PERDÃO
A FORÇA
DO PERDÃO
Em meio da confusão da guerra
na Coréia tem havido episódios edificantes. Eis, por
exemplo, o caso daquele pastor de aldeia que presenciou o
fuzilamento de seus dois filhos, por um oficial
norte-americano. Este os reconhecera como cristãos e por
isso julgou por bem eliminá-los.
Mais tarde as tropas desse
oficial foram rechaçadas e ele foi feito prisioneiro, sendo
condenado a fuzilamento, pela prática de crueldades. Então o
pastor, a quem aquele havia assassinado os dois filhos,
intercede suplicantemente por sua vida: "Meus filhos estão
mortos. Agora quero que ele seja meu filho. Irá morar em
minha casa, e terei por ele o cuidado que tive por meus
filhos".
O rogo do pastor foi atendido,
e o jovem oficial testemunhou o cristianismo praticado na
vida. O amor perdoador de Deus veio ao seu encontro, na
pessoa daquele humilde pastor aldeão.
Por sua vez o oficial
americano, que recebera a ordem de mandar fuzilar o coreano,
confessou: "O senhor faz uma coisa que eu não compreendo. Se
isto é verdadeiro cristianismo, também eu quero tornar-me
cristão". – Kraft und Licht.
SE TEU
IRMÃO TEM ALGO CONTRA TI
Mar. 5:23 e
24
Depois de muito procurar
persuadi-la, o pastor conseguiu convencer Dona Maria a
endireitar uma diferença que tinha com uma irmã da igreja.
Ao aproximar-se dela, foi dizendo: "Irmã Fulana, sinto muito
ter feito e dito aquelas coisas, mas se a senhora não
tivesse dito o que disse, eu também não teria respondido
daquela forma". E então, eis ambas continuando na mesma
velha situação!
A inspiração nos revela a
maneira cristã como devemos aproximar-nos de um irmão
ofendido. "Se vós cometestes um erro e ele vinte, confessai
esse erro como se fôsseis vós o principal ofensor".
– Meditações Matinais.
PERDÃO
Há uma história que nos fala
de um menino, por nome Moc. À sua tribo haviam chegado
colonos brancos, e um deles, um tal Sr. Cohen, estabelecera
ali uma loja. Moc armara uma arapuca na floresta, para
apanhar uma raposa. Na manhã seguinte, viu que a armadilha
funcionara, mas que o animal escapara. Notou então na lama
umas pegadas que não podiam ser outras senão as do velho Sr.
Cohen. Evidentemente, ele furtara o animal. Moc ficou
enfurecido. O conselho que lhe dera o missionário, de que
perdoasse a seus inimigos, pareceu-lhe impossível de seguir.
Ao chegar à loja e encontrar-se frente a frente com o Sr.
Cohen, repetiu consigo mesmo sua velha divisa hindu.
"Um bom hindu não esquece
nunca". Naquela tarde, dirigia-se à praia, quando foi
atraído por uns gritos. Rebentara uma tempestade, e um homem
havia sido arrastado pelo mar. Na praia, a senhora Cohen
torcia as mãos. Moc pôs-se ao largo em sua canoa, remando
por sobre as ondas revoltas. Duro era aquele trabalho, e foi
com o risco da própria vida que conseguiu trazer à praia o
Sr. Cohen, prestes a afogar-se.
Ao abrir o homem os olhos,
compreendendo o que se havia passado, perguntou: "Por que
arriscou a sua vida para salvar um homem que lhe fizera uma
injustiça?" E Moc respondeu: "Porque eu quero ser um bom
hindu, e um bom hindu retribui o mal com o bem. Já tomei a
minha vingança".
Que exige mais valor –
esquecer uma injustiça ou reter rancor contra alguém?
– Luíza E. Bechenstein.
DEUS
PERDOA E ESQUECE
Isa. 43:25
Quando tribos de índios
guerreavam entre si, depois ao fazerem a paz, reconciliam-se
e enterravam suas machadinhas. Haviam cessado as
hostilidades. Suas armas de guerra, tinham-nas colocado fora
do alcance. Às vezes hoje, enterramos a machadinha, mas
deixamos o cabo de fora, para lançarmos mão dele logo que o
inimigo de outrora cometa um erro.
Quão felizes somos nós, pobres
mortais, por isso que Deus não perdoa dessa maneira nossos
pecados e erros! – Meditações Matinais.
PERDÃO
Conta-se que João Wesley,
viajando certa vez em um transatlântico, ouviu um ruído
incomum na cabina vizinha, ocupada pelo General Oglethorpe,
então Governador do Estado de Geórgia. Wesley foi à cabina
para saber o que acontecia e soube que o criado do general
tomara todo o vinho predileto do Governador.
– Eu ordenei, explicou o
general, que ele seja atado e entregue à justiça, porque o
senhor deve saber, Sr. Wesley, que eu nunca perdôo!
– Neste caso, respondeu
Wesley, eu espero que o senhor nunca peque!
O general ficou confuso com a
objeção, e, pondo a sua mão no bolso, tirou de novo as
chaves de sua bagagem e atirou-as ao criado, dizendo: "Toma
aí, vilão, e comporta-te melhor no futuro."
Oglethorpe revelou, assim, ser
pobre na arte de perdoar.
COMO DEUS
PERDOA
O amor perdoador de Deus na
opinião de uma menina:
– Titia, posso ir passear hoje
com F.?
– Não, você foi muito feia
esta semana, e por isso não pode ir!
Na semana seguinte a menina
voltou ao assunto:
– Titia, eu fui comportada
esta semana, não fui? Posso hoje dar o passeio?
– Não, não pode. Você foi
comportada esta semana, mas foi feia a semana passada.
– Oh, titia! – exclamou a
menina. – A senhora não é nem um pouco semelhante a Deus.
Quando Deus perdoa a alguém, ele nunca mais o menciona
depois...
PERDÃO
DAS INJÚRIAS
Prov. 19:11
A população pagã de Alexandria
torturava, nos primeiros dias do Cristianismo, a um santo
ancião e dizia-lhe:
– Teu Cristo, que você adora,
que milagres tem feito?
– Faz um neste momento –
respondeu o mártir.
"Quando me fazem uma injúria –
dizia Descartes procuro elevar tão alto a minha alma, que a
ofensa não me pode atingir."
PERDÃO
DOS PECADOS
Uma senhora foi certa vez ao
seu pastor, em grande amargura de espírito, levando nas mãos
um punhado de areia molhada.
– O senhor está vendo o que é
isto? – perguntou.
– Sim, é areia molhada.
– Mas o senhor não sabe o que
ela significa, não?
– Não, não o posso dizer. Que
significa?
– Sou eu – respondeu ela,
chorando. – É a grande multidão dos meus pecados, que não
podem ser numerados.
– Onde conseguiu essa areia? –
perguntou o pastor.
– Lá em baixo, na praia.
– Volte lá – disse ele – e
tome consigo uma pá. Ajunte um grande monte de areia e
faça-o tão alto quanto possa. Então volte à beira da praia e
fique observando o que vai acontecer quando a onda vier.
Dentro de uma hora ela voltou
e relatou o seguinte:
– Pastor, a onda passou por
sobre o monte de areia que fiz e levou-o completamente!
– É justamente assim –
respondeu o pastor – quando pedimos ao nosso Pai celestial,
por amor de Jesus, que nos perdoe os pecados: Ele os toma
completamente, porque "o sangue de Jesus Cristo nos purifica
de todo o pecado". – Laura E. Clemente.
A
BANDEIRA DA MISERICÓRDIA
Quando os romanos antigos
atacavam uma cidade, tinham às vezes o costume de hastear
uma bandeira branca à porta da cidade. Se a guarnição se
rendia enquanto a bandeira branca estava hasteada,
poupava-se-lhes a vida. Depois hasteavam uma bandeira preta,
e todos os homens eram passados a fio da espada.
Pecador, hoje está hasteada a
bandeira branca da misericórdia divina. Renda-se a Cristo, e
vive, antes que a bandeira preta da morte e condenação tome
o lugar dela. – 6.000 Sermon Illustrations.
DEUS PERDOA
E ESQUECE
Isa. 43:25
Joãozinho e Helena brigaram.
Houve pancadas, houve lágrimas. A mãe veio correndo para
separar o dois. Nenhum dos dois se confessou culpado, de
maneira que foram ambos mandados para a cama. Justamente ao
cair da noite, a mãe fez mais uma tentativa para efetuar a
reconciliação. Mas pouco êxito teve, a princípio.
"Joãozinho", disse ela, "sua irmãzinha pode morrer antes do
amanhecer. Como você então se sentiria mal por não lhe haver
pedido perdão!" Esse pensamento pareceu ter efeito sobre
Joãozinho, que por fim resolveu endireitar o mal.
Dirigindo-se pé ante pé, para
o quarto da maninha, o pequerrucho cochichou aos seus
ouvidos: "Helena! Sinto muito ter brigado com você hoje. A
mamãe disse que você é capaz de morrer esta noite, e então
eu ficaria muito triste." Houve uma pausa, e depois
continuou: "Mas se você não morrer esta noite, amanhã cedo
me paga sem falta!"
Nós sorrimos, mas não é
justamente esta a maneira em que, às vezes, nós perdoamos
aos que nos ofendem? Perdoamos, com reservas. Dizemos que
perdoamos, porém nos é difícil demais esquecer.
– Meditações Matinais.
COMO
JESUS PERDOOU
Luc. 23:34
As tropas preparavam-se para
entrar em ação. O último sermão do capelão baseara-se nas
palavras do Salvador na cruz: "Pai, perdoa-lhes, porque não
sabem o que fazem." Um jovem alto, cansado da luta, pôs-se
em pé de um salto, e exclamou:
– Está muito certo o senhor
nos falar dessa maneira. Seus queridos estão a salvo, em seu
lar. O senhor nunca viu serem metralhados amigos seus. Pois
eu já vi, e por isso mesmo odeio o inimigo!
– Estaria disposto a ir comigo
para minha tenda, meu filho? – perguntou bondosamente o
capelão.
Uma vez ali, o homem de Deus
continuou:
– Quero contar-lhe uma
história. Conheci certa vez um jovem aviador, assim de sua
idade. Numa batalha seu avião foi derrubado. Saltou de
pára-quedas e desceu no mar, mergulhando para escapar à
chuva de balas que haviam seguido o pára-quedas. O inimigo
esperou e atirou-lhe uma bomba, quando apareceu à tona.
Desta vez não escapou.
O capelão deteve-se e disse
entre soluços: "Esta história é verdadeira, meu filho. Eu a
vi acontecer. Aqui está a fotografia do rapaz."
Tomando-lhe das mãos a foto
apresentada, o jovem soldado fitou aqueles olhos parecidos
com os do capelão. Através da fotografia, leu: "Ao Papai,
com todo o meu amor." Aí está o amor em ação.
– Meditações Matinais.
A
MISERICÓRDIA
Mat. 6:14 e
15
A misericórdia de Deus é tão
grande, que perdoa grandes pecados a grandes pecadores,
depois de decorrido grande espaço de tempo, e então lhes
concede grande favores e grandes privilégios, e nos
proporciona grande gozos no grande Céu do grande Deus. Bem
disse John Bunyan: "Tem de ser grande misericórdia, ou
nenhuma misericórdia; pois um pouco de misericórdia não me
servirá. – Spurgeon.
MISERICÓRDIA
Algum tempo atrás, um homem
bateu à minha porta pedindo esmola. Julgando que os farrapos
do mendigo eram prova de real pobreza, dei-lhe umas moedas,
um par de sapatos e alguma roupa. Depois de ele haver mudado
a roupa e saído, pensei: "Afinal de contas, provavelmente
fiz mal ao mendigo, pois agora ele não conseguirá tanta
esmola como antes, já que não tem mais aspecto de tanta
miséria."
Como acontecesse que eu
tivesse de sair um quarto de hora após, encontrei de novo
meu amigo. Porém, não estava usando as roupas que lhe havia
dado. Ora, eu lhe teria arruinado o negócio, se pudesse
tê-lo obrigado a tal aspecto respeitável! Tinha sido
prudente bastante para, ocultando-se num abrigo, tirar toda
a roupa boa, e vestir-se de novo com os farrapos. Ele,
assim, apenas estava usando se próprio traje, pois farrapos
são a roupa dos mendigo: Quanto mais maltrapilho parecesse,
tanto mais esmolas receberia.
Exatamente isso se dá conosco.
Para irmos ter com Cristo, não nos vistamos de nossas boas
ações ou por sentimentos: vamos em nossos pecados, que são
vossa vestimenta. Nosso estado é nosso argumento em favor da
misericórdia; nossa pobreza é nosso apelo em favor de esmola
celestial; e nossa necessidade é o motivo para receberdes
bens do Céu.
– Spurgeon.
PERDOADOS
COMO NÓS PERDOAMOS
Mat. 6:14
Disse certa vez o general
Oglethorpe a João Wesley:
– Eu nunca perdôo.
– Então, volveu Wesley, espero
que o senhor nunca peque"
"Aquele que é incapaz de
perdoar aos outros", diz certo pensador, "destrói a ponte
que tem de atravessar se quiser chegar ao Céu; pois não há
quem não tenha necessidade de ser perdoado."
– Meditações Matinais.
MISERICÓRDIA
Um soldado, num exército em
campanha, soube que a esposa estava muito doente. Pediu
licença para ir vê-la, mas lhe recusaram. Saiu então assim
mesmo, mas antes de andar muito foi capturado e levado de
volta à guarnição, como desertor. Foi julgado, considerado
culpado, e levado perante o comandante, para ouvir sua
sentença. Entrou na tenda, fez a continência, e permaneceu
imóvel, enquanto o comandante lia a sentença condenatória:
"Ser fuzilado por um pelotão de soldados, na próxima
sexta-feira." Nem um músculo do rosto do desertor tremeu,
nem as pernas bambearam.
– Eu o mereço, Sr. Comandante
– respondeu ele, respeitosamente.
– Desertei de minha bandeira.
Isso é tudo, Sr. Comandante?
– Não – respondeu o oficial. –
Tenho mais uma coisa para você.
E, tomando outra folha de
papel, leu em voz alta a declaração de perdão.
O espírito inflexível, que a
severidade não conseguira quebrantar, agora ficou
completamente prostrado pela clemência. Caiu ao chão,
tremendo, soluçando, inteiramente vencido. E, restaurado ao
seu regimento, demonstrou-se muito grato pela misericórdia
que lhe fora demonstrada.
PERDOAR
MUITAS VEZES
Luc. 17:4
Uma meninazinha, descendo pela
rua, foi perseguida por um grande cão a ladrar. Ela ficou
aterrada. Veio em seu socorro um amável cavalheiro estranho.
– Tudo está bem agora –
assegurou ele à pequena – o cachorro parou de latir.
– Sim, – volveu a menina,
chorando ainda – mas o latido está aqui dentro!
Que Deus tire de nosso coração
e de nossos lábios o latido e nos faça dispostos a perdoar
"setenta vezes sete", se preciso for.
– Meditações Matinais.
O PRÓDIGO
RECEBIDO NO LAR
Luc. 15:20
O evangelista Moody certa
noite pregou na cidade de Filadélfia. Ao final da reunião,
veio ter com ele uma jovem senhora, muito perturbada
espiritualmente.
– A senhora é crente? –
perguntou Moody.
– Não sou, mas desejaria sê-lo
– respondeu a senhora. – Faz três anos que estou à procura
de Jesus, mas não O encontrei ainda.
– Tem de haver um erro –
volveu Moody – não pode levar, para um pecador ansioso, três
anos para encontrar seu ansioso Salvador.
– Que devo então fazer? –
indagou a senhora.
– A dificuldade está em que a
senhora está procurando fazer alguma coisa; a senhora tem
que crer no Senhor Jesus Cristo, e crer que de fato Ele a
aceita quando a senhora vai ter com Ele em busca do perdão.
– Meditações Matinais.
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