21º
Orar em segredo
Shemá: Deuteronômio 6:
5 - E
quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de fazer
oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos
homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
ORARDES - Por seu
exemplo Tendo-as despedido, subiu ao monte, a fim de orar a sós. Ao chegar a
tarde, estava ali, sozinho. (Mateus 14: 23), como por suas instruções,
Jesus ensinou aos discípulos o dever da oração e a maneira de fazê-la. A oração
deve ser humilde diante de Deus (Lucas 18:
Jesus
se dirige a cada pessoa do público em forma individual mediante o emprego do
pronome singular[2].
HIPÓCRITAS - No
pensamento de Jesus, esse epíteto, que visa a todos os falsos devotos que
apresentam uma piedade afetada e ruidosa, aplica-se especialmente a seita dos
fariseus. (Mateus 15: 7; 22: 18; 23:
Grego: hupokrités provem de um
verbo que significa fingir, dissimular.
Os judeus atendiam aos necessitados com contribuições impostas aos membros da
comunidade segundo cada um pudesse pagar. Os fundos assim conseguidos eram
aumentados por meio de doações voluntárias. Faziam-se pedidos especiais nas
reuniões religiosas públicas nas sinagogas, ou em reuniões ao ar livre que
costumavam realizar nas ruas. Nestas ocasiões, as pessoas se sentiam tentadas a
prometer grandes somas de dinheiro para conseguir o louvor dos que estavam ali
reunidos. Também costumavam permitir que o que tivesse contribuído com uma soma
excepcionalmente grande se assentasse num lugar de honra junto aos
rabinos.
Com demasiada frequência, o desejo de ser louvado era o objetivo desses
donativos. Ocorria que muitos prometiam grandes somas, mas depois não cumpriam
suas promessas. A referência que Jesus fez à hipocrisia sem dúvida incluía
também esta forma de fingimento[4].
PONDO-SE
Comentário: Lucas 1:
9. Tocou-lhe
Oferecer o incenso. Considerava-se que o oferecimento do incenso era
a parte mais sagrada e mais importante dos serviços diários da manhã e a tarde.
Estas horas de culto, nas quais se sacrificava um cordeiro (Êxodo
29:
O privilégio de
oficiar no altar de ouro
O sacerdote sobre
quem recaía a sorte de oferecer o incenso, neste caso Zacarias, elegia a dois
de seus colegas no sacerdócio para que lhe ajudassem. Um devia tirar as brasas
anteriores do altar, e o outro tinha que colocar as brasas novas tomadas do
altar do holocausto. Estes dois sacerdotes se retiravam do lugar santo depois
de ter concluído sua tarefa, e o sacerdote escolhido por sorte colocava então o
incenso sobre as brasas enquanto intercedia
Comentário: Salmo
141: 2. Como o incenso. O
incenso do santuário se preparava cuidadosamente (Êxodo 30:
Oferenda. Hebraico: minjah, a oblação ou
oferenda de cereais que acompanhava ao holocausto diário (Êxodo 29:
Comentário: Levítico 2: 1. Oferecer oblação. Uma
oferenda de cereal, Hebraico: minjah como oferenda qorban. A palavra minjah não tinha originalmente o sentido de oferenda religiosa,
senão que designava um presente apresentado a um superior. O presente
que Jacó deu a Esaú era minjah
Gênesis
32: 13. Também era o presente que os irmãos de José
levaram para o Egito. (Gênesis 43: 11.)
Usava-se essa
palavra para indicar o tributo pago por povos vencidos (II Samuel 8: 2 e 6).
Estes presentes indicavam submissão e dependência.
No monte Sinai, minjah passou a ser a designação oficial
de um presente a Deus, uma oferenda feita como homenagem, em reconhecimento da
superioridade Daquele a quem se dava. Indicava que o homem dependia de Deus
para receber todas as coisas boas da vida; reconhecia a Deus como dono e
doador. Ao apresentar tal oferta, o homem admitia ser somente um mordomo das
coisas que se lhe tinham confiado.
A oblação
de Levítico
2 era uma oferta de cereais, farinhas preparadas
Bem como tinha
holocaustos públicos e individuais ou particulares, tinha também oblações
públicas e individuais. As oblações particulares eram voluntárias, e podiam ser
oferecidas a vontade,
A principal oblação
pública era o pão da proposição, ou pão da Presença, colocado cada
sábado sobre a mesa no primeiro compartimento do santuário. Apresentava-se ao
Senhor; logo permanecia durante uma semana sobre a mesa, e finalmente era
comido pelos sacerdotes. Se o chamava o pão da Presença, ou literalmente o pão
da face, já que estava continuamente sobre a mesa na presença de Deus,
ou ante seu rosto, A mesa do pão da proposição também recebe o nome de mesa
limpa. (Levítico 24: 6.)
A oferenda do pão da
proposição consistia em 12 pães, cada fato com algo mais de
Uma libação
acompanhava aos sacrifícios matutinos e vespertinos (Êxodo 29: 40; Números 15: 5).
Por isso sobre a mesa dos pães da proposição tinha pratos, colheres, talheres e taças,
as
fontes, os copos, os jarros e as xícaras para as libações. (Êxodo 25: 29).
Esta libação era derramada no lugar santo, ante o Senhor.
Não há grande
diferença entre a mesa dos pães da proposição do AT e a mesa do Senhor do NT (Lucas
22: 30; I Coríntios 10: 21). O pão é o corpo de Cristo, quebrantado por
nós. A copa é o novo pacto em seu sangue (I Coríntios 11: 24 e 25). O pão
da Presença simboliza àquele que vive sempre para interceder
por nós, o pão vivo que desceu do céu (Hebreus 7: 25; João 6: 51).
Sua oferenda será. Esta oferenda podia ser apresentada por qualquer
pessoa que desejasse fazer-lhe um agrado a Deus. Consistia em flor de farinha,
azeite e incenso. Algumas vezes se apresentava como oferta aparte, mas
geralmente se oferecia junto com um holocausto.
A flor de farinha,
ou farinha fina, é o produto da cooperação entre Deus e os homens. Deus coloca
o princípio de vida na semente, dá sol e chuva, e a faz crescer. O homem semeia
a semente, a cuida, a colheita, a mói para fazer farinha, e logo apresenta esta
farinha ante o Senhor, ou a prepara em bolos cozidos ao forno. É a soma do dom
original de Deus mais o trabalho do homem. É devolver a Deus o seu com
interesse. É símbolo da obra da vida do homem, de talentos aperfeiçoados.
Deus lhe dá a cada
homem talentos segundo a capacidade que tenha para empregá-los. Alguns têm vários talentos; ninguém carece totalmente deles. Deus
não se compraz quando os homens só lhe devolvem a quantidade de semente que
lhes foi confiada. Deus quer que os homens semeiem a semente, cuidem, colham, limpem
de toda impureza, a moam entre as duas pedras do moinho, tirando dela toda a
vida mediante a trituração, e logo a apresente como flor de farinha. Deus
espera que cada talento seja melhorado, refinado e enobrecido[8].
Comentário:
Hebreus 9: 4. Incensário. Grego: thumiatlrion, literalmente lugar
ou recipiente para queimar o incenso; poderia tratar-se de um incensário
ou do altar do incenso. Como exemplos deste último significado, pode ver-se
A relação entre o
altar e o lugar santíssimo que aqui se indica poderia ser que sua função estava
intimamente relacionada com o lugar santíssimo. O incenso que se oferecia
diariamente sobre esse altar no lugar santo era dirigido ao propiciatório do
lugar santíssimo. Deus manifestava ali sua presença entre querubins, e à medida
que o incenso ascendia com as orações dos que rendiam culto, enchia tanto o
lugar santíssimo como o santo. O véu que separava a ambos os compartimentos não
chegava até o teto, e o incenso que se oferecia no lugar santo, o único lugar
onde podiam entrar os sacerdotes, chegava até o segundo compartimento, o lugar
para onde era dirigido. Em (I Reis 6: 22) se diz que o altar do
incenso o templo de Salomão estava frente ao lugar santíssimo, que
estava relacionada com ele, ou que pertencia por função ao lugar santíssimo.
Do pacto. Chama-se assim a arca porque continha as tábuas do concerto, as
duas tábuas de pedra sobre as quais Deus tinha escrito os Dez mandamentos. Em Deuteronômio
4: 13 se declara que os Dez mandamentos são o pacto que Deus ordenou a
seu povo e o pusesse por obra.
Vara de Aarão. (Números 17:
Alguns trataram de
resolver esta aparente discrepância fazendo que a frase na que se refira à parte do tabernáculo chamada o Lugar Santíssimo.
(Hebreus 9: 3). Ainda que seja gramaticalmente possível, a sintaxe
geral não aceita tal relação. O fato de que as tábuas do concerto estejam
incluídas na lista de coisas que vêm depois, é um poderoso argumento para
indicar que aqui se está fazendo referência ao arca e não ao lugar santíssimo[9].
NAS ESQUINAS - Nestes lugares
públicos se realizavam as transações comerciais. Se os fariseus se encontravam
em nas esquinas das ruas à hora
designada para a oração, assumiam uma atitude de oração e em alta voz recitavam
as frases formais que comummente empregavam para orar. Sem dúvida muitos se as
arrumavam para estar em lugares públicos há essas horas especiais[10].
JÁ RECEBERAM SUA RECOMPENSA - Já têm
seu recompensa. O grego faz ressaltar a ideia de que já
receberam plenamente sua paga. O verbo grego
que aqui se traduz têm aparece com frequência em recibos escritos em antigos papiros gregos
onde significa cancelado ou recebido. Jesus disse que os hipócritas já tinham recebido tudo o que teriam de
receber. Praticavam a caridade como uma transação estritamente comercial,
mediante a qual esperavam comprar a admiração pública; não se preocupavam por
aliviar a desgraça do pobre. Essa recompensa seria a única que teriam de
receber[11].
COMO
NÃO ORAR
E
quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de fazer
oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos
homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando
orares, entra no teu quarto e fechando a porta, ora a teu Pai que está lá, no
segredo; e o teu Pai, que vê em segredo, te recompensará. Nas vossas orações
não useis de vãs repetições, como os gentios, porque imaginam que é pelo
palavreado excessivo que serão ouvidos.
Não sejais como eles, porque o vosso Pai
sabe do que tendes necessidades antes de lho pedirdes. (Mateus
6:
Quando
fizeres oração, não sejas como os hipócritas, porque eles gostam de se colocar
em pé para orar nas sinagogas e nas esquinas das ruas para que
todos vejam. Asseguro que já receberam sua recompensa. Porém tu, quando orares,
entra em tua casa, e fecha a porta, e ora a teu Pai Que está em oculto; e teu
Pai, Que vê o que se passa nos lugares ocultos te recompensará abundantemente.
Quando
orares, não repitas frases sem sentido como fazem os pagãos, porque eles creem
que multiplicando as palavras. Serão atendidos, porque nosso Pai sabe do que
necessitamos antes que nós peçamos.
Não tem
nação que tivesse uma ideia mais elevada de oração que os judeus; e nenhuma religião
que valorizasse a oração como prioridade. Grande é a oração, diziam os rabinos, maior
que todas as boas obras. Uma das coisas mais preciosas que se tem
omitido sobre o culto familiar.
A
máxima rabínica: O que pratica a oração dentro de sua casa é rodeada por um
muro protetor que é mais forte que o ferro. O que sentiam os rabinos era que
não era possível passar todo o dia orando.
Haviam
sido introduzidos alguns defeitos nos hábitos da oração. Estes defeitos não são
menos exclusivos, alguns peculiares das ideias judaicas acerca da oração; e de
fato ocorre em todas as partes. Há que dizer que só podiam ocorrer em uma
comunidade na que a oração se tomara tão profundamente séria. Não são defeitos
por negligência, mas por devoção mal entendida.
A primeira
era o Shemá, que consistia em três breves passagens da Escritura: Deuteronomio
6:
O Shemá
tinham que recitar todos os judeus diariamente pela manhã 9:00 horas ao meio dia 12:00
e a tarde 15:00 horas. Havia que
dizê-la o mais cedo possível, tão pronto como houvesse suficiente luz do dia
como para distinguir o azul do branco; ou, como dizia o Rabino Eliezer, entre
azul e verde. Em todo caso havia que dizê-la antes da hora terceira, 9:00 horas que era às nove da manhã; e
pela tarde, antes da hora nona 15:00
horas. Chegava-se o último momento em que era possível dizer o Shemá, não
importava onde se encontrasse a pessoa, se em casa ou na rua no trabalho na
sinagoga, teria que parar e dizer.
Havia
muitos que amavam o Shemá, e que a repetiam com reverência, adoração e amor;
era inevitável que muitos a dissessem apressadamente, e seguiam seu caminho. O
Shemá estava obviamente em perigo de se converter em uma repetição, que as
pessoas recitava como um salmo ou fórmula mágica. Nos os cristãos não temos o
menor direito de criticar, porque todo o dito acerca de dizer apressadamente o
Shemá se pode aplicar a muitas das orações e rezas privadas e públicas.
A
segunda coisa que todos os judeus deviam repetir diariamente eram as chamadas Se monê 'Esrê, que quer dizer As Dezoito. Consistia em recitar dezoito
orações, e que fazia parte essencial do culto na sinagoga. Com o tempo chegaram
a ser dezenove, mas segue usando o antigo nome. A maior parte destas orações
são curtas, e quase todas são muito bonitas.
A
décima segunda diz:
Que Tua misericórdia, oh Senhor, se
apresente sobre os retos, os humildes, os anciãos de Teu povo Israel e os
demais mestres; mostre Teu favor com os estrangeiros piedosos que habitam entre
nós, e com todos nos. Recompensa generosamente aos que confiam em Teu nome
sinceramente, para que tenhamos sorte entre elos e no mundo vindouro, para que nossa
esperança não resulte em falência. Louvado sejas Tu, oh Senhor, Que és a
esperança e a confiança dos fiéis!
A
quinta diz:
Faz nos volver a Tua Lei, oh Pai nosso; faz
nos volver, oh Rei, a Teu serviço; converte-nos a Ti com verdadeiro
arrependimento. Louvado sejas, oh Senhor, Que aceitas nosso arrependimento!
Nenhuma
igreja tem uma liturgia mais linda que as Semonê
'Esrê. A lei mandava recitar três vezes ao dia todos os judeus, uma vez por
semana, outra depois do meio dia e outra pela tarde. E se dava outra vez o mesmo
caso. Os judeus devotos faziam estas orações com devoção amorosa; havia muitos
para quem estas séries de preciosas orações haviam chegado a ser um rolo
enfadonho. Até havia a sua disposição um resumo que se podia usar caso não se
tivesse tempo ou memória para repetir as dezoito completas. A repetição das Semonê 'Esrê se converteu em nada menos
que um Salmo ou um encantamento. Outra vez devemos dizer que os
cristãos não tem nenhum direito de criticar, porque muitas vezes fazemos
exatamente o mesmo com a oração que Jesus nos ensinou e outras.
COMO
NÃO ORAR
3. O
devoto judeu tinha horas fixas de oração. Eram a terceira, a sexta e a nona, às
nove da manhã, às doze ao meio dia e às três da tarde. Onde quer que se encontrasse
estava obrigado a orar. Podia ser, sem dúvida, que se apresentava a Deus
genuinamente; porém poderia ser que estivesse cumprindo com um formalismo
habitual. Os muçulmanos têm o mesmo costume. Conta-se que um muçulmano ia
perseguindo um inimigo com um punhal desembainhado para matar. No hora do
almoço fez a chamada; o homem parou, desenrolou seu rolinho de oração, se
ajoelhou e rezou o mais depressa que podo; logo se levantou e seguiu com seu
objetivo perseguindo para assassinar. É precioso aproximar-se de Deus pelo
menos três vezes ao dia; mas existe o perigo real de que se faça isto três
vezes ao da, mas sem pensar em Deus.
4.
Existia a tendência de relacionar a oração com lugares, e especialmente na
sinagoga. É inegavelmente certo que há alguns lugares em que se sente a
presença de Deus bem; mas havia alguns rabinos que chegavam até dizer que a
oração não era eficaz a menos que se oferecesse no Templo ou na sinagoga. Assim
se produziu um costume de ir ao Templo nas horas de oração. Nos primeiros dias
da Igreja Cristã, até os discípulos de Jesus pensavam nestes termos, porque
lemos que Pedro e João se dirigiram ao Templo na hora da oração (Atos
3: 1).
Havia
um perigo: de pensar que Deus está confinado a certos lugares sagrados, e
esquecer que toda Terra é Templo de Deus. Os rabinos mais sábios viram este
perigo. Deus disse a Israel: Orai na
sinagoga de vossa cidade; se não podeis, orai no campo; se não podeis, orai em
vossa casa; se não podeis, orai na cama; se não podeis, meditai em vosso
coração estando em vossa cama, e guardai silencio.
O
problema de qualquer sistema não está no sistema, mas
5. Os
judeus temiam uma tendência indiscutível de prolongar as orações. Esta
tendência tampouco era exclusiva dos judeus. Nos cultos escoceses do século 18, a orações longas eram interpretadas
como devoção. E aqueles cultos escoceses havia uma leitura bíblica verso
por verso
que durava uma hora, e um sermão que durava outra hora. As orações eram longas
e improvisadas. O doutor W. D. Maxwell escreve: A eficácia da oração se media pelo ardor e a fluidez, e não menos por
seu tamanho. O rabino Levi dizia: O
que faz orações longas é ouvido. Outra máxima: Quando os justos fazem orações longas, suas orações são ouvidas.
Havia,
e, todavia há, uma espécie de ideia inconsciente de que se batemos
suficientemente a porta de Deus, e contestar; o que se pode falar, e até
molestar a Deus, até Ele nos ouvir. Os rabinos mais sábios eram conscientes
deste perigo: Um deles dizia: Está
proibido prolongar sem necessidade o louvor ao Santo. Se nos diz nos Salmos:
Quem
pode expressar as poderosas obras do Senhor, ou proclamar toda sua grandeza? (Salmo
106: 2). Só Ele pode prolongar e mostrar sua misericórdia e ninguém
pode. Sejam sempre poucas as palavras de um homem diante de Deus. Não
te precipites com tua boca nem se apresse teu coração a proferir palavra diante
de Deus; porque Deus está no céu e tu sobre a terra; portanto, sejam poucas
tuas palavras. (Eclesiastes 5: 2). A melhor adoração consiste em
guardar silêncio. É fácil confundir a falação com a piedade, e a conversa com a
devoção; e neste erro caiam muitos judeus, e outros.
6.
Havia outras formas de repetição que os judeus, como outros povos orientais,
eram propensos a usar e abusar. Os povos orientais tinham o costume de auto-hipnotizar-se
mediante a incessante repetição de uma frase ou até de uma palavra. Em I
Reis 18: 26 vemos que os profetas de Baal passaram meio dia gritando: Baal responde-nos!
Em Atos
19: 34 vemos que os gentios efésio esteviram duas horas gritando: Grande é a Artemisa dos efésios! Alguns muçulmanos
passam horas e horas repetindo uma palavra sagrada, correndo em círculos até
que se provoca um êxtase, e caem por fim inconscientes e esgotados. Os judeus faziam
com o Shemá. É como substituir a oração pelo auto-hipnotismo.
Havia outra
forma em que a oração judaica caia em repetições. Aglutinavam-se todos os
títulos e adjetivos imagináveis quando se dirigia uma oração a Deus. Uma das
mais famosas dizia: “Bendito, louvado e glorificado, exaltado, honrado,
magnificado e laudeado seja
Há uma
oração judaica que começa com dezesseis adjetivos diferentes que se aplicam ao
nome de Deus. Existia uma intoxicação com palavras. Quando se começa a pensar
mais no que dizer do que como dizer, a oração morre nos lábios.
7. Na
última fala de Jesus se encontrava alguns dos judeus que faziam orações para
serem notados. O método judaico de oração facilitava que se caísse na
ostentação. Os judeus oravam em pé, com os braços estendidos, as palmas das
mãos acima da cabeça inclinada. Faziam orações às 9 da manhã, ao meio dia e às
3 da tarde. Faziam onde se encontravam, e era fácil a quem quisesse
assegurar-se de que a esta hora estaria em alguma esquina, ou em alguma praça
abarrotada de gente, para que todos contemplassem o piedoso que estava orando.
Era fácil deter-se nos lugares públicos ou na entrada da sinagoga, e fazer ali
sua oração longa e eloquente para que fosse admirado por sua excepcional
piedade. Representava uma cena de oração a vista do público.
Os mais
sábios dos rabinos judeus compreendiam plenamente e condenavam incansavelmente
esta atitude. Uma pessoa hipócrita atrai
a ira de Deus sobre o mundo, e sua oração não é atendida. Quatro classes de
pessoas não percebem o resplendor da glória de Deus: os burladores, os
hipócritas, os mentirosos e os caluniadores. Os rabinos diziam que ninguém
pode orar a menos que tenha o coração sintonizado para Nele. Estabeleciam que
para a perfeita oração se necessitasse antes uma hora de preparação pessoal, e
uma hora de meditação depois. O sistema judeu de oração se prestava a
ostentação se havia orgulho no coração de um homem.
Jesus
estabelece duas grandes regras para oração.
1.
Insiste em que toda verdadeira oração deve ser dirigida a Deus. O fato
verdadeiro e que Jesus criticava era que eles ofereciam a oração ao público, e
não a Deus. Um grande pregador descreveu uma vez uma oração elaborada e
adornada que foi pronunciada em uma igreja de Boston: A oração mais eloquente que foi oferecida jamais a uma audiência de
Boston. O orador havia preocupado
mais em impressionar a congregação que estabelecer contato com Deus. Tanto na
oração privada como na pública, não devemos abrigar nenhum pensamento na mente
nem o desejo no coração que se aparte de Deus.
2.
Insiste em que devemos ter presente que ao Deus a Quem oramos é um Deus de
amor, Que está mais disposto a nos conceder o que nos estamos a pensando pedir.
Não temos que nos omitir dos dons da graça como se não estivesse disposto a
conceder-nos. Não acudimos a um Deus Que não nos quer atender, ou contestar
nossas orações, Seu único desejo é dar. Quando recordamos isto, não há dúvida
que Deus é suficiente para nos acudir com um suspiro e desejo no seu coração, e
nos seus lábios as palavras: Faça Tua vontade[12].
O
Pecado me Seguiu até a Igreja
E,
quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas
sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos
digo que eles já receberam a recompensa. (Mateus 6: 5).
A coisa
mais chocante acerca deste texto são suas implicações a respeito da extensão e
onipresença do pecado.
Quando
falamos em pecado, geralmente pensamos em algo que acontece no escuro, num
lugar distante e em segredo. Quando falamos em pecadores, pensamos em viciados
em heroína, traficantes, ladrões ou adúlteros.
Mas, em
Mateus
6:
Agora
você pode estar perguntando: Se não pudermos
escapar dos efeitos do pecado na oração, onde escaparemos? A dolorosa resposta
é:
No
Sermão do Monte, Jesus está dizendo a Seus ouvintes que os fariseus, na
realidade, não compreendiam o pecado. Pensavam que era uma ação que precisava
ser evitada. Mas repetidas vezes Ele insistiu na desconcertante verdade de que
o pecado é uma tendência que infecta toda a nossa vida. É uma egolatria vaidosa
que nos segue aonde quer que vamos. Mesmo quando alegamos estar adorando a
Deus, estamos muitas vezes empenhados ativamente na adoração de nós mesmos.
É isso
que Jesus está nos dizendo por meio desses vigorosos ensinos sobre oração,
jejum e esmola. Está nos dizendo que há pecado
pecaminoso e pecado religioso.
As boas
novas são que Ele quer nos purificar de toda a injustiça. Mas sabe que primeiro
precisamos reconhecer a gravidade do pecado, para que recorramos a Ele, através
da oração, pedindo purificação em profundidade[13].
Pecados
Vegetarianos
Jesus
declarou: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer
de novo... Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não
nascer da água e do Espírito. João 3:
A
espécie mais esquiva e enganosa de pecado é a que se pode chamar de pecado vegetariano.
Podemos
perguntar o que são pecados vegetarianos?
São os
tipos de pecados ilustrados por Jesus em Mateus 6:
Mas
nisto está o seu poder de pegar-nos desprevenidos. Esse pecado é enganoso
porque aparenta e dá a impressão de ser religioso. Ele pode ser verdadeiramente
religioso ou pode ser apenas outra maneira de fazer-nos sentir bem a respeito
de nós mesmos, exceto que, dessa vez, o que dá prazer não é quão ímpio eu sou,
mas quão justo sou. O poder enganador dos pecados vegetarianos reside no próprio
fato de fazer-nos sentir limpos, mesmo quando ainda estamos cheios da polpa
podre do pecado: a orgulhosa autossuficiência.
Jesus
quer nos salvar até de nossa autossuficiência, até de nosso orgulho espiritual
e até mesmo da satisfação por nossas realizações na vida religiosa.
E como
Ele Se propõe a fazer isso? Da mesma forma como lida com a prostituição e o
tráfico de drogas. Ele quer que nosso espírito orgulhoso caia aos pés da cruz
e seja crucificado. Ele quer que crucifiquemos as atitudes erradas da adoração
e a atitude de achar que somos superiores às pessoas das outras igrejas ou às
pessoas que não têm igreja nenhuma.
Mas
além da crucificação de nossa vaidosa justiça própria, Jesus quer proporcionar
o nosso renascimento por meio da vida no Espírito. Ele quer que nasçamos de
novo com uma nova atitude. Quer que nasçamos do alto. Quer salvar-nos até mesmo
dos pecados vegetarianos. E as boas novas são que Ele é capaz de fazer isso. Ou
seja, Ele pode fazê-lo, se humildemente clamarmos, neste e em todos os dias,
por Seu auxílio[14].
A
Importância da Oração Para os Fariseus
Ouve,
Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua
força. Estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração. (Deuteronômio
6:
A
passagem bíblica de hoje é importante tanto para cristãos como para judeus. Os
cristãos a reconhecem porque, quando perguntaram a Jesus acerca do maior
mandamento da lei, Ele apresentou Deuteronômio 6: 5, com o seu amor a
Deus.
Mas
essa passagem era importante para os judeus antes de Jesus nascer. Era
importante porque fazia parte do Shema. O
Shema consistia de três breves passagens da Escritura: Deuteronômio 6:
O Shema não era a única oração
que os judeus deviam recitar diariamente. Era seu dever também recitar o que
se tornou conhecido como As Dezoito,
que consistiam de 18 orações. As Dezoito
tinham que ser recitadas três vezes ao dia: uma vez pela manhã, uma vez à
tarde e uma vez à noite.
Os
judeus eram um povo de oração. Levavam suas orações a sério. Não rezavam apenas
o Shema e As Dezoito, mas também tinham orações para
quase todo acontecimento da vida. Assim, tinham orações para antes e depois de
cada refeição; e havia orações ligadas a coisas como a luz, o fogo e o
relâmpago; ao verem a lua nova, cometas, chuva e tempestades; ao verem o mar,
lagos, rios; ao receberem boas notícias; ao usarem mobília nova; ao entrarem
ou saírem de uma cidade, e assim por diante. Para tudo havia sua oração.
Como
cristãos, temos algo a aprender com isto. Precisamos também ver a santidade de
tudo que existe ou do que acontece
Mas
também devemos acautelar-nos dos perigos nos quais os judeus caíram. Satanás
pode perverter até mesmo a oração. Mas Jesus pode fazer melhor. Pode dar nova
vida à oração e santificá-la em nossa vida diária[15].
A
Religião é uma Coisa Boa - Às Vezes
Praticam,
porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam
os seus filactérios e aumentam as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos
banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o
serem chamados mestres pelos homens.... Mas quem a si mesmo se exaltar será humilhado;
e quem a si mesmo se humilhar será exaltado. (Mateus 23:
A
religião é uma coisa boa, às vezes. Eu digo às
vezes porque até mesmo a religião pode ser pervertida.
Ontem
vimos que os fariseus eram praticantes entusiásticos da oração. Tinham não
apenas o Shema duas vezes por dia e As Dezoito três vezes por dia, mas
também contavam com orações específicas para quase todas as ocasiões. Isso era
bom. O que havia de mau era que alguns deles às vezes utilizavam as ocasiões
de oração para se exibirem e teatralizarem. Isso acontecia pelo menos de duas
maneiras diferentes.
A
primeira forma de perversão tinha que ver com o local. Já que certas orações
deviam ser recitadas em ocasiões específicas do dia, era bastante fácil para
alguns judeus planejarem as coisas de tal maneira que a hora da oração
acontecesse quando eles se encontrassem em lugar público. Assim, pareceria uma
coincidência estarem eles numa extremidade de uma rua movimentada ou num
quarteirão da cidade apinhado de gente quando chegasse a hora. O resultado:
todo o mundo poderia testemunhar a devoção de alguém orando. Era fácil, por
exemplo, estar no topo da escada da entrada para a sinagoga quando chegasse a
hora. Naquele local, uma oração longa, expressiva e fervorosa podia ser feita
de um modo que muitos pudessem apreciar a piedade envolvida.
Uma
segunda forma de perversão era a maneira de fazer a oração. O sistema judaico
de oração tornava a ostentação muito fácil. O judeu orava de pé, com as mãos
estendidas, as palmas voltadas para cima e a cabeça inclinada. Quem passava não
podia deixar de ver que essa pessoa estava orando.
Os
rabinos judeus mais sábios condenaram inteiramente essa teatralização. Jesus
também a condenou.
Jesus
sabia que orar é falar com Deus, uma experiência espiritual. Ele quer que
oremos de coração e recebamos a extensiva bênção de Deus[16].
Diferentes
Maneiras de Orar
O
publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu,
mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que
este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta,
será humilhado; mas o que se humilha, será exaltado. (Lucas 18: 13 e 14).
Talvez
a melhor ilustração que Jesus apresentou para exemplificar a atitude correta e
a incorreta na oração foi a parábola do fariseu e do publicano, encontrada em Lucas
18:
O
fariseu, neste caso, era um crente superficial, aquele tipo com o qual Jesus
foi bem firme em Mateus 6 e 23. Jesus nos dá um breve, mas notável perfil desse
religioso afetado. Diz-nos que ele confiava em suas capacidades e realizações
justas, e que desprezava os outros que não haviam alcançado sua exaltada condição espiritual. Ele orou,
enfatizando o fato de não ser pecador como os demais, inclusive como um
cobrador de impostos que, por acaso, estava também orando nas proximidades. O
fariseu continuou a listar suas devoções religiosas. Era dizimista fiel e
jejuava duas vezes por semana. De modo geral, ele estava bastante satisfeito
consigo.
É muito
interessante o que Jesus tem a dizer sobre essas orações. O fariseu, disse
Jesus, não orava a Deus, mas orava consigo.
Estava apresentando uma carta de recomendação, e chamava isso de oração.
Lembramo-nos
do Rabi Simeão Ben Jochai, que afirmava: Se
houver apenas dois homens justos no mundo, esses dois somos eu e meu filho; se
houver apenas um, esse sou eu.
O
publicano, por outro lado, orava a Deus. Não apenas isso, mas era ouvido por
Deus. Saiu dali justificado e perdoado, enquanto o fariseu permaneceu em seu
pecaminoso orgulho, perdido, sem ao menos dar-se conta disso.
De que
maneira eu oro? É a pergunta que devo fazer depois de ler essa parábola. Como
devo orar? Como posso hoje melhorar minha vida de oração?[17].
Dizer
e Praticar
Então,
falou Jesus às multidões e aos Seus discípulos: Na cadeira de Moisés se
assentaram os escribas e fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos
disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. (Mateus
23:
É mais
fácil falar do que praticar. Todo pai sabe disso; todo marido e mulher, todo
pastor, todo chefe. Mas praticar é o ponto principal. Praticar é tudo. Ainda
assim, eu preferiria apenas falar.
E assim
procediam os fariseus. Muitas de suas ideias eram bastante úteis e verdadeiras,
mas eles deixavam de viver o espírito de sua religião. Guardavam as leis e
praticavam as devoções religiosas externamente, embora demasiadas vezes lhes
faltasse profundidade interior.
Esse
era o problema da oração mencionada em Mateus 6: 5. Eles oravam não
somente porque desejavam falar com Deus, mas também porque queriam que os
outros pensassem que eles eram homens de oração.
O ponto
importante para nós hoje é que algumas vezes agimos com a mesma motivação dos
fariseus do passado. Algumas vezes também oramos para efeitos externos. Também
somos por vezes tentados a ter a reputação de uma pessoa que ora divinamente
bem ou que é profundamente espiritual.
Jesus, no Sermão do Monte, diz que a fonte dessa ambição não é Deus. Ao
orarmos, não devemos concentrar nosso interesse em nós mesmos ou em nossa
reputação, mas Naquele a quem oramos. Podemos não estar orando ostentosamente
nas esquinas das ruas, nem fazendo tocar trombeta diante de nós para que todos
saibam que estamos orando, mas algumas vezes permitimos que saibam que estamos
cansados ou refeitos, conforme o caso
porque levantamos às 3:00 da madrugada para orar fervorosamente a Deus. Essa
tática é sutil, mas não é secreta.
Outros
caem na armadilha da oração farisaica nas orações públicas das manhãs de
sábado. Eles gostam que os outros comentem como foi bela a sua oração. Tudo o que realmente conta, seja em público ou
em particular, é a oração sincera. É mais importante que as orações sejam
comoventes do que belas. É absolutamente decisivo que o ponto focal delas seja
Deus.
Senhor,
hoje, como no passado com Teus discípulos, nosso coração clama: Ensina-nos
a orar[18].
6 - Tu, porém, quando orares, entra no teu
quarto e fechando a porta, ora a teu Pai que está lá, no segredo; e o teu Pai,
que vê em segredo, te recompensará.
TU, PORÉM - II Reis 4: 33. Em grego o pronome traduzido tu está em posição enfática[19].
Comentário Isaias
26: 20. Indignação. A indignação
de Deus contra seus inimigos. A indignação final de Deus se
sintetiza nas sete pragas futuras. (Apocalipse 14: 10; 15: 1; cf. Isa. 34: 2;
Naum 1: 6). O povo de Deus teve que permanecer dentro de suas casas
enquanto eram mortos os primogênitos de Egito (Êxodo 12: 22 e 23). Deus
convida a seu povo a que se esconda nele durante as sete últimas pragas, para
que ele possa ser-lhe amparo e fortaleza, nosso cedo auxílio nas tribulações (Salmo
46: 1). Protegido desta maneira, seu povo não precisa temer, ainda
que a terra seja removida, e se traspassem os montes do coração do mar. (Salmo
46: 2; 25: 5; 91:
QUANDO ORARES - Jesus se dirige a
cada pessoa do público em forma individual mediante o emprego do pronome
singular[21].
NO SEGREDO - É provável que esta expressão queira dizer, que ouve o que se diz em
segredo, como o insinua o contexto[22].
VÊ
Ore
a Deus
Tu,
porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai,
que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. (Mateus 6:
6).
Parece
estranho que eu tenha intitulado a leitura de hoje de Ore a Deus. Mas foi isso
o que Jesus nos disse para fazer em Mateus 6: 6. Deves orar a teu
Pai.
Mas,
perguntará você, a quem mais poderíamos orar? Suponho que há uma porção de
respostas para essa pergunta. Jesus forneceu uma em Lucas 18: 11 na história
do fariseu e do publicano. Ele disse que o fariseu orava para si mesmo, em vez de
orar a Deus. O simples fato de passarmos tempo em oração não significa que
estamos orando a Deus.
Há
vários pontos que devemos considerar ao orar a Deus. O primeiro é o que se
pode pensar como processo de exclusão. Quando oramos ao Pai, devemos excluir
certas coisas. Precisamos deixar fora a multidão de pensamentos e cuidados
diários que criam obstáculos entre nós e Deus. Precisamos nos concentrar na
comunicação com Ele, assim como prestamos atenção total a qualquer pessoa que
respeitamos e com a qual nos importamos. Na oração secreta, precisamos, por assim
dizer, entrar num quarto com Ele, a fim de que somente nós dois fiquemos
conversando. Precisamos buscar a Deus e louvá-Lo de todo o nosso coração, mente
e alma. Esse quarto pode ser um aposento de verdade ou pode ser um ônibus superlotado.
Podemos orar a Deus de maneira secreta e exclusiva em qualquer lugar.
Um
segundo ponto que precisamos considerar, ao pensarmos
Terceiro,
quando oramos a Deus, podemos ter confiança. Podemos nos aproximar
confiantemente do trono da Graça, por causa do que Jesus fez por nós no
Calvário e está fazendo por nós no Céu.
Estas
são as boas novas. Por que então não orar a Deus com maior frequência?[24].
Lugar
Secreto de Oração
E,
despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a
tarde, lá estava Ele, só. (Mateus 14: 23).
Jesus
era um homem de oração. O NT chama frequentemente a atenção para o fato de que
Ele Se afastava para passar toda a noite em oração. Houve ocasiões em que Ele
orou em público, como
Nós
temos a mesma necessidade. Precisamos afastar-nos dos cuidados da vida para
estar com Deus. Ir à igreja, aos cultos de oração e à Escola Sabatina é bom,
mas todo cristão precisa, individualmente, de um tempo especial na sala de
audiência do Rei. Precisamos disso para louvar o Seu nome, agradecer-Lhe por
Sua bondade, confessar nossos pecados, pedir força, interceder pelos outros e
apenas conversar informalmente com Aquele que Se importa.
Em
resumo, cada um de nós precisa, cada dia, separar tempo sagrado para oração em
nosso lugar secreto. Precisamos levar
nossa vida devocional a sério. Precisamos nutrir nossa natureza espiritual,
assim como nos nutrimos física, social e mentalmente. E essa nutrição exige
tempo. A nutrição apropriada não é obra de um breve minuto. Muitos acham que a
melhor hora para seu período secreto com o Pai é bem cedo de manhã. Acham que,
se deixarem o momento devocional para mais tarde, o fluxo dos deveres urgentes
acabam por torná-lo impossível ou irregular.
Durante
nosso momento com Deus, precisamos não apenas falar a Ele em oração, mas ouvir
o que Ele diz por meio de Suas palavras na Bíblia. Esse ouvir deve ser mais
profundo do que apenas ler a meditação matinal, algumas páginas de
Dediquei
um dia a esse assunto porque os cristãos adventistas do sétimo dia estão ficando
cada vez mais presos aos negócios deste mundo. Isto tem feito com que se dê
menos ênfase à devoção pessoal.
Hoje é
o dia de mudar essa situação[25].
A verdadeira oração. O Pai
nosso
Vós,
porém, orareis assim: Pai Nosso...
Sem
Jesus, não sabemos verdadeiramente o que é um Pai. Foi na sua oração que isso se tornou claro e esta oração
pertence-lhe intrinsecamente. Um Jesus que não estivesse perpetuamente
mergulhado no Pai, ou que não estivesse em permanente comunicação com Ele,
seria um ser totalmente diferente do Jesus da Bíblia e do verdadeiro Jesus da
História. A sua vida parte do núcleo da oração; foi a partir dela que Ele
compreendeu Deus, o mundo e os homens… Surge então uma nova questão: será esta
comunicação… também essencial ao Pai que Ele invoca, de tal modo que também Ele
fosse diferente se não fosse invocado sob este nome? Ou trata-se de algo que
apenas O aflora sem nele penetrar? A resposta é a seguinte: pertence ao Pai
dizer Filho como pertence a Jesus dizer Pai. Sem essa invocação,
Ele próprio também não seria Ele. Jesus não tem apenas um contato exterior a
Ele; é parte integrante do ser divino de Deus, enquanto Filho. Antes mesmo de o
mundo ser criado, Deus já é o Amor do Pai e do Filho. E, se pode tornar-se
nosso Pai e a medida de toda a paternidade, é porque Ele próprio é Pai desde
toda a eternidade. Na oração de Jesus é a própria interioridade de Deus que se
torna visível; vemos como é Deus; a fé no Deus trinitário não é senão a
explicação daquilo que se passa na oração de Jesus. Nesta oração, a Trindade
aparece em toda a sua clareza… Ser cristão significa, pois: participar na
oração de Jesus, entrar no seu modelo de vida, ou seja, no seu modelo de
oração. Ser cristão significa:
dizer Pai com Ele e tornar-se assim criança, filho de Deus, na unidade
do Espírito que nos faz ser nós próprios, agregando-nos à unidade de Deus. Ser
cristão significa: olhar o mundo a partir deste núcleo, tornando-se assim
livre, cheio de esperança, decidido e confiante[26].
7 - Nas
vossas orações não useis de vãs repetições, como os gentios, porque imaginam
que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos.
NAS VOSSAS ORAÇÕES - E orando. Ou
ao
orar. O que segue é uma continuação do mesmo tema, não a introdução de
outro assunto[27].
NÃO USEIS VÃS REPETIÇÕES - Grego: battalogéô, verbo que só aparece aqui no NT. Pelo uso que se lhe dá à palavra,
sugere que deve ser traduzida: parolar,
falar sem pensar o que se diz balbuciar,
ou palavreado excessivo. Jesus não proibiu toda repetição porque ele mesmo
empregou a repetição (Mateus 26: 44)[28].
COMO OS GENTIOS – (Atos 19: 34). Os tibetanos creem
que quando gira a roda das rezas se repete a mesma prece incontáveis milhares
de vezes sem pensamento nem esforço de parte do devoto[29].
Comentário I Reis
18: 26. Não tinha voz. Como podia
tê-la? Baal não era senão um produto da imaginação do homem, e não podia
responder à oração.
Andavam saltando. Dançavam coxeando. Era uma dança
ritual muito movimentada, que chegavam a cair num estado de frenesi. Diz-se que
essas práticas às vezes foram acompanhadas por manifestações de poder
demoníaco, e sem dúvida se esperava que por esse meio tivesse fogo. Mas o
Senhor interveio: reteve a Satanás e seus anjos, e não teve fogo[30].
Comentário de Atos 19: 34. Todos a uma voz. A
multidão tinha agora em que centrar sua alvoroço, e durante duas horas
repetiram seu clamor. Isto demonstra que os judeus não eram populares. A ira
que o discurso de Demétrio tinha produzido contra
Qualidade,
e Não Quantidade
E,
orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo
seu muito falar serão ouvidos. (Mateus 6: 7).
É uma
coisa maravilhosa orar várias vezes por dia e até mesmo ter horários fixos para
a oração particular. Daniel, em Babilônia, orava três vezes ao dia, com o
rosto voltado para Jerusalém. E os cristãos de nosso tempo dão graças pelo
alimento e fazem preces ao se levantar pela manhã e ao ir para a cama à noite.
Há,
porém, um perigo nisto tudo. É fácil a oração tornar-se formal em vez de
sincera. Ela se torna algo que você faz em certas ocasiões ou
Em
nosso texto de hoje, Jesus fala sobre as vãs repetições na oração, ou,
conforme traduz a Nova Versão Internacional, alguns pensam que por muito falarem
serão ouvidos.
Isto tem sido verdade
Jesus
nos diz que todas essas ideias estão erradas. Deus quer que oremos a Ele, da
mesma maneira como o fazemos quando conversamos inteligentemente com nossos
melhores amigos. Não devemos julgar nosso sucesso pelo palavreado empregado
nessas situações, nem devemos pedir as coisas num estilo repetitivo. Não.
Sabemos que Deus nos ouve e Se importa conosco. Em consequência disso,
derramamos perante Ele o nosso coração[32].
8 - Não
sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de
lho pedirdes.
VOSSO PAI SABE - Alguns manuscritos
antigos dizem: Deus vosso pai; mas a evidência textual tende a confirmar o
texto tal como aparece na RVR. A oração não dá a Deus informações que de outro
modo não poderia saber. Não é um meio para convencê-lo de que faça o que de
outro modo não quereria fazer. A oração nos une com o Onipotente e condiciona
nossa vontade para que cooperemos eficazmente com a vontade divina[33].
O
Pai Ideal
Porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que
tendes necessidade, antes que Lho peçais. (Mateus 6: 8).
Omito
algumas palavras do início do nosso texto de hoje. Na verdade, ele começa
assim: Não vos assemelheis, pois, a eles.
A eles,
quem? Àqueles que no verso 7 pensavam que pelo seu muito
falar Deus os ouviria. Não sejam como eles. Por quê? Porque o
vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que Lho peçais.
Nesse
verso, a palavra Pai é usada em seu verdadeiro sentido. Alguns de nós que lemos
essa passagem somos pais. Outros são mães. Nenhum de nós caso sejamos normais deixamos nossos filhos mendigarem aquilo que
precisam na vida. Na verdade, até os dissuadimos de implorar e choramingar para
conseguirem o que querem. Não queremos reforçar esse tipo de atitude
manipuladora.
Além
disso, somos bastante perspicazes no que diz respeito às necessidades de
nossos filhos. Muitas vezes conhecemos suas esperanças, temores e desejos. Não
apenas fomos filhos um dia, mas temos criado esses filhos especiais desde a
infância. Em geral, sabemos do que precisam.
Mas, de
qualquer jeito, gostamos que eles nos peçam. É um sinal de reconhecimento de
que somos pais cuidadosos e protetores. Além disso, é uma indicação, da parte
deles, de que nos respeitam. É importante que eles digam por favor e obrigado. O
pedido e o agradecimento que fazem é para eles um lembrete de que os amamos.
Naturalmente, não damos tudo o que pedem. Nem tudo quanto desejam seria bom
para eles.
Nosso
relacionamento com Deus se assemelha muito à relação saudável do pai com o
filho, exceto no aspecto de que Deus realmente sabe tudo o que desejamos e tudo
o que seria bom para nós.
Embora
Ele não queira que mendiguemos as coisas, deseja que nos dirijamos a Ele de
maneira respeitosa em nossas petições. É prazer de nosso Pai atender às nossas
necessidades da maneira mais saudável e útil.
O fato
de Deus ser nosso Pai é um dos ensinamentos mais importantes do NT. Hoje
precisamos vê-Lo mais como um amante Pai do que como um juiz vingativo. Ele é o
Deus que Se importa o bastante para responder às nossas orações[34].
Pedir
é Importante
Ele se indignou e não queria
entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. Mas ele respondeu a seu
pai: Há tantos anos que te sirvo... E nunca me deste um cabrito sequer para
alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os
teus bens com meretrizes, tu mandaste matar o novilho cevado. Então, lhe
respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. (Lucas
15: 28 29 e 31).
Que
tragédia!
O filho
mais velho da parábola havia ficado em casa a vida toda, mas não compartilhara
das bênçãos do pai.
Por
quê? Porque nunca as pediu. Trabalhou duro para guardar a lei verso
29 e evitar determinados pecados verso 30, mas deixou de compreender
a generosidade do pai. Não percebeu que o pai anelava derramar suas bênçãos
sobre cada filho.
Que
tragédia viver na casa do pai, mais como um empregado do que como um filho!
Precisamos lembrar-nos das palavras que o pai disse ao filho: Tudo
o que é meu é teu.
Deus
quer nos abençoar. Por que somos tão relutantes
Uma das
grandes lições do Sermão do Monte é a de que Deus é nosso Pai. Insiste-se repetidamente
nessa lição. Precisamos hoje tomar nosso coração e ir a Deus em oração
reivindicar nosso direito de primogenitura como filhos do Rei.
Deus
quer que tenhamos fome e sede de Seus dons; quer que oremos sem cessar. Ele é
nosso Pai e Se deleita em abençoar Seus filhos. Está mais pronto a dar do que
estamos para receber.
Hoje é
o dia em que podemos começar a crescer na oração da fé. Aproximemo-nos de nosso
Pai, buscando Sua bênção para nossa vida e para a vida dos que estão ao nosso
redor. Lembre-se: Estamos lidando com Alguém que possui coração infinitamente
mais amoroso do que o melhor pai terreno. Ele quer que nos acheguemos a Ele com
fé. Quer que vamos a Ele como filhos humanos vão aos pais com seus pedidos[35].
LEITURA
ADICIONAL
Quando
orares, não sejas como os hipócritas. (Mateus 6: 5).
Os fariseus tinham
horas designadas para oração; e quando, como frequentemente acontecia, eles
estavam fora, no tempo determinado para isso, paravam onde estivesse, talvez na
rua ou nos lugares de comércio, entre as multidões apressadas, e ali, em altas
vozes, repetiam suas formais orações. Tal culto, prestado apenas para
glorificação própria, suscitou severa censura da parte de Jesus. Ele
não desanimou, entretanto, a oração em público; pois Ele mesmo orou com os Seus
discípulos e na presença da multidão. Ensina, porém, que a oração particular
não deve ser feita em público. Na devoção íntima nossas orações não devem
chegar aos ouvidos de ninguém mais senão do Deus que ouve as orações. Nenhum
ouvido curioso deve receber o fardo de tais petições.
Quando orares, entra
no teu aposento. (Mateus 6: 6). Tenha um lugar para a oração particular. Jesus
tinha lugares especiais para comunhão com Deus, e o mesmo devemos fazer.
Precisamos retirar-nos frequentemente para algum canto, por humilde que seja,
onde nos possamos encontrar a sós com Deus.
Ora a teu Pai,... Que
está oculto. (Mateus 6: 6). Podemos,
No lugar secreto de
oração, onde olho algum senão o de Deus nos pode ver, ouvido algum senão o Seu
pode escutar, é-nos dado exprimir nossos mais íntimos desejos e anelos ao Pai
de infinita piedade. E, no sossego e silêncio da alma, aquela voz que jamais
deixa de responder ao clamor da necessidade humana, falará ao nosso
coração.
O Senhor é muito
misericordioso e piedoso. (Tiago 5: 11). Ele aguarda com incansável amor ouvir as
confissões do extraviado, e aceitar-lhe o arrependimento. Ele observa a ver
qualquer resposta de gratidão de nossa parte, assim como uma mãe observa o
sorriso de reconhecimento de seu amado filho. Ele desejaria que levássemos
nossas provações a Sua compaixão, nossas dores ao Seu amor, nossas feridas à
Sua cura, nossa fraqueza à Sua força, nosso vazio à Sua plenitude. Jamais foi
decepcionado alguém que fosse ter com Ele. Olharam para Ele, e foram iluminados; e os
seus rostos não ficarão confundidos. (Salmo 34: 5).
Aqueles que buscam
ao Senhor em segredo, contando-Lhe suas necessidades, e pedindo auxílio, não
rogarão
A alma que se volve
para Deus em busca de auxílio, de apoio, de poder, mediante diária e fervorosa
oração, terá aspirações nobres, percepções claras da verdade e do dever, altos
propósitos de ação, e uma contínua fome e sede de justiça. Mantendo comunhão
com Deus, seremos habilitados a difundir para os outros, através de nosso
convívio com eles, a luz, a paz e a serenidade que reinam
Se nos achegarmos a
Deus, Ele porá em nossos lábios uma palavra para dirigir-Lhe, isto é, um
louvor ao Seu nome. Ele nos ensinará o acento do cântico dos anjos, ações de graças
a nosso Pai celestial. Em todo ato da vida, manifestar-se-ão a luz e o amor de
um Salvador a residir em nós. As perturbações exteriores não atingem uma vida
vivida pela fé no Filho de Deus.
Orando, não useis de
vãs repetições, como os gentios. Mateus (6: 7). Os pagãos
consideravam suas orações como possuidoras em si mesmas do mérito de expiar
pecados. Assim, quanto mais longas as orações, tanto maiores os merecimentos.
Se pudessem tornar santos por seus esforços, teriam em si mesmos, alguma coisa
de que se regozijar, algo de que se vangloriar. Essa ideia da oração é fruto do
princípio de expiação individual, o qual jaz na base de todos os falsos
sistemas religiosos. Os fariseus haviam adotado essa ideia pagã acerca da
oração, a qual não se acha de modo algum extinta em nossos dias, mesmo entre os
que professam o cristianismo. A repetição de frases feitas, habituais, quando o
coração não sente nenhuma necessidade de Deus, é da mesma espécie que as vãs
repetições dos pagãos.
A oração não é uma
expiação pelo pecado; não possui em si mesma qualquer virtude ou mérito. Todas
as palavras floreadas de que possamos dispor não equivalem a um único desejo
santo. As mais eloquentes orações não passam de palavras ociosas, se não
exprimirem os reais sentimentos do coração. Mas a oração que provém de um
coração sincero, quando se exprimem as simples necessidades da alma, da
mesma maneira que pediríamos um favor a um amigo terrestre,
esperando que o mesmo nos fosse concedido, eis a oração da fé. Deus não deseja
nossos cumprimentos cerimoniais; mas o abafado grito de um coração quebrantado
e rendido pelo senso de seu pecado e indizível fraqueza, esse alcançará o Pai
de toda a misericórdia[36].
[1] BJ, p. 1848.
[2] CBASD, vol. 5, p. 335.
[3] BJ, p. 1848.
[4] CBASD, vol. 5, p. 334.
[5] CBASD, vol. 5, p. 334.
[6] CBASD, vol. 5, pp. 657 e
658.
[7] CBASD, vol. 1. P. 940.
[8] CBASD, vol. 1. pp. 731 e
733.
[9] CBASD, vol. 1. p. 464.
[10] CBASD, vol. 5, p. 334.
[11] CBASD, vol. 5, pp. 334 e
335.
[12] Comentário ao Novo
Testamento, Willian Barclay, Editora Clie, Mateus, vol. 1, pp.
[13] Caminhando com Jesus, no
Monte das Bem Aventuranças, MM 2.001, George Knight, p. 190.
[14] Caminhando com Jesus, no
Monte das Bem Aventuranças, MM 2.001, George Knight, p. 191.
[15] Caminhando com Jesus, no
Monte das Bem Aventuranças, MM 2.001, George Knight, p. 192.
[16] Caminhando com Jesus, no
Monte das Bem Aventuranças, MM 2.001, George Knight, p. 193.
[17] Caminhando com Jesus, no
Monte das Bem Aventuranças, MM 2.001, George Knight, p. 194.
[18] Caminhando com Jesus, no
Monte das Bem Aventuranças, MM 2.001, George Knight, p. 195.
[19] CBASD, vol. 5, p. 335.
[20] CBASD, vol. 4, p. 244.
[21] CBASD, vol. 5, p. 335.
[22] CBASD, vol. 5, p. 335.
[23] CBASD, vol. 5, p. 335.
[24] Caminhando com Jesus, no
Monte das Bem Aventuranças, MM 2.001, George Knight, p. 196.
[25] Caminhando com Jesus, no
Monte das Bem Aventuranças, MM 2.001, George Knight, p. 197.
[26] Cardeal Joseph
Ratzinger, Papa Bento XVI, Der Gott Jesu Christi.
[27] CBASD, VOL. 5, P. 335.
[28] CBASD, VOL. 5, P. 335.
[29] CBASD, VOL. 5, P. 335.
[30] CBASD, vol. 2, p. 816.
[31] CBASD, vol. 6, p. 378.
[32] Caminhando com Jesus, no
Monte das Bem Aventuranças, MM 2.001, George Knight, p. 198.
[33] CBASD, vol. 5, p. 336.
[34] Caminhando com Jesus, no
Monte das Bem Aventuranças, MM 2.001, George Knight, p. 199.
[35] Caminhando com Jesus, no
Monte das Bem Aventuranças, MM 2.001, George Knight, p. 200.
[36] O Maior Discurso de
Cristo,