TRABALHO  –  Missionário,  Pessoal

 

LIÇÕES  PRÁTICAS

 

Cabe-nos o privilégio de escolher se seremos trigo ou joio – filho de Deus ou filho de Satanás – mediante a escolha de semente que queremos que seja semeada em nosso coração. Nossa oração diária deve ser: "Não colhas a minha alma com a dos pecadores." Salmo 26:9. Não podemos consentir em ser reunidos nos feixes dos enganadores e fingidos, ao chegar o tempo da colheita.

Vencemos o mal mediante o nutrir e fortalecer o bem. Pôr uma planta de estufa ao ar livre, onde ela fique em direto contato com o sol e a chuva, dá-lhe muitas vezes força para vencer os insetos que a estão destruindo.

É bom dirigir-nos muitas vezes essas perguntas:

– Estou eu semeando trigo, ou joio?

– Estou eu preparando para o grande dia da ceifa?

– Que estou eu fazendo para ajudar os outros a se prepararem para aquele dia?

 

SERVIÇO  MISSIONÁRIO

 

Há pessoas que perdem tanto tempo aguardando oportunidades espetaculares de servir a outros que passam por alto, como indignos de atenção, o ensejo de fazer o que lhes pareciam pequenos favores. Felizmente há, entretanto, pessoas, que tanto se interessam em prestar o que chamam pequenos serviços, que não têm tempo de aborrecer-se porque não se lhes deparam grandes oportunidades...

Um incidente verificado numa populosa cidade mostra-nos que há grande fome por pequenos atos de bondade.

Certo dia, alguém cumprimentou um pobre estrangeiro que falava muito pouco a língua do país. Notando que o forasteiro parecia desanimado, estendeu-lhe a mão. Perguntou-lhe então se ele estava em necessidade. "Não, não preciso de dinheiro", foi a resposta, "sentia fome apenas de um aperto de mão."

Abençoados os que não se acham atarefados demais para pensar nas pessoas famintas por pequenas demonstrações de afeto! Se soubessem qual o efeito produzido por seus atos, nunca lhes pareceriam insignificantes.

Quem está sempre alerta para aproveitar a ocasião de prestar pequenos serviços está mais apto a efetuar trabalhos importantes do que o que sonha com grandes coisas que pretende fazer algum dia.

Peloubet.

 

AMOR  PELAS  ALMAS

 

Rowland Hill, em cujo coração ardia um amor intenso pelas almas, e a quem os homens às vezes chamavam de louco, disse:

"Certa vez, quando passava por uma estrada, vi a um homem trabalhar no fundo de uma cova de cascalho. De repente, o barranco desabou e o enterrou vivo. Eu corri depressa em seu auxílio, e também chamei por socorro, que então veio da cidade, a mais ou menos uma milha distante. Nessa ocasião ninguém me chamou de louco.

“Mas, quando vejo que a destruição está sobrevindo aos pecadores e os cobrirá com o barranco da desgraça, exclamo, advertindo-os do seu iminente perigo e animo-os a escapar, dizem que estou fora de mim. Talvez esteja, mas anelo que todos os filhos de Deus possuam o mesmo desejo que tenho de salvar seus companheiros." – Soul Winning, pág. 51.

 

FAZEI  A  VOSSA  LUZ  BRILHAR

 

– Deus o abençoe, Bantu. Você e Gezo vão para um lugar difícil. Procurem ser fiéis soldados do Capitão celestial. Sei que sua vila não tem testemunhas de Cristo. Não permitam que as trevas obscureçam a luz de vocês – recomendou o professor.

– Não senhor; esperamos que não – disseram Bantu e seu amigo, ao deixarem a escola cristã na África para retornarem a casa a fim de auxiliar na colheita.

Tendo em mente as palavras do professor, ficaram agradavelmente surpreendidos ao notar que ninguém, no princípio, os perturbava muito, e que não havia forte perseguição. Mas um dia Bantu chamou Gezo ao jardim e, levando-o para trás de uma espessa folhagem, segredou-lhe:

– Gezo, o chefe ordenou que trouxéssemos algumas raízes como oferta ao ídolo, e que tomássemos parte na festa para pedir chuva. Mamãe disse-me que eu fizesse isso mas não posso.

– Podemos estar certos de que nos irão bater – disse seu amigo – porque meus avós também me ordenaram fazer a mesma coisa. Oh! Bantu, agora teremos de nos firmar em Jesus. A prova será muito difícil, mas devemos ser valorosos.

Logo que o chefe, que se mostrava inflexível em sua determinação, ouviu que os dois rapazes se recusavam a comparecer à Festa da Chuva, ficou muito furioso, e disse: "Esses malvados rapazes trarão mais prejuízo a nossa vila, e devem ser publicamente castigados. Todas as nossas plantações já estão a morrer de sede."

Os rapazes estavam determinados a ser fiéis ao Chefe do alto. Não fazia muito tempo que várias pessoas da vila, que desejavam ser cristãos, haviam sido cruelmente forçadas a se unir na adoração do ídolo. Por isso Bantu disse ao amigo: "Gezo, nós devemos ficar firmes. Deve haver liberdade para todos os que desejam aprender o verdadeiro caminho. Vamos ao chefe distrital e procuremos sua proteção."

Era muito difícil os rapazes verem o chefe e Gezo ficou cheio de temor. Bantu também estava com medo quando viu o grande homem, mas lhe disse o que desejavam. O chefe não lhe prometeu proteção, e os intimou a comparecer à corte no dia seguinte, onde falsas testemunhas, subornadas por pessoas da vila, os acusaram de toda sorte de coisas más.

No fim, foi exigido de cada um que pagasse certa quantia, senão iriam para a prisão. A família de Gezo com má vontade pagou a importância, mas a mãe de Bantu era muito pobre e não podia conseguir a soma exigida. Assim Bantu teve de ir para a cadeia, a fim de cumprir a pena de 5 meses de prisão. Ficou muito triste por ter de deixar a mãe sozinha, pois era filho único.

– Além do mais, – disse, de si para si – o povo da vila não tem nenhuma luz para lhe mostrar o caminho para Cristo. Pode ser que muitos aprendam que é melhor sofrer que negar o Senhor.

As prisões africanas são escuras e imundas, e Bantu foi posto junto com toda espécie de homens maus. No entanto, compreendeu que ali estava para brilhar por seu Senhor e Mestre, e Lhe pediu que o auxiliasse continuamente.

Algum dos presos, como ele, estavam sendo injustamente punidos, e estes e outros que haviam cometido faltas, não mostravam má vontade em ouvir do Livro de Bantu, durante os longos, quentes e dias. Que prazer ele sentia em lhes poder ler e falar, em suas palavras simples, do Salvador por Quem estava a sofrer! Vez após vez lia a história de José na prisão, e isso o auxiliava a ser paciente, também, em sua dura experiência.

Finalmente chegou o dia feliz em que esse jovem foi posto em liberdade e pôde ir para junto de sua mãe. Mas não tinha brilhado em vão, pois notou que aos poucos ia aumentando o número de pessoas dispostas a ouvir a Bíblia, e logo estavam a pedir um professor.

– Enquanto não me for possível enviar um homem, – disse o missionário a Bantu, que tinha ido à escola para conseguir o que desejavam – você deve prosseguir, Bantu. Você já fez a luz brilhar, de modo que continue a fazer isso até conseguir auxílio.

E Bantu aceitou o conselho, e se regozijava ao pensar como Deus usara sua pequena luz.

Missionary Leader.

 

UMA  ALMA  GANHA

 

Durante um violento temporal na costa da Escócia fora lançado um possante veleiro, pela fúria do mar agitado, contra a praia rochosa. O forte vento e as altas ondas pareciam querer despedaçar o casco do navio. Os pescadores na praia reconheceram logo a situação crítica em que se achavam os tripulantes e foram em seu auxílio.

A fúria da vento era semelhante a um bando de demônios que ameaçava destroçar tudo. O perigo era grande. Contudo, alguns homens destemidos tomaram um barco e se fizeram ao mar e conseguiram salvar a tripulação. Para espanto seu, quando se afastaram do veleiro náufrago, notaram que tinham esquecido de resgatar mais um tripulante que se agarrava ao mastro. O desespero se estampava em seu rosto. Mas, os remadores disseram: "Não podemos voltar e buscá-lo. Se o tentarmos, o nosso bote será arremessado contra as rochas e feito em pedaços pela violência das ondas e todos pereceremos."

Deixaram o jovem sobre o veleiro e rumaram em direção à terra. Quando chegaram à praia, aproximou-se deles um jovem robusto e disse: "Se alguém me acompanhar irei buscar aquele náufrago." Sua mãe, que se achava a seu lado, abraçou-o carinhosamente e lhe disse: "Meu filho, você não deve ir. Lembre do seu pai, que também era marinheiro, e pereceu num temporal como este. E, há 8 anos, também seu irmão Guilherme foi ao mar, e nada mais ouvimos dele. Sem dúvida, ele também morreu num naufrágio. Se você for agora e perecer, o que farei eu? Já sou velha e pobre. Você é o meu arrimo, eu lhe rogo que não vá."

Mas, amorosamente, soltou o braço da mãe e respondeu: "Mamãe, ali fora um homem está em perigo. Creio que é o meu dever salvá-lo. Se eu perecer cumprindo o meu dever, Deus há de cuidar da senhora." E, beijando-lhe a querida face, embora pálida e enrugada, embarcou no bote, junto com seu companheiro, e partiram no meio da veemência do temporal.

Os que ficaram na praia ansiosamente esperaram longo tempo, com os olhos fitos no veleiro que devagar ia afundando. Anelavam a volta do barco. Enfim, o avistaram quando anda vinha mui distante, balançado violentamente pelas ondas. Já cansados e quase exaustos, os dois homens, lutavam heroicamente para conduzir o barco à terra. Quando já estavam tão próximos que podiam ser ouvidos, os que estavam em terra perguntaram: "Vocês puderam salvar o homem?"

O jovem que havia partido para salvar o homem, levando as mãos à boca exclamou: "Sim, digam à mamãe que achei meu irmão Guilherme." Havia somente uma alma a ser posta a salvo, e esse homem do veleiro náufrago que se afundou no mar era seu próprio irmão, que por longo tempo estava perdido.

Condições semelhantes há em tomo de nós. Por toda parte há almas perecendo, que ainda se apegam a alguma coisa terrena, a qual logo lhes será arrancada pelo próximo embate da tempestade. Estas almas são nossos irmãos perdidos. O nosso dever é salvá-los, mesmo com risco de nossa vida terrestre. Milhares de almas andam sem rumo definido e serão finalmente arrastadas pelo poder do pecado. O plano divino é salvar os homens por intermédio de homens. Deus conta com você e comigo!

Soul Winning, págs. 65 e 67.

 

POR  SALVAR  A  OUTROS,  SALVOU-SE  A  SI  MESMO

S. Marcos 8:35

 

A verdadeira felicidade se encontra na abnegação.

Certo homem, muito desanimado e desesperado, encaminhou-se para o Lago de Michigan, com a intenção de findar ali a sua triste existência. Ao andar pelas ruas, com fisionomia cerrada, passou por um dos bairros pobres da cidade. No cordão da calçada, em frente de uma casa de aspecto obscuro, viu sentada uma menina chorando.

Ele se deteve e lhe perguntou: "Menina, por que você está chorando? O que você tem?" "Nada, senhor", respondeu ela. "Então, por que você chora? Você perdeu o caminho?" "Não senhor". "Diga-me, onde você mora?" "La em cima", respondeu. "Mas, por que você não vai para cima? O que você tem? Não quer me dizer?" "Estou com fome e sinto tanto frio" – confessou ela entre soluços – "também, mamãe está tão doente e não temos nada em casa para comer." "Você quer levar-me para cima, onde está morando?", perguntou o homem bondosamente.

Ela o acompanhou e subiram um, dois, três andares. Ali, num quarto sobre um colchão jazia a mãe doente. Não havia fogo, nem estufa, e o armário estava vazio. Por todo o lado se via a pobreza e a miséria. Havendo verificado a condição triste daquele lar, saiu quietamente do aposento, desceu as escadas e foi ao armazém mais próximo. Ali comprou víveres e em seguida foi comprar carvão. Voltou, e ao chegar lá em cima, com o cesto cheio de comestíveis, imaginem a alegria que encheu os corações da mãe e da filha. Também prometeu ajudá-las futuramente e, despedindo-se, se retirou.

Quando chegou na rua parou e perguntou a si mesmo porque havia vindo a essa rua. "Esta manhã tinha a intenção de fazer alguma coisa, mas o que era? Ah, agora sei. Estava querendo ir ao lago para atirar-me à água. Naturalmente deixou de o fazer. Por auxiliar a outros, achou o caminho para a felicidade. – Seleto.

 

À  PROCURA  DO  PERDIDO

Luc. 19:10

 

Em Londres num dos últimos anos muitos viajantes deixaram 122.000 luvas nos ônibus da cidade e nos metrôs. Deixaram também 62.000 guarda-chuvas e 14.000 pares de óculos. Sem dúvida, alguns dos possuidores fizeram grandes caminhadas para recuperar os artigos perdido, pois Deus pôs em nós forte aversão a perder nossos bens.

Uma ocasião Jesus disse três parábolas, cada uma das quais envolvia alguma coisa que se perdera. Na primeira foi perdida uma ovelha. O pastor tinha 99 outras ovelhas, mas deixou-as no redil e saiu pela noite a dentro, errando pelos montes e os vales do deserto até encontrar a ovelha perdida.

Na segunda, uma mulher perdera uma moeda. Possuía nove moedas mais, porém acendeu uma vela e varreu diligentemente a casa até encontrar a moeda perdida. Na última parábola, um pai perdeu um de seus filhos. Esse filho não estava fisicamente perdido, mas pior que isto, estava perdido no sentido espiritual: perdido em pecado. Abandonara a casa paterna e estava a desperdiçar a vida numa terra longe.

 

O  GRANDE  EXÉRCITO  DO  SENHOR

 

Que foi que tornou grande o exército de Alexandre? Como conseguiu ele derrotar o exército persa, de 300.000 homens, com apenas 30.000? Há cinco fatores implicados na formação de um grande exército.

INSPIRAÇÃO – A inspiração provém de um grande líder. Como inspirava Alexandre o seu exército? Ele tinha uma visão de escopo mundial, e um mundial programa de conquistas. Mas esperava que cada soldado fizesse o melhor que pudesse.

Um dia Alexandre teve notícia de um soldado que fora covarde na batalha e cujo nome era Alexandre. O general chamou o soldado para junto de si e disse:

– Ouço que seu nome é igual ao meu.

– Sim, meu nome é Alexandre (e era evidente que ele se orgulhava com o fato).

– Mas, – disse o grande cabo de guerra – ou vi que você foi temeroso e covarde na batalha. Não tolero que homem algum tenha meu nome e seja covarde. Ou você muda de nome ou muda de natureza!

Imediatamente o soldado respondeu:  – Majestade, jamais mudarei o nome, mas nunca mais serei covarde em batalha.

ORGANIZAÇÃO – Cristo quer ter um exército organizado, e não simples turba.

INSTRUÇÃO – Ninguém aprende a nadar ou a patinar fazendo um curso por correspondência. Os soldados não se treinam em barracas, ou redes, ou preguiçosos. Os soldados cristãos têm de ser treinados de modo a prestarem serviço.

AÇÃO – O exército do Senhor tem de entrar em ação. "Palavras sem ações são os assassinos do idealismo", disse Herbert Hoover.

COOPERAÇÃO – O segredo do êxito na causa de Deus envolve a cooperação de todos os membros da igreja.

 

GANHAR  ALMAS  É  SÁBIO

Prov. 11:30

 

A última parte deste verso, "o que ganha almas é sábio", é traduzida de três palavras hebraicas. E essas três palavras estão escritas no púlpito da igreja do Dr. Andrew Bonar e também sobre a janela de sua mansão. A palavra "ganhar", como empregada aqui, é um termo de pescador, e é usada no sentido de fisgar o peixe.

Há neste verso muito de natureza profundamente devocional. Isaac Walton, que escreveu The Complete Angler em 1653, esboçou alguns dos requisitos essenciais do pescador. Podem ser resumidos em 4 partes:

1.     Face voltada para a luz.

2.     Estudar os curiosos procedimentos dos peixes.

3.     Conservar-se então fora de vista.

4.     E cultivar a paciência diariamente.

Qualquer pessoa que estude seriamente essas quatro regras não deixará de reconhecer aí quatro requisitos para a conquista de almas.

O homem que ganha almas é sem dúvida um sábio. "Os que forem sábios... e os que a muitos conduzirem à justiça, brilharão como as estrelas, sempre, e eternamente." Dan. 12:3. E o homem sábio que ganha almas é um homem feliz. "A sabedoria do homem faz reluzir o seu rosto" ( Ecles. 8:1), diz o mais sábio dos homens.

 

TALENTOS

 

Moody não enterrou o seu talento. Quando o grande evangelista Moody era jovem, alguém que era muito ativo na obra evangélica, mas um bom crítico, depois de ouvi-lo pregar, chamou-o à parte e o aconselhou a desistir da empresa:

– O senhor não deve tentar falar em público, pois comete muitos erros de gramática...

Era como que se o homem houvesse dito:

– O senhor está tentando usar um talento que o senhor porventura tenha, mas o senhor não é um homem de cinco talentos, e parece-me que seria melhor o senhor enterrar esse talento. Não vale a pena...

Moody entretanto lhe respondeu:

– Eu não sei um grande número de matérias, e cometo muitos erros; mas uma coisa eu sei: é que estou fazendo o melhor que posso. E o senhor, que sabe a gramática, que é que está fazendo com ela em favor de Jesus?

Em outros termos importaria em dizer:

– Eu sei que não sei gramática ou ciência, mas estou usando o que eu sei da melhor forma possível. E o senhor, que tem tantos talentos, que é que está fazendo?

Esse crítico nada deixou de útil para o mundo e Moody fez um trabalho extraordinário que repercute até os nossos dias. Ele usou os poucos talentos – se porventura eram poucos – que Deus lhe dera.

O segredo do êxito não está em ter muitos talentos, e sim em usar os que temos, e todos os talentos que o Senhor nos deu – poucos ou muitos – na Sua obra e para o bem dos nossos semelhantes sobre a Terra.

 

TRABALHO

 

Os romanos duvidavam se convinha ou não a destruição de Cartago. Catão a queria; Sipião, porém, um dos mais sábios senadores, se opunha fortemente, temendo que a juventude, livre desse rival, abandonasse as armas e se entregasse à ociosidade.

Os acontecimentos justificaram a opinião do grande africano. O afrouxamento dos velhos costumes, a corrupção, as intrigas do Fórum e as guerras civis datam precisamente do dia em que Roma, enriquecida com os despojos das nações, não viu mais em suas fronteiras inimigos temíveis.

A História junta-se à Santa Escritura para nos ensinar que o trabalho mantém o homem em atividade, ocupa sua vigilância, repele para longe o luxo, a moleza e os vícios, que decorrem da ociosidade.

Lição dos Fatos.

 

NO  CASO  DE  UMA  CATÁSTROFE,  O  QUE  PROCURARIA  SALVAR?

 

– Se houvesse uma catástrofe, que obra de arte salvaria?

Esta foi a pergunta que uma conhecida revista de Buenos Aires dirigiu a várias pessoas de destaque. A resposta de Don Juan Pablo Echague, presidente da Comissão Protetora das Bibliotecas Populares, foi semelhante à que teriam dado à mesma pergunta os sacerdotes do Templo de Jerusalém, os quais tinham a obrigação de salvar unicamente as Escrituras Sagradas, se acaso, num sábado, houvesse um incêndio no Templo.

O Sr. Echague respondeu:

– A ciência, a arte, a história, a literatura, a filosofia, a religião... Se o esforço milenário do pensamento humano de querer melhorar a sua condição e penetrar no mistério angustioso do seu destino havia de perder-se com os livros que o contêm, e se fosse possível salvar somente um destes, eu escolheria aquele que continuasse a dar à humanidade os motivos de crer, de sofrer e de esperar: eu escolheria a Bíblia!

El Hogar.

 

NAUFRÁGIO

 

Um navio, a cujo bordo se achavam muitos turistas em viagem de excursão, encalhara num rochedo, não muito distante da costa. Um pescador que nesse dia tinha saído em seu bote, seguindo seu modesto trabalho quotidiano, voltou para a praia onde amarrou o seu pequeno barco. Quando se ergueu, viu subitamente um navio preso nas rochas. Em seguida desatou seu bote, saltou nele, e remando e lutando contra o mar agitado, alcançou o lugar do sinistro e conseguiu embarcar alguns dos náufragos em seu bote.

Outros passageiros, que tinham se atirado à água, pediram-lhe que os levasse, mas o bote já estava todo lotado. Ainda com mais insistência e ansiedade clamaram os náufragos por salvação. Estes clamores angustiosos penetraram no coração do pescador, que levantando o seu olhar ao Céu, exclamou: "Ó, Senhor, envia-nos um barco maior."

Como ministros e evangelistas devemos sentir em nossos corações uma responsabilidade semelhante pelas almas. E ao olharmos às massas, caminhando rumo à destruição, devemos com angústia, exclamar: "Ó, Senhor, envia-nos um barco maior!" Eu creio que vocês compreendem o que quer dizer "Envia-nos um barco maior". Maiores esforços devem ser feitos na evangelização, e um ministério mais frutífero precisa ser desempenhado para finalizar a obra de Deus. É esta a minha oração em nome do Senhor.

 

"VÓS  SOIS  O  SAL  DA  TERRA"

Mat. 5:13

 

Neste versículo Jesus nos está começando a ensinar qual a relação do cristão para com os que o rodeiam. O sal tem dois usos comuns. É usado para preservar e para temperar o alimento. Para que possa fazer qualquer uma destas coisas, é necessário e o sal seja espalhado onde se faz mister. Seria de pouco valor se ficasse amontoado.

"Assim, também, exerce o cristão uma influência aduladora entre os homens. Isto é, quando leva uma verdadeira vida cristã entre os outros, desperta neles o desejo de também levarem uma vida melhor. A presença de muitos cristãos desta classe, no mundo, é a única influência que preserva a sociedade de se entregar completamente à impiedade, tornando-se assim o mundo um lugar em que ninguém desejaria viver. Lembrai-vos de que não podemos ser esta bênção aos outros somente por sermos bonzinhos e nos assentarmos a um canto. Devemos viver nossa vida cristã entre o povo." – Children's Gospel Commentary, pág.  43.

 

PASSANDO  DE  LARGO

 

A facilidade de "passar de largo" nas experiências comuns da vida é apresentada por Guilherme R. Moody, na biografia de seu pai, D.L. Moody.

Conta-nos que o grande evangelista estava em um trem com o professor D.B. Towner, quando um jovem bastante bêbado e ferido, com um olho completamente fechado e terrivelmente desfigurado, reconheceu Moody e começou a cantar hinos e murmurar algumas palavras consigo mesmo.

Moody ficou muito incomodado e pediu ao condutor que tirasse dali aquele passageiro. O condutor falou mansamente ao jovem, levou-o ao carro de bagagem e lavou-lhe o olho, atando-o com o próprio lenço, e depois o ébrio adormeceu. Moody deteve-se a pensar um pouco e então disse:

"Towner, aquilo foi uma forte repreensão para mim. A noite passada eu exortei o povo a imitar o bom samaritano e esta manhã Deus me deu oportunidade para praticar o que preguei e eu me coloquei no caminho do sacerdote e do levita.”

Naquela noite ele relatou o incidente ao auditório, confessando sua humilhação. – Peloubet.

 

ENTERRANDO  TALENTOS

 

Conta-se que Paganini pediu que, depois de sua morte, seu violino fosse colocado em uma vitrina, em exposição, na sua cidade de Gênova, e que ninguém jamais tocasse nele! Paganini, entretanto, não sabia que o violino era feito de madeira e que se deterioraria, uma vez que não fosse usado.

Se ele houvesse estado em contínuo uso, vibrando à sua maravilhosa música, ter-se-ia conservado um violino muito valioso. Porém, sem uso foi em breve comido pelos vermes, estragado, tornando-se apenas uma velha e inútil relíquia.

 

DESDOBRANDO  A  BANDEIRA  DA  VERDADE

 Sal. 60:4 (ERC): “Deste um estandarte aos que Te temem, para o arvorarem no alto, pela causa da verdade.”

 

O estandarte do cristão, em volta do qual se reúnem os soldados de Cristo, deve ser desfraldado. Qualquer bandeira se destina a ficar ao sopro da brisa, desfraldada, para animar os soldados na luta. A vista de uma bandeira a tremular ao vento, os soldados leais criam novo ânimo. Quando a bandeira é arrastada no pó, isso é sinal de derrota.

Do bispo Mateus Simpson, da Igreja Metodista, e que foi ardoroso sustentáculo da União durante a Guerra Civil, conta-se o seguinte incidente, ocorrido em 1864, justamente antes de Lincoln derrotar McAllen.

O bispo Simpson fizera uma conferência na Academia de Música, de Nova York. No final da conferência, tomou de uma bandeira, toda furada de balas, pertencente a um regimento local, e disse: "O sangue de nossos bravos jovens aqui está; as balas de rebeldes atravessaram-na muitas vezes; no entanto, é a mesma bandeira. Nossos pais seguiram esta bandeira. Esperamos que nossos filhos e netos também a sigam.

“Quanto à beleza, nada existe na Terra como esta velha bandeira. Que resplandeçam por muito tempo estas estrelas! Justamente agora há nuvens a obscurecer-lhes o brilho e névoa se adensa em torno dela. Mas as estrelas aparecem, e outras mais surgem, e elas resplandecem mais e mais; e assim, oxalá brilhem elas até que caia dos céus a  última estrela!"

A bandeira do cristão deve ser desfraldada "pela causa da Verdade". E muitas maneiras existem em que podemos desfraldar em nossa vida o estandarte da verdade.

Um pendão real vos entregou o Rei,

A vós soldados Seus.

Corajosos, pois, de tudo o defendei,

Marchando para os Céus. – HASD, 347.

 

A  LINHA  VIVA

Dan. 11:14; Rom. 10:15

 

Akbar o Grande, que reinava na Índia, no tempo da rainha Elizabeth, reuniu uma ocasião os seus ministros, quando sua mãe jazia enferma em Ajmer, a duzentas milhas de Agra, sua capital, e disse-lhes que requeria um boletim que relatasse a condição de sua mãe cada hora. Ouvindo que seria impossível tal comunicação, ele ainda afirmou que seria feito o seu desejo. Pôs um homem à porta do palácio de Ajmer, outro mais adiante um pouco e assim, sucessivamente, até formar uma linha viva de homens pelo deserto até Agra.

Cada hora aquele que havia se colocado mais próximo do palácio ouvia a mensagem e a transmitia em alta voz ao seguinte e assim a condição daquela enferma ia de um em um até aos ouvidos do grande Akbar.

É por meio de um telégrafo vivo que podemos comunicar a mensagem de salvação ao mundo de hoje. Porém, se aqueles que se acharem em tal linha falharem em receber ou transmitir qualquer relato, nada chegará ao destino e nada há de passar. – Bispo F.B. Bradley.

 

AMPLIA  AS  TUAS  MORADAS

Isa. 54:2.

 

Guilherme Carey pregou seu famoso sermão baseado neste texto da Escritura, em maio, 31, 1792. Esta é uma data muito importante, data histórica. Seu sermão incluía duas seções que são muitas vezes repetidas hoje. São elas:

·     Esperemos Grandes Coisas de Deus.

·     Façamos Grandes Coisas para Deus.

Guilherme Carey era um sapateiro que durante a semana ensinava e aos domingos pregava. Seu salário era de 37 libras anuais para ensinar e pregar. Uma vez ele olhou o mapa-múndi e sentiu-se tocado pela necessidade de fazer alguma coisa pelo mundo. Assim, em seu sermão de 3 de maio de 1792, ele falou com Pearce e Fuller e proferiu estas palavras imortais: "Eu descerei ao poço, se vocês segurarem as cordas." Então ofereceu-se formalmente para o trabalho missionário e pôs a sua vida no altar do trabalho. Nessa noite formou-se a Sociedade Missionária Batista.

Há uma história muito movimentada sobre os acontecimentos dessa noite. Há um relato segundo o qual as pessoas começaram a deixar a reunião após o sermão de Carey. Este desceu do púlpito e disse a Fuller: "Como podem sair? Chame-os de volta, chame-os de volta. Precisamos fazer alguma coisa."

Assim Fuller chamou o povo de volta. E seguiu-se a organização da Sociedade Missionária. A partir dessa hora o movimento missionário varreu o mundo. Mas foi necessário alguém com uma visão e com uma coragem de aceitar por sua fé e por essa visão o desafio.

 

CHAMANDO  OS  PECADORES

 

Otis Jones não sabia que estava espiritualmente enfermo e necessitado de um médico espiritual. Ele era membro de uma igreja popular, mas diz-se que jamais tivera uma experiência da graça salvadora até 19 de junho de 1950. Em maio ele fora tirar uma ficha médica de seguro.

Era seu costume fazer sinceros elogios, sempre que podia. Assim ele se dirigiu à recepcionista, enquanto ela escrevia os seus dados:

– Que lindas mãos tem você, Margarida!

Ela respondeu, como chocada:

– Obrigada, Otis. Estas mãos pertencem a Jesus. Ela partilhava sua fé.

Ele ficou tão aturdido com a afirmação da jovem, que lhe disse quase inadvertido:

– Que há com você? Está louca?

– Oh, não. Não estou louca, Otis. Quando eu era menina estava tocando piano, a lição do dia, e prometi ao Senhor que se Ele me permitisse tornar-me uma boa pianista eu tocaria somente para Ele. O Senhor cumpriu Sua parte no trato e eu cumpro a minha. Realmente, minhas mãos pertencem a Jesus.

Jones ficou tão estupefato pelo que acabava de ouvir, que saiu meio desorientado do escritório, sem mesmo levar ficha de seguro. E nos dez dias seguintes ele só via mãos diante de si. Não podia esquecer. Mais tarde ele voltou ao consultório médico e disse à jovem:

– Que pretendia você dizer quando me afirmou que suas mãos pertencem a Jesus?

A resposta amável de Margarida revelou os seus sentimentos:

– Otis, não apenas as minhas mãos, mas eu toda pertenço a Jesus. Ele habita em mim.

De novo ele deixou o consultório e nas duas semanas seguintes sentiu-se ainda mais agitado e inquieto. No dia 19 de junho ele voltou ao consultório e desta vez com uma atitude completamente mudada. Assentou-se e disse:

– Margarida, fala-me mais a respeito de Jesus.

Ela assim o fez, e enquanto ela falava ele deitou a cabeça sobre a mesa e chorou. Foi então ali, que Otis Jones entregou-se a Jesus Cristo.

 

QUE  FALOU  O  SENHOR?

Jer. 23:35

 

Um menino desejava fazer algum trabalho missionário. Assim ele foi de porta em porta perguntando às pessoas se desejavam receber estudos bíblicos. Uma senhora ficou tão surpresa ao ver um menino assim desejoso de dar estudos bíblicos que se dispôs a entabular conversa com ele. Ele estava tão limpo e bem arrumado e era tão cortês que ela se sentiu impressionada. Disse-lhe ela: "Eu ensino numa escola dominical, e apreciaria os seus estudos." Ficou combinado para determinado dia da semana a apresentação dos estudos, e o rapazinho desceu a rua contente.

Na quarta-feira, o dia combinado, ela havia esquecido tudo o que combinara, até que ouviu a campainha da porta, e ao abrir deu com o rapazinho, que lhe disse: "São precisamente 3:30, não é?" Ela não pôde mais que confirmar: "Sim, são 3:30. Entre." E logo estavam no primeiro estudo. Ele mesmo formulava uma pergunta, e então pedia à senhora que lesse o texto indicado. Ela estava encantada, pois aprendia coisas que nunca conhecera.

Depois de alguns estudos bíblicos estavam entrando em verdades mais probantes. A algumas de suas perguntas ele respondia: "Sim, algumas pessoas pensam desta ou daquela forma." E então aduzia: "Mas que diz Deus?" E buscava a resposta nas Escrituras.

Quando no batismo seguinte o pastor pediu aos candidatos que referissem como a verdade lhes foi levada, esta senhora e várias outras responderam dizendo que um menino de 10 anos lhes levara a mensagem em casa. Assim o rapazinho teve a alegria de ver alguns dos seus "estudantes" serem levados às águas batismais e se unirem à fareja. Um dos seus segredos era: "Algumas pessoas crêem desta ou daquela forma, mas que diz Deus?"

 

ORAÇÃO  ATENDIDA

 

Durante a II Guerra Mundial uma obreira da Obra de Beneficência – Dorcas – recebeu de um homem carta incomum. Ele contava como, durante a I Guerra Mundial, fora-lhe dado um suéter tricotado por alguém na América. Costurada ao suéter havia uma pequena oração com o nome da boa obreira Dorcas, e seu endereço. Ele contou como aquele agasalho o conservara aquecido no frio das úmidas trincheiras, e como a oração lhe conservara aquecido o coração também. Então ele dizia: "Tenho conservado seu nome e endereço por 25 anos. Depois da primeira guerra voltei à América e me casei. Temos agora um filho no exército. Quer a senhora tricotar outro suéter para meu filho, e ter a bondade de não esquecer a oração?"

 

NADA  MAIS  A  DIZER

Atos 8:1-4

 

Alguns anos atrás, quando estava falando a uma grande congregação, estava presente um jovem que me atraiu a simpatia. Depois de ter pregado, me dirigi a ele e perguntei se era cristão. Ele respondeu que se considerava cristão; então procurei saber se já havia trazido alguma alma a Cristo e o moço, que era um advogado, afirmou que a sua profissão não era pregar.

Mostrei-lhe, entretanto, Atos 8:1-4 e ele vendo que aqueles que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a Palavra, exceto os Apóstolos como pensara a princípio, convenceu-se e nada mais pôde dizer. – R.A. Torrey.

 

 

PAZ  CONVOSCO

João 20:21

 

Um autor desconhecido conta a história de um monge que construiu para si uma pequena cabana de pedras no flanco de uma montanha, vivendo ali por cinco anos, solitário.

Certo dia, depois de ler a comovente história da crucifixão de Cristo, adormeceu e sonhou que ia andando pela estrada do Céu. Fazendo uma volta do caminho, achou-se face a face com Jesus.

– Ó Mestre! – exclamou ele, caindo de joelhos. – Por que nos deixaste? Precisamos tanto de Ti! Não podias haver ficado conosco?

– Consumei a obra que tinha a fazer – respondeu Jesus docemente.

– Mas, – protestou o monge – a pobreza e o pecado ainda estão conosco. Ó Mestre, quem pode levar o fardo das necessidades humanas?

– Reparti com os que Me amam o fardo das necessidades humanas. Deixei com eles parte desse fardo.

– Mas, Mestre, – continuou o monge, começando a ver sua própria responsabilidade – que será se eles Te falharem?

– Ah! – respondeu Jesus. – Conto com os que Me amam, e "o amor nunca falha".

O monge despertou, perturbado. Seria direito que ele se separasse do mundo e se entregasse inteiramente à meditação, à leitura e à oração? De joelhos, buscou saber a vontade de Deus. Depois, havendo tomada sua decisão, pôs-se a caminho montanha abaixo. "Vou-me embora de volta", disse em voz alta. "O Mestre consumou Sua parte. Agora Ele trabalha por meio de mim. Não posso Lhe faltar."

 

PENSANDO  EM  OUTROS

 

Uma pessoa que visitara um farol, disse ao guarda: "Você não tem medo de viver aqui? É um lugar terrível, para viver sempre." "Não", respondeu o homem, "não tenho medo. Aqui eu não penso em mim mesmo." "Nunca pensa em si mesmo?! Como é isso?" O guarda deu uma boa resposta: "Sabemos que estamos bem seguros, pensamos somente em ter nossa lâmpada acesa, o refletor bem limpo para que aqueles que se acham em perigo possam ser salvos."

É isto o que devem fazer os cristãos. Estão seguros na casa edificada na Rocha eterna, a qual não pode ser abalada pelo furacão mais forte. E, com um espírito de santa renúncia, devem fazer brilhar a sua luz através das trevas do pecado, para que os que estão em perigo possam chegar ao porto de segurança eterna. – Sword and Trowel.

 

NÃO  DIGAS:  SOU  UMA  CRIANÇA

Jer. 1:7

 

Era um rapazinho de apenas dezessete anos, muito pequeno para a sua idade. Acabava de aceitar a verdade e desejava ir a um de nossos colégios a fim de preparar-se para ser obreiro. Dois anos mais tarde. A igreja desejava abrir um novo território, mas não havia um pregador para enviar a esse campo. Algum tempo mais tarde não havia um simples membro de igreja ali. Mas este distinto jovem, agora com 19 anos, voluntariamente se ofereceu para ir.

Chegando ao lugar que seria sua sede, tomou um quarto no hotel. Depois afixou em alguns lugares pequenos cartazes com estas palavras: LIU, O HOMEM COM A MENSAGEM, VEIO. E deixou o seu endereço, ao mesmo tempo que convidava todos a irem falar com ele. Quando o primeiro homem veio ao hotel, o porteiro enviou-o ao quarto de Liu. O estranho bateu à porta, e disse que desejava falar ao Sr. Liu, O HOMEM COM A MENSAGEM.

"O Sr. Liu sou eu", disse Liu. Mas o visitante disse com escárnio: "Você é apenas uma criança", e mostrou disposição de retirar-se aborrecido. Outros vieram, e as reações não foram diferentes, e foram embora. Depois desta amarga experiência Liu pôs-se de joelhos e orou fervorosamente, pedindo direção de Deus. Por três dias recusou receber qualquer pessoa. Jejuou e orou muito.

Finalmente, estando de joelhos, tomou sua Bíblia e abriu no texto de Jer. 1:7. Encontrou conforto nessa passagem. Então alguém bateu à porta. Era um fazendeiro, que lhe disse: “Faz três dias vim à cidade, e vi afixado num poste um aviso: LIU, O HOMEM COM A MENSAGEM VEIO. Agora volto para levá-lo ao povo de minha vila, que deseja conhecê-lo.”

Liu foi, pregou durante uma semana sem descanso. Três meses mais tarde foi chamado um pastor para batizar 79 pessoas nessa vila, e organizar uma igreja. A criança havia-se tornado um homem de Deus!

 

DEUS  QUER  UM  TRABALHADOR

 

Deus nunca procura uma pessoa preguiçosa ou desocupada para o Seu serviço.

A História e as Escrituras testificam desta verdade.

MOISÉS – estava ocupado com o rebanho de Jetro.

GIDEÀO – estava debulhando o trigo junto ao lagar de vinho.

ELISEU – estava arando a terra com doze juntas de bois.

SAUL – estava procurando os jumentos de seu pai.

DAVI – pastoreava o rebanho de seu pai.

NEEMIAS – estava servindo o vinho do rei.

PEDRO E ANDRÉ - estavam lançando as redes ao mar.

TIAGO E JOÃO – estavam remendando as redes.

MATEUS – estava cobrando impostos.

 

Oxalá estejamos nós também ocupados no serviço de Deus.

 

 

 

 

"TUTTI  FRATELLI"

(Todos são irmãos)

 

A Cruz Vermelha surgiu cem anos atrás. Um jovem de Genebra chegara à região onde estava em andamento a terrível batalha de Solferino. Para lá se dirigiu porque queria ver Napoleão III. Em vez disso, viu carregamentos de feridos que eram trazidos a Castiglione a cada poucos minutos. Eram de todas as raças: franceses, alemães, eslavos, árabes, italianos – e jaziam pelas estradas e ruas de pedra, sofrendo, gemendo, blasfemando e morrendo.

Quando Jean Henri Dunant viu o horror da cena, logo se pôs em ação: arregimentou camponesas da Lombardia e organizou um sistema de primeiros socorros, que evoluiu na civilização mundial conhecida como Cruz Vermelha. Ao contemplar o sofrimento de todos aqueles representantes de raças tão diversas, uma frase se lhe impôs à mente: "Tutti Fratelli!" (Todos são irmãos).

O gênio de Dunant teve suas raízes na fé cristã. Tornou-se um dos fundadores da Aliança Mundial da Associação Cristã de Moços. Observando as massas, foi, como seu Mestre, possuído de compaixão. "O coração arde dentro de mim", era uma de suas frases, e quando se punha em ação, clamava: "Rendo glória a Deus por tudo que o Senhor tem feito!" – H.W.L.

 

"DESDE  UM  A  OUTRO  PÓLO"

 

Esse hino é de autoria de Reginald Heber, que viveu justamente durante o período do crescente interesse, na Inglaterra, pelo trabalho missionário. Provavelmente, foi esse interesse geral que pôs "fogo" em sua imaginação para escrever o que hoje é considerado um dos maiores, senão o maior de todos os hinos missionários.

Uma carta com o selo real foi mandada a todas as igrejas da Inglaterra, pedindo que fosse tirada uma oferta especial para o trabalho missionário no Oriente. Por esse motivo foi que, num certo sábado, no ano de 1818, o Dr. Shipley, sogro de Reginald Heber, estava preparando um sermão especial para a manhã seguinte, fazendo um apelo à sua congregação no sentido de contribuírem para aquela causa gloriosa. Seu genro também estava presente, pois na noite seguinte ia começar uma série de conferências na mesma igreja.

À tarde, enquanto estavam assentados conversando com uns amigos, o Dr. Shipley pediu a Heber que lhe fizesse o favor de escrever um hino sobre "Missões", para ser cantado na manhã seguinte, dando assim, mais força ao seu sermão.

Heber retirou-se por algum tempo e, quando então voltou, trazia consigo as três primeiras estrofes do hino "Desde um a outro Pólo". Mas, depois de as ler em voz alta para o sogro, concluiu que o sentido ainda não estava completo e, então acrescentou a quarta, sendo o hino cantado na manhã seguinte pela primeira vez.

Reginald Heber (1783-18.26) viveu uma vida exemplar, vida de muito interesse e aventura. Sempre foi uma pessoa de muita coragem e de grande bondade. Dizem que quando estava na escola ele mesmo quase nunca tinha dinheiro para o seu próprio uso, porque à primeira pessoa necessitada que encontrasse dava tudo. À noite, estava sempre no meio de um grupo de meninos e moços, encantando-os com suas histórias. Era um jovem muito cristão, de caráter forte e guiou muitos companheiros no caminho do bem, não deixando que fossem vencidos pelas tentações.

Começou o seu pastorado aos 24 anos de idade. Durante muitos anos teve o desejo ardente de ver o Evangelho espalhado na Índia e a alegria de coroar a sua carreira com uns anos de serviço muito útil, como missionário de Calcutá. Seu campo abrangia não somente toda a índia, mas também a ilha de Ceilão e a Austrália!

É interessante saber que ele ordenou o primeiro hindu nativo ao ministério: Cristão David. Sua morte foi súbita. Depois de algumas horas de trabalho intenso, ao calor de Madrasta, preparou-se para um banho frio. Passado muito tempo, seu empregado, alarmado, abriu a porta e o encontrou morto. A sua morte foi uma grande perda para o trabalho da igreja. Escreveu diversos hinos, mas hoje é lembrado especialmente por causa de seus hinos, muito conhecidos – "Desde Um a Outro Pólo" e "Santo, Santo, Santo".

Uma senhora residente no Estado de Geórgia, nos Estados Unidos, obteve uma cópia da letra deste hino que foi publicado numa revista cristã. Gostou tanto dessa nova letra, que procurou achar uma música para canta-la. Todavia, não pôde encontrar o que queria, porque a métrica da poesia era nova naquele período. Ela, porém, se lembrou de que tinha ouvido falar de um jovem de bastante talento musical que trabalhava num Banco, pertinho da sua casa. Então, enviou seu filho ao referido jovem com a cópia do hino e, em meia hora, ele voltava com a música.

O compositor da música foi Lowell Mason (1792-1872) que, mais tarde, se tornou famoso pelos seus excelentes trabalhos. Durante a sua vida, teve muitos cargos de importância e foi fundador da Academia de Música de Boston. Também organizou escolas de canto, congressos musicais e introduziu a música nas Escolas Públicas dos Estados Unidos. Só esse fato bastaria, por si mesmo, para imortalizar o seu nome. Foi um dos mais notáveis compositores norte-americanos de música sacra, e fez mais do que qualquer outra pessoa para elevá-la em sua terra!

 

SALVO  DAS  GARRAS  DO  FEITICEIRO

 

Um homem emigrou para um país vizinho, a fim de encontrar trabalho. Depois de algum tempo voltou para sua terra, nas Índias Ocidentais, com 10.000 reais no bolso. Para tristeza sua, ao voltar, encontrou a esposa muito doente. Foi consultar o feiticeiro, pois fora educado de modo a considerar o feiticeiro o único capaz de tirá-lo de dificuldades. O feiticeiro disse ao homem que, se fizesse um grande banquete aos feiticeiros da zona, sua esposa ficaria curada.

Assim o homem fez o banquete, e gastou os seus 10.000 reais. Mas a esposa não melhorou. Muito triste e abatido, voltou ao feiticeiro:

– Fiz o banquete, mas minha esposa não melhorou.

Disse o feiticeiro:

– Vá para casa e venda seu cavalo e arreios, seu burrico, e tudo que puder, e faça um banquete maior. Meus colegas não ficaram satisfeitos com o banquete ordinário que lhes ofereceu.

Embora muito triste, ele atendeu ao feiticeiro. No entanto, nada da esposa melhorar! Assim, foi pela terceira vez ao feiticeiro. Desta vez ele lhe disse que devia roubar uma jovem e fazer um sacrifício humano.

Contra vontade, o homem foi a um lugar distante da ilha, perseguido pela idéia da ordem que recebera. Porém, ele se encontrou com um velho amigo seu, católico. O amigo ouviu sua história, e disse:

– Vou lhe dizer onde o senhor receberá auxílio. Ali adiante há uma missão evangélica. Vá lá que eles o ajudarão.

Ele foi, nada sabendo acerca da religião. Assistiu às reuniões com profundo interesse. Voltou para casa sem ter efetuado o sacrifício humano, mas com nova esperança no coração. Tomando consigo um pouco de mantimento, voltou à Missão e ficou vários dias ali. Aprendeu a orar, e ele e as pessoas da Missão oraram por sua esposa. Quando, depois de alguns dias, voltou para casa, a esposa estava quase boa. Falou a todos acerca da Missão, acerca das orações que haviam devolvido a saúde à esposa, e acerca da mensagem. Logo ele estava estudando com seis interessados, preparando-os para o batismo.

Quando um missionário foi visitar sua aldeia, encontrou não seis, mas 50 pessoas reunindo-se para ouvir o Evangelho, numa igrejinha coberta de sapé, que eles haviam construído.

Realizaram ali reuniões maravilhosas. O missionário ouviu com gratidão muitas histórias de como o Evangelho libertara o povo da tirania dos feiticeiros.

Como a luz se espalhara! O moço católico fez uma sugestão a seu amigo. Este aprendeu a mensagem. Deu testemunho de seu poder, e assim outros foram atraídos. Eles, por sua vez trouxeram outros. Esta é a maneira como se espalha a mensagem da Cruz.

 

AS  PESSOAS  MAIS  ENFERMAS  SÃO  AS  QUE  MENOS TRABALHAM

 

Tem a igreja alguns críticos, dos quais alguns estão fora dela. Esses não me preocupam; eu simplesmente me afasto deles. Os que me preocupam são aqueles cujo nome consta no registro da igreja, mas para quem isso nada significa. Tais como o homem do poço de Betesda, lamentam-se de que ninguém os auxilia. Queixam-se: "O predador nunca vai visitar-me... Não gosto da música... Vou, mas ninguém me cumprimenta... Muitos membros são hipócritas", e assim por diante.

Notei, porém, que quando o membro queixoso persiste em freqüentar a igreja, ampará-la com suas orações, presença, ofertas e atividade, encontra nela regozijo e fortaleza. A pessoa só consegue sarar quando inicia alguma atividade proveitosa. As mais enfermas, em geral, são as que menos trabalham. – Charles L. Allen.

 

EM  PAZ  COM  DEUS

Rom. 5:1

 

"Justificados pela fé". Lutero buscou alívio para o coração opresso na renúncia e no afastamento do mundo, como monge; mas não o encontrou. Em 1500 viajou a Roma, como delegado, esperando lá encontrar alívio do peso que o esmagava. Ao enxergar de longe a cidade, exclamou: "Santa Roma, eu te saúdo!" Ficou, porém, decepcionado e chocado com a impiedade que lá encontrou.

Pôs-se afinal a subir de joelhos a escada de Pilatos, apinhada de gente supersticiosa. Arrastou-se de degrau em degrau, repetindo a cada degrau suas orações, até que uma voz de trovão pareceu bradar dentro dele. "O justo vive pela fé!" Ergueu-se imediatamente, viu a loucura de sua esperança de alívio mediante obras de merecimento. Uma nova vida seguiu-se a essa nova luz. Sete anos depois ele pregou suas teses na porta da igreja de Wittenberg e iniciou a reforma. – 6.000 Illustrations.

 

TRANSFERINDO  CARGA

 

Um regimento de soldados britânicos, na Índia, foi chamado para empreender uma prova de resistência, que julgava uma marcha de muitos quilômetros ao longo de um trilho arenoso, com tempo determinado, sem ficar nenhum homem para trás.

Um jovem recruta do regimento achou muito dura a prova. Depois de ter percorrido parte da distância, disse ao companheiro, um velho e experimentado soldado: "Bill, não posso suportar a prova. Tenho de abandonar as fileiras." O sol tropical caía desapiedadamente, a areia era funda e abrasadora, e o jovem estava já para se dar por vencido.

Vendo que o jovem precisava imediatamente de auxilio, o enrijecido soldado disse: "Olhe, dê-me o seu fuzil." Isso aliviou a carga, e o jovem exausto caminhou ao lado de Bill cinco quilômetros mais. Outra vez começou a afrouxar; o experimentado veterano tomou mais do seu equipamento, e não demorou muito que Bill estivesse carregando toda a bagagem do jovem. Quando, vencida a distância, soou por toda a linha a voz de "Alto", cada homem estava em seu lugar.

Ao prosseguirmos na jornada, haverá também provas para nós – longas marchas e fardos pesados. A estrada pode parecer áspera e longa e, às vezes poderemos sentir que não há outra coisa a fazer senão deixar-nos ficar pelo caminho. As provas e tentações poderão parecer tão grandes que não as podemos suportar, e pensamos que vamos sucumbir ao peso da carga.

Mas nós também podemos transferir nossa carga. Ao nosso lado está o Salvador. Ele já passou pelo caminho antes de nós e promete ir conosco "até o fim". Ele é "amigo mais chegado do que um irmão" e nos ajudará a levar a carga quando for pesada demais para nós.

O apóstolo Pedro, o velho e experimentado guerreiro de muitas batalhas, escrevia sobre os longos anos de experiência ao aconselhar: "Lançando sobre Ele toda a vosso ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós." I. S. Pedro 5:7.

De modo que, quando à semelhança do jovem soldado, você julgar ser necessário abandonar a linha, transfira simplesmente uma parte de sua carga. – Charles L. Paddock.

 

ALVO

 

Um artista, quando vai pintar um quadro, sabe muito bem que não será capaz de exceder um Apeles, Rafael ou Miguel Ângelo. Porém, isto não o desanima. Empunha o pincel e emprega as tintas, faz o melhor que pode e finalmente, em modestas proporções, consegue assemelhar-se aos grandes mestres da arte.

Também o escultor, embora persuadido de que não rivalizará Praxíteles, trabalhará o mármore e procurará aproximar-se o mais possível do modelo. Porque tem um alvo proposto.

Assim deve agir o cristão. Indo além das vitórias conseguidas, e avançando sempre, desejará ser mais e mais conforme a imagem de Cristo Jesus. – Spurgeon.

 

ALVOS  ELEVADOS

 

Certa vez alguns rapazes estavam atirando a um alvo, com flechas desferidas por arco. As flechas de um dos moços invariavelmente cravavam-se no solo.

– Ponha o alvo, mais alto, observou-lhe um dos companheiros. Do contrário a ponta das flechas sempre se cravará no chão, e não atingirá o alvo. Aquele que tem como alvo uma baixa porta de celeiro, jamais atingirá o galo no topo do campanário.

Elevemos também o alvo da nossa vida. Como cristãos devemos ter alvos definidos e bem elevados. – Seleto.

 

O  USO  DOS  TALENTOS

 

No Oriente é muito conhecida a seguinte alegoria: Um comerciante, viajando para longe, deu a dois de seus amigos, respectivamente, dois sacos de trigo, para que os guardassem até sua volta. Passaram-se anos. O homem voltou, e pediu o seu trigo. O primeiro negociante levou-o ao seu armazém e lhe mostrou os sacos: estavam mofados e imprestáveis. O outro conduziu-o para fora e lhe mostrou vastos campos de trigo ondulante, como produto dos dois sacos que lhe confiara. Disse o comerciante: "Foste amigo fiel. Dá-me dois sacos desse trigo; o restante é teu." – Sermon Illustrations.

 

IGUALDADE

 

Entrou certa vez em uma igreja grande uma menina pobremente vestida, tendo um xale listrado enrolado no pescoço, e procurou calmamente um assento. Ninguém lhe deu atenção, embora todos sabiam que era estranha. Quando se dividiram em classes ela esperou, mas ninguém a convidou a se juntar à sua classe. Com uma expressão de tristeza e desapontamento, saiu da igreja.

Uma visitante que viera à igreja notou sua presença e perguntou a um dos membros ativos da igreja quem era aquela menina. "Ah, certamente é a Maria Ambrósio, ela é uma simples costureira na loja do Sr. Francisco", foi a resposta. "É estranha no lugar, e provavelmente não ficará muito tempo por aqui."

Na semana seguinte ela foi novamente assistir aos cultos da igreja, mas foi tratada com a mesma frieza de antes, e desta vez seus lábios tremeram e os olhos se lhe encheram de lágrimas ao sair vagarosamente da igreja.

Depois de certo tempo, a senhora que havia notado a presença dessa menina na igreja foi assistir aos cultos de outra igreja da mesma cidade. Para sua surpresa, viu ali a mesma menina, mas que mudança havia em seu semblante! Parecia mais desembaraçada, e um doce sorriso se lhe esboçava nos lábios. Podia-se ver que se sentia em casa, e muitos sorrisos agradáveis lhe foram dirigidos depois de terminado o culto. Não era difícil descobrir o que ocasionara tal mudança em seu semblante.

Este incidente nos ensina que não devemos fazer acepção de pessoas, devendo antes lembrar-nos de que o pobre e o humilde são tão preciosos à vista de Deus como são os ricos e influentes, e que qualquer ato de bondade com que os obsequiemos será contado pelo Senhor como se o tivéssemos feito a Ele mesmo. – Seleto.

 

ENTREGA  COMPLETA

 

Quando Miguel Faraday, célebre químico inglês, era menino, ganhava a vida vendendo jornais na rua. Certo dia, enquanto esperava fora do escritório de um jornal de Edimburgo, que saísse a edição matutina, passou a cabeça e os braços através das grades de um portão de ferro. Começou então a cogitar consigo mesmo de que lado estaria ele. "Minha cabeça e minhas mãos estão de um lado", disse de si para si, "e meu coração e meu corpo estão do outro."

Subitamente, antes de ele ter tempo de se desembaraçar das grades, foi o portão impelido, e o solavanco que tomou ensinou-lhe, segundo declarou posteriormente, que toda verdadeira obra requer coração e mão do mesmo lado. A consagração deve ser completa.

Quando o povo de Colácia estava para se entregar a Roma, foi-lhe perguntado: "Entregam-se vocês, o povo colatino, com sua cidade, seus amigos, sua água, seus limites, utensílios, tudo quanto lhes pertence, quer humano quer divino, nas mãos dos romanos?" Eles responderam: "Entregamos tudo", e foram recebidos.

Algumas pessoas que professam o cristianismo procuram dizer a Cristo: "Eu entrego tudo menos..." – e seque-se então uma lista de exceções.

Deus quer ouvir os meninos e as meninas, os jovens e as jovens deste movimento fazerem uma consagração como essa, e dizerem: "Tudo quanto somos e tudo o que temos é Teu. Usa-o segundo a Tua vontade." Se estivermos todos assim consagrados a Deus, o Senhor nos usará admiravelmente a cada um de nós. – Seleto.

 

DEVEDOR  A  TODOS

Rom. 1:14

 

Uma tarde, numa espessa tempestade de neve, meu carro encalhou num sulco no gelo, em um monte. Procurei dar bastante atração para movê-lo adiante, um pouco que fosse, mas foi debalde. Deslizei para os lados e comecei a patinhar para dentro de uma linha de carros que vinham. Motoristas impacientes atrás de mim puseram-se a buzinar. O que eu poderia eu fazer? Embaraçado e transpirando de nervosismo, tentei novamente, em vão ir para diante. Nada!

Justamente aí dois robustos jovens se adiantaram para me empurrar. Com seu auxílio, galguei pouco a pouco o morro, e consegui impulso suficiente para continuar avante. Voltei-me para agradecer meus benfeitores, porém eles já estavam ajudando um carro encalhado atrás de mim. Cheio de gratidão por sua bondade, tomei comigo mesmo o compromisso de pagar, na primeira oportunidade meu débito, ajudando alguém em apuro.

Não tive de esperar muito. Uma ou duas noites depois, cheguei a um motorista procurando freneticamente tirar o carro da profunda neve que havia junto ao meio fio. Um ancião o tentava empurrar, mas o esforço parecia baldado.

– Precisas de auxílio? – gritei.

– Por favor – rogou. – Estou apenas a uns 30 centímetros de terra enxuta.

E esforçou-se, enquanto o ancião empurrava numa roda, e eu na outra. Depois de três monumentais arrancadas, estava livre. Enquanto se ia afastando, gritou: "Muito obrigado. Muitíssimo obrigado!" Mas eu não precisava de receber agradecimentos. Estava simplesmente pagando uma dívida que contraíra ao receber idêntico favor dias antes.

 

COOBREIROS  DE  DEUS

I Cor. 3:9

 

Uma inspetora escolar visitou um dia uma escola para ver que progresso estava sendo feito tanto por professores como por alunos. Quando ela entrou na sala do edifício, sua atenção foi atraída por um belo mural exposto num dos quadros-negros. Um menino se achava ao lado do mural, irradiando o orgulho da autoria.

– Que bela pintura! – exclamou a inspetora. – Foi feita pelos meninos e meninas de sua sala?

– Sim – respondeu o rapazinho.

– Que parte você tem nela? – continuou a visitante.

Ajeitando-se todo, ele exclamou com orgulho:

– Eu lavei os pincéis!

 

Se bem que fosse humilde sua tarefa, sem dúvida escolhida segundo seus talentos, ele estava contente, porque via nisso uma parte necessária a uma obra inspiradora.