O Século VI: de Símaco a Silvério

Como falar em primado quando os bispos de Roma devem obedecer a reis e imperadores?

 

 

 

O século VI começa com o bispo Símaco (498-514) e termina com Gregório Magno (590-604). Mas é um século extremamente deplorável, cheio de assassinatos, guerras, sacrilégios e heresias; cristãos que se matam entre si por defenderem diferentes pontos de vista teológicos.

 

Quem nos dá a visão desta época é o historiador padre Louis  Doucin, citado por M. Lachatre . em "História dos Papas, etc."  (op. cit.; V.I.; pg. 183, ss) onde podemos ler o seguinte:

 

"As matanças começaram na cidade de Alexandria onde primeiro degolaram o bispo São Protério dentro de sua igreja e só por ódio ao Concílio de Calcedónia (do ano de 451 quando se definiu que em Cristo havia duas naturezas e uma única pessoa). Foi assassinado junto à pia baptismal; arrancaram-lhe as entranhas, etc."

 

Em seguida, veio uma matança geral. A Antioquia foi desonrada por execuções idênticas e quatro patriarcas ortodoxos foram mortos. Não eram só os hereges que matavam os católicos! Sob pretexto de reunir um sínodo, os católicos atraíram para a cidade um grande número de frades heréticos que seguiam a doutrina Eutique, e os assassinaram.

 

Em Jerusalém, o famoso bispo católico Sabas reuniu no deserto mais de quatro mil homens heréticos e depois os atacou, à frente das tropas imperiais, e os matou.

 

Em Constantinopla o clero tinha se tornado ainda mais terrível ''chegando a ultrajar o imperador Anastácio e a apunhalar, em sua presença, seus melhores amigos. (...) Depois arrancaram as . portas da cidade e, formando um campo no meio da praça, matavam todos os suspeitos de heresia e o próprio imperador Anastácio foi sitiado no seu palácio por um exército de frades, padres e fiéis".

 

À página 184 da citada obra de M. Lachatre lemos que todas essas barbaridades aumentavam o poder do bispo de Roma porque os imperadores que agora moravam lá no Oriente se mostravam extremamente fracos e incapazes de dominar a situação.

 

Foi neste século que aconteceu um fenômeno histórico que é de uma importância fundamental para a projeção da Igreja de Roma: os imperadores, percebendo que a cidade de Roma com seus valores tradicionais (herança do império) era ainda um ponto de referência na confusão social geral, procuravam a amizade do seu bispo mostrando-lhe respeito e consideração para que os ajudasse a conservar a Europa sujeita ao seu poder político.

 

Paralelamente, os bárbaros que haviam entrado no império procuravam a amizade do bispo de Roma, com o qual faziam aliança para defenderem-se dos imperadores.

 

Os mesmos hereges recorriam ao bispo de Roma porque sabiam que era amigo do imperador. Os bispos ocidentais também procuravam a amizade da Igreja de Roma para eventuais necessidades políticas: no conceito de todos, Roma era ainda a capital.

 

Foi assim que, apesar de tantas agruras, os eclesiásticos romanos se aperceberam que estavam tornando-se os árbitros de quatro frentes e que se fossem bastante inteligentes, podiam muito bem conduzir as coisas de modo a se tornarem o centro político do Ocidente em substituição do antigo império romano.

 

Nasceu então a idéia de uma monarquia universal cujo detentor devia ser o bispo de Roma. Gregório VII e mais tarde Dante Alighieri têm aqui suas raízes.

Em 518 os bispos da antiga Roma e da Nova Roma (Constantinopla) reuniram solenemente suas respectivas Igrejas fazendo desaparecer por completo (melhor seria dizer: interinamente) os nomes dos heréticos Acácio, Flavito, Eufêmio, Macedônio e Timóteo, bem como dos imperadores Zenon e Anastácio.

 

Era uma vitória do bispo de Roma, que conseguiu impor seu ponto de vista e que (teoricamente) devia pôr fim a muitos anos de lutas e massacres entre os cristãos fiéis ao Concilio de Calcedônia e os que não eram.

 

Veja agora o leitor como os fatos foram desvirtuados: lemos na enciclopédia Mirador no verbete "Sto. Hormisda" os seguintes di-zeres: "Extinguiu o cisma de Acácio conseguindo que o Oriente aceitasse a fórmula Hormisda em que vigorosamente se afirmava o primado romano".

 

Mentira!!! Nada disso é verdade pois a fórmula que foi aceita era a condenação da famosa proposição proclamada a toda hora pelos heréticos de que "uma pessoa da Santíssima Trindade foi crucificada". E mais: ninguém pensava em "primado romano"; ninguém fazia alusão a "primado romano".

 

É assim que uma frase errada cria história errada. Na mesma página da citada enciclopédia ao lado do verbete "São João I", lemos: "Enviado por Teodorico o Grande a Constantinopla, proclamou seu primado perante o patriarca e coroou o imperador Justino I".

 

A verdade é outra! Ele foi a Constantinopla por ordem de Teodorico e na qualidade de seu embaixador. Pelo fato de representar o rei Teodorico, ele exigiu para si um trono. Foi-lhe dado o trono por respeito ao rei Teodorico, não porque o patriarca Epifânio o considerasse seu superior em dignidade.

 

Com efeito, o Concilio de Calcedônia em 451 havia estabelecido que na cristantade houvesse cinco sedes patriarcais de igual dignidade e autoridade: Jerusalém, Antioquia, Alexandria, Roma e Constantinopla. Como se vê, Roma está em quarto lugar... e a enciclopédia nos conta mentiras. É assim que frases mentirosas constroem a história.

 

Bem: o que parece é que desprezando os pactos de Hormisda com o patriarca Epifânio, João I insistiu junto ao imperador Justino do Oriente para que exterminasse os arianos. Por isso, quando João I e os embaixadores voltaram à Itália foram aprisionados em Ravenna por Teodorico.

 

João I acabou a vida na prisão em 526. Sucedeu-lhe Felix (526-530). Nada ocorreu de especial a não ser o fato mais interessante de todos os tempos, na Europa Ocidental: São Benedito fundou a Ordem dos Beneditinos.

 

São dois os pilares de sustentação do cristianismo europeu: São Benedito, que emerge neste momento histórico de depravação geral, inclusive eclesiástica; e, mais tarde, São Francisco de Assis.

 

Nenhum bispo de Roma foi projeção ou sustentação da mensagem de Jesus: o que mais eles faziam era atrapalhar esta mensagem com sua ideologia política.

 

Depois de Felix, veio Bonifácio (530-532) e depois João II (532-535).

 

M, Lachatre (op. cit.; V.I; pg. 192) descreve resumidamente esta época, assim: "Havia tão pouca fé e tão pouca religião no clero de Roma que, para chegarem ao papado, os padres distribuíam os seus tesouros pecuniários, empenhavam os seus palácios e até, alguns, menos escrupulosos, ainda empenhavam os próprios bens da Igreja".

 

"Estando pois a Santa Sé em leilão, João II, cognominado Mercúrio, por causa da sua eloqüência, pagou somas enormes aos seus competidores; distribuiu antecipadamente benefícios e tesouros da Igreja, e assim obteve a tiara. A corrupção tinha chegado e tão alto grau que os senadores vendiam publicamente seus votos".

 

Mas aconteceu que alguém relatou ao rei Alarico o modo como foi eleito João II. Então lemos à pág. 192 do citado livro:

"O rei escreveu ao papa e a todos os patriarcas e bispos que observassem o decreto do senado, do tempo de Bonifácio (530-532) em que se anularam todos os compromissos tomados para obter um bispado e ordenava a restituição de tudo quanto tivesse sido pago em nome dos mesmos. O rei ordenava ao prefeito de Roma que mandasse gravar este decreto à entrada do átrio de São Pedro".

 

Alarico, que era rei dos Ostrogodos da Itália, não era romano, nem italiano... Observe o leitor que são ainda os reis que mandam nos bispos de Roma e tomam providências por suas ações imorais...

 

A João II sucedeu Agapito (535-536), que foi obrigado a apresentar-se a Constantinopla, apesar da idade, para debater com Antimo sobre as duas naturezas de Cristo. No debate conseguiu vencer Antimo e convenceu o imperador Justiniano a condenar Agapito, que morreu logo. (Mais uma vez, quem condena é o imperador e não o bispo de Roma...).

 

Sucedeu-lhe Silvério (536-538; filho do antigo papa Hormisda), que comprou a sua nomeação a bispo de Roma junto ao rei Teodato, que ameaçou de morte quem se preparasse para nomear outro bispo.

 

Mas Teodato se arrependeu logo porque Silvério, aplicando a máxima, em uso na época, de que não é pecado a traição contra os hereges, abriu as portas de Roma a Belisário, inimigo de Teodato.

 

Então o imperador Justiniano, que apesar de viver em Constantinopla se considerava ainda senhor de Roma, recomeçou as lutas religiosas do tempo do bispo Agapito...

A questão era ainda se aceitar, ou não, as decisões do Concilio de Calcedónia (451), que afirmava contra Eutique que em Cristo havia duas naturezas: a humana e a divina, unidas na única pessoa do filho de Deus. (Parêntese: ninguém, até hoje, sabe descrever a natureza divina! Ah!!!).

 

O pobre bispo romano Silvério, que se recusava a aceitar a doutrina herética, teve que passar por toda uma série de humilhações, a última das quais foi ter-lhe sido arrancadas as vestes de bispo e levado para um mosteiro como simples monge.

 

Pouco tempo depois ele foi morto numa ilha deserta chamada Palmaria, por ordem do papa Vigílio, que lhe havia sucedido na Igreja de Roma.

 

E o povo cristão? O povo cristão sem nada entender de Teologia, debandava ora de um lado, ora de outro: ora com os católicos ora com os arianos, de acordo com as emoções do momento. Não havia nenhuma instrução religiosa no sentido hodierno.

 

 

Continua na próxima postagem desta seção...

 

 

Autor: Carlo Bússola, professor de Filosofia na UFES

 

 

Fonte: Publicado originalmente no jornal “A Tribuna” – Vitória-ES, numa série sob o título “Os Bispos de Roma e a Ideologia do Poder”.

 

 

Comentários do IASD Em Foco

 

 

Ao discorrer sobre a ideologia do poder do Bispo de Roma, o Prof. Carlo Bússola apropriadamente afirma no artigo 18 desta série, intitulado “Anastácio II (496-498) e os Merovíngios”:

(Parêntese: por que a luta contra o arianismo? Porque era de fundamental importância dizer que o cristianismo foi fundado

por Deus e não por um homem divino! Sendo fundado por Deus, o bispo de Roma se tornava vice-Deus...).

 

É um tiro na mosca; pois, no livro do Papa João Paulo II, “Cruzando o Limiar da Esperança”, como acontece em muitas outras publicações católicas, nós encontramos a seguinte descrição do Bispo Romano:

 

“Portanto, desde o início do diálogo seria necessário dar o devido destaque ao enigma ‘escandaloso’ que o Papa, como tal, representa; não, em primeiro lugar, um Grande entre os Grandes da Terra, mas o único homem no qual os outros vêem um vínculo direto com Deus, percebem o próprio ‘vice’ de Jesus Cristo, a Segunda Pessoa da SS. Trindade”.Cruzando o Limiar da Esperança, 1994, pág. 15.

 

Junto com a erudição do Dr. Carlo Bússola, enfatizamos a sua total isenção e honestidade intelectual [tão carente, diga-se de passagem, entre historiadores, teólogos, proclamados apologetas, pastores e outros líderes religiosos da atualidade].

 

Quanto a isso, veja-se a nota de advertência que com freqüência aparece na maioria dos artigos da série. No entanto, ressalte-se que os fatos falam por si mesmo sobre a origem insidiosa deste sistema da falsa religião, como predita pelo profeta Daniel, apóstolo Paulo, João e outros (Daniel 7:8-10; Atos 20: 28-30; II Tessalonicenses 2:3-4 e 7-12; Apocalipse 13:1-10).

 

O Apocalipse Apresenta a Localização Geográfica da Sede Deste Poder: “Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia” (Apocalipse 13:1).

 

Mar = Povos, Nações, Lugar Densamente Povoado: “O anjo continuou a me explicar: ‘Você viu aquela prostituta que está sentada perto de muitas águas. Essas águas são povos, multidões, nações e línguas diversas” (Apocalipse 17:15, texto da Bíblia Católica “Bíblia Sagrada, Edição Pastoral).

 

Sete Cabeças = Sete Montes ou Sete Colinas: “Aqui está o sentido, que tem sabedoria: As sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada” (Apocalipse 17:9).

 

Freqüentemente, escritores clássicos tais como Horácio, Virgílio, Gregório, Marcial, Cícero tem identificado Roma como a cidade das sete colinas. Os comentários católicos das Bíblias do Pontifício Instituto Bíblico de Roma e da Bíblia de Jerusalém sobre Apocalipse 13:1-2 e 17:1-3 informam que os sete montes identificam a cidade de Roma.

 

A Bíblia Católica “Bíblia Sagrada, Edição Pastoral” é taxativa em seu comentário do texto de Apocalipse 17:9-11: “As sete cabeças são as sete colinas de Roma”. Nota: Os próprios teólogos católicos reconhecem esta verdade insofismável e inapelável!!!

 

“Todos sabem que Roma é a cidade das sete colinas, chamadas Quirinal, Viminal, Esquilino, Célio, Aventino, Palatino e Capitolino. Seria muita coincidência se o texto não se referisse especificamente ao catolicismo romano”. – Alcides Conejeiro Peres, O Catolicismo Romano Através dos Tempos, pág. 90.

 

A Bíblia Católica “Bíblia Sagrada, Edição Pastoral” apresenta o seguinte comentário para o texto de Apocalipse 17:1-6: Explicação do Mistério do Mal: “A prostituta é símbolo de uma cidade idolátrica. Na época, trata-se de Roma, aqui apresentada como Babilônia, a capital da idolatria e do vício. Ela está assentada sobre a Besta escarlate, a cor do triunfo para os romanos. … Seu crime supremo é perseguir e matar todos aqueles que não aceitam adorar o poder político absoluto, nem se enganam com as propagandas ideológicas”.

 

Amigos, dada a sua importância crucial, os assuntos aqui abordados dizem respeito a todos os cristãos – católicos, evangélicos, ortodoxos, renovados, protestantes, etc. – independente da coloração ideológica ou denominacional; pois, a Bíblia afirma taxativamente que este sistema da falsa religião, erigido em cima da “ideologia do poder”, contaminou praticamente todas as religiões cristãs:

 

“Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição (Apocalipse 14:6).  “... pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição...” (Apocalipse 18:3, p.p.).

 

Fazendo, em tempo, uma correção no “endereço” desta solene mensagem de advertência, nós verificamos que ela se destina a todos os habitantes da Terra; afinal, agora nos derradeiros momentos da História o complexo babilônico da falsa religião abarcará toda a Terra e, portanto, todo habitante deste planeta terá que tomar a sua decisão de um lado ou do outro, a favor da Verdade (Apocalipse 14:12) ou do lado do erro (Apocalipse 14:9-11).

 

Repetimos: o domínio da falsa religião será planetário!!! É a globalização do erro: “Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a Terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:7-8).

 

Em tempo, “vinho” em linguagem profética significa “doutrina” e, por conseguinte, a Bíblia afirma que, embora repudiem a idolatria e outras práticas abomináveis de Babilônia, suas “filhas”, praticamente todas as religiões ditas cristãs, beberam – assimilaram em seu corpo doutrinário – as principais doutrinas do “cardápio” de Babilônia.

 

A ordem solene de Deus para todos os sinceros e fiéis espalhados por todos os credos, denominações e, inclusive, ligados diretamente à Babilônia mística é esta: “Ouvi outra voz do Céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos” (Apocalipse 18:4).

 

Amigos, é hora de cortar definitivamente os laços com a Babilônia mística, profética!!! É hora de cortar os laços e cadeias que nos prendem ao erro (vinho de Babilônia) e abraçar totalmente a verdade!!! Para tanto, é bom lembrar sempre:

 

- O importante não é o que o presbítero diz!

- O importante não é o que o missionário diz!

- O importante não é o que o evangelista diz!

- O importante não é o que o bispo diz!

- O importante não é o que o obreiro diz!

- O importante não é o que o “apóstolo” diz!

- O importante não é o que o padre diz!

- O importante não é o que o pastor diz!

- O importante não é o que o teólogo diz!

 

O importante é o que Deus diz!!! O importante, e nisto está a nossa segurança eterna, é o que a Palavra de Deus diz!!! E ela nos ordena:

 

“Retirai-vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos” (Apocalipse 18:4).

 

Ela nos indica para onde devemos ir e que caminho devemos seguir, em meio aos enganos finais dos últimos dias:

 

“Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os Mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Apocalipse 14:12).

 

       

Para Quem Quiser Saber Mais Sobre o Assunto:

 

 

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