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postado em: 30/7/2008
As Muitas Faces de Cristo “Honestamente não sei o que seria da civilização e de sua História se a influência de Cristo fosse erradicada da literatura, das artes, das transações comerciais e dos padrões morais e criativos da mente e do espírito humanos”. A frase, dita certa vez pelo diplomata libanês Charles Malik na Assembléia Geral da ONU, não poderia ser mais precisa. Nos últimos 2 mil anos, nada influenciou tanto a humanidade quanto a vida do fundador da maior religião do mundo atual, o cristianismo. Nesse tempo todo, depois de ser declarado morto várias vezes, enfrentar inúmeras e sangrentas perseguições, ter suas palavras vilipendiadas e até ser usado como justificativa para a violência praticada por muitos de seus supostos seguidores, Jesus Cristo, na entrada do século 21, se mostra mais forte do que nunca, revigorado e reconhecido até por quem discorda de suas idéias – seja como Senhor e Salvador, como mestre espiritual, como guru dos negócios ou até como a ‘marca’ mais valiosa da humanidade. Para se ter noção de como vão as coisas, até propaganda o Filho de Deus anda estrelando. “Que modelo de carro Jesus dirigiria?”, perguntava uma peça publicitária que invadiu rádios, televisões, jornais, estações de metrô e ruas dos Estados Unidos no anos passado. “Escolher um carro merece uma reflexão cristã” dizia o texto da peça, conclamando os americanos a comprar veículos que poluíssem menos – afinal, apelava, “eles têm um grande impacto sobre todas as criaturas do Senhor”. Financiada por uma tal de Rede Ambiental Evangélica, a campanha usava explicitamente a mensagem bíblica e causou admiração, espanto e, em alguns casos, até protestos contra a comercialização da Palavra de Deus e da imagem de Cristo. A última e polêmica novidade é o filme “A Paixão de Cristo”, do diretor Mel Gibson. Elogiado por setores evangélicos, criticado por católicos moderados e execrado pela comunidade judaica, que o classifica como anti-semita, a obra vem fazendo enorme sucesso. Com a perspectiva de faturar cerca de US$ 700 milhões em ingressos apenas nos Estados Unidos, o que o colocaria entre os 10 mais vistos da história, o filme estreou no mês passado no Brasil em 512 salas de cinema com o mesmo status de superproduções como O Senhor dos Anéis e Matrix. De olho nisso, a indústria cristã dos EUA não perdeu tempo. Já foram lançados livros, CDs com trilha sonora, cartões, crucifixos, anéis, broches e até enfeites de gosto duvidoso, como réplicas dos pregos utilizados para fixar Jesus na cruz. Não é para menos: por lá, estima-se que o mercado para esses produtos ultrapasse a marca dos US$ 4 bilhões. Para muita gente, a explicação para o sucesso é o marketing feito para “A paixão”, a começar pela escolha do ator principal, Jim Caviezel, cujas iniciais – e a idade enquanto gravava o filme, 33 anos –, são as mesmas de Jesus. Mas não fica apenas nisso. Gibson é acusado de vazar cópias piratas entre judeus influentes e promover sessões antecipadas para autoridades religiosas, a fim de gerar debate. “Meu intuito não foi comercial, apenas mostrei a verdade, como tudo ocorreu, inspirado pelo Espírito Santo”, defende-se o diretor, um católico fervoroso que mantém em sua casa uma capela onde são rezadas missas em latim. Volta às origens “Verdade ou não, o fato é que a experiência religiosa proposta por Mel Gibson é totalmente legítima”, argumenta o sociólogo Antônio Flávio Pierucci, professor da Universidade de São Paulo (USP). “Na história do cristianismo, há duas visões básicas: uma que segue pela linha teológica e outra que invade o campo sentimental, experimental. O filme segue a segunda”, analisa. Para Pierucci, é um sinal de que a mensagem cristã está totalmente ambientada ao mundo contemporâneo, da velocidade e da imagem. “Em vez de palavras, a obra vai por um caminho tipicamente católico que, com o advento da televisão, tem se transformado em um dos pilares também da pregação evangélica: a representação através da imagem. Uma imagem que nem sempre é bonita, renascentista, mas feia, sofrida, barroca. De certa forma, indicando uma volta ao cristianismo primitivo, quando eleição significava sofrimento”. E quando se propõe essa volta ao cristianismo original, fica difícil não se fazer a pergunta: como Jesus, um camponês humilde, sem sobrenome, nascido em uma vila pobre e vítima de todo o tipo de preconceito, província afastada do Império Romano, tornou-se a figura mais importante e decisiva da História? Reconstruir essa trajetória passa, necessariamente, por encarar o aspecto sobrenatural que envolve a trajetória cristã. Mas, também, por descobrir como a imagem que temos hoje de Jesus foi sendo forjada ao longo da história. Apesar de parecer simplificação, é inegável que o contexto de cada época acabe modelando a visão sobre o Filho de Deus. “Jesus é um personagem riquíssimo, complexo e atraente, o que permite todas essas leituras”, ressalta Alan Doyle Myatt, professor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Segundo Alan, na maioria dos casos, as imagens que se faziam de Cristo eram consistentes com os relatos acerca dele, mas enfatizavam diferentes aspectos. Cada qual, é claro, baseado no mundo em que vivia, em sua própria visão. Hoje é fácil ver a beleza e a importância da mensagem de Jesus, mesmo para quem não acredite em sua sacralidade. Mas, em fins do século 1, a situação não era assim. De um movimento marginalizado e pequeno, que era considerado uma dissidência do judaísmo, os cristãos passam a ser vistos como uma religião autêntica e duramente perseguidos. É uma época que dura quase três séculos, com fortes ondas de violência, seguidas de tempos de bonança. Os cristãos eram enrolados em peles de animais e jogados às feras nas arenas. Ou, então, eram queimados como tochas, iluminando as estradas romanas. Nessa época, Cristo é representado de forma rudimentar, em casas particulares ou nas catacumbas, como uma âncora, pelas letras gregas “alfa” e “ômega” ou através do peixe, cuja palavra no grego – ichtus – formava um acróstico para definir a declaração de fé dos primeiros crentes diante do terror: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”. Diante da dor e da crueldade, outra representação que começa a fazer sucesso é a do bom pastor, como aquele que eram amigo e ao mesmo tempo cuidava dos perseguidos. “Esse quadro só vai mudar a partir do imperador Constantino, que em 313 torna legal a religião cristã”, afirma Alderi Souza de Matos, professor de história da igreja no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, em São Paulo. É o começo do cristianismo católico e de um crescente poderio através da união da igreja com o Estado romano, que passa a ser traduzida por manifestações artísticas cada vez mais sofisticadas. Cristo agora é visto de maneira triunfal e gloriosa, ocupando o lugar dos imperadores romanos, antes divinizados e que perdem poder e enfrentam a lenta decadência de Roma. Essa é a época do Cristo pantocrátor, o “governante de tudo”. Mistério da encarnação Ainda hoje, após séculos de debates teológicos, não é possível dar conta de todas as implicações da Paixão e Ressurreição. Muito menos explicar completamente o mistério da encarnação divina. Porém, esses fatos estão na essência da imagem que se construiu de Cristo ao longo dos anos. “Erra quem pensa que Jesus era visto no princípio da Igreja de uma só maneira”, conta Matos. Se nos primórdios do cristianismo, a principal disputa teológica é entre os cristãos oriundos do judaísmo e os do helenismo, após a destruição de Jerusalém, no ano 70, passa a gravitar em torno da pessoa do Mestre. Nessa mesma época, começam a aparecer a seita dos gnósticos e os evangelhos apócrifos. Escritos após a morte dos apóstolos, esses textos trazem os nomes dos discípulos para ganhar legitimidade, mas trazem informações nada ortodoxas, apresentando um Jesus místico e excessivamente espiritualizado. A partir daí, as interpretações passam a ser as mais diversas possíveis. Desde o sabelianismo e o modalismo, do segundo e terceiro séculos, que pregavam a unicidade de Deus e que o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram manifestações dele, até o arianismo do século 4, para o qual Jesus era apenas uma criatura. “A confusão só se resolve com os primeiros concílios da Igreja: 325 em Nicéia, 381 em Constantinopla, 431 em Éfeso e 451 na Calcedônia. Além da divindade de Cristo, é estabelecido o dogma da Santíssima Trindade”, lembra Alderi de Souza Matos. “Toda ênfase é colocada na sua divindade”, completa. Os mil anos de Idade Média se encarregariam de mudar o cenário. É nesse período que surge um sofisticado sistema de símbolos que sobrevive até hoje, do qual fazem parte figuras como o juiz e o cordeiro, que eram usados para educar a população inculta. As convulsões sociais provocadas pelo desmantelamento do Império Romano e as subseqüentes guerras, epidemias e pobreza que acompanham o sistema feudal tornam a vida breve e instável. É desse período que data o crucifixo e as imagens do Cristo sofredor e ensangüentado. “A fé produzida no contexto medieval, de certa forma, é muito parecida com aquela que estamos presenciando hoje em muitas igrejas neopentecostais e que valoriza muito a superstição e o misticismo”, conta Leonildo Silveira Campos, autor do livro Teatro, templo e mercado, no qual analisa a forma de atuar das denominações neopentecostais, principalmente a Igreja Universal do Reino de Deus. Ainda que seja difícil para a sociedade pós-11 de Setembro imaginar, naquele período Cristo também seria uma figura central no emergente islamismo. Para refletir sobre os evangelhos, o profeta Maomé saia freqüentemente para o deserto. O resultado é que tanto Jesus quanto Maria passaram a ser figuras freqüentes no Corão, o livro sagrado muçulmano. Nem o mais atento observador das palavras de Cristo poderia adivinhar o que estava por vir. Como que para cumprir sua profecia –“Não vim trazer união, mas a espada” –, o avanço islâmico provocou a ira da tranqüila Igreja. Porém, no discurso oficial, a política como causa de uma reação é deixada em segundo plano. O que motivaria as Cruzadas seria mesmo a teologia: apesar de considerar Jesus um grande profeta, o Corão não aceitava sua divindade nem a morte na cruz. Era aberta uma ferida que até hoje nunca conseguiu cicatrizar. As perseguições da Inquisição e o florescimento do humanismo renascentista, entre os séculos 14 e 16, não apenas suavizaram a imagem de Jesus, tornando-o sereno e tranqüilo nas bucólicas em que aparece ensinando seus discípulos. Também trouxeram consigo a Reforma Protestante e uma espiritualidade mais interiorizada. A Bíblia voltou a ser o centro de discussão da fé, tomando o espaço da tradição e dos inúmeros símbolos e santos venerados nos anos anteriores. Mais do que isso, abriu espaço para o Iluminismo e uma série de transformações sociais e políticas que seriam sentidas nos séculos seguintes. “Cristo morto” “O século 19 assistiu a um amadurecimento do cristianismo. Foi naquela época que começou a busca pelo Jesus histórico e uma resposta ao desafio daqueles que declararam a morte de Deus”, diz Fernando Altemeyer Júnior, teólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. A referência se deve às idéias de pensadores como Marx, Darwin, Nietzsche e Freud, que ressaltavam a supremacia da ciência sobre a fé. Mas como em uma tônica em sua história, diante da perseguição, mais uma vez Cristo ressurgiu renovado e com força. O século da razão dá lugar ao século do Espírito, com o advento do movimento pentecostal e um cristianismo multi-facetado em que não existe apenas uma visão dominante sobre o Filho de Deus, mas uma infinidade de imagens relativas. Inclusive no Brasil. Em 1969, a Associação de Seminários Teológicos Evangélicos (Aste) promoveu um seminário para tentar identificar as faces de Jesus no mundo moderno. Com o título “Quem é Jesus Cristo no Brasil?”, o evento contou com a participação de importantes teólogos e estudiosos daquele período como Leonardo Boff, Hubert Lepargneur e João Dias de Araújo. Entre outros, o Cristo que aflora da religiosidade popular é um “cristo morto”, preso no madeiro e impossibilitado de reagir, fruto de anos de uso do crucifixo e de uma fé distante e artificial. Dessa condição também surge o “cristo distante” e, nesse sentido, uma imagem como a do Cristo Redentor, plantado no alto do morro Corcovado, no Rio, faz todo o sentido. “Ele é um Deus distante, que está sempre lá em cima. Vê o pau quebrar aqui embaixo, mas não pode fazer nada para ajudar”, explica Leonildo, que também é professor da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp). Toda essa distância acaba produzindo outros “ajudadores” que tomam o lugar do Messias na vida cotidiana. Principalmente entre as camadas mais pobres, as figuras de santos, como Maria, e até de quem nem beato é, como o Padre Cícero, fazem mais milagres e são mais presentes do que o “cristo sem poder”. Apesar de ter sua figura bastante disseminada, em geral esse tipo de Jesus é praticamente ignorado ou serve mais como talismã. Nos lugares mais esdrúxulos, como nas prisões onde presos são torturados, nos bailes carnavalescos e em cima das camas nos bordéis, ele está pendurado ali: é o “cristo sem poder”. Até nesse quesito, o brasileiro tenta dar um jeitinho para fazer valer sua fé. Não à toa, o Brasil consegue ser ao mesmo tempo o maior país católico do mundo e também o maior espírita, ter o maior número de cultos pentecostais, ser a maior nação evangélica da América Latina e produzir uma religião sincrética como a umbanda, fruto de quatro séculos de muita mistura. Tudo isso faz com que Jesus seja excessivamente espiritualizado, frio, distante e fruto do intelectualismo. Um “cristo docético” ou “desencarnado”. “Com diferentes nuances, esse mesmo quadro pode ser visto em todo o mundo ocidental. Diante disso, não é surpreendente todas as tentativas feitas durante o século 20 para tornar Jesus mais vivo no dia-a-dia”, analisa Leonildo. Uma das mais fortes aconteceu a partir dos anos 60, quando a América Latina viu Jesus Cristo tombar como um revolucionário pelas mãos de teólogos ligados à católica Teologia da Libertação. Dois séculos antes, a Revolução Francesa em 1789 já havia sinalizado a influência das idéias do galileu com sua reivindicação de “liberdade, igualdade e fraternidade”. Depois, os movimentos operários europeus, em fins do século 19, se inspiraram em sua vida, chegando a considerá-lo o “primeiro socialista”. Jesus que transforma Mas nenhuma delas pode ser comparada a teologia dos católicos progressistas, que aproveitou o contexto da Guerra Fria, das ditaduras militares e mesmo a politização do clero para aproximar o Filho de Deus dos problemas materiais e sociais que o povo enfrentava. Algo muito parecido com o que as artes, como o cinema, procurou fazer com filmes como O Evangelho segundo São Mateus, do italiano Pier Paolo Pasolini, e Jesus Cristo superstar, de Norman Jewison, e que procuravam contextualizar a figura do Salvador na luta política e social e na liberdade de comportamento que trouxe o movimento hippie. A queda do muro de Berlim e o fim da Guerra Fria, na virada dos anos 1990, mudaram o contexto social, mas não impediram as igrejas de buscar novas linguagens e ênfases para o Salvador. “O Cristo de hoje é sobretudo aquele da fé, predominando um discurso intimista que agrada a classe média”, analisa Altemeyer. Uma práxis que valoriza o toque, a proximidade, até o suposto contato físico e que, às vezes, provoca exageros. “Uma vez estava assistindo um sermão e o pregador perguntava como era Jesus. E a resposta foi contundente: ‘Quentinho e gostosinho’”, conta o professor, reclamando de ênfases que acabam distorcendo até a mensagem do humilde nazareno que veio ao mundo para salvar a humanidade. Ainda segundo Altmeyer, é importante ter claro essas diferenças, para não perder de foco o centro, que é um Jesus que ainda hoje, pela fé, não apenas dá dádivas, mas transforma vidas. Uma ruptura tão necessária quanto aquela promovida no primeiro século, quando os povos gentílicos adoravam deuses com interesses pouco louváveis e comportamento duvidoso. Para o povo daquela época, pensar que um Deus poderia amar o mundo ou se preocupar com os seres-humanos soava absurda. Afinal, os filósofos gregos mesmo diziam que a misericórdia era um defeito de caráter e o direito romano não dava muita margem para conceitos como graça – o de um preço ser pago, mesmo que o devedor não fizesse nada para pagá-lo. “Voltar às Escrituras, com um compromisso profundo e desinteressado, é a única maneira de encontrar o verdadeiro Jesus Cristo e se desvencilhar daquele Cristo ‘que funciona’ e resolve qualquer dificuldade, quase como um gênio da lâmpada”, conclui o professor Leonildo. A relação à qual ele se refere é algo individual e íntimo com Jesus, mas com o objetivo de servi-lo e não ser servido. Algo que fica mais claro a cada dia, assim como a única certeza a que se chegou nesses vinte e um séculos de busca pela face de Jesus: a de que, por mais que se tente, é impossível criar a imagem de um Deus que não cabe dentro de imagem nenhuma. Muitos cristos na telona O polêmico banho de sangue que Mel Gibson deu no protagonista de “A paixão de Cristo” foi apenas mais uma das muitas abordagens que o cinema já fez do Filho de Deus. Desde seus primórdios, a chamada sétima arte tem atribuído ao Salvador inúmeras faces, roupagens e estilos. Em 1912, tempo do cinema mudo, a película “Da manjedoura à cruz” contou a trajetória do galileu de maneira bem tosca. Já o cineasta Cecil de Mille, em 1927, deu ao personagem principal de seu “O Rei dos reis” maquiagem pesada – necessária, já que o filme era em preto-e-branco – e inacreditáveis cabelos gomalinados. Pier Paolo Pasolini, em 1964, arriscou ambientar a Palestina no sul da Itália para rodar “O Evangelho segundo São Mateus”. A ousadia foi comprometida pelo desempenho do ator Enrique Irazoqui, excessivamente mau humorado na sua interpretação do Salvador da humanidade. Já “Jesus Cristo superstar”, de 1973, carregou nos tons ideológicos da contracultura. O Cristo, ali, era uma figura com aspecto e linguagem hippie. Na década seguinte, foi a vez dos blasfemos filmes “A última tentação de Cristo”, de Martin Scorsese – com Willem Dafoe no papel principal – e “Je vos Salue, Marie”, de Jean-Luc Godard. Em ambos, a ênfase é atribuir a Jesus um papel totalmente em desacordo com os evangelhos – até com insinuações de conotação sexual. Considerado por muitos como o melhor filme já feito sobre a vida e obra de Cristo, “Jesus de Nazaré”, de Franco Zefirelli, é uma superprodução que estreou em 1977. Bastante fiel aos textos bíblicos, o destaque fica por conta da magistral atuação de Robert Powell – embora seus olhos azuis sejam totalmente inviáveis para um personagen nascido no Oriente Médio. Já “Jesus”, de 1979, é totalmente evangélico. Produzido pela Cruzada Estudantil para Cristo, o filme tem objetivo puramente evangelístico. Foi traduzido para 550 idiomas e exibido em praticamente todo o mundo. Autor: Marcos Stefano, Jornalista da revista Eclésia Publicado originalmente na revista Eclésia, edição 100