PECADO

 

O  FLAUTISTA  QUE  NÃO  TOCAVA

 

Há muitos anos atrás, na velha China, viveu um homem que era membro da orquestra do Imperador, embora não soubesse tocar uma nota sequer. Obtivera esse lugar, de flautista por sinal, através de conhecimentos pessoais. E, assim, por muitos anos, onde quer que se encontrasse a orquestra, achava-se ali o falso musicista, o qual, colocando o instrumento em seus lábios, dava a impressão que executava belos números. Com esse emprego, ganhava o suficiente para viver confortavelmente.

Mas veio o dia quando o Imperador desejou ouvir um solo de cada componente da orquestra. O flautista, quando soube da notícia, desmaiou, e quanto mais se aproximava o dia da sua apresentação, mais desesperado ficava. Por algum tempo, tomou lições de um profissional, mas em vão; não tinha ouvido para música, nem tampouco talento. Planejou dizer que estava doente, mas lembrou-se de que o médico da corte poderia desmenti-lo. Na manhã em que deveria comparecer perante o monarca, para executar o seu solo, o pretenso flautista pôs fim à sua vida, ingerindo forte dose de veneno. Essa foi a origem de um antigo provérbio chinês, que diz: "Ele não ousou enfrentar a música".

Não é sem razão que a Palavra de Deus adverte: "Sabei que o vosso pecado vos há de achar". Núm. 32:23.

 

FIQUEMOS  FORA  DO  TERRENO  DA  TENTAÇÃO

Mat. 6:13

 

Muitos anos atrás, um jovem ébrio entregou o coração a Jesus. Resolveu abandonar a velha vida de pecado e afastara-se dos amigos que o haviam levado àquela vida desregrada. Todavia, em suas idas do campo, onde morava, para a cidade, ele após a conversão amarrava o cavalo ao mesmo velho muro em frente ao botequim.

– Jovem, advertiu-lhe um amigo bem-intencionado, se você quer mudar de vida, é melhor procurar outro muro em que amarrar o cavalo!

Meditações Matinais.

 

FUGINDO  DO  PECADO

 

Uma menina, no tempo em que a conversão das crianças não era motivo de tanta oração como agora, pediu para ser aceita como membro da Igreja Batista.

– Você era pecadora antes da transformação de que agora fala? perguntou-lhe um idoso diácono.

– Sim, senhor, foi a resposta.

– E agora, ainda é pecadora?

– Sim, senhor, sinto que sou maior pecadora que nunca.

– Então, que transformação se operou em você?

– Não sei explicar exatamente – disse ela – mas eu costumava ser uma pecadora que corria atrás do pecado, e agora sou uma pecadora que foge do pecado.

Eles a aceitaram e, por muitos anos, foi ela uma luz brilhante e irradiante, e está agora onde não mais existe pecado de que fugir.

A.B. Webber.

 

PARA  CIMA

 

Verificou-se que, na misteriosa flora submarina, nas profundezas abismais do oceano, medra estranha flor. De um mesmo "caule", que se bifurca em duas "hastes", e nas extremidades destas surge a flor. São aparentemente iguais. Crescem e desenvolvem-se paralelamente. Uma delas se desprende da "haste", solta-se, vai subindo, subindo, varando a imensa massa líquida do Oceano até atingir lá em cima a superfície e receber o beijo ardente do Sol. No entanto, a outra flor, sua companheira, não se desprende da haste. Ali fica, desmancha-se, dilui-se, vira nada...

Assim são as pessoas em relação a Jesus. Uma se eleva, rompe o pecado, sobe na vida cristã, atinge as alturas e alcança a salvação. Outra perece na baixeza do pecado e da miséria. As duas atitudes, como as dos dois malfeitores...

Oxalá, ninguém dos presentes venha a morrer no pecado, mas venha a morrer para o pecado, confiante nAquele que morreu pelo pecado. – A.B.C.

 

CONSEQÜÊNCIA  DO  PECADO

 

Um pregador, depois de longa viagem, já tarde da noite alcançou uma igreja do sertão, reunida para ouvir a mensagem do Evangelho. No auditório estava também um apóstata da fé que, atraído pelo desejo de ouvir um novo pregador, voltou à Casa de Deus.

O ministro, sem que soubesse haver um apóstata no auditório, para ilustrar o fato de que as pessoas que procuram o bem, ainda que se afastem temporariamente da Igreja, voltam ao seu seio, e só ficam de fora os maus, os sujos, chamou a atenção do auditório para a arca de Noé, com o corvo e o pombo que foram soltos, para ver se as águas baixavam. Esta, que não tinha disposição para saciar-se em corpos putrefatos, voltou à arca; aquele, encontrando em abundância o que saciasse o seu apetite carnívoro, não regressou.

O pobre homem que apostatara, ao caminhar, quase madrugada, para sua choça, disse a um companheiro: "Eu sou o corvo da Arca. O pecado prendeu-me no mundo, não mais posso alegrar-me no Evangelho".

E foi o testemunho dos que conheciam que o seu segundo estado, depois de abandonar o Evangelho, era lamentável, sete vezes pior que o primeiro, antes de ter aceitado a verdade.

 

PECADO

 

Um rapaz estava serrando um velho tronco de laranjeira, em toros, para lenha. O tronco seco era duro de serrar e rachar. Ele, entretanto, estava com pressa, pois desejava encontrar-se com alguns companheiros, para ir pescar. Irritado, acabou machucando-se, e proferiu palavras ásperas contra a serra e contra a lenha.

O pai ouviu-o e, depois que ele acabou o seu trabalho, chamou-o e pediu que trouxesse pregos, o martelo e uma torquês. Pediu depois que trouxesse um toro da laranjeira. Calmamente o pai lhe disse: pregue um prego na parte serrada. Logo estava feito o que o pai ordenara.

– Agora arranque o prego.

– Isto é fácil, disse o filho, embora intrigado.

– Agora arranque o buraco que o prego fez.

– Isto eu não posso, papai!

Alguns anos mais tarde este filho contou o efeito que essa lição produzira. Ele compreendeu que, irando-se ou fazendo o que não era direito, produzia o efeito do prego sobre o coração: ainda que fosse arrancado depois, deixaria os seus efeitos.

 

"QUE  É  PECADO?"

 

Perguntou João Wesley, certa vez, à mãe: "Que é pecado?" Respondeu-lhe ela: "Se quiseres julgar da legalidade ou ilegalidade de um prazer, adota esta regra: Qualquer coisa que debilite tua razão, que diminua a sensibilidade da tua consciência, obscureça tua concepção de Deus, ou enfraqueça teu gosto pelas coisas espirituais; qualquer coisa que aumente o domínio do corpo sobre a mente, isso é pecado, por mais inocente que em si mesmo pareça".

Há alguns meses, em certa noite escura, foi um navio torpedeado no Norte do Atlântico. Ao submergir, foram abaixados os botes salva-vidas, que estavam aprovisionados e prontos para qualquer emergência. O bote do comandante levava uma pequena metralhadora como proteção, como também a bússola do navio, e ele ordenou aos botes que o seguissem enquanto se dirigia à terra mais próxima.

Perto do meio-dia o comandante começou a suspeitar que alguma coisa não ia bem, que a bússola não marcava o Norte. Por algum tempo esteve perturbado. Porém descobriu, repentinamente, que a metralhadora é que estava afetando a agulha. Somente depois de ter, de muito má vontade, atirado a arma ao mar – visto não haver lugar nos outros botes – puderam dirigir-se à terra, a um lugar seguro.

Com que freqüência, enquanto passam os dias, algo que insistimos em levar conosco, somente para nosso bem-estar ou proteção, influi sobre a delicada bússola da consciência, de maneira que já não aponta corretamente!

 

SENTIR  O  BASTANTE  PARA  ABANDONAR

 

Um ministro foi certa vez falar a um grupo de crianças. Ao iniciar sua palestra, fez a pergunta: "Que significa a palavra arrependimento?" Um rapazinho levantou a mão.

– Fale, meu jovem, disse o ministro.

– É sentir tristeza pelos pecados, respondeu o garoto. 

Uma menina, sentada mais atrás, levantou também a mão.

– Que pensa você, menina, perguntou o pregador.

– Eu acho, eu acho... que é sentir o bastante para os abandonar.

– Adaptado.

 

PECADO

 

Um grupo de estudantes fora visitar uma fábrica de lentes. Em uma das seções viram uma lente de cerca de um metro de diâmetro e trinta centímetros de espessura em preparação. O operário pediu que não tocassem nela, pois estava sendo polida, e era muito fácil estragá-la.

Um dos estudantes perguntou:

– Quanto tempo levou para preparar este disco de vidro, seis meses?

E o fabricante de telescópios respondeu calmamente:

– Nada menos do que quatro anos.

– E quanto tempo levará para poli-lo? perguntou outro.

– Dois anos, respondeu o perito. Esta lente de 40 polegadas de diâmetro tem um foco de 50 polegadas. Isto é, quando pronta, esta lente tem que apanhar os raios de uma estrela e projetá-los todos sobre um único ponto, exatamente a 50 polegadas. Se um só raio cair a uma fração de milímetro aquém ou além do ponto focal, a lente é defeituosa.

– E como o senhor consegue isto?

– Com paciência e sem o emprego de força ou máquinas. Tudo é feito com vista exercitada e a mão educada. Uma unção com cera aqui, um pouco de tinta ali e a pressão do polegar nos pontos defeituosos, eis tudo.

– Com a pressão do polegar?!... o senhor pode acalcar este vidro resistente?

 

O  PECADO  DENUNCIA

 

Há na Escritura esta frase tremenda: "Sabei que o vosso pecado vos há de achar". Núm. 32:23. É uma verdade, não só com referência à vida futura, mas também a esta vida. Poucas coisas há que não venham a ser descobertas; mesmo as feitas e ditas em segredo são registradas em nossa mente, de forma que aí permanecem fixadas.

Segundo notabilidades médicas, cada pensamento ou ato fica registrado em nosso cérebro pela modificação das células. O pensamento fica arquivado como num grande cartório. A célula tem poder em si mesma, independentemente da vontade, de reproduzir atos ou palavras a qualquer hora. Assim explicam a força do hábito e o poder dos costumes sobre os homens. Quem encobertamente pensa numa coisa vil, quando menos esperar há de vê-la descoberta.

Quando chegarmos perante Deus e virmos face a face o nosso Salvador e contemplarmos o Seu semblante imaculado, e quando os Seus olhos puros penetrarem no íntimo da nosso alma, aí não ficará uma só coisa que não seja descoberta. Então sentiremos a realidade de que nossos pecados mesmo são os nossos mais cruéis denunciadores perante o tribunal divino.

 

CASA  SEM  JANELAS

 

Faz alguns anos, construiu-se em uma cidade um edifício para os cegos. A comissão, depois de pensar sobre o caso, resolveu que seria inútil gastar dinheiro com as janelas para entrar luz, visto ser o edifício destinado aos cegos.

Inaugurou-se o novo prédio e os pobres cegos foram admitidos. Não obstante a sabedoria da comissão, as coisas não correram bem e logo os cegos ficaram doentes. Era difícil saber o que tinham e até dois deles morreram.

A comissão novamente se reuniu para tratar desse assunto tão importante, e um deles propôs que se abrissem janelas para se obter luz para os doentes. Com a luz, os rostos pálidos dos enfermos ganharam cor, a energia aumentou, e logo melhoraram. Então logo se soube que a causa da doença era a falta de luz. Apesar de serem cegos não podiam viver sem luz.

Semelhante é a condição de muitas pessoas. Procuram viver sem a luz que é Cristo. Edificam paredes de pecados, rejeitam a luz divina e morrem espiritualmente. Que verdade disse o filho de Deus: "A Luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que suas obras não sejam reprovadas." João 3:19, 20.

J.R.C.

 

 

DE  QUEM  É  A  CAMPAINHA  QUE  TOCA?

 

Certo amigo costumava levar um despertador no seu carro. Sempre que o carro ao correr na estrada dava um solavanco, mesmo que fosse leve, tocava de mansinho a campainha. À princípio quando a campainha tilintava, veio-lhe a idéia de levar o despertador ao relojoeiro, para ser consertado (de fato estava no caminho para a relojoaria quando o colocou no carro). Mas agora, conta ele, ao ouvir soar a campainha do despertador, sabe que os caminhos de sua vila estão em mau estado e que a municipalidade tem a culpa por não os consertar.

Não é interessante notar a significação que adquiriu esse despertador? O pecado é da mesma maneira. Ao princípio nos faz lembrar que nós temos de fazer algo para corrigir nossas faltas, mas logo quando o mal de adiar essa correção se arraigou em nós, permitimos que os pecados nos faça lembrar que alguém deve fazer algo para corrigir seus pecados. – Zion’s Herald.

 

ÁGUA  DOCE  EM  MEIO  A  ÁGUA  SALGADA

 

Existe no Golfo Pérsico uma ilha chamada Bahrain. Nela medram tamareiras e outras fruteiras tropicais, e no entanto, não há nela rio, nem fonte, nem poço. Como conseguem os habitantes, água doce? São rodeados pelo mar, cuja água não serve para beber nem para regar as plantas.

O segredo dessa linda ilhota esconde-se sob as águas do mar, um pouco abaixo do ponto mais baixo da maré. Ali há mananciais de água doce, que nunca faltam. Quando os moradores da ilha precisam de água, vadeiam pelo mar a dentro e quando sentem água fria nos tornozelos, sabem que estão perto dos mananciais de água doce. Mergulham então as suas garrafas, colocam-nas no lugar em que sentem a água fria. Tiram-lhes então a rolha e as garrafas se enchem de água potável. Arrolham bem as garrafas e com elas voltam para a praia. Essa água jamais lhes falta.

Assim vivemos nós num mundo em que o pecado, à semelhança da água salgada que circunda Bahrain, encontra-se abundante ao redor de nós, mas aos que conhecem o amor de Deus, existe uma fonte inexaurível de graça vivificante, que Jesus provê.

 

A  SANTA  CEIA

 

"A ceia do Senhor aponta não apenas para o passado, mas também para o futuro... Cada celebração da ceia do Senhor é uma afirmação prévia e uma antecipação da grande ceia das bodas." – Clark's Commentary, Vol. V, pág. 161.

Se for possível, mostrar a gravura de Leonardo da Vinci, que representa "A Última Ceia", e deixar que as crianças a olhem, enquanto o professor conta a seguinte história:

O artista Leonardo da Vinci pintou o belo quadro da última ceia. Enquanto o pintava, procurava por pessoas que pudessem ser os modelos. Ele desejava um rosto belo e pura face para representar Jesus, e outro rosto ímpio e pecador para pintar Judas.

Afinal o artista encontrou um jovem com rosto belo e puro. Era Pietro Bandinelli, cantor de coro sacro. Passaram-se anos e o grande quadro ainda não estava terminado, pois o artista não conseguia encontrar um rosto que pudesse representar Judas.

Ele pensou: "Preciso encontrar um homem de coração mau, cuja fisionomia mostre o mal em sua vida". Um dia, nas ruas de Roma, viu um mendigo de fisionomia má e horrenda. O mendigo concordou em posar para o retrato de Judas. Logo o pintor pôde completar a face do traidor. Ao terminar o trabalho, e pagar o mendigo, o artista perguntou o seu nome.

"Pietro Bandinelli", respondeu o mendigo. E acrescentou: "Eu posei também para o modelo de Jesus Cristo."

A vida ímpia que o jovem havia levado transformara uma fisionomia pura e santa como a de Jesus, noutra má, a ponto de poder representar Judas.

Judas não pecou pela primeira vez essa noite. Ele permitira que pequenos pensamentos de inveja lhe ocupassem a mente. Havia-se ressentido por lhe haver Jesus repreendido o egoísmo. Esses pensamentos, a princípio pequenos, tinham crescido a ponto de encher-lhe o coração e a mente, e já agora estava disposto a vender seu Senhor.

Devemos pedir ao Senhor que nos mostre o pecado em nosso próprio coração, a fim de poder atacá-lo. "Porventura sou eu, Senhor?", é a pergunta que cada um de nós deve fazer, e o que deve ser expulso de nossa vida ser-nos-á mostrado. "

 

POR  QUE  SOSSOBROU  O  NAVIO?

 

Conta-se a história de um navio que fora construído num dos estaleiros da Inglaterra e aparelhado com os mais aperfeiçoados e modernos instrumentos de navegação. A bússola havia sido aprovada e tudo que se pôde fazer se fez para garantir a segurança dos passageiros. A primeira viagem a um porto estrangeiro constituiu um excepcional acontecimento para os marinheiros. Assim passaram alguns dias de navegação tranqüila quando, de súbito, o marinheiro que estava de vigia exclamou: "Há rochas em nossa frente!" E, antes que se pudesse mudar o curso do barco, deu contra os escolhos, causando-lhes uma séria avaria.

As investigações comprovaram que o barco, na hora da catástrofe, achava-se várias milhas fora do seu curso. Foi difícil saber como isso pôde acontecer, mas ao examinarem a bússola, descobriu-se perto da mesma, encravado, um parafuso de aço. Foi isso suficiente para desviar a agulha da bússola alguns pontos, resultando no embate da nave contra os rochedos.

O mesmo acontece com o pecado quando está sendo guardado no coração por algum tempo, pois fará com que nos desviemos da senda reta da justiça, e logo soframos o naufrágio. O pecado é alguma coisa perigosa para ser albergada no coração. – The New Testament Christian.

 

O  PONTO  VULNERÁVEL

 

Relatam os poetas clássicos o caso de Aquiles – guerreiro grego – cuja mãe, orientada pelo oráculo, o mergulhou, sendo ele ainda criança, no rio Lethe, a fim de protegê-lo de qualquer perigo que o pudesse atingir em conseqüência da guerra de Tróia. Páris, porém, seu inimigo irreconciliável, ficando ciente também pelo oráculo, que Aquiles tinha o corpo invulnerável, com exceção do calcanhar (por onde sua mãe o segurara ao imergi-lo no rio) tirou partido desta falha e feriu-o com certeiro golpe precisamente no calcanhar, e o matou.

Para enfrentar a luta contra o adversário das almas, o cristão se veste ou deve vestir-se de toda a armadura de Deus. Mas, muito cuidado em não negligenciar nenhuma peça, por menor que seja. Cuidado em não deixar uma mínima parte do corpo sem proteção, porque precisamente por ela é que o dardo inflamado do inimigo entra. Se são os olhos, ele os dardejará, exibindo figuras lascivas; se são os ouvidos, ele os atingirá com maus conselhos ou conversa de baixo quilate; se a língua, ele a moverá para falar mal e produzir danos a terceiros; se os pés, ele os moverá para freqüentar lugares onde os anjos de Deus não podem entrar, e assim por diante.

Há algum ponto vulnerável em você, não coberto pela armadura de Deus?

 

TODOS  PECARAM

Rom. 3:23

 

Gesticulando com os braços, um evangelista sensacionalista pregava o que a imprensa depois noticiou como um sermão fúnebre. Na frente do púlpito estava um esquife, sobre o qual havia flores em profusão. Não houve elogios. Segundo o pregador, o falecido cometera todos os pecados de que há conhecimento. Fora de fato ímpio. Declarou o pregador que seu destino estava selado. Terminado o sermão, os presentes desfilaram junto ao esquife, para mais uma vez contemplarem o corpo daquele pecador impenitente. Ao olharem os passantes para aquele esquife vazio, cada qual via o próprio rosto refletido no espelho ali colocado. – Meditações Matinais.

 

PRISIONEIROS

 

No "Deserto Atômico de Nevada", dez homens aguardam a morte. São vítimas das irradiações atômicas. Trabalhavam como cientistas, técnicos ou simples operários, com os materiais produtores da energia atômica. Quando se descobriu a perigosa doença, já não havia salvação. Logo se construiu para os doentes uma casa revestida de chumbo. A única comunicação com o exterior são os telefones. De vez em quando os condenados à morte recebem a visita de um médico que, apesar do perigo das irradiações, se prontificou a tratar dos "homens atômicos". As refeições são-lhes dadas através de uru pequeno alçapão, para dentro da casa de chumbo.

Mesmo depois de mortos, esses dez não podem ser sepultados pela família. As irradiações atômicas, expedidas mesmo pelo cadáver, seriam muito perigosas. Só em pensar é terrível! Homens livres, mas presos fatalmente!

Não nos assemelhamos todos a essas pessoas dignas de lástima? A doença funesta que contraíram é o pecado. E o salário do pecado é a morte, diz a Bíblia. Uma última cerimônia, muitas coroas de flores, discursos, e então baixa o silêncio sobre o montículo de terra. Todos nós nos achamos presos numa casa de chumbo, da qual unicamente Cristo nos pode livrar!

H. Hein, Kraft und Licht.

 

TRISTE  LAMENTAÇÃO  DO  RELAPSO

Jer. 8:20

 

Observei em Bombaim, a construção de um gigantesco edifício. Dia a dia, ao passar por ali, notava que se ia erguendo sempre mais alto. Em toda a volta da construção, com ela iam subindo os confusos andaimes de bambu. Atadas umas às outras por cipós, aqueles milhares de varas obscureciam o edifício que estavam ajudando a construir. Os trabalhadores enxameavam os andaimes, passando uns aos outros, tijolos, argamassa e outros materiais.

Algumas semanas mais tarde, que mudança! Todos aqueles feios andaimes tinham sido removidos. Ali estava o edifício pronto, em toda a sua beleza, aquedando inquilinos. Mas aqueles andaimes tinham desempenhado importantíssimo papel na construção. O edifício não poderia ter ficado completo sem eles. Mas, depois de haver servido a seus fins, foram derrubados e removidos! – Meditações Matinais.

 

ABORRECER  O  PECADO

 

Certo homem queria converter-se, porém lamentava as renúncias que teria que praticar para isso.

– Terei que desistir de muita coisa. Há muita coisa que agora posso fazer, e que deverei deixar de fazer.

– Mas, disse o crente, há muitas coisas que você agora não pode fazer. Não pode, por exemplo, comer lama, ou bebê-la.

– Não, replicou o outro, nem quero fazer semelhante coisa!

– Perfeitamente! foi a resposta. E se o você se torna um cristão 100%, todo pecado perderá o gosto. Não quererá mais cometê-lo.

Ao aceitar a Cristo, não renunciamos a nossa liberdade, mas nossa escravidão, e tomamo-nos livres para fazermos o que nos agrada, porque nos será agradável fazer a vontade de Deus. – The Christian Age.

 

PROCESSO  DA  APOSTASIA

 

Estavam certa vez dois ministros do Evangelho caminhando ao lado de um rio, quando chegaram junto a uma enorme árvore que jazia derrubada por uma tempestade. Era uma árvore alta e copada, e parecia robusta e forte. Devia ser já quase secular. Aproximando-se para examiná-la, viram que havia se partido justamente acima das raízes. E, olhando mais de perto, viram que apenas o exterior estava são: o centro estava completamente podre. O cerne havia estado em processo de apodrecimento por muitos anos.

Você sabe, perguntou um ministro, que uma árvore nunca se quebra desta maneira, a não ser que tenha sofrido antes um processo de destruição interna?

Lição muito sugestiva, volveu o outro, para nós e para os membros de nossa igreja. Não se dá o mesmo com a apostasia de muitos membros? É raro os homens apostatarem de uma vez, caindo em pecado notório e flagrante. – Bowes.

 

O  PECADO  É  PODER  QUE  ESCRAVIZA

Rom. 7:24

 

Conta um ministro que o homem que estava à sua frente apresentava aspecto confrangedor. Corpo franzino, doentio; as mãos, trêmulas. Os olhos, encovados, como que suplicavam auxílio. Anos atrás desistira de boa posição numa das estradas de ferro da Índia, para servir ao Senhor. Mas apesar desse sacrifício nunca se unira à Igreja. Por quê? Porque um mau hábito prendia-o com garras de ferro: Não conseguira romper com o hábito de fumar. Era na verdade um escravo da nicotina.

– Ore por mim, pastor!, suplicava ele. Poucos minutos depois estavam de joelhos, pleiteando a vitória.

Aconteceu então coisa estranha. Quando o pastor orava pedindo a Deus que concedesse ao pobre homem completo e imediato alívio, ele o interrompeu: "Pastor, peça a Deus que me dê a vitória na próxima quinta-feira". Era terça-feira.

Seu amigo tinha ainda no bolso um maço de cigarros, que queria acabar de fumar. Jamais aquele pobre homem conseguiu o domínio sobre o vício. Foi de mal a pior. Da última vez que o pastor viu, o álcool também o subjugara. – Meditações Matinais.

 

O  SALÁRIO  DO  PECADO  É  A  MORTE

Rom. 6:23

 

Conta um residente em Bombaim que junto da janela de sua casa, um bando de corvos crocitava horrivelmente. De súbito o ruído cessou. Olhou pela janela. Todos os corvos, menos um, haviam fugido. Bem alto, na ramagem da árvore, um infeliz corvo ficara preso entre os galhos, e forcejava desesperadamente por livrar-se. Na manhã seguinte ainda se encontrava lá, preso ainda, lutando pela liberdade. Não havia jeito de se subir à árvore para livrar a ave. Por vários dias o pobre corvo continuou sua luta inútil. Dia a dia seus esforços se tornavam mais débeis. Por fim, aquietou-se. Por várias semanas a carcaça ali permaneceu dependurada, qual monumento a uma batalha perdida.

Meditações Matinais.

 

O  JUÍZO  ÀS  VEZES  É  ADIADO

Ecles. 8:11

 

Tempos atrás foi preso em Nova York um indivíduo que cometera um bárbaro crime, fazia 30 anos. Por todo esse tempo conseguira fugir do braço da lei. Um dia tingiu de preto seu cabelo grisalho. Um conhecido dos dias antigos reconheceu-o. Foi preso, julgado e sentenciado. Afinal, a lei apanhou o culpado, que sofre a punição.

Meditações Matinais.

 

O  PODER  QUE  SE  NOS  OPÕE  É  O  PECADO

I João 3:4

 

O evangelista João Tomás assim descreve esse poder que se nos opõe: "O pecado é uma torrente que, quanto mais longe, mais depressa corre. O pecado é um hábito: quanto mais tempo demora, mais forte se torna. O pecado é uma excrescência: arraiga-se na alma de nosso ser. O pecado é escravidão: forja novas cadeias em torno de sua infeliz vítima. O pecado é um declive moral: aumenta sua gravidade à medida que resvala para o inferno. O pecado é um desvio: alarga a distância entre a alma e Deus." – Spiritual Messages.

 

ENTREGUES  AOS  NOSSOS  ÍDOLOS

Oséias 4:l7

 

Hoje em dia, não é preciso irmos a países pagãos para encontrar ídolos. Nosso país está cheio de falsos deuses.

Dwight L. Moody disse certa vez: "Qualquer coisa que amemos mais do que a Deus, é nosso ídolo. O coração de muitas pessoas é semelhante a essas capelinhas de beira de estrada, tão cheias de ídolos, que quase não sobra espaço para nos virarmos no seu interior".

Diz o profeta Ezequiel: "Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos em seus corações." Ezeq. 14:3. – Meditações Matinais.

 

DEUS OBSERVA NOSSO PECADO

Jó 10:14

 

Estava um colportor visitando os lares das mais belas ilhas das Índias Ocidentais. Um dia entabulou conversa com um habitante da ilha, conhecido criminoso que já estivera preso por homicídio. A conversa enveredou para o assunto do juízo.

Jovem, disse o homem, com expressão de espanto; quer o senhor dizer que Deus faz um registro de cada pecado que cometo – mesmo dos pecados mais secretos?

Sim, respondeu o irmão colportor, mesmo dos pecados mais secretos. Todos são observados mais cuidadosamente. Um dia teremos de enfrentá-los todos em juízo.

O homem ficou tão abalado com esse pensamento solene, que se pôs a chorar, e instou com o visitante cristão que orasse por ele. Poucas semanas depois o pobre homem veio a falecer, mas havia confessado os pecados e possuía a esperança em Jesus. – Meditações Matinais.

 

O  PECADO  SECRETO  TEM  QUE  SER  VENCIDO 

Sal. 19:12

 

Já viram alguma vez uma laranja bichada? Por certo que viram! E já descobriram como foi que o bicho penetrou na fruta? Dizem os entendidos que o inseto depositou um minúsculo ovo na flor, e o verme foi incubado na fruta.

Uma vida de transgressão em geral se inicia da mesma maneira: um pecado "oculto" talvez mesmo "inconsciente", é acariciado no coração. Ele cresce e se desenvolve. Resultado final? Morte! (Rom. 6:23). Não admira que o salmista classe: "Purifica-me de faltas secretas!"

Meditações Matinais.

 

O  PECADO  QUE  MAIS  AMAMOS

Jó 13:23

 

Um jovem de mente fraca usava um paletó todo remendado na frente. "Estes remendos", explicou ele a alguém que lhe perguntava, "lembram-me os pecados e faltas de meus vizinhos. Eu os tenho marcados aqui para poder vê-los facilmente". Ao lhe ser perguntado acerca do pequenino remendo que trazia na gola atrás, respondeu: "Oh, isto representa meu pecado – e eu o coloquei atrás, onde não o possa ver!" – Meditações Matinais.

 

NÃO  PROSPERAREMOS  COM  O  PECADO  OCULTO

Isa. 29:15

 

Um gato, perseguido por um cão, subira a um poste de telefone. Achando-se ali em situação precária, o felino encheu a noite de miados pungentes. Esgotando todos os recursos para fazer o animal descer, um vizinho afinal chamou o Corpo de Bombeiros que, com longa escada, conseguiu trazer para baixo o bichano. Todo esse incômodo se produzira meramente porque o gato não aprendera a "voltar atrás".

Meditações Matinais.

 

CONTAMINAÇÃO

 

Certo livro de leitura infantil contava a história de um homem que queria ensinar ao filho o perigo de escolher maus companheiros. Tomou três maçãs, uma podre e as outras boas, pondo-as juntas no mesmo prato. Depois de poucos dias, levou o filho para examiná-las. Estavam ali três maçãs podres, porque a estragada contaminou as boas. Assim, "um pouco de fermento faz levedar toda a massa". – Brado de Guerra.

 

O  PECADO  DESCOBERTO  E  PERDOADO

I João 1:19

 

Certo homem queria entregar-se à Cristo a fim de segui-Lo como seu Salvador e Mestre, porém não podia encontrá-Lo. Ele sentia o peso de um crime praticado contra uma companhia de seguros. Isso o enchia de remorsos.

Acontecera que certa ocasião em desespero por apertos financeiros, provocou um incêndio em seu armazém com o intuito de receber o prêmio de seguro. Não tendo sido descoberto o seu ardil, a companhia pagou-o integralmente.

Passaram-se os anos. E agora, depois de ter ouvido a pregação do Evangelho, desejando dar o passo definitivo, aquele pecado interpôs-se como obstáculo intransponível para impedi-lo de aceitar alegremente o seu Salvador. Encontrando-se com um evangelista, contou-lhe o caso e pediu sua opinião.

– Eu faria assim, respondeu ele, tomaria o primeiro trem para o Sul e iria ao escritório da companhia de seguros, contaria toda a minha história e esperaria as conseqüências, pois acho melhor ir ao Céu pelo caminho de uma prisão do que perder a minha alma por causa de um crime não confessado.

– Pois então eu vou fazer isso, foi a pronta resposta.

Após orarem juntos, separaram-se, cada qual seguindo o seu caminho. Passaram-se alguns meses. O evangelista recebeu uma carta. Era do homem que lhe escrevia da penitenciária: "Tenho tudo; nada me falta e tenho paz por ter achado meu Salvador". – Extraído.

 

NUM  PRESÍDIO

 

Conta o pregador Moody que durante a guerra civil, quando o General Grant sitiava Richmond, ele ia para Chicago e teve de passar por Nova York, onde passou um domingo. Foi assistir à reunião de oração na rua Fulton. Nessa reunião ele pôde dizer algumas palavras e, terminado o culto, um homem se aproximou e convidou-o para pregar no dia seguinte no presídio de Tombs.

Ele supunha que os presos se reuniriam na capela da prisão, mas qual não foi sua surpresa quando viu que tinha de pregar a um auditório invisível. Eles permaneciam nas suas próprias celas. Havia duas ordens de celas por cima dele, e uma por baixo, e pregou a 300 ou 400 sentenciados.

Depois da pregação, Moody quis ver o seu auditório. Ele se dirigiu à porta da primeira cela, onde havia uma pequena janela para deixar entrar luz e ar. Dentro havia dois homens jogando cartas. Eles jogaram durante toda a pregação. Moody lhes perguntou:

– Por que estão aqui?

– Porque nos metemos com maus companheiros, respondeu um, e o criminoso se livrou e nós fomos condenados.

Um outro disse:

– O homem que cometeu o crime não foi condenado.

Noutra cela disseram:

– Nós vamos ter novo processo. Um homem jurou falsamente contra nós.

Em toda a sua vida, conta Moody que nunca achou tantos inocentes como naquela prisão. A natureza humana é a mesma em toda parte.

Moody pensou: "Bem, vou percorrer este presídio para ver se posso encontrar um pecador". Levou tempo, mas afinal achou um homem sozinho na cela. Estava com a cabeça entre as mãos. Olhando pela janelinha, e Moody perguntou:

– Que tem você, amigo? Pude ver que estava chorando.

– Os meus pecados são tantos que não os posso suportar.

– Ah! Graças a Deus – disse Moody. – Tenho estado à sua procura.

Durante meia hora Moody falou com aquele homem. Suas palavras eram como um copo de água fria para um sedento. Contou quão perverso havia sido. Quando lhe pediu que orasse, o homem disse não saber. Teve a oportunidade de apontar-lhe o Salvador que o purificaria de todo o vil pecado. Afinal o homem orou: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, um vil desgraçado."

Moody ficou tão interessado nesse homem que quase não podia separar-se dele. Sentiu compaixão dele, parecia um amigo, um irmão. Ao separar-se disse-lhe: “À noite estarei no hotel e das nove às dez horas, estarei orando por você e desejo que você ore também. Naquela noite o Espírito Santo impressionou tanto a Moody que desejou tornar a ver o homem.

Moody foi ao presídio e o diretor permitiu-lhe falar com ele. Quando o viu, tomou sua mão e apertou-a enquanto lágrimas de alegria deslizavam-lhe pela face. Contou então que o Senhor lhe dera o salvação.

Por que foi que o Filho de Deus passou aquela noite as outras celas e só salvou esse homem? Foi porque esse homem viu sua condição de perdido. – Deus É Amor. – Moody, pág. 20 e 23.

 

MENINA  PERDIDA

 

Muito poucos acreditam que estão perdidos: Uma senhora foi assistir a uma conferência com uma filha pequena. Antes da porta da igreja se abrir reuniram-se muitas pessoas, e a pequena extraviou-se da mãe. Não podendo encontrá-la, a mãe pediu que o ministro anunciasse do púlpito.

"Mary Moore perdeu-se. Caso ela esteja na igreja queira levantar-se para que a mãe a veja". Ninguém se levantou. Não a encontrando na igreja a mãe mandou um homem sair pelas ruas tocando uma campainha e clamando: “Mary Moore perdeu-se”.

A mãe ficou quase doida. Afinal acharam a pequena assentada no primeiro banco da igreja:

– Por que você não se levantou quando chamaram seu nome?"

– Porque eu não estava perdida. Ela julgava que fosse outra Mary Moore.

Quando se prega aos pecadores perdidos, eles dizem: "Não, não estou perdido. Não faço isto e não faço aquilo". Aí está a dificuldade.

 

PECADO

 

Um dos amigos de um oficial inglês no exército das Índias, tinha criado um tigre que ele conseguira ensinar como a um cão. Ele o alimentava de carne cozida, lacticínios, frutas... e este companheiro de um novo gênero o seguia por toda a parte dócil e meigo, deitando-se a seus pés, levantando-se quando chamado, em resumo, tendo-lhe verdadeiro apego.

Um dia, instalado em seu "bangalô", redigia algumas notas, deixando caído seu braço esquerdo ao longo da cadeira. O nosso oficial sentiu de repente uma língua acariciando sua mão. O fato nada tinha de extraordinário, e ele a princípio não prestou nenhuma atenção. Mas as carícias foram se tornando cada vez mais acentuadas, e as lambidas mais rápidas. Voltando sua cabeça, sem mexer com a mão, ele viu que desta escorriam algumas gotas de sangue, por causa da rugosidade da língua da fera. Esta que nunca havia provado sangue, estava achando-o muito gostoso e continuava a lamber avidamente essa mão, que arranhava cada vez mais.

O oficial compreendeu o perigo. Os instintos do tigre despertavam; não havia um momento a perder, senão a mão, o braço... tudo seria engolido. Com notável sangue frio, deixando sempre pendida sua mão esquerda, já toda ensangüentada, ele estendeu a mão direita para pegar de sua escrivaninha um revólver que tinha sempre pronto, e bruscamente esvaziou toda a carga na cabeça de seu querido animal que caiu morto. O oficial estava salvo – na hora certa! Ele não substituiu seu tigre domesticado; esse brinquedo perigoso perdera todo o seu encanto para ele. – Brado de Guerra.

 

O  PERIGO  DOS  PECADOS  PEQUENOS

 

Faz algum tempo, um naturalista francês trouxe algumas traças aos EUA, com o propósito de realizar certas experiências científicas. Várias dessas traças escaparam. Se houvessem sido agarradas duma vez, facilmente poderiam ter sido destruídas, mas as autoridades do Estado adiaram a questão durante trinta anos. Até o presente, essas traças custaram ao Estado de Massachusetts a soma de 700.000 dólares.

 

AS  LINHAS  DO  PECADO

 

É bastante conhecido o quadro "A Última Ceia", de Leonardo da Vinci. Era este um pintor delicado e profundo conhecedor da natureza humana. Estudava minuciosamente as expressões do rosto. Visitava os sofredores e os alegres, para analisar as linhas faciais, e passar para a tela essas expressões.

Conta-se que certa tarde convidou para chegarem a seu quarto muitos amigos seus, e ali soltou entre eles uma cobra viva, para estudar-lhe as expressões de terror.

O maravilhoso quadro "A última Ceia" estava quase pronto, faltando apenas dois rostos: o de Cristo e o de Judas. O artista procurou por toda parte modelos para pintá-los. Um dia entrou numa grande catedral e notou ali a expressão alegre e varonil da face de um dos jovens coristas. Convidou logo o rapaz para visitá-lo em seu "atelier". O jovem esteve sentado durante horas, enquanto o artista estudava-lhe na face as fortes linhas de seu caráter e as passava para a tela. Depois de longas horas o rapaz foi despedido. Antes de sair, pediu permissão para ver o quadro. Então viu seu rosto pintado como o de Cristo.

Passaram-se meses e anos e ainda Da Vinci, apesar de investigar constantemente, não pudera encontrar uma face que exprimisse a fraqueza e impiedade de Judas. Mas afinal, encontrou o homem numa sarjeta. Convidou o mendigo a seu "atelier". Ali ele se colocou, imóvel, enquanto o artista copiava as linhas de pecado, impiedade e egoísmo que sua face retratava, como as de Judas. Quando o trabalho estava pronto, este pobre infeliz lhe deu um relance de olhos. Com um misto de espanto e de tristeza, exclamou: "Eu já vi este quadro antes!" "Quando? perguntou o artista, surpreso." "Anos atrás. Eu era o jovem do coro, cuja face o senhor pintou como a de Jesus."

Todo pensamento deixa um sinal na face. Vocês, tão-somente vocês terão de decidir se desejam ter um rosto semelhante ao de Cristo, ou semelhante ao de Judas.

 

PACIÊNCIA,  PERSEVERANÇA

 

O TESOURO DA PACIÊNCIA

 

Conta-nos Stewart Robertson de duas fontes. Uma encontra-se na Islândia, fora de vistas, no interior de profunda cratera. Os turistas gostam de jogar uma pedra ou um pedaço de sabão nessa cratera, e então afastar-se e esperar. Daí a pouco ouvem um som de água que murmura e ferve, e uma irada coluna de água suja, juntamente com pedaços de rocha, lixo e lama, é projetada no ar.

A outra fonte de que ele nos fala encontra-se nos planaltos da Escócia. A fonte mana uma água cristalina, num constante e brando murmurejar. Se se lança nela uma pedra, detém-se uns momentos o murmurejar, mas logo a pedra é engolida e a fonte continua plácida como sempre.

Algumas pessoas são como a primeira fonte: a qualquer observação desagradável, a qualquer ofensa do semelhante, lança de si ressentimento e ira. Outros – e estes devem incluir todos os cristãos – são como a pequena fonte da cena: se uma falta de bondade lhes atravessa o caminho, têm uma resposta branda, e jamais se lhes perturba a calma interior. Isto é o que é dar uma resposta branda, como diz  Prov. 15:1.

Palavras que se digam em resposta a uma pessoa irada geralmente agem como um chicote, fustigando-lhe o temperamento e tornando-o mais furioso. Mas a ira que encontra o silêncio, bem depressa desvanece. Refreie o cristão a língua, resolvendo firmemente não falar palavras ásperas, impacientes. Com a língua refreada, poderá ele ser vitorioso, cada vez que for chamado a passar por uma provação da paciência.

 

O  COLPORTOR  CEGO  E  O  GERENTE  DO  BANCO

 

O irmão cego J.B. foi, por mais de 20 anos, um fiel colportor-evangelista. Era bem conhecido dos homens de negócios da cidade comercial, os quais o recebiam sempre cortesmente e o ajudavam a atravessar os cruzamentos da cidade, em que havia intenso tráfego.

Certo dia dirigiu-se a um estabelecimento bancário da cidade. No seu caminho, dentro do Banco, deixava um exemplar de pequeno livro a cada funcionário, dizendo-lhes que nele havia uma mensagem de amor da parte de Deus; e que nesse meio tempo o examinassem e que logo após voltaria. Quando o colportor chegou à escrivaninha do gerente, se apresentou com o mesmo livro.

O gerente se enfureceu, atirou o livro no ar, e dirigiu-se rapidamente a todos os funcionários, arrebatou-lhes os livros e os jogou violentamente contra a porta do estabelecimento, e intimou o velho colportor cego a ir embora. Mas, à semelhança de seu Salvador, o colportor cego orava: "Pai, perdoa-lhe, porque não sabe o que faz".

Em seguida abaixou-se e com as mãos procurava em todo o piso a fim de recolher os preciosos livros que continham a mensagem do amor de Deus. Cada vez que achava um, exclamava: "Deus seja louvado, salvei mais um". Assim continuou, até que achou a todos. Durante todo o tempo o gerente do Banco o observava e quando o velho colportor estava perto da porta para ir embora, o gerente correu até ele, segurou-o pelo braço e lhe disse:

– Por favor, perdoe-me, agi como um louco. Volte para dentro e dê-me todos estes livros.

Em seguida foi pessoalmente distribuir um exemplar do livro a cada funcionário do Banco. Indagou do colportor o preço de cada livro, e pagou-lhe o dobro do preço devido. E ainda se escusou humildemente, dizendo: "Hoje, o senhor me ensinou uma lição maravilhosa de educação e de verdadeiro cristianismo. Por favor, volte aqui sempre que tiver outros livros, e eu pessoalmente o ajudarei a colocá-los".

Naquela ocasião se confirmou o que o sábio disse em Provérbios 15:1: "A resposta branda desvia o furor".

Extraído do Boletim de Colportagem, da Itália.

 

CONSTRUINDO  A  PONTE

Autor desconhecido, Tradução

 

Seguia um velho em solitária estrada,

Quando, ao cair da tarde, longa e fria,

Se viu perante a fauce escancarada

De abismo em que revolta água rugia.

 

Ao rio se lançou sem hesitar,

Transpondo-o, o viajor experiente;

E noutra margem, ei-lo a levantar

Sólida ponte sobre essa torrente.

 

"Por que, amigo, as forças desperdiça",

Observa alguém, "ao termo da viagem?

Seria justo abandonar a liça

E descansar, após árdua passagem..."

 

O sábio construtor ergueu a fronte

Encanecida pelos largos anos,

E diz: "Além, um jovem desce o monte;

Ingênuo sonhador, sem desenganos,

 

Não conhece os perigos dos caminhos;

Ele amanhã terá de atravessar

O hiante abismo, os pedregais e espinhos...

Para ele a ponte: deixe-o, pois passar!..."

 

APRENDENDO  A  PERSEVERANÇA  COM  A  FORMIGA

 

Timur, o famoso guerreiro que conquistou rapidamente várias nações do Oriente, costumava contar a seus amigos o seguinte fato ocorrido em sua juventude:

Uma vez – dizia – vi-me obrigado por meus inimigos a me refugiar em um edifício em ruínas, onde permaneci sentado durante muitas horas. Desejando desviar o pensamento de minha condição desesperada, fixei a vista em uma formiga que tentava subir por uma parede, carregando um grão de trigo maior do que ela. Observei os esforços que desprendeu para conseguir o que desejava. O grão caiu ao chão 69 vezes, mas o inseto perseverou e por fim, na septuagésima vez, pôde chegar ao alto. Isto me confortou grandemente naqueles momentos e jamais me esqueci da lição. – Respigando.

 

FABRICANDO  UMA  AGULHA

 

Conta-se a história relatada pelos chineses de um de seus filósofos que, durante os anos escolares, lançou o livro em que estudava ao solo, certo de que nunca poderia assenhorear-se dele. Depois deste incidente se encontrou com uma senhora que estava esfregando uma barra de ferro sobre uma pedra.

– Por que está fazendo isto? – perguntou o estudante.

– Porque desejo obter uma agulha e assim estou afinando esta barra até que fique em condições de ser usada para coser.

A lição de paciência e perseverança não foi desprezada pelo jovem, que tomou novamente seus livros e, dedicando-se a eles, tornou-se um dos maiores mestres chineses.

Nossos deveres poderão parecer-nos tão pesados como a tarefa de tornar uma barra de ferro numa agulha. Entretanto, com paciência e a ajuda de Deus, conquistaremos todos eles.

 

Bem disse o poeta que escreveu: "Mais alto do que o temor e mais forte do que o destino é o amor e a fé que pacientemente esperam".

Amós R. Welles.

 

 

A  PRECIOSA  JÓIA  DA  PACIÊNCIA

Apoc. 14:12

 

Paciência, obediência e fé, eis três das jóias da coroa de Cristo nosso Rei. Nestes últimos dias essas qualidades são raras, mas o olho pesquisador de Deus discerne o que estão exibindo ao mundo essas preciosas gemas.

A Paciência é uma das maiores e mais sublimes qualidades vistas no homem. Shakespeare exclamou: "Quão pobres são os que não têm paciência!" Mas muitas pessoas jamais aprenderam esta gentil arte. Admiramos qualquer pessoa que revele tal virtude.

Um dos populares clérigos da antiga história de Boston era o Dr. Cotton Mather. Era um homem muito querido por sua disposição amável e, por sua paciência mesmo. Mas ele tinha alguns inimigos porque tomou partido político em alguma coisa de interesse da região e também porque reprovava fielmente a iniqüidade. Como resultado foram-lhe enviadas algumas cartas muito abusivas, as quais ele amarrou num pacote e escreveu em cima: "libelos. Mather esquecê-las."

Este é um século de impaciência. No caso de muitas pessoas o ânimo está sempre em ponto de ebulição. A velocidade de nosso mundo moderno não é de molde a ajudar desenvolver esta qualidade chamada paciência. Acostumados a correr, as pessoas se irritam quando têm de parar na presença de um sinal vermelho.

Você fica exasperado quando tem de esperar por uma refeição? Por que você não aproveita para ler um livro de bolso? Como empregaríamos o tempo na eternidade se não sabemos o que fazer com meia hora? Para ser paciente é preciso ter a mente de Jesus.

Um tirano pagão surrava um cristão e lhe perguntava: "Que coisa importante já fez por você o seu Cristo?" "Isso mesmo", respondeu o cristão, "que eu lhe possa perdoar apesar de me tratar assim tão cruelmente".

 

PERSEVERANÇA

 

Os dois pintainhos ainda se encontravam dentro das cascas, mas conversavam, cheios de animação:

– Que escuridão, dizia um deles. Não posso mais sofrê-la.

– Tem paciência, irmãozinho. Depois da noite vem a madrugada.

– História. Não creio nestas coisas. Quem garante a você que algo melhor nos espera?

– A lógica e os fatos. Nada éramos há vinte dias. Estranhos acontecimentos, harmonizados por uma força inteligente, teimaram em tramar coisas mil para nos dar carne, ossos, penugem, corpo, membros, cabeça. Por que tudo isso, senão para uma finalidade mais importante? Não seria um tempo perdido, dessa força inteligente, se houvéssemos de nos extinguir, nesta escuridão?

– Não sei. Tenho um certo ceticismo.

– Esperemos, então.

O pintainho ateu, sem coragem, desanimado, não reuniu as energias de que dispunha, para romper a casca. Mas aquele que acreditava num futuro diferente, saiu da escuridão para a vida. Como haviam crido, assim aconteceu, a cada um deles.

 

TEMOS  DE  PERSEVERAR

Mat. 24:13

 

O local era o Estádio Imperial, em Vancouver, na Columbia Inglesa. O tempo, 7 de agosto de 1954. A ocasião, a corrida maratona de uns 40 Kms, dos jogos do Império Britânico.

Um dos atletas na corrida era Tiago Henrique Peters. Quilômetro após quilômetro ele esteve à frente no campo, ganhando distância a cada passo. Ao fim desse exaustivo exercício, ele se achava a bons vinte minutos na frente de seu mais próximo competidor. E penetrou no estádio por entre as aclamações da multidão.

Mas que era isto? Peters ia diminuindo; cambaleava; caía! Tombava na pista. Companheiros o incitaram a erguer-se. Incerto, pôs-se de pé, deu alguns possas adiante, e tornou a cair. Mais uma vez os companheiros gritaram-lhe palavras de animação, e novamente Peters se levantou, foi vacilando adiante alguns passos, e caiu. Doze vezes ele se levantou e doze vezes tombou, e finalmente, tateou em direção de uma linha branca que ele parecia julgar a linha final. E ali desfaleceu nos braços de seu treinador.

Peters não venceu a corrida. Estava a 60 metros do alvo. Vinte minutos depois um escocês por nome Tiago McGhee saltou através da linha e foi declarado vencedor.

Que decepção! Peters fizera metro após metro, quilômetro após quilômetro. Fizera a maior parte da corrida. Apenas 60 metros a sua frente! Mas deixou de resistir "até ao fim", e daí perdeu a corrida.

 

PACIÊNCIA  NESTA  ÉPOCA  DE  PRESSA

 

Vivemos na era do "momento" – era das bebidas do momento, pudins, leites, batatas do momento. E muitas pessoas estão à procura de descobrir a religião do momento. Demasiado ocupadas e impacientes demais para estudar a Bíblia e meditar em suas profundas lições, precipitam-se daqui para ali à sua maneira secular.

Pessoas assim perdem muito, pois a impaciência é inimiga da reflexão, da descoberta, de uma apreciação profunda pelas coisas grandes e belas da vida.

Anos atrás, um professor, em um laboratório, entregou a um aluno uma planta, dizendo-lhe que a estudasse, fizesse desenhos dela e escrevesse o que visse. Impacientemente, o jovem olhou às folhas, às raízes, às flores, e dentro de cerca de 15 minutos relatou ao professor:

"Continue", disse o professor, "você apenas começou". O aluno serviu-se do microscópio de mão por um pouco, tomou mais algumas notas, depois se aproximou outra vez do mestre. "Continue", disse ele, "você nem começou o ver tudo quanto há naquela planta". Isto prosseguiu por quatro dias. Então, para surpresa sua, o aluno começou a ficar fascinado pelas veias da planta, seus arranjos, o canalzinho do estame. Era como se ele estivesse explorando um mundo inteiramente novo. Começou a compreender a observação de Rodin, o escultor: "A lentidão é beleza".

Como esse estudante, necessitamos maior paciência no estudar as coisas profundas de Deus.

 

EXEMPLO  DE  PACIÊNCIA

 

O famoso cientista genovês, Abauzit, que no século XVIII surpreendeu seus contemporâneos pela excelência de seu saber, caracterizava-se também pela sua imensa bondade.

O fato a seguir mostra a medida de sua imensa paciência. Sua criada um dia atirou ao fogo, porque estavam amarelados e sujos, os papéis nos quais Abauzit havia anotado 27 anos de observações do barômetro. O sábio, cruzando os braços, lutou um instante contra sua justa indignação, e disse em tom muito calmo: "Você destruiu 27 anos de trabalho; de hoje em diante, não tire nada mais do meu escritório".

Fé e Vida.

 

PERSEVERANÇA

 

Conta-se que certa vez Bruce estava na prisão desconsolado e desanimado por causa do peso da campanha que fizera para libertar seu povo. Meditava em deixar a luta quando foi atraído por uma aranha que procurava tecer uma teia; para fazer isto, tinha que estender um fio entre dois objetos num quarto, para base da teia. Em sua primeira tentativa caiu; mas voltou e outra vez lutou para cruzar o espaço entre os dois objetos e outra vez caiu. Prosseguiu, porém, lutando e caiu sete vezes; na oitava teve êxito e com o primeiro fio como base pôde construir sua teia com mais facilidade. Com este incidente, Bruce se animou de tal modo, que resolveu prosseguir avante, nunca deixar a campanha até que seu povo fosse liberto. Por fim ele venceu. – H.W. Beecher.