VAIDADE
TUDO AQUI
É VAIDADE...
Um matutino paulistano
transcreve uma crônica do "Neues
Wiener Journal", de Viena, em que se fazem
algumas interessantes observações sobre o destino das muitas
rainhas de beleza eleitas nos concursos anuais. Vejamos o
destino de algumas delas:
Uma dessas beldades do México,
Rute Judd, casou-se com um milionário. Ciumenta em extremo,
vivia em constantes discussões com o marido. Veio a
desconfiar de duas amigas, e envenenou-as. Processada,
sentenciaram-na à execução em cadeira elétrica, pena que, à
última hora, lhe foi comutada.
Miss Polônia 1928, alta,
forte, esportista de nomeada, campeã em vários jogos, batia
sem dó nem piedade no pobre marido, maltratando-o por tal
forma que ele recorreu aos tribunais, conseguindo
divorciar-se dela.
Alice Badian,
romena, foi presa pela polícia francesa sob a acusação de
haver conseguido de um oficial de marinha documentos
secretos, para vendê-los a uma potência estrangeira. Não
podendo, porém, provar o crime, soltaram-na, contentando-se
com expulsá-la da França.
Miss Inglaterra, Angela Joyce,
noivou com um riquíssimo lorde, mas este desfez o noivado.
Ela exigiu-lhe 100.000 libras esterlinas de indenização, mas
só conseguiu a terça parte.
Liddy Holman, atriz num teatro
da Broadway, casou-se com o filho do "rei do tabaco". Logo
depois do casamento o marido milionário foi encontrado
morto. As suspeitas recaíram sobre a esposa, que momentos
antes tivera acalorada discussão com o marido. Houve
demorado e escandaloso processo. Depois de muitos e longos
dissabores, a atriz foi despronunciada, por falta de provas.
Anita Keep, vencedora num
disputado concurso de beleza, vivia num esplêndido palácio,
ponto de reunião de aristocratas e milionários. Depois de
algum tempo, caiu em completo esquecimento. Há alguns meses,
porém, jornais norte-americanos voltaram a falar nela: foi
encontrada em São Francisco, envelhecida e feia, a ganhar
penosamente a vida como. . . lavadeira!
Uma rainha de beleza dos
Estados Unidos, Helena Valsch, ganhou
um prêmio avultado. Pôde então realizar seu sonho de comprar
um luxuoso iate. Na primeira excursão que fez, a caldeira
explodiu e a jovem teve morte horrível. – O Atalaia.
VAIDADE
Embora não nos seja
desconhecida a tentativa de desarraigar a Deus no tempo da
Revolução Francesa, colocando em Seu lugar a "deusa da
Razão", desejo referir-me a ela, para mostrar que tudo aqui
é vaidade e aflição de espírito.
Em meio da agitação ateísta,
vitoriosa na França durante o Regime do Terror, foi colocada
num carro de triunfo uma atriz de nome
Maillard, sendo adamada "deusa da Razão"... Isto foi
em 1793.
Quinze anos mais tarde, em
1808, foi chamado o Dr. Ristorini,
que residia perto de Nápoles, para socorrer uma cliente em
estado desesperador. Ao chegar, foi levado ao sótão de um
bar, onde sobre esteiras e farrapos se achava uma mulher na
ânsia da morte, ainda pintada, o que fazia desaparecer a cor
pálida da criatura prestes a despedir-se deste mundo. Depois
do exame médico, o Dr. Ristorini
perguntou-lhe quem era ela, e com espanto e atônito ouviu
estas palavras da moribunda: "Eu sou a deusa da Razão." –
Na Encruzilhada da Vida.
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