TRABALHO
– Missionário, Pessoal
LIÇÕES
PRÁTICAS
Cabe-nos o privilégio de
escolher se seremos trigo ou joio – filho de Deus ou filho
de Satanás – mediante a escolha de semente que queremos que
seja semeada em nosso coração. Nossa oração diária deve ser:
"Não colhas a minha alma com a dos pecadores." Salmo 26:9.
Não podemos consentir em ser reunidos nos feixes dos
enganadores e fingidos, ao chegar o tempo da colheita.
Vencemos o mal mediante o
nutrir e fortalecer o bem. Pôr uma planta de estufa ao ar
livre, onde ela fique em direto contato com o sol e a chuva,
dá-lhe muitas vezes força para vencer os insetos que a estão
destruindo.
É bom dirigir-nos muitas vezes
essas perguntas:
– Estou eu semeando trigo, ou
joio?
– Estou eu preparando para o
grande dia da ceifa?
– Que estou eu fazendo para
ajudar os outros a se prepararem para aquele dia?
SERVIÇO
MISSIONÁRIO
Há pessoas que perdem tanto
tempo aguardando oportunidades espetaculares de servir a
outros que passam por alto, como indignos de atenção, o
ensejo de fazer o que lhes pareciam pequenos favores.
Felizmente há, entretanto, pessoas, que tanto se interessam
em prestar o que chamam pequenos serviços, que não têm tempo
de aborrecer-se porque não se lhes deparam grandes
oportunidades...
Um incidente verificado numa
populosa cidade mostra-nos que há grande fome por pequenos
atos de bondade.
Certo dia, alguém cumprimentou
um pobre estrangeiro que falava muito pouco a língua do
país. Notando que o forasteiro parecia desanimado,
estendeu-lhe a mão. Perguntou-lhe então se ele estava em
necessidade. "Não, não preciso de dinheiro", foi a resposta,
"sentia fome apenas de um aperto de mão."
Abençoados os que não se acham
atarefados demais para pensar nas pessoas famintas por
pequenas demonstrações de afeto! Se soubessem qual o efeito
produzido por seus atos, nunca lhes pareceriam
insignificantes.
Quem está sempre alerta para
aproveitar a ocasião de prestar pequenos serviços está mais
apto a efetuar trabalhos importantes do que o que sonha com
grandes coisas que pretende fazer algum dia.
– Peloubet.
AMOR
PELAS ALMAS
Rowland Hill, em cujo coração
ardia um amor intenso pelas almas, e a quem os homens às
vezes chamavam de louco, disse:
"Certa vez, quando passava por
uma estrada, vi a um homem trabalhar no fundo de uma cova de
cascalho. De repente, o barranco desabou e o enterrou vivo.
Eu corri depressa em seu auxílio, e também chamei por
socorro, que então veio da cidade, a mais ou menos uma milha
distante. Nessa ocasião ninguém me chamou de louco.
“Mas, quando vejo que a
destruição está sobrevindo aos pecadores e os cobrirá com o
barranco da desgraça, exclamo, advertindo-os do seu iminente
perigo e animo-os a escapar, dizem que estou fora de mim.
Talvez esteja, mas anelo que todos os filhos de Deus possuam
o mesmo desejo que tenho de salvar seus companheiros." –
Soul Winning, pág. 51.
FAZEI A
VOSSA LUZ BRILHAR
– Deus o abençoe, Bantu. Você
e Gezo vão para um lugar difícil. Procurem ser fiéis
soldados do Capitão celestial. Sei que sua vila não tem
testemunhas de Cristo. Não permitam que as trevas obscureçam
a luz de vocês – recomendou o professor.
– Não senhor; esperamos que
não – disseram Bantu e seu amigo, ao deixarem a escola
cristã na África para retornarem a casa a fim de auxiliar na
colheita.
Tendo em mente as palavras do
professor, ficaram agradavelmente surpreendidos ao notar que
ninguém, no princípio, os perturbava muito, e que não havia
forte perseguição. Mas um dia Bantu chamou Gezo ao jardim e,
levando-o para trás de uma espessa folhagem, segredou-lhe:
– Gezo, o chefe ordenou que
trouxéssemos algumas raízes como oferta ao ídolo, e que
tomássemos parte na festa para pedir chuva. Mamãe disse-me
que eu fizesse isso mas não posso.
– Podemos estar certos de que
nos irão bater – disse seu amigo – porque meus avós também
me ordenaram fazer a mesma coisa. Oh! Bantu, agora teremos
de nos firmar em Jesus. A prova será muito difícil, mas
devemos ser valorosos.
Logo que o chefe, que se
mostrava inflexível em sua determinação, ouviu que os dois
rapazes se recusavam a comparecer à Festa da Chuva, ficou
muito furioso, e disse: "Esses malvados rapazes trarão mais
prejuízo a nossa vila, e devem ser publicamente castigados.
Todas as nossas plantações já estão a morrer de sede."
Os rapazes estavam
determinados a ser fiéis ao Chefe do alto. Não fazia muito
tempo que várias pessoas da vila, que desejavam ser
cristãos, haviam sido cruelmente forçadas a se unir na
adoração do ídolo. Por isso Bantu disse ao amigo: "Gezo, nós
devemos ficar firmes. Deve haver liberdade para todos os que
desejam aprender o verdadeiro caminho. Vamos ao chefe
distrital e procuremos sua proteção."
Era muito difícil os rapazes
verem o chefe e Gezo ficou cheio de temor. Bantu também
estava com medo quando viu o grande homem, mas lhe disse o
que desejavam. O chefe não lhe prometeu proteção, e os
intimou a comparecer à corte no dia seguinte, onde falsas
testemunhas, subornadas por pessoas da vila, os acusaram de
toda sorte de coisas más.
No fim, foi exigido de cada um
que pagasse certa quantia, senão iriam para a prisão. A
família de Gezo com má vontade pagou a importância, mas a
mãe de Bantu era muito pobre e não podia conseguir a soma
exigida. Assim Bantu teve de ir para a cadeia, a fim de
cumprir a pena de 5 meses de prisão. Ficou muito triste por
ter de deixar a mãe sozinha, pois era filho único.
– Além do mais, – disse, de si
para si – o povo da vila não tem nenhuma luz para lhe
mostrar o caminho para Cristo. Pode ser que muitos aprendam
que é melhor sofrer que negar o Senhor.
As prisões africanas são
escuras e imundas, e Bantu foi posto junto com toda espécie
de homens maus. No entanto, compreendeu que ali estava para
brilhar por seu Senhor e Mestre, e Lhe pediu que o
auxiliasse continuamente.
Algum dos presos, como ele,
estavam sendo injustamente punidos, e estes e outros que
haviam cometido faltas, não mostravam má vontade em ouvir do
Livro de Bantu, durante os longos, quentes e dias. Que
prazer ele sentia em lhes poder ler e falar, em suas
palavras simples, do Salvador por Quem estava a sofrer! Vez
após vez lia a história de José na prisão, e isso o
auxiliava a ser paciente, também, em sua dura experiência.
Finalmente chegou o dia feliz
em que esse jovem foi posto em liberdade e pôde ir para
junto de sua mãe. Mas não tinha brilhado em vão, pois notou
que aos poucos ia aumentando o número de pessoas dispostas a
ouvir a Bíblia, e logo estavam a pedir um professor.
– Enquanto não me for possível
enviar um homem, – disse o missionário a Bantu, que tinha
ido à escola para conseguir o que desejavam – você deve
prosseguir, Bantu. Você já fez a luz brilhar, de modo que
continue a fazer isso até conseguir auxílio.
E Bantu aceitou o conselho, e
se regozijava ao pensar como Deus usara sua pequena luz.
– Missionary Leader.
UMA ALMA
GANHA
Durante um violento temporal
na costa da Escócia fora lançado um possante veleiro, pela
fúria do mar agitado, contra a praia rochosa. O forte vento
e as altas ondas pareciam querer despedaçar o casco do
navio. Os pescadores na praia reconheceram logo a situação
crítica em que se achavam os tripulantes e foram em seu
auxílio.
A fúria da vento era
semelhante a um bando de demônios que ameaçava destroçar
tudo. O perigo era grande. Contudo, alguns homens destemidos
tomaram um barco e se fizeram ao mar e conseguiram salvar a
tripulação. Para espanto seu, quando se afastaram do veleiro
náufrago, notaram que tinham esquecido de resgatar mais um
tripulante que se agarrava ao mastro. O desespero se
estampava em seu rosto. Mas, os remadores disseram: "Não
podemos voltar e buscá-lo. Se o tentarmos, o nosso bote será
arremessado contra as rochas e feito em pedaços pela
violência das ondas e todos pereceremos."
Deixaram o jovem sobre o
veleiro e rumaram em direção à terra. Quando chegaram à
praia, aproximou-se deles um jovem robusto e disse: "Se
alguém me acompanhar irei buscar aquele náufrago." Sua mãe,
que se achava a seu lado, abraçou-o carinhosamente e lhe
disse: "Meu filho, você não deve ir. Lembre do seu pai, que
também era marinheiro, e pereceu num temporal como este. E,
há 8 anos, também seu irmão Guilherme foi ao mar, e nada
mais ouvimos dele. Sem dúvida, ele também morreu num
naufrágio. Se você for agora e perecer, o que farei eu? Já
sou velha e pobre. Você é o meu arrimo, eu lhe rogo que não
vá."
Mas, amorosamente, soltou o
braço da mãe e respondeu: "Mamãe, ali fora um homem está em
perigo. Creio que é o meu dever salvá-lo. Se eu perecer
cumprindo o meu dever, Deus há de cuidar da senhora." E,
beijando-lhe a querida face, embora pálida e enrugada,
embarcou no bote, junto com seu companheiro, e partiram no
meio da veemência do temporal.
Os que ficaram na praia
ansiosamente esperaram longo tempo, com os olhos fitos no
veleiro que devagar ia afundando. Anelavam a volta do barco.
Enfim, o avistaram quando anda vinha mui distante, balançado
violentamente pelas ondas. Já cansados e quase exaustos, os
dois homens, lutavam heroicamente para conduzir o barco à
terra. Quando já estavam tão próximos que podiam ser
ouvidos, os que estavam em terra perguntaram: "Vocês puderam
salvar o homem?"
O jovem que havia partido para
salvar o homem, levando as mãos à boca exclamou: "Sim, digam
à mamãe que achei meu irmão Guilherme." Havia somente uma
alma a ser posta a salvo, e esse homem do veleiro náufrago
que se afundou no mar era seu próprio irmão, que por longo
tempo estava perdido.
Condições semelhantes há em
tomo de nós. Por toda parte há almas perecendo, que ainda se
apegam a alguma coisa terrena, a qual logo lhes será
arrancada pelo próximo embate da tempestade. Estas almas são
nossos irmãos perdidos. O nosso dever é salvá-los, mesmo com
risco de nossa vida terrestre. Milhares de almas andam sem
rumo definido e serão finalmente arrastadas pelo poder do
pecado. O plano divino é salvar os homens por intermédio de
homens. Deus conta com você e comigo!
– Soul Winning,
págs. 65 e 67.
POR
SALVAR A OUTROS, SALVOU-SE A SI MESMO
S. Marcos
8:35
A verdadeira felicidade se
encontra na abnegação.
Certo homem, muito desanimado
e desesperado, encaminhou-se para o Lago de Michigan, com a
intenção de findar ali a sua triste existência. Ao andar
pelas ruas, com fisionomia cerrada, passou por um dos
bairros pobres da cidade. No cordão da calçada, em frente de
uma casa de aspecto obscuro, viu sentada uma menina
chorando.
Ele se deteve e lhe perguntou:
"Menina, por que você está chorando? O que você tem?" "Nada,
senhor", respondeu ela. "Então, por que você chora? Você
perdeu o caminho?" "Não senhor". "Diga-me, onde você mora?"
"La em cima", respondeu. "Mas, por que você não vai para
cima? O que você tem? Não quer me dizer?" "Estou com fome e
sinto tanto frio" – confessou ela entre soluços – "também,
mamãe está tão doente e não temos nada em casa para comer."
"Você quer levar-me para cima, onde está morando?",
perguntou o homem bondosamente.
Ela o acompanhou e subiram um,
dois, três andares. Ali, num quarto sobre um colchão jazia a
mãe doente. Não havia fogo, nem estufa, e o armário estava
vazio. Por todo o lado se via a pobreza e a miséria. Havendo
verificado a condição triste daquele lar, saiu quietamente
do aposento, desceu as escadas e foi ao armazém mais
próximo. Ali comprou víveres e em seguida foi comprar
carvão. Voltou, e ao chegar lá em cima, com o cesto cheio de
comestíveis, imaginem a alegria que encheu os corações da
mãe e da filha. Também prometeu ajudá-las futuramente e,
despedindo-se, se retirou.
Quando chegou na rua parou e
perguntou a si mesmo porque havia vindo a essa rua. "Esta
manhã tinha a intenção de fazer alguma coisa, mas o que era?
Ah, agora sei. Estava querendo ir ao lago para atirar-me à
água. Naturalmente deixou de o fazer. Por auxiliar a outros,
achou o caminho para a felicidade. – Seleto.
À PROCURA
DO PERDIDO
Luc. 19:10
Em Londres num dos últimos
anos muitos viajantes deixaram 122.000 luvas nos ônibus da
cidade e nos metrôs. Deixaram também 62.000 guarda-chuvas e
14.000 pares de óculos. Sem dúvida, alguns dos possuidores
fizeram grandes caminhadas para recuperar os artigos
perdido, pois Deus pôs em nós forte aversão a perder nossos
bens.
Uma ocasião Jesus disse três
parábolas, cada uma das quais envolvia alguma coisa que se
perdera. Na primeira foi perdida uma ovelha. O pastor tinha
99 outras ovelhas, mas deixou-as no redil e saiu pela noite
a dentro, errando pelos montes e os vales do deserto até
encontrar a ovelha perdida.
Na segunda, uma mulher perdera
uma moeda. Possuía nove moedas mais, porém acendeu uma vela
e varreu diligentemente a casa até encontrar a moeda
perdida. Na última parábola, um pai perdeu um de seus
filhos. Esse filho não estava fisicamente perdido, mas pior
que isto, estava perdido no sentido espiritual: perdido em
pecado. Abandonara a casa paterna e estava a desperdiçar a
vida numa terra longe.
O GRANDE
EXÉRCITO DO SENHOR
Que foi que tornou grande o
exército de Alexandre? Como conseguiu ele derrotar o
exército persa, de 300.000 homens, com apenas 30.000? Há
cinco fatores implicados na formação de um grande exército.
INSPIRAÇÃO
– A inspiração provém de um grande líder. Como inspirava
Alexandre o seu exército? Ele tinha uma visão de escopo
mundial, e um mundial programa de conquistas. Mas esperava
que cada soldado fizesse o melhor que pudesse.
Um dia Alexandre teve notícia
de um soldado que fora covarde na batalha e cujo nome era
Alexandre. O general chamou o soldado para junto de si e
disse:
– Ouço que seu nome é igual ao
meu.
– Sim, meu nome é Alexandre (e
era evidente que ele se orgulhava com o fato).
– Mas, – disse o grande cabo
de guerra – ou vi que você foi temeroso e covarde na
batalha. Não tolero que homem algum tenha meu nome e seja
covarde. Ou você muda de nome ou muda de natureza!
Imediatamente o soldado
respondeu: – Majestade, jamais mudarei o nome, mas nunca
mais serei covarde em batalha.
ORGANIZAÇÃO
– Cristo quer ter um exército organizado,
e não simples turba.
INSTRUÇÃO
– Ninguém aprende a nadar ou a patinar
fazendo um curso por correspondência. Os soldados não se
treinam em barracas, ou redes, ou preguiçosos. Os soldados
cristãos têm de ser treinados de modo a prestarem serviço.
AÇÃO
– O exército do Senhor tem de entrar em ação.
"Palavras sem ações são os assassinos do idealismo", disse
Herbert Hoover.
COOPERAÇÃO
– O segredo do êxito na causa de Deus
envolve a cooperação de todos os membros da igreja.
GANHAR
ALMAS É SÁBIO
Prov. 11:30
A última parte deste verso, "o
que ganha almas é sábio", é traduzida de três palavras
hebraicas. E essas três palavras estão escritas no púlpito
da igreja do Dr. Andrew Bonar e também sobre a janela de sua
mansão. A palavra "ganhar", como empregada aqui, é um termo
de pescador, e é usada no sentido de fisgar o peixe.
Há neste verso muito de
natureza profundamente devocional. Isaac Walton, que
escreveu The Complete Angler em 1653, esboçou
alguns dos requisitos essenciais do pescador. Podem ser
resumidos em 4 partes:
1.
Face voltada
para a luz.
2.
Estudar os
curiosos procedimentos dos peixes.
3.
Conservar-se
então fora de vista.
4.
E cultivar a
paciência diariamente.
Qualquer pessoa que estude
seriamente essas quatro regras não deixará de reconhecer aí
quatro requisitos para a conquista de almas.
O homem que ganha almas é sem
dúvida um sábio. "Os que forem sábios... e os que a muitos
conduzirem à justiça, brilharão como as estrelas, sempre, e
eternamente." Dan. 12:3. E o homem sábio que ganha almas é
um homem feliz. "A sabedoria do homem faz reluzir o seu
rosto" ( Ecles. 8:1), diz o mais sábio dos homens.
TALENTOS
Moody não enterrou o seu
talento. Quando o grande evangelista Moody era jovem, alguém
que era muito ativo na obra evangélica, mas um bom crítico,
depois de ouvi-lo pregar, chamou-o à parte e o aconselhou a
desistir da empresa:
– O senhor não deve tentar
falar em público, pois comete muitos erros de gramática...
Era como que se o homem
houvesse dito:
– O senhor está tentando usar
um talento que o senhor porventura tenha, mas o senhor não é
um homem de cinco talentos, e parece-me que seria melhor o
senhor enterrar esse talento. Não vale a pena...
Moody entretanto lhe
respondeu:
– Eu não sei um grande número
de matérias, e cometo muitos erros; mas uma coisa eu sei: é
que estou fazendo o melhor que posso. E o senhor, que sabe a
gramática, que é que está fazendo com ela em favor de Jesus?
Em outros termos importaria em
dizer:
– Eu sei que não sei gramática
ou ciência, mas estou usando o que eu sei da melhor forma
possível. E o senhor, que tem tantos talentos, que é que
está fazendo?
Esse crítico nada deixou de
útil para o mundo e Moody fez um trabalho extraordinário que
repercute até os nossos dias. Ele usou os poucos talentos –
se porventura eram poucos – que Deus lhe dera.
O segredo do êxito não está em
ter muitos talentos, e sim em usar os que temos, e todos os
talentos que o Senhor nos deu – poucos ou muitos – na Sua
obra e para o bem dos nossos semelhantes sobre a Terra.
TRABALHO
Os romanos duvidavam se
convinha ou não a destruição de Cartago. Catão a queria;
Sipião, porém, um dos mais sábios senadores, se opunha
fortemente, temendo que a juventude, livre desse rival,
abandonasse as armas e se entregasse à ociosidade.
Os acontecimentos justificaram
a opinião do grande africano. O afrouxamento dos velhos
costumes, a corrupção, as intrigas do Fórum e as guerras
civis datam precisamente do dia em que Roma, enriquecida com
os despojos das nações, não viu mais em suas fronteiras
inimigos temíveis.
A História junta-se à Santa
Escritura para nos ensinar que o trabalho mantém o homem em
atividade, ocupa sua vigilância, repele para longe o luxo, a
moleza e os vícios, que decorrem da ociosidade.
– Lição dos Fatos.
NO CASO DE UMA
CATÁSTROFE, O QUE PROCURARIA SALVAR?
– Se houvesse uma catástrofe,
que obra de arte salvaria?
Esta foi a pergunta que uma
conhecida revista de Buenos Aires dirigiu a várias pessoas
de destaque. A resposta de Don Juan Pablo
Echague, presidente da Comissão Protetora das
Bibliotecas Populares, foi semelhante à que teriam dado à
mesma pergunta os sacerdotes do Templo de Jerusalém, os
quais tinham a obrigação de salvar unicamente as Escrituras
Sagradas, se acaso, num sábado, houvesse um incêndio no
Templo.
O Sr.
Echague respondeu:
– A ciência, a arte, a
história, a literatura, a filosofia, a religião... Se o
esforço milenário do pensamento humano de querer melhorar a
sua condição e penetrar no mistério angustioso do seu
destino havia de perder-se com os livros que o contêm, e se
fosse possível salvar somente um destes, eu escolheria
aquele que continuasse a dar à humanidade os motivos de
crer, de sofrer e de esperar: eu escolheria a Bíblia!
– El
Hogar.
NAUFRÁGIO
Um navio, a cujo bordo se
achavam muitos turistas em viagem de excursão, encalhara num
rochedo, não muito distante da costa. Um pescador que nesse
dia tinha saído em seu bote, seguindo seu modesto trabalho
quotidiano, voltou para a praia onde amarrou o seu pequeno
barco. Quando se ergueu, viu subitamente um navio preso nas
rochas. Em seguida desatou seu bote, saltou nele, e remando
e lutando contra o mar agitado, alcançou o lugar do sinistro
e conseguiu embarcar alguns dos náufragos em seu bote.
Outros passageiros, que tinham
se atirado à água, pediram-lhe que os levasse, mas o bote já
estava todo lotado. Ainda com mais insistência e ansiedade
clamaram os náufragos por salvação. Estes clamores
angustiosos penetraram no coração do pescador, que
levantando o seu olhar ao Céu, exclamou: "Ó, Senhor,
envia-nos um barco maior."
Como ministros e evangelistas
devemos sentir em nossos corações uma responsabilidade
semelhante pelas almas. E ao olharmos às massas, caminhando
rumo à destruição, devemos com angústia, exclamar: "Ó,
Senhor, envia-nos um barco maior!" Eu creio que vocês
compreendem o que quer dizer "Envia-nos um barco maior".
Maiores esforços devem ser feitos na evangelização, e um
ministério mais frutífero precisa ser desempenhado para
finalizar a obra de Deus. É esta a minha oração em nome do
Senhor.
"VÓS SOIS
O SAL DA TERRA"
Mat. 5:13
Neste versículo Jesus nos está
começando a ensinar qual a relação do cristão para com os
que o rodeiam. O sal tem dois usos comuns. É usado
para preservar e para temperar o alimento. Para que
possa fazer qualquer uma destas coisas, é necessário e o sal
seja espalhado onde se faz mister. Seria de pouco valor se
ficasse amontoado.
"Assim, também, exerce o
cristão uma influência aduladora entre os homens. Isto é,
quando leva uma verdadeira vida cristã entre os outros,
desperta neles o desejo de também levarem uma vida melhor. A
presença de muitos cristãos desta classe, no mundo, é a
única influência que preserva a sociedade de se entregar
completamente à impiedade, tornando-se assim o mundo um
lugar em que ninguém desejaria viver. Lembrai-vos de que não
podemos ser esta bênção aos outros somente por sermos
bonzinhos e nos assentarmos a um canto. Devemos viver nossa
vida cristã entre o povo." – Children's Gospel
Commentary, pág. 43.
PASSANDO
DE LARGO
A facilidade de "passar de
largo" nas experiências comuns da vida é apresentada por
Guilherme R. Moody, na biografia de seu pai, D.L. Moody.
Conta-nos que o grande
evangelista estava em um trem com o professor D.B. Towner,
quando um jovem bastante bêbado e ferido, com um olho
completamente fechado e terrivelmente desfigurado,
reconheceu Moody e começou a cantar hinos e murmurar algumas
palavras consigo mesmo.
Moody ficou muito incomodado e
pediu ao condutor que tirasse dali aquele passageiro. O
condutor falou mansamente ao jovem, levou-o ao carro de
bagagem e lavou-lhe o olho, atando-o com o próprio lenço, e
depois o ébrio adormeceu. Moody deteve-se a pensar um pouco
e então disse:
"Towner, aquilo foi uma forte
repreensão para mim. A noite passada eu exortei o povo a
imitar o bom samaritano e esta manhã Deus me deu
oportunidade para praticar o que preguei e eu me coloquei no
caminho do sacerdote e do levita.”
Naquela noite ele relatou o
incidente ao auditório, confessando sua humilhação. –
Peloubet.
ENTERRANDO
TALENTOS
Conta-se que Paganini pediu
que, depois de sua morte, seu violino fosse colocado em uma
vitrina, em exposição, na sua cidade de Gênova, e que
ninguém jamais tocasse nele! Paganini, entretanto, não sabia
que o violino era feito de madeira e que se deterioraria,
uma vez que não fosse usado.
Se ele houvesse estado em
contínuo uso, vibrando à sua maravilhosa música, ter-se-ia
conservado um violino muito valioso. Porém, sem uso foi em
breve comido pelos vermes, estragado, tornando-se apenas uma
velha e inútil relíquia.
DESDOBRANDO A BANDEIRA DA
VERDADE
Sal. 60:4
(ERC): “Deste um estandarte aos que Te temem, para o
arvorarem no alto, pela causa da verdade.”
O estandarte do cristão, em
volta do qual se reúnem os soldados de Cristo, deve ser
desfraldado. Qualquer bandeira se destina a ficar ao sopro
da brisa, desfraldada, para animar os soldados na luta. A
vista de uma bandeira a tremular ao vento, os soldados leais
criam novo ânimo. Quando a bandeira é arrastada no pó, isso
é sinal de derrota.
Do bispo Mateus Simpson, da
Igreja Metodista, e que foi ardoroso sustentáculo da União
durante a Guerra Civil, conta-se o seguinte incidente,
ocorrido em 1864, justamente antes de Lincoln derrotar
McAllen.
O bispo Simpson fizera uma
conferência na Academia de Música, de Nova York. No final da
conferência, tomou de uma bandeira, toda furada de balas,
pertencente a um regimento local, e disse: "O sangue de
nossos bravos jovens aqui está; as balas de rebeldes
atravessaram-na muitas vezes; no entanto, é a mesma
bandeira. Nossos pais seguiram esta bandeira. Esperamos que
nossos filhos e netos também a sigam.
“Quanto à beleza, nada existe
na Terra como esta velha bandeira. Que resplandeçam por
muito tempo estas estrelas! Justamente agora há nuvens a
obscurecer-lhes o brilho e névoa se adensa em torno dela.
Mas as estrelas aparecem, e outras mais surgem, e elas
resplandecem mais e mais; e assim, oxalá brilhem elas até
que caia dos céus a última estrela!"
A bandeira do cristão deve ser
desfraldada "pela causa da Verdade". E muitas maneiras
existem em que podemos desfraldar em nossa vida o estandarte
da verdade.
Um pendão real vos entregou o
Rei,
A vós soldados Seus.
Corajosos, pois, de tudo o
defendei,
Marchando para os Céus. –
HASD, 347.
A LINHA
VIVA
Dan. 11:14;
Rom. 10:15
Akbar o Grande, que reinava na
Índia, no tempo da rainha Elizabeth, reuniu uma ocasião os
seus ministros, quando sua mãe jazia enferma em Ajmer, a
duzentas milhas de Agra, sua capital, e disse-lhes que
requeria um boletim que relatasse a condição de sua mãe cada
hora. Ouvindo que seria impossível tal comunicação, ele
ainda afirmou que seria feito o seu desejo. Pôs um homem à
porta do palácio de Ajmer, outro mais adiante um pouco e
assim, sucessivamente, até formar uma linha viva de homens
pelo deserto até Agra.
Cada hora aquele que havia se
colocado mais próximo do palácio ouvia a mensagem e a
transmitia em alta voz ao seguinte e assim a condição
daquela enferma ia de um em um até aos ouvidos do grande
Akbar.
É por meio de um telégrafo
vivo que podemos comunicar a mensagem de salvação ao mundo
de hoje. Porém, se aqueles que se acharem em tal linha
falharem em receber ou transmitir qualquer relato, nada
chegará ao destino e nada há de passar. – Bispo F.B.
Bradley.
AMPLIA AS
TUAS MORADAS
Isa. 54:2.
Guilherme Carey pregou seu
famoso sermão baseado neste texto da Escritura, em maio, 31,
1792. Esta é uma data muito importante, data histórica. Seu
sermão incluía duas seções que são muitas vezes repetidas
hoje. São elas:
·
Esperemos
Grandes Coisas de Deus.
·
Façamos Grandes
Coisas para Deus.
Guilherme Carey era um
sapateiro que durante a semana ensinava e aos domingos
pregava. Seu salário era de 37 libras anuais para ensinar e
pregar. Uma vez ele olhou o mapa-múndi e sentiu-se tocado
pela necessidade de fazer alguma coisa pelo mundo. Assim, em
seu sermão de 3 de maio de 1792, ele falou com Pearce e
Fuller e proferiu estas palavras imortais: "Eu descerei ao
poço, se vocês segurarem as cordas." Então ofereceu-se
formalmente para o trabalho missionário e pôs a sua vida no
altar do trabalho. Nessa noite formou-se a Sociedade
Missionária Batista.
Há uma história muito
movimentada sobre os acontecimentos dessa noite. Há um
relato segundo o qual as pessoas começaram a deixar a
reunião após o sermão de Carey. Este desceu do púlpito e
disse a Fuller: "Como podem sair? Chame-os de volta,
chame-os de volta. Precisamos fazer alguma coisa."
Assim Fuller chamou o povo de
volta. E seguiu-se a organização da Sociedade Missionária. A
partir dessa hora o movimento missionário varreu o mundo.
Mas foi necessário alguém com uma visão e com uma coragem de
aceitar por sua fé e por essa visão o desafio.
CHAMANDO
OS PECADORES
Otis Jones não sabia que
estava espiritualmente enfermo e necessitado de um médico
espiritual. Ele era membro de uma igreja popular, mas diz-se
que jamais tivera uma experiência da graça salvadora até 19
de junho de 1950. Em maio ele fora tirar uma ficha médica de
seguro.
Era seu costume fazer sinceros
elogios, sempre que podia. Assim ele se dirigiu à
recepcionista, enquanto ela escrevia os seus dados:
– Que lindas mãos tem você,
Margarida!
Ela respondeu, como chocada:
– Obrigada, Otis. Estas mãos
pertencem a Jesus. Ela partilhava sua fé.
Ele ficou tão aturdido com a
afirmação da jovem, que lhe disse quase inadvertido:
– Que há com você? Está louca?
– Oh, não. Não estou louca,
Otis. Quando eu era menina estava tocando piano, a lição do
dia, e prometi ao Senhor que se Ele me permitisse tornar-me
uma boa pianista eu tocaria somente para Ele. O Senhor
cumpriu Sua parte no trato e eu cumpro a minha. Realmente,
minhas mãos pertencem a Jesus.
Jones ficou tão estupefato
pelo que acabava de ouvir, que saiu meio desorientado do
escritório, sem mesmo levar ficha de seguro. E nos dez dias
seguintes ele só via mãos diante de si. Não podia esquecer.
Mais tarde ele voltou ao consultório médico e disse à jovem:
– Que pretendia você dizer
quando me afirmou que suas mãos pertencem a Jesus?
A resposta amável de Margarida
revelou os seus sentimentos:
– Otis, não apenas as minhas
mãos, mas eu toda pertenço a Jesus. Ele habita em mim.
De novo ele deixou o
consultório e nas duas semanas seguintes sentiu-se ainda
mais agitado e inquieto. No dia 19 de junho ele voltou ao
consultório e desta vez com uma atitude completamente
mudada. Assentou-se e disse:
– Margarida, fala-me mais a
respeito de Jesus.
Ela assim o fez, e enquanto
ela falava ele deitou a cabeça sobre a mesa e chorou. Foi
então ali, que Otis Jones entregou-se a Jesus Cristo.
QUE FALOU
O SENHOR?
Jer. 23:35
Um menino desejava fazer algum
trabalho missionário. Assim ele foi de porta em porta
perguntando às pessoas se desejavam receber estudos
bíblicos. Uma senhora ficou tão surpresa ao ver um menino
assim desejoso de dar estudos bíblicos que se dispôs a
entabular conversa com ele. Ele estava tão limpo e bem
arrumado e era tão cortês que ela se sentiu impressionada.
Disse-lhe ela: "Eu ensino numa escola dominical, e
apreciaria os seus estudos." Ficou combinado para
determinado dia da semana a apresentação dos estudos, e o
rapazinho desceu a rua contente.
Na quarta-feira, o dia
combinado, ela havia esquecido tudo o que combinara, até que
ouviu a campainha da porta, e ao abrir deu com o rapazinho,
que lhe disse: "São precisamente 3:30, não é?" Ela não pôde
mais que confirmar: "Sim, são 3:30. Entre." E logo estavam
no primeiro estudo. Ele mesmo formulava uma pergunta, e
então pedia à senhora que lesse o texto indicado. Ela estava
encantada, pois aprendia coisas que nunca conhecera.
Depois de alguns estudos
bíblicos estavam entrando em verdades mais probantes. A
algumas de suas perguntas ele respondia: "Sim, algumas
pessoas pensam desta ou daquela forma." E então aduzia: "Mas
que diz Deus?" E buscava a resposta nas Escrituras.
Quando no batismo seguinte o
pastor pediu aos candidatos que referissem como a verdade
lhes foi levada, esta senhora e várias outras responderam
dizendo que um menino de 10 anos lhes levara a mensagem em
casa. Assim o rapazinho teve a alegria de ver alguns dos
seus "estudantes" serem levados às águas batismais e se
unirem à fareja. Um dos seus segredos era: "Algumas pessoas
crêem desta ou daquela forma, mas que diz Deus?"
ORAÇÃO
ATENDIDA
Durante a II Guerra Mundial
uma obreira da Obra de Beneficência – Dorcas – recebeu de um
homem carta incomum. Ele contava como, durante a I Guerra
Mundial, fora-lhe dado um suéter tricotado por alguém na
América. Costurada ao suéter havia uma pequena oração com o
nome da boa obreira Dorcas, e seu endereço. Ele contou como
aquele agasalho o conservara aquecido no frio das úmidas
trincheiras, e como a oração lhe conservara aquecido o
coração também. Então ele dizia: "Tenho conservado seu nome
e endereço por 25 anos. Depois da primeira guerra voltei à
América e me casei. Temos agora um filho no exército. Quer a
senhora tricotar outro suéter para meu filho, e ter a
bondade de não esquecer a oração?"
NADA MAIS
A DIZER
Atos 8:1-4
Alguns anos atrás, quando
estava falando a uma grande congregação, estava presente um
jovem que me atraiu a simpatia. Depois de ter pregado, me
dirigi a ele e perguntei se era cristão. Ele respondeu que
se considerava cristão; então procurei saber se já havia
trazido alguma alma a Cristo e o moço, que era um advogado,
afirmou que a sua profissão não era pregar.
Mostrei-lhe, entretanto, Atos
8:1-4 e ele vendo que aqueles que andavam dispersos iam por
toda parte anunciando a Palavra, exceto os Apóstolos como
pensara a princípio, convenceu-se e nada mais pôde dizer. –
R.A. Torrey.
PAZ
CONVOSCO
João 20:21
Um autor desconhecido conta a
história de um monge que construiu para si uma pequena
cabana de pedras no flanco de uma montanha, vivendo ali por
cinco anos, solitário.
Certo dia, depois de ler a
comovente história da crucifixão de Cristo, adormeceu e
sonhou que ia andando pela estrada do Céu. Fazendo uma volta
do caminho, achou-se face a face com Jesus.
– Ó Mestre! – exclamou ele,
caindo de joelhos. – Por que nos deixaste? Precisamos tanto
de Ti! Não podias haver ficado conosco?
– Consumei a obra que tinha a
fazer – respondeu Jesus docemente.
– Mas, – protestou o monge – a
pobreza e o pecado ainda estão conosco. Ó Mestre, quem pode
levar o fardo das necessidades humanas?
– Reparti com os que Me amam o
fardo das necessidades humanas. Deixei com eles parte desse
fardo.
– Mas, Mestre, – continuou o
monge, começando a ver sua própria responsabilidade – que
será se eles Te falharem?
– Ah! – respondeu Jesus. –
Conto com os que Me amam, e "o amor nunca falha".
O monge despertou, perturbado.
Seria direito que ele se separasse do mundo e se entregasse
inteiramente à meditação, à leitura e à oração? De joelhos,
buscou saber a vontade de Deus. Depois, havendo tomada sua
decisão, pôs-se a caminho montanha abaixo. "Vou-me embora de
volta", disse em voz alta. "O Mestre consumou Sua parte.
Agora Ele trabalha por meio de mim. Não posso Lhe faltar."
PENSANDO
EM OUTROS
Uma pessoa que visitara um
farol, disse ao guarda: "Você não tem medo de viver aqui? É
um lugar terrível, para viver sempre." "Não", respondeu o
homem, "não tenho medo. Aqui eu não penso em mim mesmo."
"Nunca pensa em si mesmo?! Como é isso?" O guarda deu uma
boa resposta: "Sabemos que estamos bem seguros, pensamos
somente em ter nossa lâmpada acesa, o refletor bem limpo
para que aqueles que se acham em perigo possam ser salvos."
É isto o que devem fazer os
cristãos. Estão seguros na casa edificada na Rocha eterna, a
qual não pode ser abalada pelo furacão mais forte. E, com um
espírito de santa renúncia, devem fazer brilhar a sua luz
através das trevas do pecado, para que os que estão em
perigo possam chegar ao porto de segurança eterna. –
Sword and Trowel.
NÃO
DIGAS: SOU UMA CRIANÇA
Jer. 1:7
Era um rapazinho de apenas
dezessete anos, muito pequeno para a sua idade. Acabava de
aceitar a verdade e desejava ir a um de nossos colégios a
fim de preparar-se para ser obreiro. Dois anos mais tarde. A
igreja desejava abrir um novo território, mas não havia um
pregador para enviar a esse campo. Algum tempo mais tarde
não havia um simples membro de igreja ali. Mas este distinto
jovem, agora com 19 anos, voluntariamente se ofereceu para
ir.
Chegando ao lugar que seria
sua sede, tomou um quarto no hotel. Depois afixou em alguns
lugares pequenos cartazes com estas palavras: LIU, O HOMEM
COM A MENSAGEM, VEIO. E deixou o seu endereço, ao mesmo
tempo que convidava todos a irem falar com ele. Quando o
primeiro homem veio ao hotel, o porteiro enviou-o ao quarto
de Liu. O estranho bateu à porta, e disse que desejava falar
ao Sr. Liu, O HOMEM COM A MENSAGEM.
"O Sr. Liu sou eu", disse Liu.
Mas o visitante disse com escárnio: "Você é apenas uma
criança", e mostrou disposição de retirar-se aborrecido.
Outros vieram, e as reações não foram diferentes, e foram
embora. Depois desta amarga experiência Liu pôs-se de
joelhos e orou fervorosamente, pedindo direção de Deus. Por
três dias recusou receber qualquer pessoa. Jejuou e orou
muito.
Finalmente, estando de
joelhos, tomou sua Bíblia e abriu no texto de Jer. 1:7.
Encontrou conforto nessa passagem. Então alguém bateu à
porta. Era um fazendeiro, que lhe disse: “Faz três dias vim
à cidade, e vi afixado num poste um aviso: LIU, O HOMEM COM
A MENSAGEM VEIO. Agora volto para levá-lo ao povo de minha
vila, que deseja conhecê-lo.”
Liu foi, pregou durante uma
semana sem descanso. Três meses mais tarde foi chamado um
pastor para batizar 79 pessoas nessa vila, e organizar uma
igreja. A criança havia-se tornado um homem de Deus!
DEUS QUER
UM TRABALHADOR
Deus nunca procura uma pessoa
preguiçosa ou desocupada para o Seu serviço.
A História e as Escrituras
testificam desta verdade.
MOISÉS – estava ocupado com o
rebanho de Jetro.
GIDEÀO – estava debulhando o
trigo junto ao lagar de vinho.
ELISEU – estava arando a terra
com doze juntas de bois.
SAUL – estava procurando os
jumentos de seu pai.
DAVI – pastoreava o rebanho de
seu pai.
NEEMIAS – estava servindo o
vinho do rei.
PEDRO E ANDRÉ - estavam
lançando as redes ao mar.
TIAGO E JOÃO – estavam
remendando as redes.
MATEUS – estava cobrando
impostos.
Oxalá estejamos nós também
ocupados no serviço de Deus.
"TUTTI
FRATELLI"
(Todos são
irmãos)
A Cruz Vermelha surgiu cem
anos atrás. Um jovem de Genebra chegara à região onde estava
em andamento a terrível batalha de Solferino.
Para lá se dirigiu porque queria ver Napoleão III. Em vez
disso, viu carregamentos de feridos que eram trazidos a
Castiglione a cada poucos minutos.
Eram de todas as raças: franceses, alemães, eslavos, árabes,
italianos – e jaziam pelas estradas e ruas de pedra,
sofrendo, gemendo, blasfemando e morrendo.
Quando Jean
Henri Dunant viu o horror da cena, logo se pôs em
ação: arregimentou camponesas da Lombardia
e organizou um sistema de primeiros socorros, que evoluiu na
civilização mundial conhecida como Cruz Vermelha. Ao
contemplar o sofrimento de todos aqueles representantes de
raças tão diversas, uma frase se lhe impôs à mente: "Tutti
Fratelli!" (Todos são irmãos).
O gênio de
Dunant teve suas raízes na fé cristã. Tornou-se um
dos fundadores da Aliança Mundial da Associação Cristã de
Moços. Observando as massas, foi, como seu Mestre, possuído
de compaixão. "O coração arde dentro de mim", era uma
de suas frases, e quando se punha em ação, clamava: "Rendo
glória a Deus por tudo que o Senhor tem feito!" – H.W.L.
"DESDE UM
A OUTRO PÓLO"
Esse hino é de autoria de
Reginald Heber, que viveu justamente durante o período do
crescente interesse, na Inglaterra, pelo trabalho
missionário. Provavelmente, foi esse interesse geral que pôs
"fogo" em sua imaginação para escrever o que hoje é
considerado um dos maiores, senão o maior de todos os hinos
missionários.
Uma carta com o selo real foi
mandada a todas as igrejas da Inglaterra, pedindo que fosse
tirada uma oferta especial para o trabalho missionário no
Oriente. Por esse motivo foi que, num certo sábado, no ano
de 1818, o Dr. Shipley, sogro de Reginald Heber, estava
preparando um sermão especial para a manhã seguinte, fazendo
um apelo à sua congregação no sentido de contribuírem para
aquela causa gloriosa. Seu genro também estava presente,
pois na noite seguinte ia começar uma série de conferências
na mesma igreja.
À tarde, enquanto estavam
assentados conversando com uns amigos, o Dr. Shipley pediu a
Heber que lhe fizesse o favor de escrever um hino sobre
"Missões", para ser cantado na manhã seguinte, dando assim,
mais força ao seu sermão.
Heber retirou-se por algum
tempo e, quando então voltou, trazia consigo as três
primeiras estrofes do hino "Desde um a outro Pólo". Mas,
depois de as ler em voz alta para o sogro, concluiu que o
sentido ainda não estava completo e, então acrescentou a
quarta, sendo o hino cantado na manhã seguinte pela primeira
vez.
Reginald Heber (1783-18.26)
viveu uma vida exemplar, vida de muito interesse e aventura.
Sempre foi uma pessoa de muita coragem e de grande bondade.
Dizem que quando estava na escola ele mesmo quase nunca
tinha dinheiro para o seu próprio uso, porque à primeira
pessoa necessitada que encontrasse dava tudo. À noite,
estava sempre no meio de um grupo de meninos e moços,
encantando-os com suas histórias. Era um jovem muito
cristão, de caráter forte e guiou muitos companheiros no
caminho do bem, não deixando que fossem vencidos pelas
tentações.
Começou o seu pastorado aos 24
anos de idade. Durante muitos anos teve o desejo ardente de
ver o Evangelho espalhado na Índia e a alegria de coroar a
sua carreira com uns anos de serviço muito útil, como
missionário de Calcutá. Seu campo abrangia não somente toda
a índia, mas também a ilha de Ceilão e a Austrália!
É interessante saber que ele
ordenou o primeiro hindu nativo ao ministério: Cristão
David. Sua morte foi súbita. Depois de algumas horas de
trabalho intenso, ao calor de Madrasta, preparou-se para um
banho frio. Passado muito tempo, seu empregado, alarmado,
abriu a porta e o encontrou morto. A sua morte foi uma
grande perda para o trabalho da igreja. Escreveu diversos
hinos, mas hoje é lembrado especialmente por causa de seus
hinos, muito conhecidos – "Desde Um a Outro Pólo" e "Santo,
Santo, Santo".
Uma senhora residente no
Estado de Geórgia, nos Estados Unidos, obteve uma cópia da
letra deste hino que foi publicado numa revista cristã.
Gostou tanto dessa nova letra, que procurou achar uma música
para canta-la. Todavia, não pôde encontrar o que queria,
porque a métrica da poesia era nova naquele período. Ela,
porém, se lembrou de que tinha ouvido falar de um jovem de
bastante talento musical que trabalhava num Banco, pertinho
da sua casa. Então, enviou seu filho ao referido jovem com a
cópia do hino e, em meia hora, ele voltava com a música.
O compositor da música foi
Lowell Mason (1792-1872) que, mais tarde, se tornou famoso
pelos seus excelentes trabalhos. Durante a sua vida, teve
muitos cargos de importância e foi fundador da Academia de
Música de Boston. Também organizou escolas de canto,
congressos musicais e introduziu a música nas Escolas
Públicas dos Estados Unidos. Só esse fato bastaria, por si
mesmo, para imortalizar o seu nome. Foi um dos mais notáveis
compositores norte-americanos de música sacra, e fez mais do
que qualquer outra pessoa para elevá-la em sua terra!
SALVO DAS
GARRAS DO FEITICEIRO
Um homem emigrou para um país
vizinho, a fim de encontrar trabalho. Depois de algum tempo
voltou para sua terra, nas Índias Ocidentais, com 10.000
reais no bolso. Para tristeza sua, ao voltar, encontrou a
esposa muito doente. Foi consultar o feiticeiro, pois fora
educado de modo a considerar o feiticeiro o único capaz de
tirá-lo de dificuldades. O feiticeiro disse ao homem que, se
fizesse um grande banquete aos feiticeiros da zona, sua
esposa ficaria curada.
Assim o homem fez o banquete,
e gastou os seus 10.000 reais. Mas a esposa não melhorou.
Muito triste e abatido, voltou ao feiticeiro:
– Fiz o banquete, mas minha
esposa não melhorou.
Disse o feiticeiro:
– Vá para casa e venda seu
cavalo e arreios, seu burrico, e tudo que puder, e faça um
banquete maior. Meus colegas não ficaram satisfeitos com o
banquete ordinário que lhes ofereceu.
Embora muito triste, ele
atendeu ao feiticeiro. No entanto, nada da esposa melhorar!
Assim, foi pela terceira vez ao feiticeiro. Desta vez ele
lhe disse que devia roubar uma jovem e fazer um sacrifício
humano.
Contra vontade, o homem foi a
um lugar distante da ilha, perseguido pela idéia da ordem
que recebera. Porém, ele se encontrou com um velho amigo
seu, católico. O amigo ouviu sua história, e disse:
– Vou lhe dizer onde o senhor
receberá auxílio. Ali adiante há uma missão evangélica. Vá
lá que eles o ajudarão.
Ele foi, nada sabendo acerca
da religião. Assistiu às reuniões com profundo interesse.
Voltou para casa sem ter efetuado o sacrifício humano, mas
com nova esperança no coração. Tomando consigo um pouco de
mantimento, voltou à Missão e ficou vários dias ali.
Aprendeu a orar, e ele e as pessoas da Missão oraram por sua
esposa. Quando, depois de alguns dias, voltou para casa, a
esposa estava quase boa. Falou a todos acerca da Missão,
acerca das orações que haviam devolvido a saúde à esposa, e
acerca da mensagem. Logo ele estava estudando com seis
interessados, preparando-os para o batismo.
Quando um missionário foi
visitar sua aldeia, encontrou não seis, mas 50 pessoas
reunindo-se para ouvir o Evangelho, numa igrejinha coberta
de sapé, que eles haviam construído.
Realizaram ali reuniões
maravilhosas. O missionário ouviu com gratidão muitas
histórias de como o Evangelho libertara o povo da tirania
dos feiticeiros.
Como a luz se espalhara! O
moço católico fez uma sugestão a seu amigo. Este aprendeu a
mensagem. Deu testemunho de seu poder, e assim outros foram
atraídos. Eles, por sua vez trouxeram outros. Esta é a
maneira como se espalha a mensagem da Cruz.
AS PESSOAS MAIS ENFERMAS
SÃO AS QUE MENOS TRABALHAM
Tem a igreja alguns críticos,
dos quais alguns estão fora dela. Esses não me preocupam; eu
simplesmente me afasto deles. Os que me preocupam são
aqueles cujo nome consta no registro da igreja, mas para
quem isso nada significa. Tais como o homem do poço de
Betesda, lamentam-se de que ninguém os auxilia. Queixam-se:
"O predador nunca vai visitar-me... Não gosto da música...
Vou, mas ninguém me cumprimenta... Muitos membros são
hipócritas", e assim por diante.
Notei, porém, que quando o
membro queixoso persiste em freqüentar a igreja, ampará-la
com suas orações, presença, ofertas e atividade, encontra
nela regozijo e fortaleza. A pessoa só consegue sarar quando
inicia alguma atividade proveitosa. As mais enfermas, em
geral, são as que menos trabalham. – Charles L. Allen.
EM PAZ
COM DEUS
Rom. 5:1
"Justificados pela fé". Lutero
buscou alívio para o coração opresso na renúncia e no
afastamento do mundo, como monge; mas não o encontrou. Em
1500 viajou a Roma, como delegado, esperando lá encontrar
alívio do peso que o esmagava. Ao enxergar de longe a
cidade, exclamou: "Santa Roma, eu te saúdo!" Ficou, porém,
decepcionado e chocado com a impiedade que lá encontrou.
Pôs-se afinal a subir de
joelhos a escada de Pilatos, apinhada de gente
supersticiosa. Arrastou-se de degrau em degrau, repetindo a
cada degrau suas orações, até que uma voz de trovão pareceu
bradar dentro dele. "O justo vive pela fé!" Ergueu-se
imediatamente, viu a loucura de sua esperança de alívio
mediante obras de merecimento. Uma nova vida seguiu-se a
essa nova luz. Sete anos depois ele pregou suas teses na
porta da igreja de Wittenberg e iniciou a reforma. –
6.000 Illustrations.
TRANSFERINDO CARGA
Um regimento de soldados
britânicos, na Índia, foi chamado para empreender uma prova
de resistência, que julgava uma marcha de muitos quilômetros
ao longo de um trilho arenoso, com tempo determinado, sem
ficar nenhum homem para trás.
Um jovem recruta do regimento
achou muito dura a prova. Depois de ter percorrido parte da
distância, disse ao companheiro, um velho e experimentado
soldado: "Bill, não posso suportar a prova. Tenho de
abandonar as fileiras." O sol tropical caía
desapiedadamente, a areia era funda e abrasadora, e o jovem
estava já para se dar por vencido.
Vendo que o jovem precisava
imediatamente de auxilio, o enrijecido soldado disse: "Olhe,
dê-me o seu fuzil." Isso aliviou a carga, e o jovem exausto
caminhou ao lado de Bill cinco quilômetros mais. Outra vez
começou a afrouxar; o experimentado veterano tomou mais do
seu equipamento, e não demorou muito que Bill estivesse
carregando toda a bagagem do jovem. Quando, vencida a
distância, soou por toda a linha a voz de "Alto", cada homem
estava em seu lugar.
Ao prosseguirmos na jornada,
haverá também provas para nós – longas marchas e fardos
pesados. A estrada pode parecer áspera e longa e, às vezes
poderemos sentir que não há outra coisa a fazer senão
deixar-nos ficar pelo caminho. As provas e tentações poderão
parecer tão grandes que não as podemos suportar, e pensamos
que vamos sucumbir ao peso da carga.
Mas nós também podemos
transferir nossa carga. Ao nosso lado está o Salvador. Ele
já passou pelo caminho antes de nós e promete ir conosco
"até o fim". Ele é "amigo mais chegado do que um irmão" e
nos ajudará a levar a carga quando for pesada demais para
nós.
O apóstolo Pedro, o velho e
experimentado guerreiro de muitas batalhas, escrevia sobre
os longos anos de experiência ao aconselhar: "Lançando sobre
Ele toda a vosso ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós."
I. S. Pedro 5:7.
De modo que, quando à
semelhança do jovem soldado, você julgar ser necessário
abandonar a linha, transfira simplesmente uma parte de sua
carga. – Charles L. Paddock.
ALVO
Um artista, quando vai pintar
um quadro, sabe muito bem que não será capaz de exceder um
Apeles, Rafael ou Miguel Ângelo. Porém, isto não o desanima.
Empunha o pincel e emprega as tintas, faz o melhor que pode
e finalmente, em modestas proporções, consegue assemelhar-se
aos grandes mestres da arte.
Também o escultor, embora
persuadido de que não rivalizará Praxíteles, trabalhará o
mármore e procurará aproximar-se o mais possível do modelo.
Porque tem um alvo proposto.
Assim deve agir o cristão.
Indo além das vitórias conseguidas, e avançando sempre,
desejará ser mais e mais conforme a imagem de Cristo Jesus.
– Spurgeon.
ALVOS
ELEVADOS
Certa vez alguns rapazes
estavam atirando a um alvo, com flechas desferidas por arco.
As flechas de um dos moços invariavelmente cravavam-se no
solo.
– Ponha o alvo, mais alto,
observou-lhe um dos companheiros. Do contrário a ponta das
flechas sempre se cravará no chão, e não atingirá o alvo.
Aquele que tem como alvo uma baixa porta de celeiro, jamais
atingirá o galo no topo do campanário.
Elevemos também o alvo da
nossa vida. Como cristãos devemos ter alvos definidos e bem
elevados. – Seleto.
O USO
DOS TALENTOS
No Oriente é muito conhecida a
seguinte alegoria: Um comerciante, viajando para longe, deu
a dois de seus amigos, respectivamente, dois sacos de trigo,
para que os guardassem até sua volta. Passaram-se anos. O
homem voltou, e pediu o seu trigo. O primeiro negociante
levou-o ao seu armazém e lhe mostrou os sacos: estavam
mofados e imprestáveis. O outro conduziu-o para fora e lhe
mostrou vastos campos de trigo ondulante, como produto dos
dois sacos que lhe confiara. Disse o comerciante: "Foste
amigo fiel. Dá-me dois sacos desse trigo; o restante é teu."
– Sermon Illustrations.
IGUALDADE
Entrou certa vez em uma igreja
grande uma menina pobremente vestida, tendo um xale listrado
enrolado no pescoço, e procurou calmamente um assento.
Ninguém lhe deu atenção, embora todos sabiam que era
estranha. Quando se dividiram em classes ela esperou, mas
ninguém a convidou a se juntar à sua classe. Com uma
expressão de tristeza e desapontamento, saiu da igreja.
Uma visitante que viera à
igreja notou sua presença e perguntou a um dos membros
ativos da igreja quem era aquela menina. "Ah, certamente é a
Maria Ambrósio, ela é uma simples costureira na loja do Sr.
Francisco", foi a resposta. "É estranha no lugar, e
provavelmente não ficará muito tempo por aqui."
Na semana seguinte ela foi
novamente assistir aos cultos da igreja, mas foi tratada com
a mesma frieza de antes, e desta vez seus lábios tremeram e
os olhos se lhe encheram de lágrimas ao sair vagarosamente
da igreja.
Depois de certo tempo, a
senhora que havia notado a presença dessa menina na igreja
foi assistir aos cultos de outra igreja da mesma cidade.
Para sua surpresa, viu ali a mesma menina, mas que mudança
havia em seu semblante! Parecia mais desembaraçada, e um
doce sorriso se lhe esboçava nos lábios. Podia-se ver que se
sentia em casa, e muitos sorrisos agradáveis lhe foram
dirigidos depois de terminado o culto. Não era difícil
descobrir o que ocasionara tal mudança em seu semblante.
Este incidente nos ensina que
não devemos fazer acepção de pessoas, devendo antes
lembrar-nos de que o pobre e o humilde são tão preciosos à
vista de Deus como são os ricos e influentes, e que qualquer
ato de bondade com que os obsequiemos será contado pelo
Senhor como se o tivéssemos feito a Ele mesmo. –
Seleto.
ENTREGA
COMPLETA
Quando Miguel Faraday, célebre
químico inglês, era menino, ganhava a vida vendendo jornais
na rua. Certo dia, enquanto esperava fora do escritório de
um jornal de Edimburgo, que saísse a edição matutina, passou
a cabeça e os braços através das grades de um portão de
ferro. Começou então a cogitar consigo mesmo de que lado
estaria ele. "Minha cabeça e minhas mãos estão de um lado",
disse de si para si, "e meu coração e meu corpo estão do
outro."
Subitamente, antes de ele ter
tempo de se desembaraçar das grades, foi o portão impelido,
e o solavanco que tomou ensinou-lhe, segundo declarou
posteriormente, que toda verdadeira obra requer coração e
mão do mesmo lado. A consagração deve ser completa.
Quando o povo de Colácia
estava para se entregar a Roma, foi-lhe perguntado:
"Entregam-se vocês, o povo colatino, com sua cidade, seus
amigos, sua água, seus limites, utensílios, tudo quanto lhes
pertence, quer humano quer divino, nas mãos dos romanos?"
Eles responderam: "Entregamos tudo", e foram recebidos.
Algumas pessoas que professam
o cristianismo procuram dizer a Cristo: "Eu entrego tudo
menos..." – e seque-se então uma lista de exceções.
Deus quer ouvir os meninos e
as meninas, os jovens e as jovens deste movimento fazerem
uma consagração como essa, e dizerem: "Tudo quanto somos e
tudo o que temos é Teu. Usa-o segundo a Tua vontade." Se
estivermos todos assim consagrados a Deus, o Senhor nos
usará admiravelmente a cada um de nós. – Seleto.
DEVEDOR A
TODOS
Rom. 1:14
Uma tarde, numa espessa
tempestade de neve, meu carro encalhou num sulco no gelo, em
um monte. Procurei dar bastante atração para movê-lo
adiante, um pouco que fosse, mas foi debalde. Deslizei para
os lados e comecei a patinhar para dentro de uma linha de
carros que vinham. Motoristas impacientes atrás de mim
puseram-se a buzinar. O que eu poderia eu fazer? Embaraçado
e transpirando de nervosismo, tentei novamente, em vão ir
para diante. Nada!
Justamente aí dois robustos
jovens se adiantaram para me empurrar. Com seu auxílio,
galguei pouco a pouco o morro, e consegui impulso suficiente
para continuar avante. Voltei-me para agradecer meus
benfeitores, porém eles já estavam ajudando um carro
encalhado atrás de mim. Cheio de gratidão por sua bondade,
tomei comigo mesmo o compromisso de pagar, na primeira
oportunidade meu débito, ajudando alguém em apuro.
Não tive de esperar muito. Uma
ou duas noites depois, cheguei a um motorista procurando
freneticamente tirar o carro da profunda neve que havia
junto ao meio fio. Um ancião o tentava empurrar, mas o
esforço parecia baldado.
– Precisas de auxílio? –
gritei.
– Por favor – rogou. – Estou
apenas a uns 30 centímetros de terra enxuta.
E esforçou-se, enquanto o
ancião empurrava numa roda, e eu na outra. Depois de três
monumentais arrancadas, estava livre. Enquanto se ia
afastando, gritou: "Muito obrigado. Muitíssimo obrigado!"
Mas eu não precisava de receber agradecimentos. Estava
simplesmente pagando uma dívida que contraíra ao receber
idêntico favor dias antes.
COOBREIROS
DE DEUS
I Cor. 3:9
Uma inspetora escolar visitou
um dia uma escola para ver que progresso estava sendo feito
tanto por professores como por alunos. Quando ela entrou na
sala do edifício, sua atenção foi atraída por um belo mural
exposto num dos quadros-negros. Um menino se achava ao lado
do mural, irradiando o orgulho da autoria.
– Que bela pintura! – exclamou
a inspetora. – Foi feita pelos meninos e meninas de sua
sala?
– Sim – respondeu o rapazinho.
– Que parte você tem nela? –
continuou a visitante.
Ajeitando-se todo, ele
exclamou com orgulho:
– Eu lavei os pincéis!
Se bem que fosse humilde sua
tarefa, sem dúvida escolhida segundo seus talentos, ele
estava contente, porque via nisso uma parte necessária a uma
obra inspiradora.
|