da reflexão, da descoberta, de
uma apreciação profunda pelas coisas grandes e belas da
vida.
Anos atrás, um professor, em
um laboratório, entregou a um aluno uma planta, dizendo-lhe
que a estudasse, fizesse desenhos dela e escrevesse o que
visse. Impacientemente, o jovem olhou às folhas, às raízes,
às flores, e dentro de cerca de 15 minutos relatou ao
professor:
"Continue", disse o professor,
"você apenas começou". O aluno serviu-se do microscópio de
mão por um pouco, tomou mais algumas notas, depois se
aproximou outra vez do mestre. "Continue", disse ele, "você
nem começou o ver tudo quanto há naquela planta". Isto
prosseguiu por quatro dias. Então, para surpresa sua, o
aluno começou a ficar fascinado pelas veias da planta, seus
arranjos, o canalzinho do estame. Era como se ele estivesse
explorando um mundo inteiramente novo. Começou a compreender
a observação de Rodin, o escultor: "A lentidão é beleza".
Como esse estudante,
necessitamos maior paciência no estudar as coisas profundas
de Deus.
EXEMPLO
DE PACIÊNCIA
O famoso cientista genovês,
Abauzit, que no século XVIII surpreendeu seus contemporâneos
pela excelência de seu saber, caracterizava-se também pela
sua imensa bondade.
O fato a seguir mostra a
medida de sua imensa paciência. Sua criada um dia atirou ao
fogo, porque estavam amarelados e sujos, os papéis nos quais
Abauzit havia anotado 27 anos de observações do barômetro. O
sábio, cruzando os braços, lutou um instante contra sua
justa indignação, e disse em tom muito calmo: "Você destruiu
27 anos de trabalho; de hoje em diante, não tire nada mais
do meu escritório".
– Fé e Vida.
PERSEVERANÇA
Conta-se que certa vez Bruce
estava na prisão desconsolado e desanimado por causa do peso
da campanha que fizera para libertar seu povo. Meditava em
deixar a luta quando foi atraído por uma aranha que
procurava tecer uma teia; para fazer isto, tinha que
estender um fio entre dois objetos num quarto, para base da
teia. Em sua primeira tentativa caiu; mas voltou e outra vez
lutou para cruzar o espaço entre os dois objetos e outra vez
caiu. Prosseguiu, porém, lutando e caiu sete vezes; na
oitava teve êxito e com o primeiro fio como base pôde
construir sua teia com mais facilidade. Com este incidente,
Bruce se animou de tal modo, que resolveu prosseguir avante,
nunca deixar a campanha até que seu povo fosse liberto. Por
fim ele venceu. – H.W. Beecher.
|