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postado em: 12/3/2008
Capítulo 5 de Apocalipse Este novo capítulo encerra a continuação da visão precedente, no lugar santíssimo do santuário celestial. O tema central apresentado é um livro selado com sete selos. Uma só pessoa, em todo o universo de Deus, foi achada digna de abrir o livro e remover os seus sete selos. Ao ter sido encontrada a pessoa digna, denominada de “Leão da Tribo de Judá”, a divindade e toda a criatura, na vastidão universal sem fim, promoveu um coro inigualável de louvor e honra ao Todo-Poderoso e a Seu Filho, Jesus. O livro de Jó fala de uma comemoração que ocorreu no Céu por ocasião da criação do mundo, quando miríades de anjos deram o seu louvor em um hino para a criação: “Quando as estrelas da alva juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). Em Apocalipse 5, temos outro concerto ainda mais bonito. É o hino da redenção. Apoc.5:1: “Vi na mão direita do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos”. João fala sobre um livro que estava na mão de Deus. O livro não tinha a forma como hoje conhecemos. Na verdade, eram rolos em papiro ou pergaminho escritos “por dentro e por fora”, ou seja, dos dois lados. O livro continha uma nova seqüência profética em sete partes, como no caso das sete igrejas. Cada parte estava fechada com um selo. Apoc. 5:2: “Vi também um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro, e de lhe romper os selos?” Apoc. 5:3: “E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele”. Apoc. 5:4: “E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele”. O anjo não pergunta “quem é capaz” de abrir o livro, mas “quem é digno”. O universo inteiro ficou em silêncio. Diante desse silêncio, João chora copiosamente. Se não aparecer alguém digno de abrir o livro e romper-lhe os selos, todas as promessas dos profetas, todas as esperanças do povo de Deus, todas as mensagens dos apóstolos terão sido em vão. João desconhece o conteúdo do livro. Ele fica tão preocupado que chora. Os querubins, os serafins, os 24 anciãos e as hostes angelicais param de cantar e, silenciosamente, esperam até que alguém tome o rolo da mão de Deus, e quebre os sete selos. Apoc. 5:5: “Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores! Olha, o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos”. Apoc. 5:6: “Então vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes, e entre os anciãos, em pé, um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra”. Apoc. 5:7: “E veio e tomou o livro da mão direita do que estava assentado no trono”. O leão, além de ser o rei dos animais, é o mais poderoso deles e o único invencível. Jesus é chamado assim porque é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Procedeu da tribo de Judá, que era a tribo líder do povo de Deus no Israel. A raiz é quem sustenta uma planta. Assim, Cristo era o sustentáculo de Davi como rei de Israel. O reino de Davi era um emblema do futuro reino de Cristo. Cristo venceu a todos os Seus inimigos e foi então capacitado “para abrir o livro e desatar os seus sete selos”. Jesus é apresentado perante João sob os símbolos do “Leão da tribo de Judá”, e de um “Cordeiro” como havendo sido morto. Estes símbolos representam a união do poder onipotente e do sacrifício do amor. O Cordeiro não foi abatido pela morte, mas triunfou sobre ela. Novamente o número sete representando uma unidade em sua plenitude. Os sete chifres simbolizam plenitude de poder – onipotência. Os sete olhos simbolizam plenitude de conhecimento – onisciência. Por isso, os 7 chifres e os 7 olhos são os 7 espíritos de Deus – onipresença. Apoc. 5:8: “Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”. Apoc. 5:9: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos, porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação”. Apoc. 5:10: “Para o nosso Deus os fizeste reino e sacerdotes, e eles reinarão sobre a terra”. Jesus é digno, não apenas porque viveu uma vida santa, mas “porque foste morto”. Ele foi feito pecado por nós. Houve uma substituição. Ele recebeu em Seu corpo a punição, para que pudéssemos ser conduzidos a Deus. A redenção tem as suas raízes no passado, mas sua plena realização está no futuro. O preço de nossa redenção foi pago quando nosso Senhor morreu na cruz. Mas a nossa redenção só se completará quando Jesus vier pela segunda vez. Este mundo deve ser recuperado e entregue outra vez ao povo de Deus: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra”. Esta herança está no futuro. “Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima” (Luc. 21:28). Quando Adão pecou, ele cedeu todos os direitos sobre este mundo. E a herança não somente saiu de suas mãos, mas das mãos de toda a sua posteridade. Satanás se declara senhor do mundo. Porém, por todo esse tempo, os verdadeiros donos têm estado à espera de que o Remidor tome o livro selado e reassuma a herança perdida. Antes, porém, que o inimigo e sua semente possam ser despejados e os verdadeiros herdeiros reinstalados em sua propriedade, tem de haver uma completa verificação de todos os argumentos e alegações. Isso exige a abertura dos livros no Céu. Esses livros devem ser examinados antes que a sentença seja proferida. Antes que o nosso Senhor volte em glória e poder para receber Sua igreja, todo caso terá sido decidido, pois Ele traz consigo o Seu galardão “para dar a cada um, segundo a sua obra” (Apoc. 22:12). Em todo julgamento há três fases: (1) a investigação; (2) a sentença; (3) a execução da sentença. No grande tribunal do Céu, são evidentes essas mesmas fases. Antes da sentença, deve haver uma investigação de cada caso. Não porque Deus necessite disso, pois Ele sabe todas as coisas, mas para que todo o Universo possa conhecer a justiça e a correção da sentença. O apóstolo Paulo diz: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo” (II Cor.5:10). Cristo “há de julgar os segredos dos homens” (Rom. 2:16). “Porquanto [Deus] tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do Varão que destinou” (Atos 17:31). Este Homem não é outro senão Jesus Cristo, pois Ele próprio declara de Si mesmo: “O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo”. “E deu-Lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem” (João 5:22, 27). Assim, Jesus é ao mesmo tempo nosso Advogado e Juiz. Sabemos, pois que, para um advogado nos representar, é preciso que lhe demos uma procuração. Jesus Cristo será o juiz no dia do julgamento pelo qual todos iremos passar, mas Ele só será nosso advogado se hoje lhe entregarmos uma procuração. Apoc. 5:11: “Então olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos seres viventes, e dos anciãos; e o número deles era milhões de milhões e milhares de milhares,” Apoc. 5:12: “proclamando com grande voz: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber a glória, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor”. Apoc. 5:13: “Então ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: “Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o poder para todo o sempre”. Apoc. 5:14: “E os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram”. Ao mover-Se o Remidor, exibindo o título de propriedade da posse alienada, irrompeu-se um novo canto diante do trono: “Digno é o Cordeiro que foi morto”. Os anjos, os 4 seres viventes e os 24 anciãos compreendem claramente o que significa o livro nas mãos do Cordeiro – o Remidor celestial. O cântico de glória é para Aquele que é digno de toda honra e louvor. O juízo investigativo teve início em 1844 e a sentença será dada quando Jesus retornar. Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do Advogado, Dr. Mauro Braga.